SEGUNDA EDIÇÃO DE 04-8-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO O ANTAGONISTA
Mais uma delação do fim do mundo
Brasil Sexta-feira, 04.08.17 09:49
A Queiroz Galvão está fechando proposta de delação premiada com a recém-criada força-tarefa da Lava Jato em São Paulo, informa o Valor.
A empreiteira foi uma das maiores pagadores de propinas do Petrolão e, entre 2011 e 2014, repassou 4,4 milhões de reais para o Instituto Lula e para a LILS.
"Não adianta pensar em reformas"
Brasil 04.08.17 09:25
Michel Temer usa a reforma previdenciária para se manter no cargo, mas seus aliados avisam que ela não vai passar.
O líder do DEM, Efraim Filho, disse para o Valor:
"Não adianta pensar agora em reformas constitucionais".
E o líder do PSD, Marcos Montes, completou:
"Não há ambiente na Câmara e na sociedade para aprovar essa reforma. O governo tem que cuidar de outras pautas, como a tributária, que mexe mais com o dia a dia das pessoas".
Temer ainda não se salvou
Brasil 04.08.17 09:13
A Folha de S. Paulo demorou um bocado para pedir a saída de Michel Temer.
E desistiu rapidamente.
A perspectiva de que o presidente da República se arraste até o fim do mandato não incomoda os editorialistas do jornal, assim como não incomoda o PT.
Mas a PGR ainda tem alguns cartuchos para disparar.
Lula: para cada letra, um processo
Brasil 04.08.17 07:52
Carlos Zarattini, líder do PT na Câmara, disse que Lula é o plano A, B, C, D e E do partido para a eleição presidencial de 2018.
Há um processo em que Lula é réu para cada letra citada por Zarattini.
Temer não pagou
Brasil 04.08.17 07:42
Michel Temer disse que não pagou para comprar os votos na Câmara que enterraram a denúncia da PGR.
De fato, não.
Você pagou.

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Filho de desembargadora tinha ligações com o PCC, comprova PF
Por Lívia Martins
livia@jornaldacidadeonline.com.br
Sexta-feira, 04/08/2017 às 08:56
O empresário Breno Fernando Solon Borges, filho da presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), negociava diretamente com lideranças da facção criminosa PCC.
Preso em flagrante efetuado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), o rapaz foi solto graças a uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça de MS, dando conta ser ele portador de uma tal Síndrome de Borderline, que o impediria de ter a exata noção de suas ações.
Porém, tudo indica que Breno agia com absoluta desenvoltura nas negociações com traficantes.
No flagrante efetuado pela PRF, o filho da magistrada levava uma carga de 130 kg de maconha, farta munição e arma.
Era a segunda viagem de Breno no intervalo de cerca de dez dias, atendendo pedido do chefe do PCC, Tiago Vinicius Vieira, com quem o empresário foi flagrado numa ligação telefônica, captada pela PF, tratando-o como ‘irmão’ e ‘bicho’.

O deputado que representa legitimamente a classe política brasileira
Sexta-feira, 04/08/2017 às 07:42
Muita gente tem criticado o deputado federal Wladimir Costa, do Pará, que após sair do anonimato por ter tatuado em seu corpo o nome do presidente Michel Temer, nesta quarta-feira (2), durante a sessão que julgava o pedido para que o STF recebesse ou não a denúncia contra Temer, novamente ganhou os holofotes.
Ele foi flagrado postando no celular a seguinte mensagem: ‘Mostra a tua bunda, mostra. Afinal, não são suas profissões que a destacam como mulher e sim a bunda. Vai lá põe ai garota’.
Um fotógrafo conseguiu flagrar a desenvoltura pornográfica do deputado, no momento em que ele deveria estar trabalhando e representando o povo que o elegeu.
Wladimir Costa é verdadeiramente um legítimo representante do parlamento. Medíocre e devasso, foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) e ainda encontra-se no exercício do mandato graças a uma liminar conseguida no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Defensor intransigente do deputado Eduardo Cunha, na hora decisiva não hesitou em traí-lo.

