SEGUNDA EDIÇÃO DE 08-7-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Busca e apreensão em fazendas de Padilha tem resultado surpreendente
Da Redação
Sábado, 08/07/2017 às 06:13
Atendendo pedido do Ministério Público de Estado de Mato Grosso, a Polícia Judiciária Civil cumpriu na tarde desta sexta-feira (07) mandado de busca e apreensão na Fazenda Paredão, no município de Vila Bela da Santíssima Trindade.
As terras pertencem a Marco Antônio Tozzatti e seu sócio, Eliseu Padilha, atual ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República.
Surpreendentemente, a operação apreendeu dois caminhões carregados de madeira extraída ilegalmente do Parque Estadual da Serra Ricardo Franco (área de proteção ambiental). Uma arma de fogo irregular também foi encontrada.
A medida se estendeu até a fazenda Jasmin, também propriedade de Padilha. No local foram encontradas duas espingardas calibre 36 e uma motosserra.
É um lamentável flagrante de crime ambiental, que demonstra a polivalência de um dos principais ministros de Michel Temer.
Segue o enterro...

NO BLOG DO JOSIAS
Temer e Maia dançam o balé da enganação
Josias de Souza
Sábado, 08/07/2017 01:24
Ao perceber a intensificação dos movimentos de Rodrigo Maia, Michel Temer passou a desconfiar horrores do seu aliado. No momento, os dois dançam o balé da enganação. O presidente da República diz confiar plenamente na lealdade do deputado. E o presidente da Câmara, primeiro na linha sucessória, chama de especulação o noticiário sobre os acertos que já fez com o PSDB para consolidar sua condição de pretendente ao trono — não para uma substituição temporária de seis meses, caso Temer vire réu no Supremo Tribunal Federal, mas para uma transição completa, até 2018.
Temer derrubou sua blindagem de presidente ao receber o delator Joesley Batista para uma conversa desqualificada. Desde então, os aliados condicionam o apoio ao governo à ausência de fatos novos. E os tais fatos novos não param de desabar sobre a cabeça do presidente. O penúltimo foi a prisão do amigo Geddel Vieira Lima. Os próximos serão as delações de Eduardo Cunha e do doleiro Lúcio Funaro.
Ao permitir que sua língua fizesse um striptease diante do gravador de um delator, Temer ateou fogo às próprias vestes. Perdeu a autoridade para falar em conspiração. Rodrigo Maia teve um bom professor. Quando Dilma entrou em processo de autocombustão, Temer também tomou distância. A semana termina com o condomínio governista em chamas. A dúvida é saber quanto tempo o País resiste a mais esse incêndio. Se na segunda-feira você acordar, olhar em volta e só enxergar cinzas, é porque estamos mal.

NO BLOG DO NOBLAT
Em Cena, o Acordão
Por Ruy Fabiano
Sábado, 08/07/2017 - 01h20
Em uma gravação que circula na internet, José Dirceu se dirige à militância do PT para garantir que “nós vamos retomar o governo do Brasil”. Diz mais: “O povo está do nosso lado”.
Não explica nem como será essa retomada, nem que povo é esse. Pesquisa do Instituto Paraná mostra algo bem diverso: Lula detentor do maior índice de rejeição entre os possíveis concorrentes (até aqui só ele e Bolsonaro se declaram candidatos): mais de 45%.
No Paraná, que é uma espécie de espelho das regiões Sul-Sudeste, esse índice chega a 58,8%. Nada menos.
Lula continua viajando de jatinho, falando a plateias amestradas e evitando frequentar locais públicos, no temor de ser hostilizado. Não é exatamente o perfil de um favorito.
De qualquer modo, não deixa de surpreender que alguém nas condições de José Dirceu, duplamente condenado – a 20 anos e 10 meses e a 11 anos e 3 meses -, se sinta à vontade para uma conclamação naqueles termos. É tão surpreendente quanto o foi sua liberação pelo STF, mesmo diante da advertência do juiz que o condenou, Sérgio Moro, de que oferece riscos às investigações.
