SEGUNDA EDIÇÃO DE 21-6-2017 DO DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NO O ANTAGONISTA
PT, PT e PT
Brasil 21.06.17 09:38
Joesley Batista presta novo depoimento para a PF.
A Coluna do Estadão informa que ele está sendo interrogado no inquérito da Bullish, que investiga o uso ilegal de recursos do BNDES.
Como revelou O Antagonista, o assunto é PT, PT e PT.
O campeão da corrupção
Brasil 21.06.17 09:16
O Globo, em editorial, tentar desmentir a impostura segundo a qual a PGR, no acordo com a JBS, está protegendo Lula e o PT:
"Este período de mais de três anos de Lava Jato tende a se dividir em antes e depois da delação de Joesley Batista.
Ao denunciar o próprio presidente Michel Temer, o sócio controlador do grupo JBS, junto com o irmão Wesley, deixou em segundo plano as delações da Odebrecht, de seus executivos e dos acionistas Marcelo e o pai Emílio.
Toda esta investigação histórica transita no campo instável da política, com o envolvimento dos principais partidos — PMDB, PT, PSDB, PP e outros de menor envergadura. Os testemunhos, os processos, as denúncias viram munição na luta partidária e servem para inspirar as teorias mais conspiratórias. Se essas teorias já não fossem uma característica da própria política, em um ambiente como o atual no País as especulações não têm limite.
Inevitável, também, que surjam análises interessadas, como a de que o fato de Lula ser personagem aparentemente menor nos relatos de Joesley deporia em favor do ex-presidente. Esta visão leva à outra, de que o empresário estaria protegendo Lula, em troca da ajuda que recebeu no governo dele e no de Dilma para constituir o JBS. Enquanto isso, aliados de Temer veem os Batista como instrumento da Procuradoria-Geral da República para incriminar o presidente.
O certo é que não não existe um Fla-Flu da corrupção, para se saber quem foi mais corrupto. Não haverá um campeão. Encontram-se aí as delações tenebrosas de Léo Pinheiro, da OAS, e as da Odebrecht sobre Lula e companheiros. Nos autos desfilam tríplex, sítio, ciclo de palestras idealizado para remunerar o ex-presidente, ajuda a parentes e por aí vai. O próprio crescimento estonteante do JBS à base de dinheiro público e acesso privilegiado ao BNDES, cujas portas lhe foram abertas nos governos Lula e Dilma, é evidência de relações nem um pouco republicanas com lulopetistas.
Joesley escalou o então ministro da Fazenda Guido Mantega, após a saída de Palocci do governo Dilma, como o interlocutor sobre favores: acesso rápido ao banco, em troca de dinheiro "não contabilizado". Ele cita, ainda, contas de US$ 150 milhões, abertas no próprio nome, na Suíça, para Dilma e Lula. Pelos acordos de troca de informações existentes, não será difícil rastrear esse dinheiro. Em entrevista à “Época”, o empresário relata ter tratado de propina para o petista mineiro Fernando Pimentel com Dilma, no Planalto."
Joesley vai entregar o PT na Bullish
Brasil 21.06.17 08:40
Joesley Batista prometeu passar todos os detalhes sobre o esquema de propinas do PT em seu depoimento para a Bullish, que apura os financiamentos do BNDES.
Lula não tem defesa
Brasil 21.06.17 08:23
O que levou a defesa de Lula a tentar um blefe tão arriscado – e tão patético – quanto o de ontem, quando alegou que a OAS jamais poderia ter dado o triplex para o comandante máximo da ORCRIM?
Só há uma resposta possível a essa pergunta: a defesa de Lula tem certeza de que Lula não tem defesa.
O blefe lulista
Brasil 21.06.17 08:13
A esgotosfera lulista comemorou a manobra de Cristiano Zanin Martins, que tentou uma cartada desesperada para salvar seu cliente, inventando que o triplex de Lula estava hipotecado pela Caixa.
O blefe foi desmascarado rapidamente.
A Caixa informou que “não é dona dos direitos econômicos e financeiros” do triplex. Segundo a nota, “o FGTS adquiriu debêntures da OAS Empreendimentos garantidas, entre outros, pela hipoteca do empreendimento Solaris”. Essa garantia, porém, “não impede a comercialização dos imóveis”.
O tic tac de Lula
Brasil 21.06.17 08:03
A partir de hoje, Lula pode ser condenado a qualquer momento.
Léo Pinheiro está preso.