Depois de apanhar da mulher, desembargador recebe promessa de ‘surra’ de advogado 
Por Vanessa Mallmann
vanessa@jornaldacidadeonline.com.br
Sexta-feira, 04/08/2017 às 01:40
Quando uma relação conjugal termina com as partes se digladiando, um falando mal do outro, é um péssimo presságio com relação ao caráter dos envolvidos.
Quando termina em pancadaria, pior ainda.
Assim aconteceu com o desembargador catarinense, Eduardo Gallo, que em março deste ano teve um vídeo que viralizou na Web, quando ele próprio aparece mostrando vários machucados pelo corpo, que seriam produto de agressões físicas desferidas pela ex-mulher, Liliane Mello.
Nesta quinta-feira (3) novamente o magistrado voltou a ser atração nas redes sociais, ao ser acusado por um advogado de ‘propineiro’, isto em plena audiência no Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
Felisberto Odilon Córdova, mesmo já idoso, além de ter acusado o desembargador de lhe pedir propina de R$ 700 mil, em troca do voto favorável em um processo, prometeu surrá-lo, caso fosse preso, como queria Eduardo Gallo.
Abaixo (no link), veja o vídeo do momento da sessão em que o advogado faz a seríssima denúncia.
A cena é mais uma demonstração de que o Poder Judiciário brasileiro está realmente em frangalhos.
Um verdadeiro horror!
https://youtu.be/ENNVM97q3e8

Votação da Câmara foi tão ilegal e imoral que pode ser anulada pela Justiça Federal
Por Jorge Béja (*)
Quinta-feira, 03/08/2017 às 17:44
Toda votação segue as mesmas regras legais e morais de qualquer eleição, até mesmo eleição para síndico de prostíbulo da famosa ‘Vila Mimosa’ do Rio, outrora denominada ‘Zona’, que existiu por longos anos na Av. Presidente Vargas, esquina com a hoje inexistente Rua Machado Coelho. Até na ‘Zona’ havia moralidade, ordem e prazer. Tudo que nesta quarta-feira (2) faltou aos deputados federais, as ‘meninas’ da Vila Mimosa do Rio e de outros tantos randevús e bordéis do País têm de sobra.
Pedir voto é da regra do jogo. Fazer campanha, idem. Mas ‘comprar’ voto é crime, seja para que deputados federais votem no sentido de não permitir que o Supremo Tribunal Federal receba ou não denúncia do procurador-geral da República pela prática de crime comum contra um presidente da República, seja para que o povo-eleitor vote nas eleições, seja para a eleição de síndico de prostíbulo.
Daí porque essa sessão desta quarta-feira, na Câmara dos Deputados, foi votação ilegal e imoral. Temer, sem esconder e às claras, ‘comprou’ votos. E pagou (ou vai pagar) com a concessão de emendas a parlamentares votantes e com a concessão de cargos na administração pública federal para quem deu seu voto pela não abertura do processo no STF.
Uma ação popular, de poucas páginas, da iniciativa de qualquer cidadão brasileiro e perante a Justiça Federal, de primeira instância, e que seja a do lugar onde o cidadão reside é o remédio jurídico para debelar esta doença chamada ‘corrupção contra a liberdade de votar’ que a Câmara protagonizou nesta quarta-feira fúnebre.
A Ação Popular pode ser proposta a partir do momento em que foi encerrada a sessão e nem precisa de prova, uma vez que fatos públicos e notórios dispensam comprovação.
E Temer não escondeu a corrupção que cometeu - e vai continuar cometendo - porque outras denúncias pela prática de crime comum, da parte do procurador-geral da República, serão apresentadas contra Temer e tudo vai começar de novo É questão de dias. Ou de horas.
Outra ilegalidade criminosa foi a expedição de Medida Provisória que beneficiou a chamada ‘bancada ruralista’, com vista a obter o benefício do voto. Os constituintes de 1988, quando criaram a Medida Provisória objetivaram seu uso pelo presidente da República em casos urgentes, excepcionalíssimos e raros. Não como instrumento casuístico de barganha, de favorecimento, de troca de favores, de práticas corruptas.
(*) Advogado no Rio de Janeiro e especialista em Responsabilidade Civil, Pública e Privada (UFRJ e Universidade de Paris, Sorbonne). Membro Efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB)