O comportamento padrão de alguém que aguarda recurso em segunda instância a sentenças tão severas – e é réu em diversos outros processos - é o de se recolher à maior discrição possível.
Não sendo o caso – e não o é -, suspeita-se de que algo diferente estaria sendo tramado. O tal acordão.
Ele teria começado exatamente com sua libertação, que, na sequência, providenciou também a do senador Aécio Neves, cujo processo no Conselho de Ética do Senado foi arquivado esta semana.
Pouco antes, o TRF da 4ª Região, que vinha confirmando – e, em alguns casos, até agravando – as sentenças de Moro, decidiu absolver o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
Para culminar, deu-se na quinta-feira o desmonte da Força Tarefa da Lava Jato pela Polícia Federal.
O chefe da Delegacia Regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado, Igor Romário de Paula, e o superintendente da PF no Paraná, Rosalvo Ferreira Franco, informaram que não houve desmonte algum, que foi apenas uma medida de ordem administrativa, sem cunho político. Claro, claro.
E mais: a decisão não teria passado por Brasília e não teria decorrido da escassez de verbas. “Verbas não faltam”, disse Igor.
Os procuradores garantem o óbvio: que a substituição daqueles delegados por outros alheios às investigações exigirá dos novatos pelo menos seis meses de imersão para que absorvam toda o contencioso da operação. É claro que haverá um refluxo.
Já não se sabe, por exemplo, quando sairá a sentença condenatória de Lula, prometida ainda para este mês. Sabe-se, isto sim, que não será preso em decorrência dela, aguardando em liberdade, como Dirceu, o recurso ao TRF da 4ª Região.
Lula age com desenvoltura ainda maior que a de Dirceu, desafiando o juiz Moro e os procuradores, sustentando que, nas circunstâncias em que vive, “a melhor defesa é o ataque”.
A nova presidente do PT, e também ré na Lava Jato, senadora Gleisi Hoffmann, chegou ao requinte (melhor dizendo, à cara de pau) de encaminhar à Corregedoria Nacional do Ministério Público pedido de investigação contra o procurador Deltan Dallagnol.
O crime? Comercializar palestras sobre a Lava Jato. O detalhe é que a lei permite que o faça, desde que não trate dos processos em curso, o que ele não o fez. Fala sempre – ele, Sérgio Moro e os demais procuradores - sobre o combate à corrupção no País, sua importância e a necessidade de apoio popular, em face dos figurões investigados. Os cachês que recebe têm sido doados a instituições assistenciais, o que ele comprovou, embora não o precisasse, já que a lei o autoriza a embolsá-los.
Gleisi sabe que sua acusação é infundada, mas atende a seu objetivo: provocar suspeitas de parcialidade ou manipulação nas investigações. Sua audácia, como a de Lula, faz crer que se sente respaldada por alguma mão invisível. A mesma que afaga Aécio – e tenta afagar Michel Temer, cuja denúncia será apreciada pela Câmara dos Deputados a partir de segunda-feira, 10.
A semana termina com uma imensa interrogação acerca do futuro do combate à corrupção no País. Não há dúvida de que há uma queda de braço entre Curitiba e Brasília, de onde continua a soar implacável a sentença do ministro Gilmar Mendes: “A Lava Jato já foi longe demais”.

NO BLOG DO MERVAL PEREIRA
Um Governo Terminal
POR MERVAL PEREIRA
Sábado, 08/07/2017 06:30
A gente sabe que a situação não está boa quando as metáforas mais usadas se referem a situações terminais, como a morte. Foi assim com o relator do processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Herman Benjamim, que, ao constatar que a chapa Dilma/Temer seria absolvida “por excesso de provas”, saiu-se com a frase já famosa: “Recuso o papel de coveiro de prova viva. Posso até participar do velório, mas não carrego o caixão”.
Pois agora, na Câmara, a situação é a mesma. O (quase) defunto governo de Michel Temer nem bem ainda esfriou, já estão brigando pelo inventário. A família Picciani, chamada a intermediar uma trégua com o relator do processo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado também do PMDB do Rio, Sérgio Zveiter, já está disputando a presidência da Câmara, antevendo que o atual, deputado Rodrigo Maia, está a ponto de assumir a presidência da República.
