PRIMEIRA EDIÇÃO DE 11-6-2017 DO DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
DOMINGO, 11 DE JUNHO DE 2017
Aliados da ex-presidente Dilma afirmam que ela vai disputar a eleição de 2018, mas é improvável: a Lei Ficha Limpa a torna inelegível, por ter sido condenada em órgão colegiado por crime contra a administração pública. Além disso, segundo afirmaram ministros a esta coluna, “no caso concreto”, uma ação civil pública no Supremo Tribunal Federal será suficiente para impedir o eventual registro da candidatura.
Ministros do STF criticaram o Senado por ignorar a Constituição: o impeachment implica em suspensão dos direitos políticos por 8 anos.
A Resolução 35/2016 do Senado não inabilitou Dilma automaticamente, mas cassou o mandato “sem prejuízo das demais sanções judiciais”.
A decisão do TSE favorável à chapa pode ajudar a presidente cassada a tentar contornar a Ficha Limpa, judicializando sua candidatura.
Crimes contra a administração rendem inelegibilidade, diz o Artigo 1º da Lei das Condições de Inelegibilidade, alterado pela Ficha Limpa.
A história de gastos de um diretor da estatal venezuelana PDVSA no hotel Four Seasons George V, em Paris, dá a dimensão da corrupção do regime bolivariano. Em um canto da adega, aberta a visitação, estão dezenas de garrafas vazias de Petrus, um dos vinhos mais caros do mundo, todas esvaziadas pelo diretor da “Petrobras da Venezuela”. A garrafa de Petrus custa no mínimo US$4 mil (equivalentes a R$13 mil).
Entre as garrafas esvaziadas pelo venezuelano estão várias magnum (1,5 litro). A mais cara é uma garrafa de Petrus magnum de R$120 mil.
O atencioso funcionário do hotel conta a história, mas não revela o nome do burocrata venezuelano tratado como um sheik árabe.
A adega do George V, considerada uma das mais completas do mundo, tem mais de 50 mil garrafas consideradas “preciosidades”.
A aguardada delação de Antonio Palocci, ex-ministro de Lula, instigou a curiosidade de investigadores da operação Bullish. É que passou por ele todo o processo de liberação de R$8,1 bilhões do BNDES para empresas do grupo J&F, dono da JBS e outras.
O registro profissional no Conselho de Engenharia (8.004-D-BA) de José Aldemário, vulgo “Léo” Pinheiro, executivo da OAS preso na Lava Jato, não consta no CREA-BA, nem no Conselho Federal,  o Confea.
A eleição do governador, em 2018, fará os baianos escolherem entre reeleger o bem avaliado Rui Costa (PT), que tem aprovação de 63%, ou eleger prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), aprovado por 80%.
Projeto do senador José Medeiros (PSD-MT) prevê que réu em ação penal ou por improbidade administrativa não pode ser candidato a presidente da República. A proposta altera a Lei da Ficha Limpa.
O polo de Manaus faturou R$18,6 bilhões entre janeiro e março, registrando crescimento de 10,4% em relação a 2016. A mão de obra em março também cresceu para 84.520 trabalhadores.
O alívio no bolso do brasileiro passou despercebido, mas impressiona. A inflação acumulada nos últimos 12 meses despencou para 3,6%. De janeiro a maio está em 1,42%, o menor resultado desde o ano 2000.
Ex-ministro de Dilma, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) avisou que, segundo sua própria avaliação, a reforma previdenciária não vai passar na Câmara ainda no primeiro semestre do ano. Em vez de a reforma, Braga propõe aumentar impostos para pagar o rombo.
A Comissão de Defesa do Consumidor do Senado aprovou projeto que obriga empresas de telecomunicações a informar tarifas e serviços “em formato que facilite a compreensão”.
O que a bancada do PT, anti-Temer, achou da decisão do TSE que beneficiou Dilma... e Temer?

