PRIMEIRA EDIÇÃO DE 27-5-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SÁBADO, 27 DE MAIO DE 2017
Cresce a suspeita de que a cúpula do PT planejou o badernaço em Brasília, com violência e vandalismo, incluindo a tentativa de incendiar ministérios. O caso foi entregue à Polícia Federal. O presidente do PT, Rui Falcão, e outros dirigentes chegaram a Brasília no início da semana para o protesto do dia 24. Na véspera, 23, senadores do PT pediram ao governador de Brasília que a Polícia Militar não revistasse ônibus chegando com manifestantes. Ele se negou a atender o pedido.
O governo acha que ônibus de sindicalistas e “mortadelas” transportava “apetrechos de combate” como bombas, porretes e coquetéis molotov.
Desde março de 2016, Lula exorta seguidores a “ir pro cacete”, como em telefonema com Lindbergh Farias (PT-RJ) gravado pela Justiça.
“Não tem mais jeito, não tem nem dó, nem piedade”, diz o ex-presidente naquela conversa telefônica com o senador fluminense.
Na gravação, Lindbergh promete “ir pro pau”. Ele foi um dos petistas que pediram para a PM de Brasília não revistar ônibus de militantes.
A Câmara dos Deputados renovou sem licitação, por R$2,5 milhões, o contrato de serviços com o hospital Sírio-Libanês, famoso por atender os políticos e celebridades. Além disso, a Câmara ainda gasta R$100 milhões por ano para manter um autêntico hospital de ponta, com equipamentos como tomógrafo, raros no SUS. Os deputados não querem nem ouvir falar em extinguir seu serviço médico, como fez o Senado nos tempos em que era presidido por Renan Calheiros.
Os equipamentos modernos e até os profissionais do serviço médico do Senado foram disponibilizados ao SUS, após sua extinção.
A UTI móvel da Câmara socorreu o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) quando ele passou mal, há dias. No Senado já não há ambulância.
Apesar de alto, o contrato do Sírio-Libanês é irrisório perto dos R$104 milhões gastos na Câmara sem licitação, entre janeiro e abril.
Aliados do governo, como PSDB, decidiram priorizar as reformas, sem as quais o Brasil desanda. “Se tiver de ser, será”, deu de ombros um senador tucano, sobre a eventual saída de Michel Temer do cargo.
Até agora, a maior multa nos Estados Unidos com base na Lei de Práticas Corruptas no Exterior (FCPA, sigla em inglês), da qual a JBS tenta fugir, foi aplicada à Siemens, de US$800 milhões (R$2,5 bilhões). A expectativa é que a multa à JBS USA será novo recorde.
A oposição no Senado promete “todos os recursos de obstrução” para tentar impedir, terça (30), a votação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos. Semana passada não deu certo.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), não descarta levar requerimento de urgência para que a reforma trabalhista seja votada no plenário. Dessa forma, a obstrução da oposição seria inútil.
No próximo dia 15 de junho a PEC que dá autonomia à Polícia Federal faz aniversário. Parecer favorável foi lido na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, mas, depois disso, nenhuma movimentação.
Será novamente posto à prova na Câmara, terça (30), o protesto juvenil da oposição, que deixou o plenário, quarta (24), e permitiu ao governo aprovar 6 medidas provisórias. Serão votadas três MPs e 17 vetos.
O governo federal trabalha com um dado preocupante, que atribui à lei penal fato comum de presídios como o potiguar Alcaçuz, onde houve uma sangrenta rebelião: 100% dos presos são reincidentes.
O rapaz que, coitado, perdeu três dedos na explosão de rojão (quando se preparava para lançar contra policiais) estuda na UFSC. Matou aulas pagas pelo contribuintes para ajudar a tocar o terror em Brasília.
...o juiz Sérgio Moro inocentou a mulher, mas prendeu o dinheiro.

NO DIÁRIO DO PODER
PEDIU DEMISSÃO
MARIA SILVIA BASTOS MARQUES ENTREGA O CARGO DA PRESIDÊNCIA DO BNDES
PRESIDENTE DO BNDES PEDIU DEMISSÃO POR 'MOTIVOS PESSOAIS'
Publicado: sexta-feira, 26 de maio de 2017 às 16:23 - Atualizado às 16:49
A presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques pediu demissão do cargo nesta sexta (26) por motivos pessoais. Em nota, a economista e pesquisadora disse ter informado a decisão pessoalmente ao presidente Michel Temer. Entretanto, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto ainda não confirmou a saída de Maria Silvia.
No comando do banco desde 1º de junho de 2016, Maria Silvia substituiu Luciano Coutinho ainda durante o governo interino de Temer. O diretor Ricardo Ramos, servidor de carreira do BNDES, assume interinamente o cargo.
Confira o comunicado divulgado pelo BNDES sobre a saída.
