PRIMEIRA EDIÇÃO DE 05-6-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEGUNDA-FEIRA, 05 DE JUNHO DE 2017
Dono de uma das línguas mais temidas do País, o doleiro Lúcio Funaro “está na sala de espera da delação”, de acordo com definição de um criminalista que participa do caso, tentando livrar seu cliente da vida dura do cárcere no presídio da Papuda, em Brasília. A força-tarefa da Operação Lava Jato, em princípio, tem interesse em negociar acordo de colaboração por reconhecer o poder de fogo devastador de Funaro.
Preso na Lava-Jato, Funaro aparece nos grampos de Joesley Batista como recebedor de mesada para não fazer delação premiada.
Há a expectativa de que Lúcio Bolonha Funaro delate o ex-deputado Eduardo Cunha, de quem seria “operador”.
Eduardo Cunha, que ainda não cogita delação, já declarou não ter “relações comerciais” com ele.
A dificuldade inicial para a delação era que Funaro deseja colocar no mesmo pacote as operações Sépsis e Lava Jato.
Cerca de 40% dos postos de gasolina de todo o País tem dispositivo em que, após 20 litros contabilizados, a bomba passa a injetar menos combustível. Os golpistas descobriram que a fiscalização utiliza galões de 20 litros para checar as medições, por isso desenvolveram um chip que frauda a contagem apenas a partir do 20º litro. “É apenas uma das modalidades dos atos fraudulentos em postos de gasolina”, explica o responsável pela metrologia do INMETRO, Raimundo Rezende.
O diretor do setor que controla as medições do INMETRO confirmou a existência da atividade ilegal em postos: “Já constatamos”, disse.
O golpe não deixa pistas. Para se proteger da fraude, o consumidor precisa abastecer em “lotes” de 20 litros.
Nem sequer existe uma lei que permite ao poder público fechar a empresa cujo posto seja flagrado cometendo a fraude metrológica.
Chegou a US$800 milhões o prejuízo da Petrobras na compra da refinaria de Pasadena (EUA), no governo Dilma, segundo o Tribunal de Contas da União. Em 2006, a Bolívia invadiu e tomou do Brasil duas refinarias. Depois pagou US$112 milhões, mas valiam US$1 bilhão.
A defesa de Dilma sustentará neste terça-feira, 06, no TSE, que há contradições nos depoimentos dos marqueteiros João Santana e Monica Moura, sobre o “Caixa 2” na campanha. O PT quer anular essas delações.
A Câmara começa a analisar esta semana a proposta que acaba com o foro privilegiado, mas o caminho será longo. E os deputados não parecem tão motivados assim para garantir um mínimo de 308 votos.
A China inaugurou a maior usina flutuante de energia solar do mundo, que reduz a evaporação e produz 20% mais de energia elétrica do que planta solar no chão ou no telhado. A Eletronorte e a Chesf vão fazer duas plantas, nas hidrelétricas de Balbina (AM) e Sobradinho (BA).
Rodrigo Maia toma posição “republicana”, dizem aliados, de não ser candidato oficial em caso de eleição indireta. Mas sonha com apoio do mesmo PT que o ajudou a se eleger na presidência da Câmara.
Foi de cortar coração: Cassiano Rodrigo de Carli, recém-nomeado consultor jurídico do Ministério da Justiça, tentou várias vezes ser recebido pelo novo ministro da Justiça, em vão. Torquato Jardim já sinalizou que não ficará ninguém da turma de Osmar Serraglio.
Com o fim do foro privilegiado para 38 mil agentes públicos, voltarão à instância original as ações penais que os envolvem. Mas não tornará o processo necessariamente mais rápido. Muito pelo contrário.
Os R$901 bilhões dos impostos recolhidos em menos de cinco meses, no Brasil, segundo o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo, é superior à soma dos PIBs de Portugal e Uruguai.
...o “don’t worry, be happy (não se preocupe, seja feliz)” de Putin sobre a saída dos EUA do Acordo de Paris, é a versão russa do “relaxa e goza” de Marta Suplicy.