NO DIÁRIO DO PODER
PGR ACHA QUE É FALSO
REVISTA DIZ QUE, 'DESESPERADO PARA DELATAR', FUNARO INSINUA CONTA DE TEMER
ATÉ A PGR DESCONFIA QUE A INFORMAÇÃO É FALSA, SEGUNDO 'VEJA'
Publicado: sábado, 10 de junho de 2017 às 17:04 - Atualizado às 22:31
Redação
A revista Veja informou neste sábado que, “desesperado para delatar”, o lobista Lúcio Bolonha Funaro, em conversas preliminares nesse sentido, “prometeu uma bomba aos procuradores: os registros de uma conta no exterior de Michel Temer”. Em sua coluna “Radar On-line”, o jornalista Maurício Lima, de Veja, informa que a Procuradoria Geral da República (PGR) suspeita, porém, de que as informações do doleiro podem ser falsas.
A decisão de Lúcio Bolonha de negociar acordo de delação premiada foi noticiada em primeira mão pelo jornalista Claudio Humberto, do Diário do Poder, na edição de segunda-feira (5), informando que o lobista já se encontrava “na sala de espera” para fechar o acordo.
Antes de a equipe de Rodrigo Janot entrar na negociação das delações, as negociações estavam com a Procuradoria da República em Brasília, informa a revista.
Os procuradores teriam acenado com uma pena branda (3 anos de prisão domiciliar) para Funaro contar o que sabe.

NO BLOG DO JOSIAS
STF deve avalizar atos de Fachin contra Temer
Josias de Souza
Domingo, 11/06/2017 03:13
A artilharia de Michel Temer e seus operadores contra Edson Fachin produziu o primeiro efeito prático: formou-se no Supremo Tribunal Federal uma onda de solidariedade ao relator da Lava Jato. O plenário da Corte deve avalizar as decisões tomadas por Fachin contra Temer. Fará isso ao julgar recurso que questiona a legitimidade do ministro para atuar no caso da colaboração premiada da JBS.
Alega-se que o processo não tem ligação com a Lava Jato. Por isso, o relator deveria ter sido escolhido aleatoriamente, num sorteio eletrônico. Por esse entendimento, todos os atos que Fachin já praticou no processo estariam sujeitos a anulação — desde a homologação das delações até a abertura do inquérito contra Temer e seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, preso no presídio da Papuda, em Brasília.
Endossados pela defesa de Temer, os questionamentos à atuação de Fachin foram formalizados pelos defensores do governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, do PSDB. Ele foi mencionado na delação do empresário Wesley Batista, da JBS. De acordo com o delator, o governador recebeu propinas em troca da concessão de benefícios fiscais à sua empresa. Azambuja nega.
Na semana passada, Fachin remeteu ao plenário do Supremo os questionamentos à sua atuação. Caberá a Cármen Lúcia, presidente da Corte, decidir quando a encrenca será incluída na pauta de julgamentos. Estima-se no tribunal que, ao colocar sua infantaria na cola de Fachin, Temer conseguiu consolidar uma maioria ao redor de Fachin.
Dos dez colegas do relator da Lava Jato, pelo menos seis estariam decididos ou muito propensos a indeferir os questionamentos, mantendo o caso JBS sob a relatoria de Fachin. Além de Cármen Lúcia, já estariam do lado de Fachin: Celso de Mello, Marco Aurélio Mello, Luiz Fux, Rosa Weber e Luis Roberto Barroso. Há dúvidas quanto a posição a ser adotada pelos demais: Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.
Neste sábado, Cármen Lúcia divulgou uma nota para reagir à notícia de que Temer colocou a Agência Brasileira de Inteligência para bisbilhotar Fachin. Embora Temer tenha telefonado à presidente do Supremo para desmentir a informação, veiculada pela revista Veja, a presidente do Supremo foi à jugular do governo para defender Fachin.
''É inadmissível a prática de gravíssimo crime contra o Supremo, contra a democracia e contra as liberdades, se confirmado informação de devassa ilegal da vida de um de seus integrantes'', escreveu Cármen Lúcia. O procurador-geral da República Rodrigo Janot, também sob bombardeio do Planalto, se disse ''perplexo.''