COMUNICADO
Maria Silvia Bastos Marques informou pessoalmente hoje, (26 de maio), ao presidente Michel Temer, a decisão de deixar a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por razões pessoais.
O diretor Ricardo Ramos, pertencente ao quadro de carreira do BNDES, responderá interinamente pela presidência do Banco.
DO IBGE PARA BNDES
MICHEL TEMER ESCOLHE PAULO RABELLO CASTRO PARA SER O PRESIDENTE DO BNDES
CASTRO ESTAVA NO COMANDO DO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
Publicado: sexta-feira, 26 de maio de 2017 às 19:13 - Atualizado às 19:14
Redação
O presidente Michel Temer escolheu Paulo Rabello Castro para assumir a presidência do BNDES. Nesta sexta-feira (26) Maria Silvia Bastos Marques pediu demissão, alegando 'razões pessoais'.
Castro estava no comando do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desde junho do ano passado. 
Paulo Rabello Castro é economista, formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), formado também em direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), tendo doutorado em economia pela Universidade de Chicago (EUA).

OPERAÇÃO PATMOS
POLÍCIA FEDERAL ENCONTRA NO APARTAMENTO DE AÉCIO NEVES ANOTAÇÃO ‘CX2’
A IRMÃ DE AÉCIO, ANDREA NEVES E SEU PRIMO FREDERICO PACHECO FORAM PRESOS NA PATMOS
Publicado: sexta-feira, 26 de maio de 2017 às 19:26 - Atualizado às 19:27
Redação
No último dia 18, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Patmos, encontrou no apartamento, na zona sul do Rio de Janeiro, do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), um documento com anotação manuscrita ‘cx2’.
A PF apreendeu diversos documentos ‘acondicionados em sacos plásticos transparentes dentre eles 01 papel azul com senhas, diversos comprovantes de depósitos e anotações manuscritas, dentre elas a inscrição cx2’.
Também foram apreendidos outros objetos como, obras de artes, dois celulares, três pen drives, um aparelho bloqueador de sinal telefônico, uma fita de vídeo com a dedicatória do empresário Alexandre Accioly e um caderno espiral.
O empresário Accioly é compadre de Aécio e será investigado pelo MPF depois de uma ligação interceptada pela Polícia Federal.
Accioly foi citado por um delator da Odebrecht como sendo dono de uma conta em Cingapura, que teria recebido depósitos de propinas destinados ao tucano.
A irmã de Aécio, Andrea Neves e seu primo Frederico Pacheco foram presos durante a operação.

CASO JBS
JANOT DIZ QUE TEMER FEZ CONFISSÃO EXTRAJUDICIAL DE 'DIÁLOGO SECRETO'
PROCURADOR PEDIU AO SUPREMO AUTORIZAÇÃO PARA OUVIR O PRESIDENTE
Publicado: sexta-feira, 26 de maio de 2017 às 18:53
Redação
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot pediu autorização ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), para tomar o quanto antes o depoimento do presidente da República, Michel Temer (PMDB), do senador afastado Aécio Neves(PSDB-MG) e do deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) no curso do inquérito aberto contra os três a partir da delação da JBS. Em relação ao depoimento de Temer, Janot disse a Fachin que a oitiva deve acontecer “nos moldes a serem definidos por Vossa Excelência [Fachin]”.
Janot afirma que, por haver investigados presos — Andréa Neves e Frederico Pacheco de Medeiros, irmã e prima de Aécio, e Mendherson Souza Lima —, o prazo para a conclusão da investigação por parte da Polícia Federal e da própria apresentação da denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR) é mais curto.
“Conjugando o regime preconizado pelo Código de Processo Penal e pelo Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, a Polícia Federal tem o prazo de 10 dias, contados da realização da prisão, para finalizar as investigações e remeter o inquérito para o Ministério Público Federal, que, por sua vez, possui o prazo de 5 dias para oferecer denúncia ou requerer o arquivamento”, disse Janot.
“Há a necessidade de ultimação de inquérito no prazo acima apontado em virtude de haver investigado preso, devendo ser efetivadas diligências a fim de angariar elementos a formação da opinio delicti”, disse Janot. Além de ouvir os investigados, Janot falou que também é necessário analisar o material apreendido na Operação Patmos de busca e apreensão, no dia 18.
Outra pendência no inquérito é a conclusão da perícia dos áudios das conversas gravadas pelo delator Joesley Batista, do Grupo J&F. Janot comenta que já concordou com a realização da análise da validade dos áudios.
Temer, Aécio e Rocha Loures são investigados por corrupção passiva, constituição e participação em organização criminosa e obstrução à investigação de organização criminosa.
Confissão 
Janot também afirmou que Temer fez uma “confissão espontânea” durantes os pronunciamentos públicos realizados após o escândalo vir à tona, ao admitir o encontro, à noite, com Joesley no Palácio do Jaburu, o diálogo sobre possível corrupção de juízes, diálogo sobre a relação de Joesley com o ex-presidente Eduardo Cunha, e o fato de Temer ter indicado o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures para tratar de temas com o empresário.