NO DIÁRIO DO PODER
LAVA JATO
PGR LIGA TROCA DE SERRAGLIO POR TORQUATO A 'PRESSÕES' DE AÉCIO NEVES
JANOT TAMBÉM PEDIU A ABERTURA DE UM NOVO INQUÉRITO PARA INVESTIGAR CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO
Publicado: domingo, 04 de junho de 2017 às 16:57 - Atualizado às 17:00
Redação
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot ligou, na denúncia oferecida contra Aécio Neves (PSDB-MG), a troca de Osmar Serraglio por Torquato Jardim no Ministério da Justiça a pressões que o senador tucano teria feito para barrar a Operação Lava Jato. O senador afastado é alvo de denúncia por corrupção passiva pelo suposto recebimento de R$ 2 milhões em propina da JBS e por obstrução de Justiça por tentar impedir os avanços da mais pesada ofensiva já realizada no País contra a corrupção.
Janot também pediu a abertura de um novo inquérito para investigar crime de lavagem de dinheiro. Na denúncia contra Aécio, o procurador cita a mudança na pasta da Justiça, alvo de diálogos de Aécio e outros políticos que tinham interesse na saída de Serraglio, apontado como “fraco”. “Após a deflagração da “Operação Patmos” em 18 de maio, e a revelação do envolvimento do próprio presidente da República, Michel Temer, em supostos atos criminosos, a pressão do senador Aécio Neves e outros investigados intensificou-se, e Osmar Serraglio foi efetivamente substituído no Ministério da Justiça por Torquato Jardim, conforme anúncio feito na data de 28 de maio de 2017, um domingo, com nomeação efetiva no decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União de 31 de maio de 2017, mesmo documento em que consta a exoneração de Serraglio”, afirma Janot.
De acordo com o procurador, diálogos gravados pelo empresário Joesley Batista, acionista da JBS e delator que deu origem à Patmos, já demonstravam o descontentamento de Aécio com a atitude “omissiva” do então ministro Serraglio para “mexer na PF”, “deixando de realizar trocas que fossem alinhadas aos interesses dos investigados”.
“Essa reclamação já havia chegado ao presidente Michel Temer, provavelmente no dia 23 de março de 2017, numa reunião onde estavam Trabuco [Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco], uma pessoa de nome Pedro, os quais, segundo Aécio, estavam ‘todos pressionando combinado com a gente’”, afirma Janot.
O procurador-geral da República ainda menciona, para cravar a suposta influência de Aécio sobre a troca no ministério, em prol de se esquivar da Lava Jato, uma gravação com o senador José Serra. Nesse diálogo, Serra pediu a Aécio – ora afastado do Congresso por decisão de Fachin – que intercedesse junto a Temer em uma possível troca no Ministério da Justiça.
Serra afirma estar “preocupado” e chama atenção para a necessidade de um ministro da Justiça “forte”. O nome sugerido por Serra não era o de Torquato. Ele queria ‘o Jungmann’, referência ao atual ministro da Defesa Raul Jungmann. “Não precisa ser da área, porque vai ficar da área… vai ficar aquele problema todo. Alguém como o Jungmann daria, entende? Bem assessorado, tal. O fato é que tem que por alguém com força. Não para fazer nada arbitrário, mas para que as coisas tenham um caminho, né? de desenvolvimento, tudo”, afirmou Serra.
O tucano paulista ainda avalia que Serraglio “foi um bom deputado”, “pode ir para outro Ministério”, mas que não teve “condições iniciais”. “Essa insatisfação com uma certa tibieza do então ministro Osmar Serraglio é reforçada numa ligação telefônica entre Aécio e o senador José Serra”, afirma Janot, na denúncia criminal contra o tucano de Minas.
