TERCEIRA EDIÇÃO DE 04-4-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO ESTADÃO
Mônica Moura e João Santana fecham delação com a Procuradoria
Assinatura da delação foi informada pelo vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, durante julgamento sobre a chapa Dilma-Temer
Beatriz Bulla, Rafael Moraes Moura e Carla Araújo ,
O Estado de S.Paulo
Terça-feira, 04 Abril 2017 | 13h01 
Brasília – O marqueteiro João Santana e sua mulher, a empresária Mônica Moura, firmaram acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). O material está sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF), que precisa homologar o acordo para que o Ministério Público peça abertura de investigações com base nas revelações do casal. Quando a delação é encaminhada ao STF significa que os delatores mencionaram autoridades com foro privilegiado perante a Corte.
A assinatura da delação foi informada pelo vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, durante julgamento sobre a chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer nas eleições de 2014. “Considerando que é relevante a colheita da prova, se afigura não menos importante que se inquiram também o senhor João Cerqueira Santana, a senhora Monica Moura e senhor André Luiz Reis Santana. Digo isso diante da recentíssima notícia de que as pessoas nominadas celebraram acordo de colaboração premiada com o PGR, acordo esse que se encontra submetido ao STF”, disse Dino.
Dino pediu, no julgamento, que Mônica, João Santana e André Reis Santana – um funcionário do casal – fossem ouvidos no âmbito do processo eleitoral. O pedido foi deferido pelo relator, ministro Herman Benjamin, e pelos demais integrantes do TSE.
João Santana foi marqueteiro das campanhas presidências de Lula (2006) e de Dilma (2010 e 2014). O casal foi preso na Operação Acarajé, desdobramento da Lava Jato. 
Em delação premiada, os executivos da Odebrecht detalharam pagamentos feitos ao codinome “Feira”, usado para identificar o casal, no Brasil e no exterior. Os repasses eram feitos pelo Setor de Operações Estruturadas da empreiteira, conhecido como o departamento da propina, que operava a contabilidade paralela da empreiteira. Os executivos relataram que foram feitos pagamentos de campanhas no Brasil e no exterior feitas pelo marqueteiro.
Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-executivo da Odebrecht, Hilberto Mascarenhas explicou como era a relação com Mônica Moura e a rotina de pagamentos extraoficiais feitos ao casal. Mascarenhas chefiou de 2006 a 2015 o Setor de Operações Estruturadas. No depoimento, ele diz que todo o contato de pagamento ao casal era feito com Mônica Moura, que estaria entre os "top five" - na lista dos cinco maiores recebedores de dinheiro do setor de propinas. Ele estima que tenham sido pagos em torno de US$ 50 milhões e US$ 60 milhões para Mônica, identificada com o codinome "Feira". O delator disse que foram feitos pagamentos ao casal por campanhas no Brasil de 2010, 2012 e 2014.
Já Marcelo Odebrecht, herdeiro e ex-presidente do grupo que leva seu sobrenome, disse ao TSE acreditar que a ex-presidente Dilma Rousseff tinha conhecimento dos pagamentos em caixa dois para a campanha eleitoral feitos a João Santana. “Mas isso sempre ficou evidente, é que ela sabia dos nossos pagamentos para João Santana. Isso eu não tenho a menor dúvida”, relatou. Santana foi o marqueteiro das campanhas de 2010 e 2014. Edinho foi o tesoureiro da última campanha.
Procurado pela reportagem, o advogado Juliano Campelo, que representa o casal, disse que não pode se manifestar sobre o assunto. 

NO BLOG DO JOSIAS
TSE ainda culpará a maçã por pecados cometidos pelo comitê de Dilma e Temer
Josias de Souza
Terça-feira, 04/04/2017 14:30
Tudo correu como planejado no primeiro dia do suposto julgamento do pedido de cassação da chapa Dilma Rousseff—Michel Temer. Decidiu-se que a única maneira de levar o processo adiante é voltando no tempo. Em nome da preservação do sacrossanto direito de defesa, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu que, além de conceder mais prazo para que os advogados de Dilma e Temer apresentem novamente suas “alegações finais”, será necessário ouvir novas testemunhas.
A certa altura, o relator Herman Benjamin, preocupado em evitar que o processo se torne “um universo sem fim”, fixou um limite: “Não vamos querer ouvir Adão e Eva e a serpente.” O colega Napoleão Nunes Maia Filho concordou: “Eu também não quero retornar ao Paraíso.” Mas deixou a questão em aberto: “A não ser se fosse no período anterior à queda.” Ficou entendido que, no limite, o TSE ainda pode culpar a maçã pelos pecados nada originais cometidos na campanha que reelegeu Dilma e Temer.