Em geral, o juiz Sergio Moro decide rapidamente quando há alguém na cadeia.
O estudo sobre a PF
Brasil 21.06.17 07:55
O Valor perguntou a Torquato Jardim se Leandro Daiello permanecerá à frente da PF.
Ele respondeu:
“Posso dizer que estamos estudando juntos o que será melhor para a corporação”.
Como revelou O Antagonista, Michel Temer decidiu trocar toda a cúpula da PF.
A democracia da propina
Brasil 21.06.17 07:47
Torquato Jardim, entrevistado pelo Valor, disse que o custo da Lava Jato é alto demais.
Ele argumentou que as denúncias contra os corruptos minam a democracia.
Leia aqui:
- Mas, grosso modo, valeram a pena os resultados obtidos até agora face as delações premiadas que foram feitas?
- Mas o que você quer dizer com "valeu a pena"?
- As descobertas feitas.
- Qual o custo? Desfazer a classe política? Eu sou de uma geração que passou a infância e a juventude ouvindo um certo partido político, as Forças Armadas e a Igreja Católica destruindo a classe política… Então, a pergunta que coloco é: desfazer, como está sendo desfeita, a classe política, constrói uma democracia?
O acordo com Joesley não pode ser revisto agora
Brasil 21.06.17 07:30
A delação premiada de Joesley Batista só pode ser revista no fim do processo, caso ele descumpra alguma cláusula do acordo.
É o que vai argumentar Edson Fachin.
Segundo o Valor, ele deve ser acompanhado por Cármen Lúcia, Celso de Mello, Luiz Roberto Barroso, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski.
"Sério risco" no STF
Brasil 21.06.17 06:53
O STF pode dar um golpe mortal na Lava Jato.
Pelas contas da Folha de S. Paulo, “Edson Fachin será mantido relator da delação da JBS no Supremo, mas corre sério risco de ver a corte abrir caminho para modificar os termos do acordo que ele homologou com a empresa (…).
O desfecho do caso é visto pelo governo e pela Lava Jato como um divisor de águas para a operação.
Defensores da manutenção do acordo homologado por Fachin dizem que erra quem acha que é só a negociação da JBS que está em jogo. Uma revisão neste caso, dizem, colocaria em xeque novas tratativas, minando a segurança jurídica em torno de instrumento vital para a Lava Jato”.
O alarme Fux
Brasil 21.06.17 06:59
Luiz Fux é a maior dúvida no julgamento de hoje.
“Ao relativizar eventual revisão de delações já homologadas”, diz a Folha de S. Paulo, o ministro Luiz Fux alarmou o gabinete de Edson Fachin.
O relator da Lava Jato achava que Fux votaria tanto para mantê-lo na relatoria como para validar o acordo com a empresa”.
O STF pode socorrer Lula
Brasil 21.06.17 06:42
A decisão do STF sobre o acordo de Joesley Batista vai afetar as delações de Antonio Palocci e Léo Pinheiro, dois dos principais acusadores de Lula.
Lei a reportagem de O Globo:
“O STF deve decidir hoje se o acordo de delação premiada feito pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, com denúncias ao presidente Michel Temer, pode ser revisto, o que pode ser crucial para os rumos da Operação Lava Jato. Ao longo da sessão, os ministros da Corte vão discutir se a tarefa de homologar esse tipo de acerto com a Justiça cabe apenas ao relator da ação — no caso, o ministro Edson Fachin — ou ao plenário do Supremo.
Advogados ouvidos pelo GLOBO acreditam que esse julgamento será importante para determinar como o Supremo vai se portar diante de acordos de delação que ainda estão sendo negociados, como o do ex-ministro Antônio Palocci e o do dono da OAS, Leo Pinheiro.
Também há expectativa em torno do futuro das apurações contra Temer, caso a maioria dos ministros entenda que a homologação de Joesley deve ser validada pelo plenário. Há, ainda, a possibilidade de que os ministros discutam regras novas para homologar delações futuras”.
Maioria apertada no STF
Brasil 21.06.17 06:24
O STF deve confirmar a validade da delação premiada da JBS.
Pelas contas do Estadão, “ao menos cinco ministros votariam com Edson Fachin.
A avaliação feita por ministros ouvidos é de que o relator teve respaldo jurídico para homologar o acordo, e invalidar a delação, neste momento, causaria efeitos negativos – como anulação de tudo o que foi feito a partir das revelações de Joesley Batista e demais delatores”.