Defesa
Nota da defesa do senador Aécio Neves:
“A Defesa do Senador Aécio Neves recebe com surpresa a notícia de que, na data de hoje, foi oferecida denúncia contra ele em relação aos fatos envolvendo o Sr. Joesley Batista. Diversas diligências de fundamental importância não foram realizadas, como a oitiva do Senador e a perícia nas gravações. Assim, a Defesa lamenta o açodamento no oferecimento da denúncia e aguarda ter acesso ao seu teor para que possa demonstrar a correção da conduta do Senador Aécio Neves.(AE)

NO COMPLEXO PENAL
CUNHA RECEBEU VISITAS DA MULHER DO OPERADOR DE PROPINAS DO PMDB
OS REGISTROS APONTAM TODAS AS VISITAS A EDUARDO CUNHA ENTRE JANEIRO E 23 DE MAIO

Publicado: domingo, 04 de junho de 2017 às 15:19 - Atualizado às 17:03
Redação
O ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato recebeu a visita da mulher do operador de propinas do PMDB, João Augusto Henriques Rezende, no dia de 10 de janeiro. A informação foi obtida por meio da Lei de Acesso à Informação. Os registros apontam todas as visitas a Eduardo Cunha entre janeiro e 23 de maio.
Henriques, preso em Curitiba desde setembro de 2015 é apontado pela força-tarefa da Lava Jato como o operador que depositou propina a Cunha em contas na Suíça. Os valores teriam saído da compra, pela Petrobras, do campo de petróleo de Benin, na África, em 2011.
Por receber essa propina entre 2010 e 2011, o ex-presidente da Câmara foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a 15 anos e 4 meses de prisão em março deste ano.
O ex-deputado está custodiado no Complexo Médico-Penal em Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Eduardo Cunha foi transferido da Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense para o mesmo presídio estadual em 19 de dezembro do ano passado.
Entre janeiro e maio, Cunha recebeu 71 visitas de 36 pessoas. Deste total, 29 visitantes entraram no Complexo Médico-Penal se identificando como advogados.
Alguns não constam da relação de defensores habilitados a representar o peemedebista nos processos junto à 13ª Vara Federal Criminal, sob tutela do juiz Moro, e nem na 10ª Vara Federal Criminal, do juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, em Brasília.
Luciana T. P. Rezende Henriques, mulher de João Henriques, entrou no Complexo Médico-Penal para visitar Eduardo Cunha com seu cadastro de advogada. Ela foi sócia do marido na empresa Trend Empreendimentos.
Segundo a Lava Jato, a Trend recebeu pelo menos R$ 20,2 milhões de empresas do cartel que fatiava obras na Petrobras, pagando propinas a agentes públicos, partidos e políticos.
Luciana detinha 0,10% do capital social, João Henriques, 99,90%. O casal também foi sócio na JHL Participações Consultoria Assessoria Empresarial. João Henriques detinha 60%, Luciana, 40%.
Em seu interrogatório a Moro, em fevereiro deste ano, o ex-deputado declarou ter ‘convivência quase que diária’ com João Augusto Henriques no Complexo Médico-Penal. Eduardo Cunha declarou, no entanto, ter conhecido o operador de propinas do PMDB ‘durante uma única vez’ antes de encontrá-lo no presídio.
“Se eu tive duas vezes na vida, foi muito. Não tive relação. Eu fui apresentado a ele, porque era o candidato que (ex-deputado) Fernando Diniz estava defendendo na bancada para ser o diretor da Petrobras”, declarou o ex-deputado.
Eduardo Cunha disse ainda, na ocasião, que ‘nunca soube’ que o dinheiro que chegou à sua conta na Suíça havia sido depositado por João Henriques.
Além da mulher do operador do PMDB, outros advogados que não constam do rol formal de constituídos por Cunha no Paraná e em Brasília o visitaram na prisão estadual.
O presidente do PTC, Daniel Tourinho, esteve no presídio em 15 de fevereiro deste ano. O pastor Davi Secundo de Souza, da Assembleia de Deus Ministério de Madureira, em Curitiba, visitou o ex-deputado em quatro oportunidades – 11 de abril e 11 e 18 de abril.
A Assembleia de Deus Ministério Madureira, em Campinas, foi citada na Lava Jato. Denúncia da Lava Jato contra Cunha aponta que o lobista e delator da Lava Jato, Júlio Camargo foi procurado em 2012 por Fernando Soares, que operava a propina para o PMDB na estatal, e lhe indicou que ele deveria fazer pagamento desses valores à Igreja Evangélica Assembleia de Deus. O nome da igreja no registro da Receita Federal corresponde à Igreja Evangélica Assembleia de Deus, ministério Madureira, em Campinas.