Na prática, o TSE decidiu suspender o julgamento antes mesmo que o relator pudesse iniciar a leitura do seu relatório. Retornou-se à fase de coleta de provas. Atendendo a pedido da defesa de Dilma, os ministros da Corte Eleitoral abriram novo prazo de cinco dias para que os advogados se manifestem.
Na sequência, os ministros deliberaram que esse prazo de cinco dias vai durar pelo menos uns dois meses, pois só começará a ser contado depois da inquirição do ex-ministro petista Guido Mantega e mais três personagens que acabam de fechar acordo de delação com a força tarefa da Lava Jato: o marqueteiro João Santana, sua mulher Monica Moura e um funcionário dela, André Santana.
Estima-se que os novos procedimentos empurrarão a próxima semana para algum ponto no calendário de maio ou junho. Até lá, dois dos atuais ministros — Henrique Neves e Luciana Lóssio — já terão sido substituídos por um par de julgadores indicados pelo acusado Temer: Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira de Carvalho Neto.
Gilmar Mendes, presidente do TSE, elogiou o trabalho do relator Benjamin. “Sua Excelência, inclusive, hoje, demonstrou a clarividência e a humildade de fazer eventuais ajustes, tendo em vista a marcha do processo, a necessidade de que o processo vá para a frente. E que não fique nesse permanente ritornelo. Ele que está muito sensibilizado pela imagem bíblica da oitiva da serpente. Não sei se isso tem alguma razão metafórica.”
Impossível prever quando ocorrerá a próxima sessão. Com sorte, ocorrerá antes do recesso de meio do ano do Judiciário. Seja quando for, o ministro Napoleão, aquele que admite levar ao processo ao Éden se for “no período anterior à queda”, pedirá vista dos autos, postergando um pouco mais o veredicto. Nada impede que outros ministros façam o mesmo nas sessões subsequentes.
Nesse ritmo, quando conseguir apontar a maçã como culpada pelos crimes eleitorais de 2014, o TSE talvez conclua que será necessário reabrir a fase de instrução processual. Como se sabe, a Bíblia não especifica qual era o fruto proibido que Adão e Eva comeram naquele dia em que, por desobediência a Deus, a humanidade perdeu o Paraíso e, em troca, ganhou a mortalidade, o sexo, a indústria têxtil e a Odebrecht.

NO O ANTAGONISTA
FACHIN HOMOLOGA DELAÇÕES DE FEIRA E XEPA
Brasil Terça-feira, 04.04.17 15:12
Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, homologou as delações de João Santana e Mônica Moura, informa o Jota.
A segunda confirmação de Aécio
Brasil 04.04.17 15:02
Aécio Neves recebeu uma segunda confirmação de que Benedicto Junior, da Odebrecht, não citou o nome de Andrea Neves na sua delação à PGR.
Brahma na cadeia
Brasil 04.04.17 14:34
Léo Pinheiro, em seu depoimento no dia 20, pode repetir a Sergio Moro aquilo que ele já havia dito à PGR: que o triplex de Lula, codinome Brahma, foi descontado da propina devida ao PT.
Lula mandou seus militantes cercarem o prédio do tribunal em Curitiba.
Daqui a pouco eles terão de cercar o prédio da cadeia.
Lula encurralado
Brasil 04.04.17 14:28
A coluna do Estadão diz que "a delação de Leo Pinheiro deve ser concluída antes do dia 20, quando ele vai falar na ação penal do triplex no Guarujá".
Lula pode até levar 50 mil pessoas a Curitiba. Mas ele está encurralado.
José Mayer sexualmente correto
Sociedade 04.04.17 14:32
No Brasil da realidade paralela, o assunto mais comentado do dia não é a delação premiada de João Santana e Mônica Moura, mas o assédio sexual do ator José Mayer à figurinista Susllem Tonani.
O ator tentou negar que a tivesse assediado, mas se rendeu às evidências e divulgou uma carta aberta:
“Carta aberta aos meus colegas e a todos, mas principalmente aos que agem e pensam como eu agi e pensava:
Eu errei.
Errei no que fiz, no que falei, e no que pensava.
A atitude correta é pedir desculpas. Mas isso só não basta. É preciso um reconhecimento público que faço agora.
Mesmo não tendo tido a intenção de ofender, agredir ou desrespeitar, admito que minhas brincadeiras de cunho machista ultrapassaram os limites do respeito com que devo tratar minhas colegas. Sou responsável pelo que faço.
Tenho amigas, tenho mulher e filha, e asseguro que de forma alguma tenho a intenção de tratar qualquer mulher com desrespeito; não me sinto superior a ninguém, nao sou.
Tristemente, sou sim fruto de uma geração que aprendeu, erradamente, que atitudes machistas, invasivas e abusivas podem ser disfarçadas de brincadeiras ou piadas. Não podem. Não são.
