SEGUNDA EDIÇÃO DE 26-6-2017 DO DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NO DIÁRIO DO NORDESTE (Regional)
Corrida do Rio de Janeiro ao Ceará
00:00 · 26.06.2017 por Honório Barbosa - Colaborador
Cícero Damasceno chegou a Santa Quitéria no Dia de São João, conforme o planejado ( Foto: Thiago Rodrigues )

Santa Quitéria. Em clima de festa e de emoção, o maratonista Cícero Damasceno, 56, foi recebido, no sábado, 24, nesta cidade, no Norte do Estado, após vencer o desafio de percorrer cerca de 2.800km entre o Rio de Janeiro e o Ceará, em 50 dias. A expectativa dos moradores e parentes do corredor era grande. Alguns choraram, correram ao seu lado e queriam abraçá-lo.
Conforme estava prevista, a chegada foi no Dia de São João Batista, pela manhã, por volta das 8h. O clima na cidade era de festa. Muitos usaram camisetas com a frase "Somos todos Cícero". Houve fita de descerramento com placa indicativa de "Chegada". O percurso na cidade foi feito ao som do Hino da Vitória, em homenagem ao ídolo dele e de milhões de brasileiros, Airton Senna. Cícero conduzia a Bandeira do Brasil sobre os ombros e usava um boné com assinatura do campeão do automobilismo.
Emocionado e bastante cansado, mas com forças, Cícero Damasceno agradeceu o apoio dos parentes, dos conterrâneos, da Prefeitura e reforçou a sua mensagem de preservação do meio ambiente. Por onde passou, desde o Rio de Janeiro, a cada 50Km, plantou um pé de Ipê. Em sua cidade natal, repetiu o gesto.
"Foi uma grande superação, um desafio que venci, mas com prazer", frisou. "Todos nós temos dificuldades, mas podemos superá-las". E foi essa mensagem ao lado da preocupação com a agressão ao meio ambiente, que o cearense reforçou. "O objetivo é mostrar ao povo brasileiro que, não importam as dificuldades que apareçam em nossas vidas, sempre há uma saída, e temos de enfrentar desafios", afirmou. "Estou desafiando a mim próprio e ao mesmo tempo representando aqueles que possuem limitação".
Casado, pai de um filho, o maratonista trabalha no Rio de Janeiro, em uma empresa de construção civil.

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Cabral definha e sobrevive graças a antidepressivos
Da Redação
Domingo, 25/06/2017 às 19:43
Pelo menos para o ex-governador Sérgio Cabral Filho, pode-se dizer que ‘o crime não compensa’. Sem qualquer perspectiva pela frente, ele tem sofrido muito na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, no Rio, onde permanece preso.
Foram oito anos de farra com o dinheiro público em troca de incontáveis anos de sofrimento, amargura e prisão.
Impossível dizer quando o ex-governador irá recuperar a liberdade ou quanto tempo ele ainda ficará preso, mas uma coisa é certa, nunca mais terá uma vida normal, doravante sempre será visto como ‘bandido’ e todo o patrimônio que surrupiou fatalmente irá perder.
Segundo a Revista Veja, a ex-primeira dama Adriana Ancelmo, em recente conversa com um advogado, questionada por que razão ela e o marido se envolveram em tantos e variados esquemas de corrupção, ela não se esquivou e respondeu: ‘Estávamos em êxtase’. 
O êxtase acabou, sobreveio a consternação, a aflição e a dura realidade.
O ‘poderoso’ Sérgio hoje é um homem sem projeto, sem futuro, sem amigos e sem profissão.
Uma fiscalização surpresa neste final de semana na cela onde está preso, encontrou um infinidade de comprimidos e antidepressivos. São esses remédios que lhe garantem uma delicada sobrevida.
Se todos os corruptos tivessem o mesmo castigo, o País seria outro.