Esta acusação foi remetida, no início de maio, a Moro pelo desembargador federal Paulo Espirito Santo, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2).
Segundo a denúncia, que também alcança a ex-prefeita de Rio Bonito, Solange Almeida, o ex-deputado teria pedido propina que somaria US$ 40 milhões do estaleiro Samsung, com sede na Coreia do Sul, para atuar na contratação de navios-sonda com a Petrobras.
O equipamento se destinava a operações de perfuração em águas profundas na África e no Golfo do México e a negociação teria sido efetuada com a intervenção de Solange Almeida e de Júlio Camargo, que prestou colaboração premiada e foi condenado pela Justiça Federal paranaense.
Davi Secundo de Souza e Luciana Rezende Henriques não foram localizados. A reportagem ligou para o escritório do advogado de João Henriques, mas ninguém atendeu. A reportagem fez contato com a assessoria de Daniel Tourinho. Não houve retorno.
Defesa
Com a palavra, o advogado Ticiano Figueiredo, que defende Eduardo Cunha
“Acho absurdo, criminoso, o vazamento dos advogados que visitam Eduardo Cunha. Espanta a Ordem dos Advogados do Brasil não tomar qualquer tipo de providência, isso é um estupro a prerrogativa de qualquer advogado. A Luciana está lá todo os dias para estar com o João Henriques (apontado como lobista do PMDB). O que mais me espanta nesse acontecido é o que menos se divulga, a violação dessa prerrogativa do preso e do advogado, e o silencio da OAB que já deveria ter se manifestado na mesma velocidade que se manifestou sobre o impeachment. É prerrogativa de qualquer advogado com ou sem procuração ter contato com uma parte do processo. A Luciana toda vez que a gente vai lá, ela está lá com João. Pode ser um equívoco (a inclusão do nome da mulher do lobista na lista de visitantes de Eduardo Cunha).”(AE)

NO BLOG DO JOSIAS
TSE decide nesta semana que tribunal quer ser
Josias de Souza
Segunda-feira, 05/06/2017 04:13
O Tribunal Superior Eleitoral retomará nesta terça-feira (6) o julgamento sobre as irregularidades na campanha da chapa Dilma-Temer.
Há no processo uma montanha de evidências de que o comitê vitorioso na disputa presidencial de 2014 utilizou verba roubada da Petrobras para se financiar.
A despeito disso, o TSE flerta com a possibilidade de instalar no seu plenário um forno de assar pizzas.
Neste julgamento, o TSE não decidirá apenas contra ou a favor de Temer e Dilma. Decidirá que tribunal deseja ser perante a História.

Governo se mexe para barrar na Câmara denúncia da Procuradoria contra Temer
Josias de Souza
Segunda-feira, 05/06/2017 03:56
Convencidos de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot prepara uma denúncia contra Michel Temer, os operadores políticos do governo se apressam em colocar de pé uma estratégia para barrar a iniciativa na Câmara. Antes de analisar a denúncia da Procuradoria e decidir se abre ou não uma ação penal contra o presidente, o Supremo Tribunal Federal terá de obter autorização de pelo menos dois terços da Câmara — 342 votos dos 513 disponíveis.
Conforme já explicado aqui, a investigação que pode resultar na abertura de uma ação penal contra Temer segue uma coreografia muito parecida com o rito do impeachment que ceifou o mandato Dilma Rousseff. A diferença em relação ao crime de responsabilidade é que nos casos que envolvem crimes comuns, depois da autorização da Câmara, cabe ao Supremo julgar o presidente, não ao Senado. Temer é investigado por suspeita de corrupção, obstrução de Justiça e organização criminosa.
No papel, os deputados supostamente governistas somam 411 votos na Câmara. No mundo real, o governo não conseguiu reunir nem os 308 votos necessários à aprovação da emenda constitucional da reforma da Previdência. Porém, embora o presidente esteja politicamente debilitado, o Planalto está otimista quanto às chances de enterrar a denúncia de Janot. De fato, o desafio é maior para os adversários do que para Temer.