NA TRIBUNA DA INTERNET
Ex-governador denuncia esquema de corrupção envolvendo o ministro Maggi
Por Bela Megale e Letícia Casado
Na Folha
Em acordo de delação premiada, o ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB) relatou, segundo a Folha apurou, que o ministro da Agricultura, Blairo Maggi(PP), participou da montagem de um esquema para liberar dinheiro de precatórios (dívidas decorrentes de sentenças judiciais) estaduais em troca do apoio de parlamentares do Estado. O fato, de acordo com o delator, teria acontecido ao fim da gestão de Maggi como governador do Estado (2003-2010).
O acordo de colaboração de Barbosa foi assinado há cerca de dois meses com a PGR (Procuradoria-Geral da República) e aguarda homologação do ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal). Na quarta-feira (dia 2), o magistrado declarou que a colaboração é “monstruosa”, mas se recusou a dar detalhes.
OUTROS ACUSADOS – Além do ministro do governo Temer, os senadores do Estado, Wellington Fagundes (PR) e Cidinho Santos (PR), este, suplente de Maggi, também são alvos da delação. Os dois, de acordo com Barbosa, teriam se beneficiado de recursos ilícitos.
O ex-governador também relata fatos envolvendo pelo menos três deputados federais com mandatos em curso, cujos nomes a reportagem não identificou, além de repasses a conselheiros do Tribunal de Contas do Estado.
Barbosa relatou ainda pagamento de um “mensalinho” para deputados estaduais que atuaram na sua gestão para lhe garantir apoio. Como evidência, forneceu vídeos dos parlamentares estaduais recebendo dinheiro em espécie. Envolvidos no acordo afirmaram à reportagem que os valores giravam em torno de R$ 80 mil.
OPERAÇÃO SODOMA – Barbosa governou Mato Grosso de 2010 a 2014. Ele foi preso em 2015 na operação Sodoma, que investiga crimes de fraudes na concessão de incentivos fiscais do Estado. Desde junho, porém, está em prisão domiciliar. No acordo assinado com a PGR, Barbosa recebeu uma multa de R$ 80 milhões. Inicialmente os investigadores solicitaram o valor de R$ 150 milhões.
Barbosa foi o primeiro ex-governador do País a se tornar um delator. O advogado que negociou seu acordo, Délio Lins e Silva, é o mesmo que conduz a negociação da delação do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atualmente preso no Paraná.
Procurado pela Folha, o defensor não quis se manifestar sobre a delação do ex-governador.
OBSTRUÇÃO – Barbosa mencionou em sua delação uma suposta tentativa de Maggi de obstruir a Justiça em relação à operação Ararath, apelidada de Lava Jato Pantaneira e deflagrada em 2010 para investigar o pagamento de precatórios.
O tema, segundo apurou a Folha, também foi abordado por outro delator do caso, o ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Geraldo Riva.
Riva afirmou que Maggi autorizou o pagamento de cerca de R$ 260,6 milhões em precatórios para a construtora Andrade Gutierrez. O objetivo, segundo ele, seria abastecer um esquema de compra de apoio de parlamentares.
COMPRA DE DEPUTADOS – O ex-deputado detalhou uma reunião com Maggi, o então secretário da Fazenda de Mato Grosso, Éder Moraes, e Barbosa para acertar o suposto esquema. Também disse que o pagamento dos precatórios era apenas parte de uma manobra para comprar a adesão dos deputados.
A Polícia Federal já tinha apurado, nas investigações da Ararath, que de 2009 a 2012 o governo do Mato Grosso pagou R$ 260,6 milhões à empreiteira referentes a dívidas por obras feitas pelo grupo na década de 1980.
A PF descobriu que a Andrade Gutierrez, assim que recebeu a garantia de pagamento, vendeu os créditos dos precatórios à Piran Participações, um dos alvos da operação, com deságio de 54%, o que gerou prejuízos financeiros à empreiteira. Os investigadores apuram se a Piran Participações atuou no esquema de compra dos deputados estaduais e se o seu dono, Valdir Piran, foi um operador do sistema.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Luiz Fux classificou a delação de “monstruosa” e tão importante quanto a Lava Jato. Até agora, não há muitas novidades. Silval Barbosa já vinha denunciando Maggi desde 2015 pelos precatórios. Deve haver outras denúncias gravíssimas e monstruosas a serem divulgadas. Vamos aguardar. (C.N.)

