PRIMEIRA EDIÇÃO DE 10-4-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEGUNDA-FEIRA, 10 DE ABRIL DE 2017
No Senado, o Conselho de Ética se reuniu pela última vez em maio de 2016, ainda assim em caráter de emergência, porque a Casa queria se livrar de Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), que, preso, entregou vários colegas. Hoje não há sequer designados para integrar o conselho, muito embora dois senadores sejam réus no Supremo Tribunal Federal: o próprio ex-presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a ex-ministra e senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) – ambos acusados de corrupção.
O Senado passou a chave na corregedoria em 2014, com a saída de Vital do Rêgo (PMDB-PB), “reserva moral” da turma de Renan.
Sérgio Petecão (PSD-AC) assumiu corregedoria do Senado dois anos depois de vacância, mas não se tem notícia de qualquer investigação.
Em 2016, ano onde a Lava Jato investigava ao menos 13 senadores, o Conselho de Ética não abriu qualquer procedimentos contra eles.
A Corregedoria tem como função manter o decoro, a ordem e a disciplina. E cumprir determinações sobre a segurança do Senado.
Os órgãos que compõem o governo federal, como ministérios, o Palácio do Planalto, autarquias e empresas públicas gastaram mais de R$1,6 milhão com... mortadelas. O gasto é com a comida e não deve ser confundido com os famosos “mortadelas”, manifestantes pagos com lanche e trocados para fazer apoio ao falecido governo do PT. Gastos com coxinhas não são discriminados pela Transparência.
Só entram na conta produtos alimentícios comprados regularmente por órgãos do governo. Vinhos, por exemplo, são comprados à parte.
No total, foram 2,9 mil toneladas de mortadela, calabresa, banana, pepino, presunto, pimentão e repolho etc. Tudo por nossa conta.
Em 2006 Lula torrou R$3,7 milhões na mordomia do avião presidencial. Tinha costela de cordeiro, pato, picanha e peixe. E bebidas, claro.
Os líderes governistas só colocarão a reforma da Previdência em votação após garantir ao menos 320 votos favoráveis, no plenário. Não vão arriscar. O mínimo necessário para a reforma passar são 308.
O primeiro e único “pronunciamento” de Tiririca (PR-SP), na atual legislatura, completa um ano dia 17. Foi quando votou pela abertura do processo de impeachment de Dilma: “Pelo meu País, meu voto é sim”.
O paraibano Herman Benjamin, relator do caso Dilma/Temer no TSE, é chamado pelos amigos em sua cidade, Catolé do Rocha, de “ministro Toinho”. Professor na Universidade do Texas, já lecionou na Europa e tem livros jurídicos publicados em português, inglês e espanhol.
Após a enquadrada do líder do governo, André Moura (PSC-SE), dizendo que “não cabe” a Renan Calheiros (PMDB-AL) “dar palpites na Câmara”, é oficial: o senador deu um passo largo rumo ao baixo clero.
O departamento médico da Câmara não tem respeitado a ordem de prioridade no atendimento. Servidor que passou mal teve de esperar na emergência porque, na sua vez, quatro deputados furaram a fila.
O deputado Paulo Azi (DEM-BA) lê esta semana o relatório da PEC da Vaquejada, mantendo o texto do Senado, favorável ao esporte demonizado pelo Supremo. Para ser aprovada, precisa de 308 votos.
Não teriam de sofrer processo de excomunhão certos políticos que celebram a Sexta-Feira Santa?

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Roberto Pompeu de Toledo: Hora do recreio
"Chávez liquida as instituições representativas e faz a vontade do povo, que beleza!"
Por Augusto Nunes
Domingo, 09 abr 2017, 23h00 - Atualizado em 9 abr 2017, 23h03
Publicado na edição impressa de VEJA
No Brasil o presidente Fernando Henrique Cardoso era um; no exterior era outro. Adeus às disputas, às intrigas, aos escândalos que lhe infelicitavam a vida. Lá fora, como evidencia o recém-publicado terceiro volume dos Diários da Presidência, cobrindo os anos de 1999 e 2000, era o prazer de encontros como os que teve com o americano Bill Clinton. Num deles, Clinton lhe falou da proposta que recebeu de Boris Ieltsin, então presidente da Rússia: “Você cuida do resto do mundo, e deixa a Europa para mim”. O presidente americano acrescentou que o russo, famoso pelas bebedeiras, não tinha “mais que 45 minutos de lucidez por dia”. Em outro, no auge da crise do Kosovo, província rebelde da Iugoslávia, Clinton comentou que o pai e a mãe do sanguinário ditador iugoslavo Slobodan Milosevic se suicidaram, e concluiu: “Quando o sacrifício é grande, o coração endurece”. FHC observa: “Os americanos são assim, sempre têm uma explicação psicológica para fatos sociais”.
