SEGUNDA EDIÇÃO DE 14-4-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA VEJA.COM
Lula: nunca a prisão esteve tão perto
A delação do fim do mundo bateu em quatro ex-presidentes, mas o envolvimento com o propinoduto da Odebrecht é devastador e incomparável no caso de Lula
Por Rodrigo Rangel
Quinta-feira, 13 abr 2017, 20h45 - Atualizado em 13 abr 2017, 22h07
Com os presidentes da República, a relação da Odebrecht tinha uma natureza especial – era a partir da proximidade com eles, afinal, que os negócios se desenvolviam com maior ou menor grau de sucesso. Não por acaso, seis dos presidentes do Brasil desde a redemocratização foram lembrados nos depoimentos prestados na delação do fim do mundo. Uns mais, outros menos. O caso de Lula é, sem dúvida, o mais constrangedor. Se os executivos da Odebrecht contaram a verdade, o petista foi capturado pela empreiteira. Se o que Marcelo Odebrecht disse for confirmado, Lula pode vir a ostentar o título de presidente mais corrupto da História – um mandatário que se submetia ao papel de marionete nas mãos de empresários e, em contrapartida, se locupletava do poder com dinheiro oriundo de esquemas de corrupção. O Lula que emerge das delações é um político pequeno, que não hesita em receber favores e presentes de empresários, inescrupuloso e capaz de ações ousadas quando o problema envolve poder e dinheiro.
As seis petições contra Lula enviadas pelo ministro Edson Fachin à primeira instância (leia-se juiz Sergio Moro) encorpam uma ficha extensa: Lula é réu em cinco processos, acusado de ter praticado os crimes de lavagem de dinheiro (211 vezes), corrupção passiva (dezessete vezes) e tráfico de influência (quatro vezes), além de organização criminosa e obstrução da Justiça. No próximo 3 de maio, Lula vai prestar depoimento a Moro, no primeiro encontro frente a frente entre os dois. A prisão preventiva é um risco cada vez mais real. Caso ela ocorra, o ex-presidente e o PT já têm um plano para transformar a eventual prisão em um espetacular ato político destinado a incendiar a militância.
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NO BLOG DO JOSIAS
Gestão Temer virou uma contagem regressiva
Josias de Souza
Sexta-feira,14/04/2017 01:48
Faltam 20 meses e meio para que Michel Temer volte em definitivo para São Paulo. Será um suplício acompanhar cada manhã de uma presidência-tampão comandada por um político que sonhava em passar à história como um novo Itamar Franco e fica cada dia mais parecido com José Sarney. As delações da Odebrecht, que invadem os lares dos brasileiros em jorros amazônicos desde o início da semana, empurraram a gestão Temer da enfermaria direto para a UTI. Os principais operadores da política trabalham com a perspectiva de que Temer concluirá o seu mandato. Não mais por méritos, mas por absoluta falta de alternativa.
Em meio a uma atmosfera de franca promiscuidade, as autoridades erguem as mãos para o céu em agradecimento ao feriado cristão. Atônito, o governo tenta se reposicionar em cena. Por ora, Temer acalenta a fantasia de que conseguirá manter as fornalhas do Congresso acesas para aprovar todas as propostas necessárias à retomada do crescimento econômico. Nem a equipe econômica do governo acredita nesse milagre.
O drama de Temer mudou de patamar. Isso fica evidente no instante em que o presidente se vê obrigado a exibir na internet um vídeo para se contrapor a um delator que insinua sua concordância com uma propina de US$ 40 milhões, extraída pelo PMDB de um negócio na Petrobras. Para evitar que o governo entre em coma, Temer talvez tenha que reconsiderar a decisão de manter seus ministros suspeitos nos cargos até quando der. Já deu! De resto, Temer, mãos postas, reza para que o Supremo Tribunal Federal rejeite um recurso do PSOL pedindo que o presidente da República seja incluído no rol de investigados da Lava Jato. Se você acredita em Deus, reze. Se não acredita, reze também.

Feito para tranquilizar, vídeo de Temer apavora
Josias de Souza
Quinta-feira, 13/04/2017 19:38
Sob aconselhamento de especialistas, Michel Temer decidiu quebrar o silêncio para responder ao barulho que invade o seu gabinete desde que as vozes dos delatores da Odebrecht passaram a soar diuturnamente em rede nacional de rádio, tevê e internet. Com um texto cirúrgico, acomodado num vídeo de pouco mais de um minuto, o presidente pretendeu se defender. Mas não se revelou um bom advogado de si mesmo. O pouco que Temer disse foi insuficiente para esclarecer as dúvidas que o cercam. O muito que Temer deixou de dizer foi esclarecedor sobre sua incapacidade de se dissociar da suspeição que rodeia sua presidência.