Justiça rejeita ação de Lula contra Merval Pereira
Brasil 20.06.17 22:58
O juiz Mauricio Tini Garcia, de São Bernardo do Campo, rejeitou uma ação de danos morais que Lula moveu contra Merval Pereira e O Globo, por ter sido citado em duas colunas sobre o Petrolão.
Escreveu o juiz:
“O direito à honra é contrabalançado pela responsabilidade nas esferas cível e criminal daquele que supostamente afronte o ordenamento jurídico pátrio. Significa dizer que aqueles que optam pela vida política, muito mais que o cidadão comum, sujeitos estão ao escrutínio popular sobre seus atos, além de submetidos a imputações acerca da probidade e honestidade de suas ações. Bem por isso, não emerge adequado que, por meio de fixação de indenizações protetivas da moral, o Poder Judiciário interfira para desestimular a publicidade de atos de interesse público, mormente quando o ordenamento jurídico vigente disponibiliza ao imputado amplo direito de defesa na esfera criminal e administrativa, com várias instâncias recursais, onde a idoneidade de suas ações políticas, a legitimidade do patrimônio amealhado durante sua vida pública e os sinais externos de sua riqueza e de seus parentes próximos sempre poderão ser objeto de justificativa ou questionamento."
Joesley: Temer pressionou Maria Silva por internacionalização da JBS
Brasil 20.06.17 21:36
Além de Lúcio Funaro, Joesley Batista também foi ouvido no inquérito sobre Michel Temer.
Ele detalhou vários trechos de sua delação premiada e revelou que pediu a Geddel Vieira Lima que atuasse junto ao BNDES para impedir o veto à reestruturação societária da JBS.
"Geddel disse que precisaria contar com o apoio de Eliseu Padilha" e organizou um jantar em sua casa para tratar do assunto. Depois soube por Geddel que o próprio Temer "teria chamado Maria Silvia Bastos Marques em seu gabinete em Brasília para pressioná-la".
Maria Silvia renunciou à Presidência do BNDES logo depois que a delação veio à tona. A PF deveria questioná-la sobre o episódio.
A ÍNTEGRA DO RELATÓRIO DA PF
Brasil Terça-feira, 20.06.17 19:06
Confira AQUI a íntegra do relatório da Polícia Federal que enquadra Michel Temer em crime de corrupção passiva.

NO BLOG DO NOBLAT
Lula à espera da condenação
Por Ricardo Noblat
Quarta-feira, 21/06/2017 - 04h16
Caiu, ontem à noite, o que parecia ser um argumento poderoso da defesa de Lula para tentar absolvê-lo no processo em que ele é acusado de receber propina da construtora OAS por meio da posse de um apartamento tríplex na praia do Guarujá, em São Paulo.
Em suas alegações finais, a defesa afirma que a OAS transferiu os direitos econômicos e financeiros sobre o imóvel a partir de 2010 para um fundo gerido pela Caixa Econômica Federal. Assim, não teria como ceder a Lula a propriedade do imóvel ou prometer a sua posse.
Em nota oficial, a Caixa afirmou que não é dona dos direitos econômicos do imóvel. O FGTS adquiriu debêntures da OAS garantidos pela hipoteca do prédio, do qual o tríplex faz parte. Mas isso não impediria a comercialização dos imóveis.
A qualquer momento, o juiz Sérgio Moro poderá divulgar a sentença que condenará ou absolverá Lula. Nem Lula nem os que o cercam mais de perto apostam na absolvição. Se ela acontecesse, segundo alguns, seria como se Moro assinasse o atestado de morte da Lava Jato.
Da mesma forma, Lula e os seus não imaginam que Moro possa decretar a prisão do ex-presidente. Se Lula permaneceu solto até aqui, não haveria razão para prendê-lo antes de a Segunda Instância da Justiça confirmar ou rever a sentença de Moro.
Uma vez que seja condenado, Lula cumprirá uma extensa agenda pelo País a fora para receber a solidariedade da militância do PT. Haverá também eventos no exterior, alguns já acertados com partidos e entidades sindicais.
O PT torce para que o Supremo Tribunal Federal não decrete a prisão do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). Se Aécio continuar solto e não for cassado pelo Senado, Lula só terá a ganhar, apresentando-se como a única vítima de fato da Lava Jato.