“Ocorre que, em que pese Michel Temer alegar ilicitude da gravação e questionar a integridade técnica desta, cumpre ressaltar que, em pronunciamentos recentes, o Presidente da República não negou o encontro nem o diálogo noturno e secreto com o colaborador JOESLEY BATISTA, tampouco nega que o colaborador tenha lhe confessado fatos criminosos graves, o que demandaria, no mínimo, comunicação de tais crimes as autoridades competentes”, afirmou Janot.
Janot interpretou que, nos pronunciamentos de Temer, houve “confissão no sentido de que os interlocutores dialogaram sobre possível corrupção de agentes públicos”.
O procurador-geral cita um trecho de discurso de Temer: “Devo até registrar, devo até registrar, que é interessante quando os senhores examinam o seu depoimento e o áudio, os senhores verificam que a conexão de uma sentença a outra, não é conexão de quem diz: olhe eu estou comprando o silencio de um ex-deputado e estou dando tanto a ele. Não! A conexão é com a frase: ‘eu me dou muito bem com o ex-deputado, mantenho uma boa relação’, e eu disse: mantenha isso, viu? Enfatizou muita, o viu.”
Em seguida, Janot retoma e diz que: “de fato, o que consta desse trecho do discurso e o reconhecimento por parte do investigado MICHEL TEMER da existência do diálogo com JOESLEY e da boa relação entre JOESLEY com EDUARDO CUNHA”.
“A interpretação do diálogo e do que significa esta anuência por parte do investigado MICHEL TEMER será avaliada no momento da formação da opinio delicti”, diz Janot.
Gravações 
Em defesa ao uso da gravação de áudios por parte do delator, Janot compara ainda o caso de Temer com os diálogos interceptados entre a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em março de 2016, quando os dois petistas discutiam a nomeação de Lula para o cargo de ministro da Casa Civil.
Citando o posicionamento do ministro do Supremo Tribunal federal, Gilmar Mendes, no caso envolvendo Dilma e Lula, ele diz que é possível afirmar “as confissões espontâneas têm força para provar a existência da conversa e do seu conteúdo”.
Na ocasião, Gilmar, que era relator do mandado de segurança que impediu Lula de assumir o cargo, afirmou que “em pelo menos duas oportunidades, a presidente da República admitiu a conversa, fazendo referências ao seu conteúdo” e que isso caracterizava ainda que “há uma admissão pessoal da existência da conversa e da autenticidade do conteúdo da gravação”. (AE)

PREVIDÊNCIA
PRESO NOS EUA, EX-PRESIDENTE DA CBF RECEBE R$ 20 MIL POR MÊS DE PENSÃO
MARIN TEM CARTEIRA PREVIDENCIÁRIA DOS DEPUTADOS PAULISTAS HÁ 30 ANOS
Publicado: sexta-feira, 26 de maio de 2017 às 17:26
Redação
Preso em Nova York acusado de levar propinas em contratos da CBF, o ex-presidente da entidade, José Maria Marin recebe pensão vitalícia do Estado de São Paulo no valor de R$ 20.257,80 por mês. A pensão parlamentar é relativa à extinta carteira previdenciária dos deputados paulistas.
De acordo com a Secretaria da Fazenda, responsável pelos pagamentos, Marin contribuiu por 16 anos, de 1971 a 1987. Ele recebe a pensão há mais de 30 anos, desde o dia 16 de março de 1987.
O valor é reajustado na mesma proporção dos deputados estaduais em mandato. Em 2012, por exemplo, Marin recebia R$ 16.033,00 por mês de pensão. O ex-presidente da CBF foi deputado estadual por dois mandatos, de 1971 a 1979. Também foi governador do Estado por dez meses, entre 1982 e 1983.
Advogados ouvidos pelo Estado dizem que juridicamente não há problemas no fato de o ex-dirigente continuar recebendo a pensão mesmo estando preso à espera de julgamento. Marin está em prisão domiciliar em Nova York, nos EUA, desde 2015 e o início do seu julgamento e dos outros cartolas do futebol acusados de corrupção está marcado para novembro. À reportagem, os advogados de Marin no Brasil confirmaram que o ex-presidente recebe mensalmente a pensão parlamentar.
Em Nova York, o dirigente pode sair de casa até sete vezes por semana desde que permaneça dentro de um raio de até duas milhas (o equivalente a três quilômetros) do prédio onde mora e esteja acompanhado por um segurança. O Departamento de Justiça dos EUA também faz o monitoramento eletrônico de Marin através de tornozeleira. Cabe ao ex-dirigente pagar a manutenção de câmeras de segurança instaladas na porta de seu apartamento e em todas as saídas do prédio.