''Eu não tenho medo dos fatos, nunca tive. O que me causa repulsa é a mentira”, disse o presidente. “É fato que participei de uma reunião em 2010 com o representante de uma das maiores empresas do país. A mentira é que nessa reunião eu teria ouvido referência a valores financeiros ou a negócios escusos da empresa com políticos.”
Pois bem. A reunião da qual Temer admite ter participado ocorreu numa casa onde funcionava o seu escritório de campanha, em São Paulo. O interlocutor era Márcio Faria. Na época, era executivo da Odebrecht. Hoje, ganha a vida suando o dedo a serviço da Lava Jato (...). Entre os participantes da conversa estava Eduardo Cunha, momentaneamente hospedado numa cela do Moro’s Inn, temida hospedaria de Curitiba.
O pedaço do enredo que Temer diz ser mentiroso envolve propina de US$ 40 milhões que o PMDB beliscou num contrato da diretoria Internacional da Petrobras. Temer assegura que ninguém falou em dinheiro durante o encontro. Até aí, sua verdade coincide com a do delator. Na versão do dedo-duro, a cifra fora acertada previamente. A reunião com Temer serviria apenas para que ele abençoasse a transação diante da testemunha mais qualificada do PMDB.
Tampouco foram mencionados no encontro “negócios escusos da empresa com políticos”, sustenta Temer. Beleza. Mas o presidente faria um bem enorme a si mesmo se respondesse a três indagações: 1) Se não tratou de negócios, o que diabos foi fazer no seu escritório o executivo da Odebrecht? 2) Se não havia mutreta no lance, por que o visitante foi levado à sua presença por Eduardo Cunha? 3) Se não pode ser 100% transparente, por que divulgar um video com meias-verdades?
De resto, é incompreensível que Temer não tenha aproveitado a oportunidade para dirigir aos brasileiros meia dúzia de palavras sobre a podridão ao redor. Após discutir com auxiliares os efeitos do estrondo da colaboração da Odebrecht, o presidente decidiu que o melhor a fazer é silenciar sobre os oito ministros que conservam um pé na Esplanada e outro nos inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal contra eles.
Impossível deixar de dar ouvidos a esse silêncio de Temer. As palavras não-ditas gritam para a plateia que o presidente da República talvez não tenha condições de se dissociar do lixão. Quanto mais duradouro for o silêncio de Temer, mais eloquentes serão os ecos da delação. Gravado com o propósito de levar tranquilidade aos brasileiros, o vídeo de Temer revelou-se apavorante.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Sexta-feira, 14 de abril de 2017
Lula fará tudo para ser preso por Moro
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Se Glauber Rocha ressuscitasse e pudesse dirigir um filme com roteiro de Nelson Rodrigues e José Padilha, o longo título seria: “Os dragões maldosos do $talinácio contra o juiz Moro e os protestantes guerreiros da Lava Jato”. A Petelândia mobiliza sua militância movida a sanduíche de mortadela e uma graninha para levar 60 mil manifestantes a Curitiba, no dia 3 de maio, quando o chefão outrora poderoso sentará na 13ª Vara do juiz Sérgio Fernando Moro. É grande a chance de o pau comer nas ruas.
A intenção estratégica de Lula é consolidar a falsa imagem de que é vítima de uma implacável perseguição política promovida pelos “meninos da bíblia” da tal “República de Curitiba”. A tática de Lula consiste em causar comoção popular. Craque em manipulação e mistificação, fará de tudo para levar um cartão vermelho de Moro. No caso, o desejo-mor é uma prisão da qual espera tirar proveito político. Lula tem certeza de que está em um caminho sem volta. Sabe que será preso, e espera que seu encarceramento deflagre alguma “revolução” em sua defesa.