Aprendi nos últimos dias o que levei 60 anos sem aprender. O mundo mudou. E isso é bom. Eu preciso e quero mudar junto com ele.
Este é o meu exercício. Este é o meu compromisso. Isso é o que eu aprendi.
A única coisa que posso pedir a Susllen, às minhas colegas e a toda a sociedade é o entendimento deste meu movimento de mudança.
Espero que este meu reconhecimento público sirva para alertar a tantas pessoas da mesma geração que eu, aos que pensavam da mesma forma que eu, aos que agiam da mesma forma que eu, que os leve a refletir e os incentive também a mudar.
Eu estou vivendo a dolorosa necessidade desta mudança. Dolorosa, mas necessária.
O que posso assegurar é que o José Mayer, homem, ator, pai, filho, marido, colega que surge hoje é, sem dúvida, muito melhor.
José Mayer”
"Minha intenção é não pedir vista"
Brasil 04.04.17 13:22
De Admar Gonzaga, o novo ministro titular do TSE, sobre sua participação no processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer:
"Minha posição é não pedir vista, a não ser que isso seja necessário para a formação de um juízo responsável e completo a respeito da causa."
O Antagonista já revelou que o pedido de vista caberá agora ao ministro Napoleão.
Prazo servirá para coleta de novos depoimentos
Brasil 04.04.17 12:16
O julgamento no TSE já seria adiado de qualquer maneira. Pelo menos agora esse tempo será usado para algo produtivo: produção de mais provas contra Dilma e Lula.
O feitiço virou contra a feiticeira
Brasil 04.04.17 12:14
Dilma Rousseff achou que incluir o depoimento de Guido Mantega no TSE lhe daria alguma blindagem, mas não esperava que Nicolao Dino sacasse da manga as delações de João Santana e Mônica Moura.
"FATO NOVO"
Brasil 04.04.17 10:57
Nicolao Dino disse que os delatores Feira e Dona Xepa – “um fato novo” – acrescentaram elementos de prova contra a chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer.
Lula manda controlar Palocci
Brasil 04.04.17 13:08
Antonio Palocci nunca mais vai sair da cadeia.
Marcelo Odebrecht delatou-o, dizendo que ele era homem do Lula. Fernando Migliaccio entregou-o na semana passada, em seu depoimento a Sergio Moro. Hilberto Silva denunciou o esquema de repasses de propina usando seus dois assessores, Juscelino Dourado e Branislav Kontic. João Santana e Mônica Moura relataram à PGR os pagamentos em espécie patrocinados pelo Italiano.
Antonio Palocci só tem um caminho: negociar um acordo com a Lava Jato.
E é exatamente isso o que ele está pensando em fazer.
Diz o Estadão:
"Preso há cinco meses na superintendência da PF em Curitiba, Antonio Palocci avalia fazer delação premiada.
A disposição de Palocci causa desconforto ao ex-presidente Lula. O petista fez chegar à defesa de Palocci sua insatisfação e um pedido de que controlem o cliente".
O advogado de Antonio Palocci, José Roberto Batochio, é também advogado de Lula.
Delação de Palocci já deu briga
Brasil 04.04.17 13:34
Vejam o que publicamos semanas atrás:
O motivo da briga
Brasil 09.03.17 21:01
O Antagonista soube que a briga entre Lula e Batochio tem a ver com a movimentação de Antonio Palocci para negociar uma delação premiada.
Batochio é advogado de ambos, por enquanto.
Lula e PT (de novo) no centro da Lava Jato
Brasil 04.04.17 12:37
As delações de João Santana e Mônica Moura recolocam o PT e Lula no centro da Lava Jato. A dupla entregou todos os detalhes do esquema ilegal nas campanhas de Lula e Dilma, desde 2006, e nas campanhas feitas pelo marqueteiro mundo afora.
O fato de a PGR ter aprovado o novo acordo de delação depois do da Odebrecht sugere um potencial ainda mais explosivo contra os petistas.
Exclusivo: Coxa na Feira
Brasil 04.04.17 12:56
O Antagonista foi informado de que Feira e Dona Xepa entregaram, entre outros, Gleisi Hoffmann, codinome Coxa.
A futura presidente do PT, escolhida diretamente por Lula, nem assumiu o partido e já tem uma nova denúncia.
Requião chama Randolfe Rodrigues para a briga
Brasil 04.04.17 13:04
Enquanto todos estávamos voltados para o TSE, Roberto Requião deu um showzinho na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, em mais uma audiência sobre o projeto de abuso de autoridade.
Requião bateu boca com todos, incluindo o tranquilo Antonio Anastasia.
Fora do microfone, chamou Randolfe Rodrigues para a briga:
"Da próxima vez que você vincular meu relatório à obstrução da Lava Jato, vou para as vias de fato."
Suspenderam as alfafas de Requião?
















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