NO O ANTAGONISTA
Denúncia de Janot ligará Temer à mala de R$ 500 mil de Loures
Brasil Domingo,11.06.17 07:03
Rodrigo Janot vai ligar Michel Temer ao recebimento da mala de R$ 500 mil por Rodrigo Rocha Loures, preso desde o dia 3, segundo a Folha.
"O enredo traçado pela Procuradoria inclui a intermediação a intermediação de Loures no agendamento do encontro entre Temer e o dono da JBS, Joesley Batista, a orientação do presidente para o empresário tratar com o ex-deputado, o diálogo do acerto da propina e o flagra da entrega da mala."
Para os investigadores, só a influência e o poder de Temer dão sentido ao conjunto de provas reunidas.
A denúncia por corrupção passiva deve ser protocolada até a próxima semana no STF.
Perícia da gravação de Joesley também reforçará denúncia contra Temer
Brasil 11.06.17 07:46
Além do relato de Lúcio Funaro, a perícia da gravação da conversa com Michel Temer feita por Joesley Batista também reforçará a denúncia de Rodrigo Janot contra o presidente, segundo O Globo.
"O trabalho do Instituto Nacional de Criminalística está sendo mantido em sigilo. Mas investigadores já emitiram sinais de que a perícia reafirmará que não houve adulteração do conteúdo da conversa."
Para o PGR, ao tratar do diálogo publicamente, Temer acabou corroborando, de modo extra-judicial, a conversa com o empresário.
Relato de Funaro reforçará denúncia contra Temer
Brasil 11.06.17 07:32
Rodrigo Janot vai incluir o depoimento de Lúcio Funaro na denúncia contra Michel Temer, segundo O Globo.
Ganharão peso as declarações do operador de Eduardo Cunha sobre o assédio do ex-ministro Geddel Vieira Lima, um dos dois mais próximos de Temer antes de deixar o governo.
Funaro disse à Polícia Federal na semana passada que Geddel teria ligado algumas vezes para a mulher dele recentemente, querendo saber se ele iria mesmo fazer delação.
Para investigadores, isto confirma o trecho da conversa de Temer com Joesley no qual o presidente indicou Loures para substituir Geddel, com liberdade para tratar de “tudo” com um dos donos da JBS.
"O presidente fez a indicação depois de ouvir do empresário que, com o ex-ministro fora de circulação, precisava de um novo interlocutor para tratar dos interesses dele no governo. Dias depois, o roteiro traçado na conversa com Temer é cumprido à risca. Loures sai a campo para negociar cargos e decisões estratégicas com Batista."
Os crimes de Temer, segundo Janot
Brasil 11.06.17 07:14
Rodrigo Janot pretende denunciar Michel Temer pelo crime de corrupção passiva, tipificado, segundo a Folha, como o recebimento de vantagem indevida "para si ou para outrem" valendo-se do cargo que ocupa.
A pena é de 2 a 12 anos de prisão.
Os investigadores entendem não ser necessário comprovar que Temer recebeu o dinheiro da mala de R$ 500 mil, mas que teve atuação na operação para o seu recebimento pelo ex-deputado Rodrigo Rocha Loures.
O jornal apurou que a inclusão de outros crimes, como obstrução da Justiça, está em análise, podendo fazer parte de uma segunda denúncia.
A tempestade não acabou.
PF pede mais tempo para investigar Temer
Brasil Sábado, 10.06.17 18:26
A Polícia Federal pediu ao STF mais tempo para investigar Michel Temer, segundo O Globo.
No dia 30, o relator da Lava-Jato na Corte, ministro Edson Fachin, tinha dado dez dias para a PF concluir o inquérito que apura se o presidente cometeu crime de obstrução à Justiça, corrupção passiva e participação em organização criminosa.
O prazo extra poderá ser usado para a PF concluir a perícia no áudio da conversa que o dono da JBS, Joesley Batista, gravou com Temer.
Mesmo que seja concedido mais tempo aos policiais, a PGR poderá apresentar denúncia contra o presidente na próxima semana, como é esperado.

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