Tal sonho tático de Lula pode se transformar rapidamente em pesadelo. Vide o caso do companheiro José Dirceu, antes um ideólogo garboso, mas que agora se transformou em um velhinho caidinho, após longo e inesperado encarceramento. O mesmo acontece com Eduardo Cunha, outrora poderoso e “herói” do “golpe” que tirou Dilma Rousseff da Presidência da República. O agora colaborador-mor Marcelo Odebrecht – que antes jurava jamais cair em traição – agora se transformou em uma espécie de “boneco falante” da delação premiada.
Lula tenta sua última cartada posando de mártir, e apostando que o eleitorado nordestino lhe dará amplo apoio para uma temerária corrida presidencial em 2018. O desafio real dele é como será capaz de fazer campanha – e conseguir ser candidato -, caso acabe efetivamente preso. Lula está “apertadinho”, igualzinho a outros enrolados na Lava Jato. No mínimo, Lula tende a ser condenado por tráfico de influência, pelo que foi exposto nos vídeos de depoimentos de Marcelo Bahia Odebrecht – agora considerado pela petelândia como o supremo “Judas” – e pelo pai dele, Emílio Odebrecht – agora apelidado pela Rede Globo de “decano da corrupção brasileira”. 
Tão ou mais grave que a mentirada de Lula – e que precisa ser repudiado – é o golpe institucional armado pelo desgoverno do Crime Institucionalizado. Lideranças dos grandes partidos enrolados na Lava Jato tentam um pacto de salvação. O mais descarado no plano deles é uma enganosa “reforma” política, que seria feita a partir da convocação de uma “constituinte originária” sob controle da bandidagem política. Tal armação já deixa os militares em alerta máximo. O golpe é inaceitável!
Vale repetir por 13 x 13: O Brasil precisa ser passado a limpo, e a única solução efetiva e eficaz é através de uma Intervenção Institucional que promoverá uma repactuação legal, desde à Carta Magna até as outras quase 200 mil leis em vigor. Também é imprescindível definir um rumo estratégico para o País, com base no federalismo, na eleição com voto distrital e no redimensionamento da máquina estatal, sobretudo com a redução do número de políticos “profissionais” na União, nos estados e municípios.
Os bandidos que dominam a política não querem que isto aconteça. Os segmentos honestos e esclarecidos da sociedade brasileira precisam lutar para vencê-los. Os canalhas apostam na temerária radicalização contra a Lava Jato. Os advogados dos criminosos tentam o milagre de salvá-los, enquanto a politicalha articula golpes legais que viabilizem uma espécie de “anistia”.
Todos os corruptos estão apertadinhos, embora nenhum deles assuma que recebeu dinheiro da “Engenharia da Corrupção” em parceria delituosa com o Estado Ladrão do Brasil. O medo não é só de puxar cadeia. Tem gente com medo de morrer... Por isso, nos bastidores, um ameaça o outro... As conseqüências são imprevisíveis neste fim patético da criminosa “Nova República”... 
(...)

NO O ANTAGONISTA
"Ter familiar no meio é chato"
Brasil 14.04.17 09:11
O relato da Odebrecht de que Geraldo Alckmin usou seu cunhado para receber pagamentos ilegais enterrou sua candidatura presidencial.
Um de seus aliados disse à Folha de S. Paulo:
"Ter familiar no meio é chato".
E outro:
"Por ele ser certinho, repercute mais".
E um terceiro:
"A Lava Jato vai atingir todo mundo, mas precisa diferenciar caixa dois para eleição de caixa dois para enriquecimento, roubo".
Santo Pimentel
Brasil 14.04.17 09:03
Geraldo Alckmin espera se safar da Lava Jato da mesma maneira que Fernando Pimentel.
Diz a Folha de S. Paulo:
“Há expectativa no entorno de Alckmin com a ação no Supremo que definirá se a Assembleia de Minas deve ou não autorizar a abertura de processo contra o governador Fernando Pimentel.
Aliados de Alckmin apostam que a decisão será no sentido de passar pelo crivo dos deputados estaduais, o que poderia servir de jurisprudência para o tucano”.
A fraude para ocultar a propriedade do sítio de Lula
Brasil 14.04.17 08:33
Alexandrino Alencar, delator da Odebrecht, e Roberto Teixeira, advogado de Lula, combinaram fraudar notas fiscais durante a reforma do sítio em Atibaia.
O depoimento foi reproduzido pela Folha de S. Paulo:
“Fui lá e ele [Roberto Teixeira] estava preocupado, digamos, como é que poderia aparecer essa obra sem um vínculo com os proprietários do sítio. Então nós marcamos uma reunião uma semana, dez dias depois. Fui eu e o engenheiro Emir conversar com ele. E ele estava preocupado, claramente preocupado”.