Marin é acusado de receber subornos e propinas em contratos de comercialização e direitos de marketing de torneios organizados pela Conmebol e pela CBF. Em abril de 2014, por exemplo, Marin teria viajado para Miami para participar de uma conferência de imprensa e teve uma reunião com J. Hawilla (dono da Traffic) para acertar os pagamentos da propina. (AE)


NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Eliane Cantanhêde: O calote do século
Temer tem muito a explicar, mas perdão a Joesley Batista é premiar a corrupção
Por Augusto Nunes
Sexta-feira, 26 maio 2017, 18h37more_horiz
Publicado no Estadão
Antes que a gente se esqueça, Joesley Batista, da JBS, que já foi um dos “campeões nacionais” do BNDES, é agora campeão internacional do calote, um calote não numa pessoa, numa empresa ou num banco, mas num país inteiro. Um país chamado Brasil, onde não sobra ninguém para contar uma história decente e abrir horizontes.
Enquanto amealhava R$ 9 bilhões do BNDES, mais uns R$ 3 bilhões da CEF, mais sabe-se lá quanto de outros bancos públicos nos anos beneficentes de Lula, Joesley saiu comprando governos, partidos e parlamentares. Quando a coisa ficou feia, explodiu o governo Temer, a recuperação da economia e a aprovação das reformas, fez um acordo de pai para filho homologado pelo STF e foi viver a vida no coração de Nova York.
O BNDES, banco de fomento do desenvolvimento nacional, foi usado para fomento de empregos, fábricas e crescimento nos Estados Unidos, onde Joesley e o irmão, Wesley, usaram o rico e suado dinheirinho dos brasileiros para comprar tudo o que viam pela frente. Detalhe sórdido: os frigoríficos que adquiriram lá competem com os exportadores brasileiros de carne. Uma concorrência para lá de desleal.
Eles se negam a pagar os R$ 11 bilhões do acordo de leniência com a PGR, até porque o dinheiro público camarada do Brasil foi usado para sediar 70% dos negócios nos EUA, 10% em dezenas de outros países e só 20% no Brasil. Se esses procuradores encherem muito a paciência, eles jogam esses 20% pra lá, fecham as portas e esquecem a republiqueta de bananas.
Além de sua linda mulher (como nos clássicos sobre gângsteres), Joesley levou para a grande potência seu avião Gulfstream G650, de 20 lugares e US$ 65 milhões. Também despachou num navio para Miami seu iate do estaleiro Azimut, de três andares, 25 lugares e US$ 10 milhões. Quando enjoar de Nova York, vai passar uns tempos nos mares da Flórida.
Enquanto arrumava as malas, Joesley aplicou US$ 1 bilhão no mercado de câmbio, fez megaoperações nas Bolsas e ficou aguardando calmamente o Brasil implodir no dia seguinte, para colher novos milhões de dólares. E deixou para trás sua vidinha de açougueiro no interior de Goiás, uma sociedade pasma e um monte de interrogações.
Por que, raios, Lula e o BNDES jorraram tantos bilhões numa única empresa? Joesley podia usar o dinheiro com juros camaradas e comprar aviões e iates para uso pessoal? Os recursos não teriam de gerar desenvolvimento e emprego para os brasileiros? E, se o seu amigão (como dos Odebrecht) era Lula, a JBS virou uma potência planetária na era Lula e se ele diz que despejou US$ 150 milhões para Lula e Dilma Rousseff no exterior, por que Joesley, em vez de gravar Lula, foi direto gravar Temer?
Mais: como um biliardário, que adora brinquedos caros e sofisticados, partiu para uma empreitada de tal audácia com um gravadorzinho de camelô? Como dar andamento e virar o País de ponta-cabeça sem uma perícia elementar na gravação? Enfim, por que abrir monocraticamente um processo contra o presidente da República? E, enquanto Marcelo Odebrecht conclui seu segundo ano na cadeia, já condenado a mais de 10 anos, os Batista estão livres da prisão, sem tornozeleira e sem restrição para sair do País.
Nada disso, claro, significa livrar Aécio ou Temer, que tem muchas cositas más a explicar, como R$ 1 milhão na casa do coronel amigo, R$ 500 mil da mala do assessor Rocha Loures, um terceiro andar do Planalto onde assessores só produziam escândalos.
A sociedade, porém, reage mal ao final feliz dos Batista. A não ser que não seja final ainda, pois a homologação do STF é uma validação formal, mas cabe ao juiz, na sentença, fixar os benefícios da delação. Em geral, o juiz segue os termos do acordo original, mas não obrigatoriamente, e pode haver, sim, fixação de penas. Oremos, pois!