NO BLOG DO MERVAL PEREIRA
A Crise Ficou
POR MERVAL PEREIRA
Quarta-feira, 21/06/2017 08:01
O presidente Michel Temer desmentiu, e não que isso seja a seu favor, os que comparam seu governo com os últimos meses do governo José Sarney. Naquela ocasião, o então senador Fernando Henrique Cardoso dizia com ironia sempre que o presidente ia ao exterior: “A crise viajou”.
Pois Temer viajou para a Rússia (ou mais longe ainda, para a República Socialista Federativa Soviética da Rússia) e a crise não foi junto, ficou por aqui mesmo, produzindo seus efeitos continuadamente.
E teve de tudo por esses dias: a Polícia Federal acusou o presidente da República de ter cometido “corrupção passiva”, um juiz de Brasília rejeitou a ação de Temer contra Joesley Batista por calúnia e difamação, o doleiro Lucio Funaro depôs denunciando a atuação de Temer à frente da distribuição da propina proveniente da Petrobras para o PMDB e, enfim, a base do governo, tão decantada até recentemente, foi derrotada por dentro na Comissão de Assuntos Sociais do Senado na reforma trabalhista.
A Polícia Federal, cujo diretor-geral, Leandro Daiello, está na alça de mira do novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, colocado na pasta com essa missão específica não explícita, mas óbvia, dentro de sua autonomia funcional, foi ao ataque ao assumir em seu relatório que é possível afirmar que as provas apontam “com vigor” para a prática de corrupção passiva por parte do presidente da República.
Uma das provas anexadas ao relatório contra Michel Temer e o ex-deputado Rocha Loures é uma folha manuscrita por Ricardo Saud, diretor da JBS usada no encontro com o ex-assessor do Planalto onde está detalhado o pagamento de propina, que poderia variar de 500 mil reais (encontrados na mala que Rocha Loures carregou apressadamente na saída de uma pizzaria) a 1 milhão de reais por semana, dependendo do lucro de uma termelétrica da Petrobras cuja concessão o grupo JBS disputava.
Na conversa monitorada pelo Polícia Federal, Saud fala diversas vezes sobre “o presidente”, e em nenhum momento é contestado por Rocha Loures. Na segunda derrota do dia, o juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara do Distrito Federal, rejeitou a queixa-crime de Michel Temer contra Joesley Batista por suas declarações à revista Época que, segundo o Juiz, apenas repetiu o que dissera na delação premiada.
A derrota mais dura foi na parte política, colocando em risco a própria estabilidade do governo Temer na sua base aliada. O senador do PSDB, Eduardo Amorim, depois de avisar à direção do partido que não compareceria, não só apareceu como votou contra a reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais.
Não à toa que o ministro Moreira Franco atribuiu à posição dúbia dos tucanos a derrota do governo na Comissão. Mas houve uma dissidência também no partido do governo. O senador Hélio José votou contra a reforma trabalhista seguindo a orientação de Renan Calheiros, que não escondia sua satisfação ao olhar o painel com o resultado contrário ao governo, ao lado de um Romero Jucá atônito.
Houve ainda uma troca de cadeiras no PSD para votar contra a reforma trabalhista: Sérgio Petecão, vice-líder do governo, faltou à sessão e em seu lugar Otto Alencar votou contra o governo.
A novidade do dia ficou por conta do doleiro Lucio Funaro que, negociando uma delação premiada, começou a falar o que sabe para a Polícia Federal. Suas revelações foram incorporadas ao processo contra o presidente Michel Temer, e apontam o presidente da República como o grande organizador da distribuição da propina para o PMDB.
Derrota de Lula
O Juiz Mauricio Tini Garcia, da 2 Vara Cível do Foro de São Bernardo do Campo considerou improcedente a ação que o ex-presidente Lula ajuizou contra mim e o Globo alegando “danos morais” em razão de publicações jornalísticas “supostamente inverídicas e ofensivas” nas coluna intituladas "MISTIFICAÇÃO EFICIENTE" (28.05.2016) e "O FIM DA PICADA" (08/06/2016).
A defesa, baseada na liberdade de expressão, foi feita pelo escritório Sérgio Bermudes. Segundo o Juiz Mauricio Tini Garcia, “aqueles que optam pela vida política, muito mais que o cidadão comum, sujeitos estão ao escrutínio popular sobre seus atos, além de submetidos a imputações acerca da probidade e honestidade de suas ações.
(...) “o ordenamento jurídico vigente disponibiliza ao imputado amplo direito de defesa na esfera criminal e administrativa, com várias instâncias recursais, onde a idoneidade de suas ações políticas, a legitimidade do patrimônio amealhado durante sua vida pública e os sinais externos de sua riqueza e de seus parentes próximos sempre poderão ser objeto de justificativa ou questionamento”.