Roberto Teixeira pediu para que a Odebrecht forjasse notas fiscais a fim de ocultar a propriedade do sítio:
“Ele falou: a obra terminou... a obra de Atibaia, o sítio de Atibaia, porque o sítio é do Fernando Bittar e nós precisamos, como se diz, formalizar a obra… Isso foi feito com notas fiscais através... que o Emir conseguiu falar com o Carlos Rodrigues Prado [empreiteiro subcontratado para a obra] para fazer uma nota fiscal mostrando que foi pago pelo Fernando Bittar… Foi feito um escalonamento do pagamento para não ficar uma coisa muito cara que inviabilizasse, digamos, como é que o Fernando Bittar ia pagar toda a obra?"
O candidato do maior partido do Brasil
Brasil 14.04.17 08:17
O maior partido do Brasil - aquele que reúne os investigados da Lava Jato - já tem um candidato a presidente.
Ancelmo Gois, de O Globo, disse:
"Nelson Jobim comemorou 71 anos, quarta, numa festa, em São Paulo, que reuniu muita gente importante.
Ex-ministro de FH (que foi lá parabenizar o amigo), Lula e Dilma, Jobim é apontado em algumas rodas como um dos nomes fora dos quadros políticos tradicionais para ser candidato a presidente em 2018".
O autoritarismo da propina
Brasil 14.04.17 08:09
O perigo, agora, é que haja uma manobra para anistiar todos os crimes.
Por favor, leia o comentário de Joaquim Falcão, em O Globo:
<A corrupção se mostrou, além de individual, sistêmica também. Muda tudo. Contra corrupção sistêmica é preciso defesa sistêmica. Saem os advogados e entram os políticos. A defesa nos autos pouco protege. Está tudo conectado. Tem que haver agora defesa dentro e fora dos autos. Nos bastidores. Nas salas do Congresso. Nas antessalas do Judiciário. Nas políticas públicas do Executivo.
O direito de defesa, que tem sido assegurado, não basta mais. É insuficiente para apagar os fatos ilícitos que todo mundo vê, lê, ouve e entende.
Em vez do devido processo legal judicial, com suas petições e recursos, entram agora projetos de lei, anistias, reforma partidária, paralisação do foro privilegiado e ameaças à independência de juízes e procuradores.
Não se busca mais uma sentença absolvitória. Busca-se um acórdão político transpartidário. Em nome não mais da inocência dos réus. Mas da estabilidade econômica e da governabilidade da democracia. Como se fossem intercambiáveis.
Esta nova estratégia da defesa sistêmica, que une alguns empresários a políticos investigados e denunciados, dará certo?
Difícil avaliar. O risco clássico da democracia é quando a mesma classe social ou o mesmo grupo de interesses comanda os Três Poderes e a economia do país.
Quando os militares e seus aliados comandaram os Três Poderes, instaurou-se o autoritarismo. Hoje, o risco é igual: um mesmo grupo, público e privado, de investigados, denunciados e réus comandarem os Três Poderes.
Existe, porém, caminho político para acalmar o país em fogo, a economia parada e a opinião pública indignada. É o presidente Michel Temer afastar temporariamente os investigados, denunciados e réus de seus cargos no poder.>
Lula sacrifica Palocci
Brasil 14.04.17 08:03
A estratégia de Lula, a partir de agora, será dizer que Antonio Palocci usou seu nome para roubar 200 milhões de reais da Odebrecht.
Leia um trecho da coluna de Merval Pereira:
“Assim como aconteceu com todos os petistas que foram envolvidos no Mensalão e/ou Petrolão, dos mais graúdos, como José Dirceu, aos mais desimportantes, o ex-presidente Lula começa a jogar às feras um de seus principais assessores, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci.
Já não se trata mais de tentar negar que sejam verdadeiras as acusações contra ele. Tão difícil negar que já alguns blogueiros ligados ao PT criticam a relação de Lula com a Odebrecht. Diante das delações dos executivos da empreiteira, especialmente de Marcelo Odebrecht, começam a pipocar, aqui e ali, nas declarações do próprio Lula ou em textos escritos por jornalistas ligados ao PT em blogs ou na imprensa tradicional, insinuações de que não há prova de que o dinheiro sacado por Palocci ou seus prepostos tenha realmente chegado a Lula”.