Não parece haver dúvidas de que seu relatório será favorável à aceitação do pedido de processo contra o presidente Temer. Já há um movimento majoritário no Congresso que acha que o presidente Michel Temer não tem mais salvação.
Conversas de bastidores reveladas – todo grande amigo tem um grande amigo – mostram que Rodrigo Maia já garantiu a interlocutores que a equipe econômica continuaria caso ele assumisse a presidência da República.
Os principais membros da equipe já haviam se adiantado, numa demonstração de fraqueza do atual presidente, afirmando que se dispunham a continuar nos mesmos lugares em caso de saída de Temer.
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, declarou no dia 29 que permanecerá no cargo. O ministro da Fazenda Henrique Meirelles garantira a investidores uma semana antes que tem disposição para continuar no comando da equipe econômica caso o presidente deixe o cargo.
A ideia é que, sendo afastado por seis meses, Temer continua como presidente com todas as regalias e proteções, e o Congresso retoma as condições para aprovar as reformas, inclusive a da Previdência. E depois desse tempo, voltaria se fosse inocentado no Supremo Tribunal Federal; e se não for, Rodrigo Maia seria o nome natural para a eleição indireta para terminar esse mandato.
A questão é que, se a Câmara aceitar a denúncia e o processo for para o STF, dificilmente ele deixará de ser condenado, porque vai ter a deleção premiada do Eduardo Cunha, talvez a do Rocha Loures e a cada dia que passa a situação de Temer fica pior. Algum tipo de proteção seria negociado, se o ambiente político permitisse. E mesmo que escape da primeira denúncia, o que é improvável com os dados de hoje, o mais provável é que demonstre uma fraqueza na base aliada que terá repercussão em um segundo ou terceiro novo processo. Há um constrangimento na base em votar contra Temer que, ao contrário de Dilma, é estimado por seus antigos pares. Mas o constrangimento maior está na pressão das bases eleitorais.
Força-Tarefa da PF
Segundo relatos internos, é realmente forte o rumor de um acordão costurado para a saída do diretor geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. O sonho dele seria alguma promoção. Já cogitou ser adido na Itália, hoje pensaria em secretarias ou ministérios, além de fazer o sucessor, o que justificaria estar aderindo a essas medidas, como o fim da Força-Tarefa.
Fala-se também que o fim da Força-Tarefa agradaria aos delegados descontentes com o protagonismo dos procuradores. Sobre a estrutura da Força-Tarefa, ela passou a integrar uma nova delegacia, de combate a crimes financeiros. Ao invés de ser uma estrutura solta, através de um grupo de trabalho, passou a integrar uma estrutura física permanente, sob a justificativa maior de que, caso saia o diretor-geral, a Lava Jato estará preservada dentro do organograma da Polícia Federal.
O núcleo investigativo foi todo preservado, ninguém saiu. Porém, os delegados da Lava Jato integram agora essa delegacia e concorrem a escalas de sobreaviso e distribuição de outros inquéritos. Terão que trabalhar o cotidiano da delegacia: tocar inquéritos e participar de outras investigações também para dividir a carga do novo setor.
Há um caso exemplar: um desses delegados teve que deixar por algumas horas um trabalho relacionado à Lava-Jato para investigar um derrame de moedas falsas no interior. A burocracia evitada, reduzida no formato da Força-Tarefa, voltará ao habitual. Então, corre-se o risco de haver burocracia no trâmite normal das investigações da Polícia Federal, uma vez que no formato de Força-Tarefa, o contato com Ministério Público e com o Judiciário era permanente e exclusivo.

NO O ANTAGONISTA
Cunha acusa Temer de ter comprado seu silêncio
Brasil Sábado, 08.07.17 10:32
Eduardo Cunha confessou ter recebido 5 milhões de reais das mãos de Joesley Batista, no aeroporto de Jacarepaguá.