NA VEJA.COM
Temer pede sorteio de novo relator para inquérito no STF
Defesa do presidente argumenta que processo aberto contra o peemedebista não tem relação com a Lava Jato, cujo relator na corte é o ministro Edson Fachin
Por Da redação
Sexta-feira, 26 maio 2017, 22h37more_horiz
Em um movimento que vinha sendo estudado desde o início da semana, a defesa do presidente Michel Temer pediu que o inquérito aberto contra o peemedebista no Supremo Tribunal Federal (STF) seja redistribuído, em um sorteio de um novo relator. Atualmente, o processo está nas mãos do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo. A defesa alega que o inquérito não tem relação com os crimes envolvendo a estatal.
Temer também pede que a investigação seja desmembrada, e corra em separado à apuração sobre os fatos suspeitos contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
A petição da defesa de Temer foi encaminhada ao ministro Edson Fachin, relator do inquérito, poucas horas depois de a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter pedido autorização para marcar o depoimento do presidente. Enquanto a defesa pede a suspensão da investigação até a conclusão da perícia no áudio de Joesley Batista, o procurador-geral Rodrigo Janot defende o prosseguimento, alegando que, por haver investigado preso, o prazo para a conclusão da apuração e para o oferecimento de denúncia é mais curto do que o normal.
Os advogados de Michel Temer dizem que “os fatos que se pretende levar a investigação em face do Sr. Presidente da República são totalmente distintos daqueles imputados ao Senador Aécio Neves e ao Deputado Rodrigo Loures”.
Sobre o sorteio de um novo relator, a defesa afirmou que a investigação não tem nada a ver com a Lava Jato, com a delação premiada do ex-dirigente do BNDES Fábio Cleto e com a denúncia que foi oferecida contra o então deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – este último caso baixou para a primeira instância após o peemedebista perder o cargo.
“Em suma, Culto Ministro, a conclusão que fica é a de que os fatos imputados ao ora requerente não guardam conexão processual com qualquer outro procedimento já instaurado. Não há qualquer risco de conduções conflitantes caso, na distribuição, seja sorteado outro Ministro como Relator. Não haverá qualquer prejuízo à prestação jurisdicional”, afirmam Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, Sérgio Eduardo Mendonça de Alvarenga e Gustavo Bonini Guedes, advogados do presidente.

NO BLOG DO JOSIAS
Presidente perfeito é um monstrengo improvável
Josias de Souza
Sábado, 27/05/2017 05:00
No momento em que um Congresso Nacional sujo não consegue encontrar um personagem mal lavado para colocar no lugar de Michel Temer, surgiu o candidato perfeito à Presidência do Brasil. Foi criado num processo de fusão de imagens a frio.
É diferente de tudo o que se conhecia em matéria de presidenciável fora dos manuais de marketing: careca, olhar triste, orelhas miúdas, narigudo e boca desproporcional. Um monstrengo improvável.
O presidente perfeito jamais venceria um concurso de beleza. Em compensação, nunca seria deposto nem receberia voz de prisão. Sua estética é a ética.
Ou seja: em tempos de Lava Jato, o presidente perfeito não teria a menor chance de prevalecer numa eleição indireta no Legislativo. (...)

Brasil gosta tanto de piada que o TSE virou uma
Josias de Souza
Sábado, 27/05/2017 03:43
A relação incestuosa de Michel Temer com um pedaço do plenário do Tribunal Superior Eleitoral transformou a apreciação das contas da campanha vitoriosa em 2014 numa casa da Mãe Joana. A pretexto de contribuir para a salvação do PIB, a veneranda senhora vinha usando as provas que incriminam a chapa Dilma—Temer como gordura na fritura do próprio TSE. Subitamente, a conjuntura virou. E a Corte Eleitoral promote para o dia 6 de junho um espetáculo inédito: vai desfritar um ovo.
As páginas do processo expõem uma inacreditável realidade. Nela, um mar de dinheiro roubado da Petrobras escorreu para o Caixa do comitê eleitoral de Dilma. Mas quando o processo ganhou corpo uma outra realidade se apresentou, mais inacreditável do que a anterior. Magistrados tarimbados, de aparência respeitável, aceitaram a tese de que a lama era de responsabilidade de Dilma. E Temer não tinha nada a explicar. Como Dilma já fora deposta, o assunto estava encerrado.
A lama escorreu pelos escaninhos do TSE por um ano. Algumas togas conviveram com as provas fingindo que elas não se avolumavam no processo e no site do tribunal. Os julgadores pisavam nas evidências distraídos quando a delação da JBS transformou Temer num morto-vivo investigado no Supremo Tribunal Federal por corrupção, obstrução da Justiça e formação de organização criminosa.
Nada a ver com crimes eleitorais demonstrados nos autos do TSE. Mas o governo que prometia recolocar a economia nos trilhos descarrilou. E tudo o que o TSE fingia que não aconteceu passou a merecer explicação. Temer ainda não sabe o que dizer. Mas já esboçou uma rota de fuga. Sonha com um pedido de vista que adie o julgamento indefinidamente. Se um dos sete ministros do TSE se prestar a desempenhar esse papel não restará dúvida: o Brasil gosta tanto de piadas que o Tribunal Superior Eleitoral se transformou em uma.