"Léo Pinheiro será contundente"
Brasil 14.04.17 07:52
O Globo confirma que, depois da delação do fim do mundo, vem a delação do fim do Lula:
"Mais uma leva de depoimentos vai continuar a sacudir o mundo político. E os tremores também vêm da Bahia: vinte executivos da construtora OAS estão negociando os termos de uma colaboração premiada com a Justiça. Segundo relatos do meio jurídico, o ex-presidente da empreiteira, Léo Pinheiro, será contundente".
A delação do fim do Lula
Brasil 14.04.17 06:50
Depois da delação do fim do mundo, teremos a delação do fim do Lula.
É aquela de Léo Pinheiro, da OAS.
A coluna do Estadão deu o calendário do processo do triplex:
"Lula deverá enfrentar seu primeiro julgamento entre maio e junho. Se for condenado, o julgamento em segunda instância poderá ocorrer até a virada do ano".
"Negociem, mas é para dar"
Brasil 14.04.17 07:47
A verdadeira biografia de Lula foi publicada nesta sexta-feira, em O Globo.
O Lula pelego:
Além de relatar pagamento de despesas pessoais de Lula, mesada para um irmão e contribuições para um filho do ex-presidente, os donos da Odebrecht delataram à Lava Jato que tiveram ajuda dele no movimento sindical.
“Ele (Lula) criou as condições para que eu pudesse ter uma relação diferenciada com os sindicatos”, contou Emílio Odebrecht, ao revelar que conheceu o petista no fim da década de 70 e que o então sindicalista do ABC Paulista o ajudou a conter greve de empregados da construtora na Bahia.
O Lula bon vivant:
Um dia, quando já era real a chance de Lula se eleger, o empreiteiro procurou o petista e ele garantiu que não estatizaria o setor petroquímico.
O empresário relembra uma conversa com o general Golbery do Couto e Silva sobre Lula para dar sua visão sobre o ex-presidente: “Emílio, Lula não tem nada de esquerda. Ele é um bon vivant” (teria dito o general).
O Lula negociante:
Com Lula instalado no Planalto, Emílio tinha a liberdade de ir até o presidente e reivindicar que negócios feitos pela Petrobras em prejuízo da Braskem fossem desfeitos, o que acabou acontecendo. Em outro momento, foi a Lula impedir que a Petrobras comprasse os ativos da Petroquímica Ipiranga, o que detonaria os planos da subsidiária da Odebrecht de espraiar seus mercados.
O Lula milionário:
As ajudas de Lula a Emílio foram recompensadas não apenas com as doações, que Emílio garantiu que ocorreram por meio de caixa um e caixa dois: “Fique certo: Lula não conversava comigo sobre isso, sobre os valores. Mas quero deixar uma coisa muito clara. Eu quando falava com (Pedro) Novis (presidente da Odebrecht antes de Marcelo Odebrecht assumir) e com Marcelo eu não dava a opção de dar ou não dar. Eu dizia: negociem, mas é para dar”.
Diogo na esgotosfera
Brasil 14.04.17 06:09
Eu, Diogo, acabei virando assunto da esgotosfera.
Um delator da Odebrecht disse que me viu num jantar com Aécio Neves e Alexandre Accioly.
Publiquei uma notinha sobre o jantar que nunca ocorreu e continuei meu trabalho, porque os depoimentos dos delatores da Odebrecht são os documentos mais importantes da História do Brasil e eu não queria contaminá-los com a minha megalomania.
Evidentemente, fiz mal.
A esgotosfera aproveitou meu desinteresse pelo tema para atacar O Antagonista.
Depois de gravar uma resposta para um desses jornalistas bandidos, da revista Fórum, vou voltar a tratar daquilo que realmente importa: a implosão do sistema político-criminal do Brasil.
Cabral recebeu R$94 milhões da Odebrecht
Brasil Quinta-feira, 13.04.17 21:46
Benedito Júnior contou também que a Odebrecht pagou a Sergio Cabral a espantosa cifra de R$ 94 milhões, entre caixa dois e propina.
Em troca, conquistou os contratos do PAC das Favelas no Complexo do Alemão, o Arco Metropolitano, a Linha 4 do metrô, a reforma do Maracanã e “projetos menores”.