A extensa lista de magistrados da ‘cota’ de Adriana Ancelmo
Por Amanda Acosta
Amanda@jornaldacidadeonline.com.br
Domingo, 25/06/2017 às 06:45
Adriana de Lourdes Ancelmo, moça de origem humilde, estudante de escola pública, moradora de um velho prédio em Copacabana, atendente em uma loja no Shopping Rio Sul, onde ganhava o dinheiro que utilizava para pagar o seu curso superior.
Fez direito na PUC, onde, esperta, conquistou uma grande amizade com o professor Régis Fichtner, que, mais tarde, seria o elo de sua ligação com o então deputado estadual Sérgio Cabral.
Régis Fichtner, um gaúcho, amigo de Cabral, que viria a ser seu suplente de senador e depois até assumiria a cadeira, quando Cabral elegeu-se governador.
Antes, porém, quando Cabral foi presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Régis Fichtner foi o procurador-geral da casa.
Adriana, amiga e aluna de Fichtner, foi então convidada para assessorá-lo na procuradoria da Alerj.
Não tardou para que ‘João Cabra’ e ‘Lourdinha’ se conhecessem. Ambos casados e depois, ambos separados, até se casarem e constituírem família.
Com Cabral governador, no tocante a nomeação de desembargadores, a participação de Adriana sempre foi decisiva.
Segundo a Folha de S.Paulo, inúmeros desembargadores do Rio de Janeiro chegaram ao cargo graças à intervenção da então primeira-dama, que, inclusive, por alguns, era tratada como ‘madrinha’.
Para tanto, basta dizer que dos atuais desembargadores do Rio de Janeiro, 12 foram nomeados por Sérgio Cabral. Todos eles passaram pelo crivo de Adriana.
Os tentáculos de Adriana em duas oportunidades, também alcançaram o Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde dois ministros foram nomeados graças ao seu ‘apadrinhamento’, com a interferência do governador junto ao então presidente Lula: Benedito Gonçalves e Luis Felipe Salomão.
Aliás, ainda segundo a ‘Folha’, a separação de Adriana e Cabral em 2011, deu-se porque numa outra vaga para o STJ, o governador não deu preferência ao afilhado da esposa, optando pelo atual ministro Marco Belizze.
Na reconciliação, as benesses de Adriana foram ampliadas e é justamente nesta segunda fase do casamento que pesam quase todas as acusações de crimes praticados pela ex-primeira dama.
Neste novo período matrimonial, Adriana deixou de exercer apenas o tráfico de influência, para alavancar os seus negócios e receber diretamente a propina, que vinha semanalmente em malas recheadas de dinheiro.
Com toda essa força e tantos afilhados, natural que Adriana acreditasse piamente na impunidade.
Abaixo, a relação de todos os desembargadores nomeados nos dois mandatos de Cabral: 
Jose Muinos Pineiro Filho - Data da posse: 14/02/2008
Renata Machado Cotta - Data da posse: 08/09/2008
Paulo Sergio Rangel do Nascimento - data da posse: 30/03/2010
Maria Regina Fonseca Nova Alves - Data da posse: 19/04/2010
Marcelo Lima Buhatem - Data da posse: 19/07/2010
Claudia Telles de Menezes - Data da posse: 02/08/2010
Andre Emílio Ribeiro Von Melentovytch - Data da posse: 13/12/2010
Patricia Ribeiro Serra Vieira - Data da posse: 18/04/2011
Luciano Saboia Rinaldi de Carvalho - Data da posse: 18/04/2011
Claudio Tavares de Oliveira Junior - Data da posse: 18/04/2011
Flavia Romano de Rezende - Data da posse: 05/12/2011
Mônica de Faria Sardas - Data da posse: 25/03/2013

Na véspera da sentença de Lula, central de calúnias faz capa fake de ‘Veja’ com ofensas a Moro
Da Redação
Sábado, 24/06/2017 às 23:36
A central de calúnias vinculada ao PT, que opera no mundo digital no âmbito das redes sociais, partiu para os mais absurdos e inconcebíveis ataques contra o juiz Sérgio Moro, justamente no momento em que ele está prestes a prolatar a primeira sentença nos processos do réu Lula.
Os criminosos estão divulgando nas redes sociais uma suposta capa da revista ‘Veja’ com ataques absurdos contra o magistrado e contra a sua esposa, a advogada Rosângela Moro.
Um verdadeiro espetáculo de vandalismo, com uma série de acusações sem sentido e despropositadas, com o claro interesse de fazer com que a militância insana se embriague no ódio.
Definitivamente o PT não nasceu para o exercício da democracia.