Saída de Maria Silvia é um desastre para Temer
Josias de Souza
Sexta-feira, 26/05/2017 19:24
Envolto há dez dias na mais grave crise do seu governo, Michel Temer rumava para o final de semana aliviado. Ele soou otimista em vídeo jogado nas redes sociais na noite de quinta-feira. Discutiu com auxiliares na manhã desta sexta os “anúncios importantes” que fará nos próximos dias. Em privado, dizia ter “recuperado o fôlego”. De repente, caiu-lhe sobre a cabeça carta de demissão da presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos — um desastre que devolveu Temer à realidade.
A logomarca do BNDES apareceu num dos trechos da gravação do diálogo do delator Joesley Batista com Temer. Nele, o dono da JBS expôs o que o presidente definiria depois como “reclamações contra o ministro da Fazenda, contra o Cade, contra o BNDES.” As queixas do empresário são uma “prova cabal de que meu governo não estava aberto a ele”, disse Temer há uma semana, evocando a atuação de Maria Silvia e de Pedro Parente, presidente da Petrobras, como evidências da seriedade de sua gestão.
O problema é que, se o trecho do áudio mencionado na autodefesa de Temer provou alguma coisa foi que um empresário corrupto, depois de se defrontar com a resistência de servidores como a presidente do BNDES, decidira cobrar do presidente da República a solidariedade de que se julgava credor. E foi correspondido.
Na gravação que fundamentou a abertura de inquérito contra Temer no STF, Joesley pediu ao presidente um “alinhamento” de posições que lhe permitisse ser mais direto nas cobranças para que o ministro Henrique Meirelles, seu interlocutor, fosse sensível aos seus pedidos. E Temer: “Pode fazer isso.”
Em depoimento à Procuradoria da República, Joesley declarou que Temer interveio pessoalmente a favor de sua empresa junto ao BNDES. “Eu tive informações que ele intercedeu no BNDES tentando me ajudar”, disse o delator aos procuradores. “Depois ele me confirmou e disse que esteve no Rio falando com a presidente” do banco. O esforço resultou “infrutífero”.
Maria Silvia tornara-se uma pedra no sapato dos chamados “campeões nacionais”. Ela irritara gente como o delator Joesley Batista, que havia se acostumado a aproveitar as facilidades da era petista para azeitar com dinheiro fácil e barato do BNDES a expansão internacional do seu conglomerado. Súbito, o cofre se fechou. Sob nova administração, o bancão oficial passou a ser mais criterioso na análise de suas operações de crédito.
Sobreveio a pressão para que o BNDES parasse de torcer o nariz dos grandes “empreendedores”. Os ataques a Maria Silvia não vinham apenas dos escritórios assentados nas avenidas Paulista, Faria Lima e Berrini. Um de seus críticos vira a maçaneta do gabinete presidencial na hora que quer e desfruta de acesso irrestrito aos ouvidos de Temer: o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência).
Equilibrando-se em meio ao entrechoque de forças antagônicas, Temer sempre pareceu mais dúbio do que Maria Silvia gostaria. Ela entregou os pontos. “Razões pessoais”, alegou. Depois de prevalecer, Moreira Franco abençoou a nomeação do novo mandachuva do BNDES: Paulo Rabello de Castro. Na semana em que Temer imaginava ter recuperado o fôlego, a água continua na altura do nariz.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Sexta-feira, maio 26, 2017
A FÁBULA DOS GAMBÁS E OS PINTINHOS: A DERRADEIRA DENÚNCIA NÃO DEIXA MAIS DÚVIDAS SOBRE QUEM É O DONO DO SÍTIO DE ATIBAIA
O BICHO PEGOU: O caseiro Maradona (centro) informava Lula sobre tudo o que dizia respeito ao sítio. Até sobre a morte de marrecos. (Foto IstoÉ/Divulgação)

Deixaram a raposa – ou para ser mais preciso, o gambá – cuidando do galinheiro e o resultado não poderia ser diferente: o réu Lula é acusado, novamente, de receber dinheiro de propina para enriquecer. Desta vez, a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) refere-se ao sítio em Atibaia, no interior de São Paulo, que pertenceria ao ex-presidente e que foi reformado com o dinheiro sujo de empreiteiras.
Lula nega ser o proprietário do sítio, mas a quebra do sigilo telemático de Elcio Vieira, o Maradona, caseiro do local, deixa a defesa do ex-presidente praticamente insustentável. As trocas de mensagens entre Maradona e seguranças de Lula mostram que o petista não só era o dono, como era informado diariamente sobre os problemas do sítio. Dos mais comezinhos.