Pezão levou mais de R$ 20 milhões
Brasil 13.04.17 20:55
Luiz Fernando Pezão recebeu R$ 20,3 milhões da Odebrecht por meio de repasses ao marqueteiro Renato Pereira. Parte do dinheiro foi entregue na sede da Agência Prole e em contas offshore.
A "doação" foi negociada por Sérgio Cabral, padrinho político de Pezão, segundo o delator Benedito Jr..
Projeto Rio Madeira rivalizou Dilma e Cunha
Brasil 13.04.17 20:02
O delator Henrique Valladares falou também da disputa política travada entre o grupo de Eduardo Cunha, que controlava Furnas, e Dilma Rousseff, que tentava reduzir a influência de Cunha na estatal, com ajuda de Valter Cardeal e Erenice Guerra.
Segundo Valladares, o consórcio Odebrecht-Furnas assumiu o risco pelo projeto de viabilidade da Usina de Santo Antônio e surpreendeu o mercado quando apresentou o resultado favorável.
"Estudos da Eletronorte apontavam para uma inviabilidade. Ninguém acreditava. Eu chegava na Camargo Correa e era motivo de chacota."
Segundo ele, a viabilização do projeto "contrariou muitos interesses". "Em primeiro lugar, contrariou o governo, o ministério com a Dilma, porque ela criou uma estrutura gigante na EPE para desenvolver esse papel (estudos e projetos) e não conseguiu produzir nada."
"E mais do que isso, no leilão, ganhamos com preço da energia de setenta e poucos reais, muito abaixo dos noventa do segundo colocado. Passamos a sofrer retaliações, principalmente da Eletrobras, através da pessoa de Cardeal e equipe, e na Casa Civil, através da doutora Erenice e equipe."
O "Drácula" petista
Brasil 13.04.17 17:13
O senador petista Humberto Costa foi delatado por cinco executivos da Odebrecht.
O atual líder da minoria, contaram eles, recebeu cerca de 600 mil reais para favorecer a empresa em licitação na Petrobras.
Márcio Faria da Silva explicou à PGR que o codinome de Costa era "Drácula", em razão da Máfia dos Sanguessugas - na época do escândalo envolvendo desvios em compras de ambulâncias, o petista era ministro da Saúde.
Jorge e Tião Viana, os "Meninos da Floresta" com milhões
TV 13.04.17 17:50
Em seu depoimento à PGR, Marcelo Odebrecht destrinchou a ajuda da empreiteira aos "Meninos da Floresta", codinome dos irmãos petistas Jorge e Tião Viana.
O senador Jorge o procurou pedindo dinheiro para a campanha de Tião ao governo do Acre, em 2010. Marcelo explicou que precisava da autorização de Antonio Palocci antes de descontar o valor da conta Italiano.
"O PT sempre tinha... é o primeiro partido que teve essa arrecadação centralizada. O PMDB, o PSDB... nunca foi assim."
O acordo, então, foi feito: Palocci permitiu o saque de 2 milhões de reais, sendo 500 mil como doação legal.
"Em todo valor grande de doação, uma parte grande era por fora. Porque não tinha como a Odebrecht aparecer como grande doadora oficial para um governador do Acre. Se a gente pudesse registrar mais, daria menos problema. Mas imagina quanto criaria de expectativa para governador de São Paulo."
FILHO DE LOBÃO RECEBIA PROPINA PELO PAI, O "ESQUÁLIDO"
TV 13.04.17 17:16
Em sua delação, Henrique Valladares contou à PGR que foram pagos 5,5 milhões de caixa dois para o então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, codinome "Esquálido". A contrapartida era a atuação dele em favor da Odebrecht no projeto da usina hidrelétrica de Jirau.
Os pagamentos a Lobão, segundo delator, começaram em 2008. Abrangeram, ainda, a ação do ministro para favorecer a empreiteira na obra de Belo Monte.
Valladares informou que o dinheiro era repassado a filhos do atual presidente da CCJ do Senado, especialmente ao que mora no Rio de Janeiro.
"(Os pagamentos) envolviam a figura do filho dele, que mora no Rio. Na época, morava no Leme. Mas parece que cresceu na vida e está morando na (avenida) Vieira Souto."
O filho que mora no Rio é Márcio Lobão, alvo da Operação Leviatã, na qual o nome dele já aparecia como recebedor de pagamentos realizados pela Andrade Gutierrez no âmbito de Belo Monte e de Angra 3.







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