Diferentemente do que ocorre com a reforma da Previdência, na votação sobre a denúncia de Janot, os defensores do afastamento do presidente é que terão de colocar em plenário os 342 votos exigidos pela Constituição. Se tiver do seu lado 171 deputados, Temer prevalecerá na Câmara. E não precisa nem que seus aliados deem as caras na sessão. A abstenção ou a simples ausência valem tanto quanto um voto contra a denúncia. O importante é não deixar que os partidários do ‘fora, Temer’ levem ao painel eletrônico os dois terços.
Resta saber como Temer se reposicionará em cena se o ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, filmado recebendo mala com propina de R$ 500 mil da JBS e preso no último sábado, fechar um acordo de delação premiada com a Procuradoria. Dilma Rousseff também imaginou que o condomínio governista, por majoritário, barraria o pedido que resultou na sua deposição pelo Senado. Mas o derretimento do poder petista foi tão avassalador que a autorização para abertura do processo de impeachment foi aprovado por 367 deputados — 25 além do mínimo necessário.

NO O ANTAGONISTA
Quem vai delatar: Palocci ou Mantega?
Brasil Segunda-feira, 05.06.17 07:17
Entre Antonio Palocci e Guido Mantega, só há lugar para um delator.
Diz o Estadão:
“A delação da J&F foi decisiva para que os petistas passassem a ser vistos como ‘delatores concorrentes’. Para a Lava Jato, não há espaço para Palocci e Mantega fazerem acordos de colaboração simultâneos. Conseguirá obter o benefício aquele que revelar mais fatos e apresentar o maior número de provas de corroboração”.
Uma avalanche de denúncias
Brasil 05.06.17 07:02
O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, da Lava Jato, defendeu o acordo da JBS.
Ele disse ao Estadão:
“A delação da JBS, pela amplitude política de suas revelações, deve gerar uma avalanche de procura por acordos”.
O procurador Helio Telho concordou com ele:
“Imagine quantos corruptos não devem estar pensando ou conversando com seus advogados sobre as vantagens de se adiantar e procurar o MPF para contar o que sabem, antes de serem delatados por comparsas, ou de serem acordados pela Polícia Federal ao nascer do Sol. O recado é que a água está limpa para quem chega primeiro”.
Nova temporada de delações
Brasil 05.06.17 06:56
O Estadão, em editorial, ataca a PGR e o acordo assinado com a JBS.
O mesmo jornal, porém, diz que esse acordo vai estimular novas denúncias e liquidar de uma vez por todas a ORCRIM de Lula e Dilma Rousseff.
Leia um trecho da reportagem:
“A delação dos executivos do Grupo J&F deve abrir uma nova temporada de acordos de colaboração premiada na Operação Lava Jato.
Investigadores e advogados esperam um crescimento no número de candidatos a colaboradores, em especial políticos e assessores, que podem ampliar denúncias contra o PT e o presidente Michel Temer.
São cerca de 15 negociações em andamento, apenas em Curitiba, origem da força-tarefa que apura esquema de corrupção na Petrobras. Antonio Palocci e Guido Mantega, por exemplo, podem delatar aos procuradores da Lava Jato repasses ilícitos à campanha pela reeleição de 2014, implicando PT e PMDB”.
A cruzada do Estadão
Brasil 05.06.17 06:00
O Estadão ataca diariamente a Lava Jato desde que Michel Temer foi flagrado com Joesley Batista na garagem do Palácio do Planalto.
Só para não perder o costume, leia um trecho do editorial desta segunda-feira:
“Não é de hoje que uma parte da força-tarefa da Lava Jato considera que há uma conspiração de políticos para sabotar a operação. Qualquer movimento no governo, no Congresso ou no Judiciário que não seja de incondicional apoio às atividades da Lava Jato é apontado como manobra para impedir que os políticos corruptos paguem pelo que fizeram, e para obstar o saneamento da vida pública nacional que os procuradores julgam realizar há três anos. Em lugar de reconhecer os erros e exageros cometidos no decorrer da operação, que em certos momentos se assemelha a uma cruzada, alguns procuradores e investigadores acabam de revelar sua disposição de divulgar uma nova avalanche de denúncias, com o objetivo de neutralizar os efeitos das críticas que vêm sofrendo e que, para eles, fazem parte de uma ofensiva para desmoralizá-los. Se têm conhecimento de ilícitos, sua obrigação de ofício é revelá-los às autoridades judiciárias – e não usar tais informações para valorizar suas posições. Não fica bem que ajam como pessoas incompreendidas e injustiçadas.