NO O ANTAGONISTA
Antonio Palocci preso, Lula preso
Brasil Segunda-feira, 26.06.17 10:12
O juiz Sergio Moro decidiu que Antonio Palocci deve continuar preso porque o produto do crime não foi integralmente recuperado e porque ele é um homem poderoso e influente, que pode se livrar de sua pena.
Os mesmos argumentos valem para Lula.
Palocci é o décimo político condenado por Moro
Brasil 26.06.17 10:17
Sérgio Moro já condenou 10 políticos ou agentes políticos envolvidos na Lava Jato, incluindo Antônio Palocci.
Nunca houve um juiz igual.

URGENTE: PALOCCI CONDENADO A 12 ANOS DE PRISÃO
Brasil 26.06.17 08:56
O juiz Sergio Moro condenou Antonio Palocci a 12 anos e 2 meses de prisão por ter recebido propina da Odebrecht. Os crimes são de corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Agora ele já pode sentenciar Lula.
O mandante é Lula
Brasil 26.06.17 09:23
Antonio Palocci foi condenado por Sergio Moro.
Mas o verdadeiro protagonista da sentença é Lula. Seu papel como mandante dos crimes cometidos pelo esquema da Odebrecht é inquestionável.
Aqui:
E aqui:
E aqui:
E aqui:
E aqui:
O Italiano em versão integral
Brasil 26.06.17 09:17
Leia aqui a íntegra da sentença de Antonio Palocci.
Ninguém quer ser enterrado com Temer
Brasil 26.06.17 09:09
A base parlamentar de Michel Temer começa a dar sinais de que não é tão sólida assim.
Líderes partidários disseram ao presidente que não é "automática" a rejeição das denúncias da PGR contra ele.
Baleia Rossi, líder do próprio PMDB afirmou ao Estadão que é preciso “conhecer os elementos da denúncia e formar um convencimento para ajudar os deputados a formarem sua convicção”. Ele também disse que Temer terá de "trabalhar muito" junto aos deputados
Ninguém quer ser enterrado com Temer, mas todos querem aproveitar muito bem o velório.
De que lado está a PGR?
Brasil 26.06.17 08:50
Os partidários de Michel Temer – sim, eles existem – acusam a PGR de proteger Lula.
O Antagonista recomenda que eles aguardem uma ou duas semanas.
O acordo com Antonio Palocci está quase fechado.
Seus depoimentos vão revelar de uma vez por todas se a PGR está do lado do Brasil ou do comandante máximo da ORCRIM.
Democracia ou ORCRIM?
Brasil 26.06.17 08:37
O Brasil só pode ter uma democracia se estiver disposto a ser governado pela ORCRIM.
A tese é repetida todos os dias no Congresso Nacional e na imprensa.
Ontem à noite, entrevistado pelo SBT, Gilmar Mendes atacou a “sanha persecutória” da Lava Jato e disse que “não há democracia sem político”.
Essa é a ideia mais perigosa que existe.
Se a democracia estiver atrelada à ORCRIM, é claro que os brasileiros vão acabar se desfazendo da democracia.
Juízes políticos
Brasil 26.06.17 08:55
Democracia não se faz com juízes que se metem no jogo da política.
A certeza de Janot
Brasil 26.06.17 07:33
A primeira denúncia da PGR contra Michel Temer deve ser apresentada hoje.
Rodrigo Janot, em parecer citado por O Globo, concluiu não haver "ressaibo de dúvida da autoria de Temer no crime de corrupção”.
Para a PGR, Temer é um criminoso
Brasil 26.06.17 07:29
Michel Temer é um criminoso.
A PGR não tem a menor dúvida sobre isso.
Em parecer protocolado na semana passada, Rodrigo Janot pediu a manutenção da prisão de Rodrigo Rocha Loures.
O documento, conforme o relato de O Globo, diz de forma “hialina” – ou cristalina – que Michel Temer e seu assessor atuaram juntos para receber propina da JBS:
“Não se sustenta a versão dada por Michel Temer em seus pronunciamentos públicos segundo a qual indicou Rodrigo Loures para ‘se livrar’ de Joesley, uma vez que as provas demonstram que na verdade a conversa no Palácio do Jaburu foi apenas o ponto de partida para as solicitações e recebimentos de vantagens indevidas que viriam em sequência”.
E mais:
“Através de Rocha Loures, Temer operacionaliza o recebimento de vantagens indevidas em troca de favores com a coisa pública”.
Balanço dos protestos contra Maduro na Venezuela
Brasil Domingo, 25.06.17 18:23
Em três meses:
– 75 mortos;
– Mais de mil feridos;
– 376 profissionais da imprensa agredidos.
– 33 "detenções ilegais" de trabalhadores dos meios de comunicação.
As informações são do Ministério Público e do Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP), ambos da Venezuela.
Brasileiros podem ir se preparando para pagar de novo
Brasil 25.06.17 17:19
O Antagonista passou a semana denunciando a indignidade do Fundo Partidário.
O Estadão fez um editorial neste domingo sobre o assunto. Eis um trecho:
"De olho nas eleições de 2018 e inconformados com a interdição de uma fonte de recursos que parecia inesgotável, alguns diligentes parlamentares dedicam-se a encontrar com urgência uma fórmula capaz de suprir a falta do dinheiro das empresas. A única possibilidade a seu alcance é óbvia: recursos públicos. Os brasileiros podem ir se preparando, portanto, para pagar, na forma de impostos, uma conta salgada.
Os partidos políticos podem contar com o Fundo Partidário, que este ano chega a quase R$ 900 milhões a serem distribuídos proporcionalmente pelas 35 legendas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e com o chamado 'horário gratuito' na mídia eletrônica, para veiculação regular de propaganda partidária e, no período eleitoral, para uso dos candidatos, o que no ano passado custou aos cofres públicos R$ 576 milhões. Pingam ainda nas contas bancárias dos partidos as escassas doações de pessoas físicas, cuja insignificância traduz a descrença na chamada classe política."