Em e-mail enviado no mês de outubro de 2014 por Maradona a Valmir Moraes, segurança de Lula, lotado no Instituto do ex-presidente, com o título “armadilha”, o caseiro informa que “morreu mais um pintinho essa noite e caiu dois gambá (sic) nas armadilhas”. Os barbudos gambás estavam devorando os desprotegidos pintinhos e Lula precisava saber de tudo o que acontecia no galinheiro.
Já no dia 23 de outubro de 2014, Maradona mandou mais um e-mail para o “patrão”, dando satisfações sobre outros animais que viviam na propriedade.
Com o título “pintinho”, Maradona relatou que “a pirua (sic) esmagou os três pintinhos de pavão que estava (sic) com ela”. Ou seja, Lula, que sempre alegou nunca saber de nada, sabia de tudo até sobre os pintinhos.
A troca de e-mails entre Maradona e o segurança do petista no Instituto Lula sobre os animais de estimação do sítio estão entre as provas apresentadas pelos procuradores da Lava Jato para acusarem o ex-presidente por corrupção e lavagem de dinheiro.
Se for condenado, o petista ao menos pode se dar ao luxo de posar de defensor dos animais. ONGs de apoio aos bichos podem prestar-lhe solidariedade.
Pois além de atestar o cuidado com os pintinhos do sítio, as mensagens eletrônicas mostram que os marrecos também povoavam as preocupações de Lula. Em 02 de outubro de 2014, Valmir Moraes recebeu um e-mail de Leonardo Martins, funcionário do instituto Lula, com o título “Jaguatiricas em Atibaia?”. No e-mail, Leonardo deixa claro que está respondendo a um pedido de Lula. “Respondendo à pergunta do presidente: que bicho comeu os marrecos?
Provavelmente, uma Jaguatirica”. Leonardo relata ainda que ligou para o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Carnívoros (CENAP/ICMBIO) com o objetivo de conseguir informações sobre a prevenção de ataques de Jaguatiricas e sugeriu que o segurança do ex-presidente avaliasse se precisaria de “uma visita de um técnico do centro ao sítio” para orientar o caseiro. O Cenap disse que um cachorro latindo já afugentaria as Jaguatiricas.
A troca de e-mails, porém, não se limitava a discorrer sobre os animais do local – assunto que só interessa, claro, ao verdadeiro proprietário do imóvel. Na denúncia do MPF, há outras conversas entre o caseiro e o Instituto Lula que deixam claro e cristalino que a posse do sítio é mesmo do ex-presidente. Em um e-mail com o título “avião aki (sic) na chácara hoje pela manhã”, de 21 de outubro de 2014, Maradona mandou 12 fotografias de uma aeronave no céu. Em 31 de julho do mesmo ano, o caseiro mandou uma lista de compras de materiais de construção. Ao final, escreveu que fez tudo “como combinado com Dona Marisa”, se referindo a Marisa Letícia, mulher deLula, morta em fevereiro deste ano.
"AVIÃO PASSOU POR AQUI"
De acordo com a denúncia do MPF, a reforma do sítio custou R$ 1,020 milhão e foi paga de forma oculta pelas construtoras Odebrecht, OAS e Schahin. Os valores estariam vinculados a quatro contratos firmados pela Petrobras com a Odebrecht (avaliados em R$ 128,1 milhões) e três com a OAS (avaliados R$ 27 milhões). As empreiteiras teriam repassado R$ 870 mil para construção de anexo e benfeitorias no sítio, como compras de móveis e a reforma da cozinha. Já os outros R$ 150 mil são decorrentes de propina de contratos do Grupo Schahin.
Para o MPF, “restou evidente que Lula comandou a formação de um esquema criminoso de desvio de recursos públicos destinados a comprar apoio parlamentar de agentes políticos e partidos, e enriquecer ilicitamente os envolvidos”. Os procuradores pediram também um ressarcimento de R$ 155.227.702,04, correspondente ao valor total da porcentagem da propina paga e lavada pela Odebrecht, OAS e Schain em razão dos contratos de que trata a denúncia. Se, ao que tudo indica, o juiz Sergio Moro aceitar a denúncia, Lula se transformará em réu pela sexta vez. O petista, realmente, virou uma fábula.
AMIGOS DA ONÇA
SEM TET0: apesar de constar como “dono” do sítio de Atibaia, Jonas Suassuna e sua mulher não tinham sequer uma cama para dormir no local (Crédito:Leonardo Muòoz)

É impressionante como os ditos “amigos” de Lula se transformaram em seus principais algozes – o que contraria a tese do petista de que estaria sendo vítima de um complô da Lava Jato. Depois de Bumlai, Léo Pinheiro, Marcelo Odebrecht e Delcídio do Amaral, na semana passada, foi a vez de Cláudia Suassuna, mulher de Jonas Suassuna, em nome de quem está o sítio de Atibaia.