Essa estratégia de vitimização tem se tornado muito comum no Brasil. Quando alguém se julga moralmente superior e responsável pela regeneração nacional, tende a considerar qualquer reparo ao seu comportamento como uma intolerável reação dos que querem manter tudo como está. Como o imaginário popular considera todos os políticos corruptos – ainda que muitos sejam verdadeiramente honestos –, é fácil para esses paladinos da pureza contrapor-se a quem não os apoia integralmente, tratando-os como inimigos do processo de higienização do mundo político”.
Lula sem gaveta
Brasil 05.06.17 06:37
Michel Temer, para evitar que o TSE casse seu mandato, tem de impedir que o tribunal avalie as provas apresentadas pelos delatores da Odebrecht.
Lula está mais encrencado do que ele, porque tem um juiz que nunca engavetou provas.
Moro com Odebrecht
Brasil 05.06.17 06:23
O juiz Sergio Moro, hoje à tarde, vai interrogar Emilio Odebrecht sobre o prédio do Instituto Lula, comprado pelo departamento de propinas da empreiteira e registrado em nome de uma empresa laranja.
Fatos novos
Brasil 05.06.17 06:10
O advogado de Michel Temer tentou se antecipar à PGR dizendo que mais grampos devem ser divulgados nas próximas horas.
O presidente da República está desesperado porque não sabe exatamente o que a PF e os procuradores descobriram a respeito dele.
(O Globo)
Rocha Loures quer depor após início do julgamento no TSE
Brasil Domingo, 04.06.17 20:15
Rodrigo Rocha Loures não quer prestar depoimento à PF na segunda-feira, mas apenas na quarta-feira, no final da tarde.
Um dia depois do início do julgamento da chapa Dilma/Temer no TSE.
Seu advogado disse a O Globo que já acertou tudo com a PF.
A carta de Rocha Loures para a mulher grávida
Brasil 04.06.17 16:41
O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures escreveu da carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Brasília uma carta para a mulher grávida, segundo fontes ouvidas pelo Globo.
"Ele disse para ela que está tudo bem e que ela tinha de ficar calma e se preocupar somente com o quartinho do bebê. Não deve ser fácil estar com oito meses de gravidez e ter o marido preso."
A carta foi enviada por meio dos advogados de Loures, que, estando em prisão preventiva, corre o risco de não assistir ao parto.
A vontade de acompanhar o nascimento e o crescimento do bebê pode pesar como o fator detonador da delação de Loures, pela qual pressionam seus familiares.
É o temor do Planalto.
Primeira presidente "Coxa" do PT não vai ficar enumerando "erros"
Brasil 04.06.17 17:06
De Gleisi Hoffmann, a primeira presidente "Coxa" do PT, ainda no Congresso petista, vulgo Congresso da Papuda:
"Não somos organização religiosa, não fazemos profissão de culpa, tampouco nos açoitamos. Não vamos ficar enumerando os erros que achamos para que a burguesia e a direita explorem nossa imagem."
Nota-se.
Gleisi ainda trata os crimes petistas como "erros".
A "Coxa" da empreiteira mais rica do Brasil ainda trata os críticos do PT como "burguesia".
PT e petistas lideram ranking de propina da JBS
Brasil 04.06.17 15:28
O PT e seus integrantes lideram o ranking dos destinatários da propina da holding J&F Investimentos paga por meio de Caixa 2 de campanhas eleitorais.
O levantamento é do Estadão, com base nos relatos dos delatores da controladora da JBS.
Dos cerca de R$1,4 bilhão que os Batista confessaram ter pago, R$616 milhões foram para os petistas, sempre segundo os delatores.
Parabéns.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 26/02/2024 - SEGUNDA-FEIRA