NO BLOG DO NOBLAT
Amargo Regresso
Segunda-feira, 26/06/2017 - 03h00
Por Ricardo Noblat
Esqueçamos a Federação Russa, um dos lugares mais corruptos do Planeta. O que Michel Temer foi fazer na Noruega, o país mais honesto do mundo junto com seus vizinhos escandinavos?
Foi levar uma carraspana da primeira-ministra, preocupada com os destinos da Lava Jato? Foi ouvir o anúncio do governo norueguês de que cortaria parte do dinheiro investido na preservação da devastada floresta amazônica?
Ou Temer foi para se reunir, como disse, com o Rei da Suécia que não mora na Noruega?
Ou como parece mais certo, Temer foi para fugir da crise política que o ameaça desde que se soube do seu encontro no porão do Palácio do Jaburu com o empresário Joesley Batista, dono do Grupo JBS, provedor de campanhas eleitorais do PMDB?
Pode ter tentado fugir da crise, mas ela não fugiu dele. Carrega seu nome.
Triste regresso. Hoje ou amanhã, a Procuradoria-Geral da República denunciará Temer por crime de corrupção passiva, Mais tarde por crime de obstrução da Justiça. Em seguida, por organização criminosa.
Temer entrará para a História por ter sido o primeiro presidente da República investigado e denunciado por corrupção. Para salvar-se, se agarrará a um Congresso povoado de bandidos.
Dava-se como provável no início da semana passada o arquivamento pelo Congresso das denúncias contra Temer. Mas, como desde então, os fatos só agravaram a situação dele, e como novos fatos estão por vir, ninguém mais se arrisca no Congresso ou fora dali a fazer previsões.
O cenário mais favorável a Temer – e o pior para o País – seria o de ele vagar como um fantasma até concluir seu mandato. Adeus reformas!
Elas foram e continuarão a ser desidratadas à medida que Temer mais se enfraqueça como seus aliados receiam. A da Previdência se resumirá à fixação de uma idade mínima para aposentadorias, o que de toda forma representaria um ganho.
Se antes, a exemplo da ex-presidente Dilma no seu segundo governo, Temer só comparecia a eventos fechados ao distinto público, daqui para frente tomará ainda mais cuidado.
Temos um presidente interditado como o anterior, ostensivamente rejeitado pela larga maioria dos brasileiros, como conferiu a mais recente pesquisa de opinião do instituto Datafolha.
Sua aprovação de apenas 7% é a menor de um presidente nos últimos 28 anos. Seu governo é avaliado como ruim ou péssimo por 69% dos entrevistados, um recorde. E 65% acham que sua saída seria o melhor para o Brasil.
Quase 80% defendem a renúncia de Temer. Pouco mais de 80% são a favor da abertura de um processo de impeachment para tirá-lo do cargo. Se ele renunciasse ou fosse derrubado, um novo presidente deveria ser eleito pela população, segundo 83% dos consultados pelo Datafolha.
Em abril último, 58% diziam não confiar na presidência da República. Agora, 65%. Desconfiança maior só merecem os partidos – 69%.
Apesar disso, não haverá solução fora da política. Sim, com esses mesmos políticos e com esses mesmos partidos de hoje até que se produza nas eleições gerais do próximo ano uma desejável e radical mudança no sistema apodrecido que temos.
Por ora, políticos e partidos ainda preferem manter Temer onde está – o PT, por exemplo, para que a crise se aprofunde e ele possa se recuperar. Quanto ao PSDB...
O partido mais atrelado aos interesses dos grandes grupos econômicos e financeiros espera a ordem dos patrões para decidir o que fazer.