Segundo a Veja, ele contou à PGR que o pagamento foi feito por ordem de Michel Temer, em troca de seu silêncio.
O objetivo da delação de Cunha
Brasil 08.07.17 11:22
“O objetivo é provar que ele [Eduardo Cunha] desempenhava apenas uma função dentro de uma organização criminosa, composta por líderes do PMDB da Câmara e comandada por Michel Temer.”
Foi o que disse à Veja uma fonte envolvida na negociação do acordo de delação premiada do ex-deputado.
Os paraísos de Cunha e Temer
Brasil 08.07.17 11:14
Além dos capítulos de delação premiada oferecidos por Eduardo Cunha, os procuradores já preparam uma lista de assuntos sobre os quais exigirão que o ex-deputado fale.
Um deles, segundo a Veja, envolve um emaranhado de empresas abertas pelo grupo de Cunha para receber propinas em paraísos fiscais.
"A Lava-Jato tem indicações de que essa é a ponta de um novelo que pode ligar Temer a contas secretas no exterior."
As acusações de Cunha contra Temer
Brasil 08.07.17 10:35
No rascunho de sua delação, além de acusar Michel Temer de ter comprado seu silêncio, Eduardo Cunha relacionou o presidente, segundo a Veja:
– a negócios escusos na Petrobras, especialmente na área internacional da estatal, onde foram alojados executivos indicados pelo presidente.
– a propinas pagas por empresas que atuam no setor de aeroportos e no Porto de Santos, ambos comandados, durante anos, por aliados de Temer;
– a encontros com empreiteiros para discutir doações eleitorais ao PMDB atreladas à liberação de recursos do FI-FGTS, o fundo administrado pela Caixa que investe dinheiro dos trabalhadores em projetos de infraestrutura e cujas decisões cabiam, em grande medida, a apadrinhados do partido;
– a um aval para que a concessionária Via Rondon, uma das empresas da família Constantino, fundadora da companhia aérea Gol, financiasse campanhas de políticos do PMDB como contrapartida à liberação do dinheiro.
URGENTE: LEOPOLDO LÓPEZ DEIXA PRISÃO NA VENEZUELA
Brasil 08.07.17 09:53
Detido desde 2014, Leopoldo López deixou o cárcere em Ramo Verde, na Venezuela, e passou para prisão domiciliar na madrugada deste sábado.
Em sua página na internet, o Supremo Tribunal de Justiça venezuelano afirmou que decidiu outorgar uma "medida humanitária" ao líder opositor em razão de "informação recebida sobre sua saúde".
Segundo seu advogado, Javier Cremades, "a saída de Leopoldo do cárcere fortalece sua liderança. Ela aconteceu após a visita da Chanceler a sua cela. Sem preço por parte de Leo."
Palocci: Mantega trocava informações privilegiadas por apoio ao PT
Brasil 08.07.17 08:35
O esquema de repasse de informações privilegiadas montado por Guido Mantega e revelado por Antônio Palocci funcionava da seguinte maneira, segundo a Folha:
– "Mantega antecipava dados a respeito de juros e edição de medidas provisórias, por exemplo, que eram de interesse de bancos, em troca de apoio ao PT."
– "Agentes do sistema financeiro tinham acesso antecipada ou privilegiadamente a dados importantes e, assim, podiam se preparar ou mesmo se proteger diante de medidas que afetariam o setor."
Quem tem acesso às investigações disse ao jornal que o esquema começou no governo Lula, em 2006, e seguiu durante o governo Dilma Rousseff, enquanto Mantega foi ministro, até 2015.
Mantega sucedeu Palocci na chefia da equipe econômica de Lula e os dois nunca se deram bem.
Palocci derrete Mantega
Brasil 08.07.17 08:29
Guido Mantega montou uma espécie de central de venda de informações para o setor financeiro nos governos petistas.
Foi o que disse o ex-ministro Antônio Palocci em negociação de delação premiada, segundo a Folha.
"A sede seria o prédio do Ministério da Fazenda em São Paulo, na avenida Paulista, onde Mantega costumava despachar às sextas-feiras."

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