Hugo Chávez, no início de mandato era uma incógnita que Fernando Henrique tateava. “Não é nenhum insensato. (…) É um homem que tem o sentimento de seu povo e certa visão bolivariana, quem sabe fora de moda, mas que modifica as coisas na Venezuela”, registrou em julho de 1999, depois de reunião no México. Dois meses depois, a impressão era inversa: “Na verdade é um coronelão com generosidade e muito atropelo. Entretanto, no clima latino-americano isso abre uma janela de esperança para os desavisados ou os sem rumo, Lula à frente, já entusiasmado com o Chávez. Ele liquida as instituições representativas e faz a vontade do povo, que beleza!”.
Igualmente cambiante foi o juízo sobre o presidente argentino Fernando de la Rúa, empossado em dezembro de 1999. “Gosto cada vez mais do De la Rúa, é uma pessoa do meu jeito, simples, fala direto, não é pedante, muito agradável”, registrou em maio de 2000. No mês seguinte, o presidente argentino levou-­o a um sobrevoo por Buenos Aires em helicóptero. “Foi sensacional”, comenta Fernando Henrique. Em outubro, notou-o “um pouco ausente, sem controle da situação”. Em novembro, sentou-se ao lado da mulher de De la Rúa numa recepção e ouviu dela que a Presidência, para o marido, era “um aborrecimento contínuo”. De la Rúa, que a essa altura parecia ao presidente brasileiro “uma barata tonta”, renunciaria um ano depois, deixando como legado a ruína econômica, social e política de seu país.
FHC faz elogios entusiásticos ao primeiro-ministro de Portugal, António Guterres, “um dos maiores líderes do mundo contemporâneo”, com quem se encontrou várias vezes. “Se não fosse primeiro-ministro de Portugal, se fosse de um país um pouco maior, bastava a Espanha, teria reconhecimento mundial.” Hoje Guterres é secretário-geral da ONU. Na Alemanha, recebido pelo chanceler Gerhard Schroeder, FHC teve contato também com líderes de outros partidos, inclusive os da oposição, entre os quais “a presidente da CDU, já a conhecia, a moça que está substituindo o [Helmut] Kohl, ela sabe das coisas, uma pessoa de cabeça organizada e simpática – o quanto esse tipo de mulher ou de homem militante pode ser simpático”. O nome da moça, que FHC ainda não memorizara, era Angela Merkel.
Em Montevidéu, numa reunião do Mercosul, FHC ouviu uma anedota do presidente uruguaio Julio Sanguinetti: “O Mercosul é união entre o bom gosto e a sobriedade brasileira, a honestidade paraguaia, a alegria uruguaia, a simplicidade e humildade argentina e a sinceridade chilena”. Numa viagem a Cartagena, FHC sentiu de perto os problemas da Colômbia, assolada pelo narcotráfico e pela guerrilha. Na volta, leu um livro sobre os marechais de Napoleão, todos feitos duques, reis, mas no fim julgados, condenados, fuzilados. “A História é realmente bastante dura, cruel.”
“Por que estou dizendo isso?”, acrescenta o presidente. “Porque estou vindo da Colômbia e estava pensando: meu Deus, o que faz alguém querer ser presidente da Colômbia?” Como ele estava voltando às disputas, intrigas e escândalos da política brasileira, fica aos psicanalistas a sugestão de verificar se o que queria mesmo dizer era: “Meu Deus, o que faz alguém querer ser presidente do Brasil?”.

NO RADAR ON-LINE DA VEJA.COM
Eike Batista planeja uma delação conjunta com seu ex-executivo
Maior poder de fogo
Por Gabriel Mascarenhas
Segunda-feira, 10 abr 2017, 06h18
Eike Batista já entregou os aperitivos de sua delação premiada ao Ministério Público. Mas as negociações, ainda embrionárias, passam por uma série de garantias que o empresário pleiteia.
Ele não quer falar sozinho, por exemplo.
Eike pretende fechar com os procuradores uma espécie de delação conjunta com Flavio Godinho, executivo responsável por operacionalizar grande parte das traficâncias do Grupo X e que recentemente deixou a cadeia.
Com isso, tanto Godinho quanto o chefe apresentariam um arsenal de alto poder ofensivo e, principalmente, mais completo, já que o esquema começava em Eike e, muitas vezes, terminava em Godinho.
Mas ainda que o MP não aceita esse formato, o fundador do Império X já apresentou os tópicos de roteiros aparentemente demolidores para a classe política.