NO BLOG DO MERVAL PEREIRA
Plano Abortado
POR MERVAL PEREIRA
Domingo, 25/06/2017 08:00
Trocar o chefe da Polícia Federal em seguida ao relatório que aponta indícios vigorosos de que o presidente da República cometeu crime de corrupção seria uma atitude acintosa de retaliação a uma instituição que, embora subordinada ao Ministério da Justiça, tem sua autonomia funcional garantida pela Constituição.
É claro que o novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, tem todo o direito de nomear seus subordinados, e seria impensável que a Polícia Federal fosse intocável como o FBI de Edgard Hoover nos Estados Unidos, o que entrou para a História como exemplo de politicagem de baixo escalão.
Hoover espionava todos os presidentes e os chantageava para permanecer no cargo. É claro que o presidente da República, tanto lá quanto cá, tem o direito de trocar os que dirigem suas agências de inteligência. Mas assim como Trump arranjou problemas por demitir James Comey, então diretor do FBI, também Temer terá problemas com a desejada demissão de Leandro Daiello.
Tudo devido ao momento em que as ações foram tomadas. Nos Estados Unidos, Trump tentou paralisar investigações sobre a influência da Rússia nas eleições americanas que o levaram à presidência. A crise só aumentou, e uma investigação independente está sendo feita para saber até que ponto o presidente dos Estados Unidos tentou obstruir a Justiça, o que, se confirmado, pode levá-lo ao impeachment.
Aqui o nosso presidente já está sendo acusado de obstrução da Justiça, e o pedido de processo contra ele pela Procuradoria-Geral da República chegará ao Supremo Tribunal Federal na semana que se inicia. O encontro do ministro da Justiça com o chefe da Polícia Federal no exato momento em que foi anunciado que o inquérito sobre o presidente da República foi concluído com a acusação de que houve crime de corrupção passiva, e que a perícia no áudio da gravação de Joesley Batista mostra que não houve nenhum tipo de montagem ou manipulação, é indicativo de que está havendo uma movimentação do Palácio do Planalto para tentar controlar as ações da Polícia Federal.
Se confirmada a interferência na Polícia Federal, ainda mais da maneira que está parecendo, mais um ingrediente altamente explosivo será acrescentado a essa receita de crise política. O ministro Torquato Jardim foi nomeado em um fim de semana, justamente para que o ministério da Justiça tivesse um maior controle sobre a Polícia Federal.
Agora, em outro fim de semana, o novo ministro inicia o movimento, mas tem que recuar da decisão, que parece já tomada, de trocar o chefe da Polícia Federal. Informalmente, em uma reunião na véspera com os representantes sindicais da categoria, ele havia dito que trocar a direção da Polícia Federal está em seus planos.
O governo Temer é acusado, sem que se possa confirmar definitivamente até o momento, de ter reduzido as verbas para a Polícia Federal, no que seria um primeiro passo para inviabilizar sua atuação. Na reunião com os líderes sindicais, o ministro Torquato Jardim anunciou também que vai transferir os agentes que se dedicam à parte administrativa, como passaportes e controle de estrangeiros, para outros setores do ministério, reduzindo a parte operacional da Polícia Federal, que deixaria de poder usar esses agentes em casos de necessidade. Além do mais, alegam os sindicalistas que esses agentes tratam de informações confidenciais que são úteis a investigações.
Os principais articuladores da mudança na direção da Polícia Federal seriam o ministro Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil, e o general Sérgio Etchegoyen, chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, cujo candidato seria o delegado Rogério Galloro, o segundo na hierarquia da Polícia Federal, um policial “de perfil mais político".
Tudo indica que o governo não se sente forte o suficiente para dar esse passo ousado de tentar controlar a Polícia Federal. Mas os planos são esses.



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