Em depoimento à Lava Jato, Cláudia contou que esteve na propriedade apenas duas vezes: em festas juninas organizadas por Lula. O mais estranho – para alguém que seria dono do lugar – é que Cláudia não dormiu no sítio, mas num quarto de um hotel da cidade. Outro amigo de Lula já havia municiado a Justiça com informações relevantes sobre o processo do sítio em Atibaia.
Léo Pinheiro, da OAS, anexou uma foto em que ele aparece no sítio, próximo a uma piscina, ao lado do ex-presidente e de um diretor da empreiteira. Na última semana, Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, também entregou documentos para provar que se encontrou por três ocasiões com o petista, entre os quais uma foto dos dois lado a lado tirada na sede do Instituto Lula. O petista sustentava a versão de que havia encontrado Duque apenas uma vez em Congonhas. Lascou-se. Do site da revista Isto É

NO O ANTAGONISTA
O GOLPE PARA SALVAR LULA, DILMA E TEMER
Brasil 27.05.17 05:45
O golpe contra a Lava Jato já está pronto.
De acordo com Alberto Bombig, do Estadão, o plano da ORCRIM é conceder foro privilegiado a ex-presidentes da República, salvando Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer do juiz Sergio Moro.
A trama revelada
Brasil 27.05.17 05:57
O golpe para salvar Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer (e todo o resto da ORCRIM) está sendo tramado no Senado por peemedebistas, petistas e tucanos.
Leia o que diz Alberto Bombig, do Estadão:
“Estão em curso em Brasília as tratativas de um acordão que visa a utilizar uma eventual eleição presidencial indireta para anistiar parte do mundo político e colocar o Congresso como contraponto à Lava Jato e ao Ministério Público Federal (…).
Pelo arranjo dos senadores, Eunício Oliveira seria vice, mas de um outro candidato, alguém com coragem suficiente para enfrentar a opinião pública e frear os procuradores e o juiz federal Sérgio Moro.
Para o grupo do Senado Federal, apenas dois nomes entre os colocados até agora como pré-candidatos têm peso e tamanho para a missão: Nelson Jobim e Gilmar Mendes.
Só para lembrar: no Senado, são investigados, entre outros, o próprio Eunício, Renan Calheiros, Gleisi Hoffmann e Aécio Neves (…).
Para facilitar a renúncia de Temer, o acordo garantiria a ele um indulto (a imunidade penal a ser dada pelo futuro presidente) e a votação da PEC que manteria o foro privilegiado a ex-presidentes, evitando que o caso dele chegue até Moro. Essa PEC também livraria Lula das garras do juiz federal, parte que mais interessa ao PT”.
O perfil de Tasso Jereissati
Brasil 27.05.17 07:50
Outra ala do PSDB trabalha diuturnamente para eleger o senador Tasso Jereissati (CE) por votação indireta.
"Tasso se credencia por cultivar o perfil de conciliador e transitar com desenvoltura entre todas as agremiações", segundo a IstoÉ.
"Ele, inclusive, toparia não concorrer a uma reeleição, caso fosse alçado ao cargo por meio de um grande acordo nacional. Pesa contra ele, no entanto, o fato de ser presidente nacional do PSDB, o que poderia acirrar a divisão do País entre o 'nós e eles', promovida pelo PT."
Para convencer Michel Temer a aceitar um “acordão”, "a proposta seria a seguinte: o PSDB se comprometeria a apoiar a saída mais honrosa para a biografia do peemedebista, qual seja, a cassação pelo TSE. A solução permitiria a Temer responsabilizar a antecessora pelas irregularidades na arrecadação de fundos à campanha e o pouparia de partir para uma renúncia – o que soaria como uma confissão de culpa."
Foi exatamente o que comentamos em Reunião de Pauta.
Velha guarda tucana acha Maia um desastre
Brasil 27.05.17 07:44
Os chamados “cabeças brancas” do PSDB não aceitam a hipótese de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ser o sucessor de Michel Temer.
"Acham-no um desastre para o país", segundo a IstoÉ.
"Na avaliação dos tucanos, um eventual triunfo de Maia teria potencial para incendiar as ruas e desgastar o partido perante a opinião pública. Para eles, poderia ser mortal à legenda bancar a eleição de mais um candidato controverso, com implicações na Lava Jato.
Eles contabilizam que, hoje, Maia teria votos suficientes na Câmara para ser eleito indiretamente. Por isso, tentam ganhar tempo para articular outro nome. Mas nem no tucanato a fumaça branca do consenso é possível ser emitida. Enquanto a velha guarda não quer nem ouvir o nome de Maia, os deputados da legenda já topam uma articulação que envolva a ascensão de Rodrigo Maia ao Planalto."
Historicamente, difícil é o PSDB chegar a um consenso antes de qualquer desastre para o país.

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