Mais detalhes no noticiário do jornal.

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Ministro da Justiça defende abertamente a corrupção e os corruptos
Da Redação
Quarta-feira, 21/06/2017 às 08:46
Parece piada de mau gosto, mas é verdade. Lamentavelmente, é verdade.
Esse sujeito de nome Torquato Jardim, sabidamente no cargo para tentar frear a Lava Jato, já defende abertamente os corruptos e a corrupção.
Uma blasfêmia, um absurdo, inaceitável.
Em entrevista para o Valor Econômico, Torquato Jardim disse textualmente que o custo da Lava Jato é alto demais e que as denúncias contra os corruptos minam a democracia. Para ele, pelo visto, o negócio é permitir o roubo e a impunidade.
Fica claro o alto grau de periculosidade do cidadão que ocupa atualmente o cargo de ministro da Justiça.
O seu objetivo é desmantelar a Polícia Federal e colocá-la sob o seu jugo.
Ainda não o fez, porque a Operação Lava Jato, ágil e fulminante não permitiu, não lhe deu tempo, nem fôlego.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quarta-feira, 21 de junho de 2017
Será que a Lava Jato atingiu as togas superiores?
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Na judicialização da politicagem, milagres não acontecem por acaso. O estranho adiamento da decisão sobre a prisão preventiva (ou não) e a manutenção do mandato (ou não) de Aécio Neves, combinada com a “soltura” (em prisão domiciliar, kkkkk) da irmã e seu primo, sugerem que existem mais coisas entre os políticos e as togas do que pode supor a vã filosofia. Repetiu-se uma rotina esquisita: um poderoso que sabe demais sobre tudo e todos sempre consegue postergar a punição nos andares elevados do Judiciário. O fenômeno joga no ar uma dúvida cruel: será que a Lava Jato atingiu as togas superiores?
O povinho pensante nas redes sociais achou muito estranho o fato de o relator da suprema Lava Jato, Edson Fachin, ter tirado das mãos de Sérgio Moro vários casos que envolvem o ex-Presidente Lula e a Odebrecht. Moro tem tudo para decidir, ainda esta semana, se condena ou inocenta o poderoso Lula. É enorme a chance de uma condenação com pena alta e decretação de prisão. Do mesmo jeito como é altíssima a chance de Lula ser beneficiado com o direito a recorrer em liberdade de uma eventual condenação. Afinal, ele é um daqueles que sabe (demais) sobre tudo e todos nos Três Poderes...
O regramento excessivo – uma das causas da corrupção sistêmica e da impunidade no Brasil – viabiliza que tudo possa acontecer. Quando os operadores dos “mecanismos do sistema” desejam assassinar a reputação de alguém, o rigor seletivo da jagunçagem opera a plena velocidade. Quando o interesse é proteger delinqüentes comprovados, o espírito maligno da razão cínica e canalha baixa nos “interpretadores da lei”, e os bandidos conseguem uma blindagem que deixa o cidadão honesto muito pt da vida, indignado ou desanimado. Eis a nossa hedionda “normalidade” do Crime Institucionalizado.
Até quando o Brasil vai conseguir suportar um Presidente da República que perdeu todas as condições morais de seguir (des)governando? A todo momento surge uma delação premiada que arrasa com Michel Temer. Depois da famosa gravação do Joesley Batista, agora veio a dedurarem do “corretor de valores” (na verdade, o doleiro de todos) Lúcio Bolonha Funaro. Fatos por ele revelados e comprovados arrasam com Temer, Eduardo Cunha, Moreira Franco, Geddel Vieira Lima e outras figuras muito próximas do maridão da bela Marcela. A dúvida é: até quando a maioria parlamentar vai conseguir blindar Temer, indicando que não aceitará denúncias da Procuradoria Geral da República contra ele no Supremo Tribunal Federal?
Resumindo: tem coisa muito mais estranha no ar do que o fato incomum de o Rio de Janeiro ficar debaixo d’água no mês de junho – marcado pela secura e quando não costuma chover. É o inverno doido no inferno criminoso de Bruzundanga. O País na (a)normalidade caminha a todo vapor para um desastre de conseqüências inimagináveis. Criminalidade fora de controle sempre redunda em explosão descontrolada de violência – o que pode gerar o caos ou servir de estopim para mudanças estruturais.
(...)

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