NO BLOG DO MERVAL PEREIRA
A (I)Lógica dos Votos
POR MERVAL PEREIRA
Sexta-feira, 04/08/2017 06:30
Derrotar Temer é ajudar a fortalecer a volta do petismo, como argumentam muitos apoiadores do governo? Ou será que é o contrário, apoiar Temer ajuda a aumentar a força de Lula? Lula e o PT acham que o melhor é manter Temer no Palácio do Planalto sangrando até o final, embora os parlamentares petistas finjam que querem o presidente da República fora do governo.
O deputado Silvio Costa fez um discurso inflamado acusando os oposicionistas que ajudaram a dar quorum para a sessão de votação de estarem fazendo uma simulação, pois no fundo estavam mesmo é querendo que o governo saísse vitorioso da eleição.
A votação de anteontem dá algumas indicações interessantes sobre o comportamento de nossos políticos. Temer foi salvo principalmente com os votos de deputados do Nordeste, região na qual Lula lidera com folga as pesquisas.
Isto é, a maioria dos deputados não se guiou pela lógica do senador Renan Calheiros, que bateu em debandada há muito tempo para se posicionar ao lado de Lula, que tem uma popularidade muito alta no Nordeste, em especial em Alagoas, onde os Calheiros tentam sobreviver politicamente.
Renan Filho vai tentar a reeleição para o governo do Estado, enquanto o pai só pode buscar a reeleição para o Senado, pois nem usar a Câmara para tentar manter o foro privilegiado está ao seu alcance pela legislação eleitoral. O filho governador aparece nas pesquisas com chance de se reeleger, enquanto o pai vai precisar muito de Lula no palanque para conseguir uma das duas vagas do Senado.
Seus colegas nordestinos, que em peso votaram com Temer, não acreditam no contágio da impopularidade. Ou então desistiram da reeleição. Já na região Sul do País, onde o antipetismo é mais forte, a maioria dos deputados se guiou por outros valores que não o cálculo meramente político. Se empresários e outras lideranças defendem que mais importante que a questão moral é manter a governabilidade, a estabilidade política do País, não foi esse o pensamento da maioria dos deputados sulistas.
Eles entenderam que a saída de Michel Temer fortaleceria uma política em que os valores éticos se sobrepõem aos interesses imediatos, de acordo com o que as pesquisas revelam ser o desejo da maioria esmagadora dos brasileiros.
O PSDB, um partido que representa, ou representava, um eleitorado de opinião, não seguiu nenhuma direção, mas dividiu-se em grupos políticos. O do senador Aécio Neves, presidente afastado do partido, foi todo a favor de Temer, sem identificação regional majoritária, enquanto a oposição ao presidente também não teve característica regional, embora apenas um dos deputados paulistas tenha votado a favor do presidente. O senador Tasso Jereissati, presidente interino do partido até o final do ano, declarou que votaria pela continuidade do processo. 
Temer mostrou força com a vitória na Câmara, mas não significa ter garantido apoio para as reformas que pretende fazer. A matemática para definir o tamanho da sua força nas próximas votações é complicada, porque vários deputados que votaram com o governo são contra a reforma da Previdência. E todos do PSDB que foram contra o relatório do deputado Paulo Abi-Ackel devem ser a favor da reforma.
Da mesma maneira, o Centrão, que foi a base da vitória de Temer, não concorda com a reforma da Previdência da maneira como foi apresentada. Não é à toa que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia já começou a trabalhar ontem mesmo para reaglutinar o PSDB na base governista, pois não quer que o Palácio do Planalto fique refém do Centrão. Ao contrário, quer uma reforma da Previdência tão profunda quanto a primeira versão negociada.
Evidentemente, Temer ganhou força e deu uma respirada. Foi uma vitória política, por meios condenáveis e deploráveis, mas são os que existem para operar com esse Congresso. Foi a vitória da velha política, que se mantém operante e predominante no Congresso, apesar da luta contra a corrupção que vem fechando o cerco contra esse tipo de atividade política.

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