Basta dizer que ele cita propina para Lula, suborno ao amigo Sérgio Cabral e negociações com emissários de parlamentares com vistas a comprar votos favoráveis ao projeto de liberação dos jogos de azar no Brasil.

O maior interessado na inelegibilidade de Lula em 2018
Dedos cruzados
Por Mauricio Lima
Domingo, 09 abr 2017, 12h00
Nenhum brasileiro, nem mesmo o de direita, torce tanto para Lula ficar inelegível em 2018 quanto Ciro Gomes. O candidato do PDT seria muito beneficiado com a ausência do petista.

NO BLOG DO JOSIAS
Delator da Lava Jato é suspeito de burlar acordo
Josias de Souza
Segunda-feira, 10/04/2017 03:32
A Lava Jato ainda não terminou e já convive com uma segunda geração de fraudes. Apuram-se agora suspeitas de logro à Justiça na execução de acordo firmado com um delator que admitiu o pagamento de propinas em troca de contratos na Petrobras. Chama-se Eduardo Hermelino Leite Ex-vice-presidente da Camargo Corrêa, ele foi condenado a cumprir 16 anos anos e 4 meses de cadeia. Graças ao acordo de colaboração judicial, está em casa. Deveria prestar 5 horas semanais de serviços comunitários numa entidade assistencial para cegos. Reportagem exibida na noite deste domingo, 09, no programa Fantástico, da TV Globo, informou que o delator não deu as caras na entidade.
Preso em 2014, Eduardo Leite revelou à força tarefa da Lava Jato que a Camargo Corrêa pagou R$ 110 milhões em propinas na Petrobras entre 2007 (governo Lula) e 2012 (gestão Dilma). O ex-executivo da empreiteira confirmou as cifras em depoimento ao juiz Sérgio Moro. Parte da propina (R$ 63 milhões) foi desembolsada em troca de contratos na diretoria de Serviços da estatal. Outra parte (R$ 47 milhões) azeitou negócios na diretoria de Abastecimento. Moro condenou-o por corrupção ativa (5 anos e 4 meses), organização criminosa (3 anos e 6 meses) e lavagem de dinheiro (7 anos e seis meses). A pena incluiu também o pagamento de multa de R$ 5 milhões.
Convertido em colaborador da Justiça, Eduardo Leite passou apenas quatro meses na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Foi brindado com a prisão domiciliar, em São Paulo. Um ano depois, progrediu para o regime semiaberto. O acordo impôs ao delator um conjunto de obrigações: usar tornozeleira eletrônica, ficar em casa nos dias de semana entre 21h e 7h, não sair de casa nos finais de semana e dedicar cinco horas semanais à prestação de serviços comunitários.
Em 5 de agosto do ano passado, o delator Eduardo Leite foi encaminhado pela Justiça Federal a uma entidade chamada Laramara. Fica na Zona Oeste de São Paulo. Dedica-se a dar assistência a pessoas com deficiência visual. Duas funcionárias da entidade informaram nunca ter visto o ex-vice-presidente da Camargo Corrêa. Procurada, a Laramara manifestou-se por meio do seu advogado, Cid Vieira de Souza Filho. Ele declarou-se surpreso com a informação de que o delator da Lava Jato havia sido escalado para prestar serviços na entidade.
“Não era do conhecimento da diretoria que Eduardo Leite trabalhasse na Laramara”, afirmou Cid Vieira. “A direção da Laramara não tinha conhecimento da prestação de serviço — não só do Eduardo Leite, como de qualquer outro apenado encaminhado pela Justiça Federal.” Curiosamente, o nome da Laramara consta de relação publicada no Diário de Justiça em 11 de março de 2015. A lista anota as empresas e entidades credenciadas a receber condenados a prestar serviços à comunidade.
Cid Vieira, o advogado da Laramara, disse ter encaminhado o caso ao Ministério Público, “para apurar em que condições, eventualmente, teria sido celebrado esse convênio, que era de total desconhecimento da diretoria.” Ele acrescentou: “As únicas pessoas que poderiam assinar pela Laramara não assinaram e não tinham conhecimento.” A anomalia foi comunicada também à Justiça Federal.
A despeito da manifestação do advogado, o convênio existe. Foi assinado por um funcionário da Laramara: Cristiano Gomes da Silva. Esse mesmo funcionário abonou ficha de frequência com o nome do delator Eduardo Leite. A ficha traz a assinatura do ex-executivo da Camargo Corrêa. A caligrafia combina com a da rubrica que consta do acordo de delação. O advogado da Laramara sustenta que Cristiano Gomes não estava autorizado a firmar compromissos em nome da entidade.
“Ele não tinha poder para representar a Laramara em qualquer convênio… Foi sumariamente demitido. A Laramara é vítima, é uma instituição de credibilidade. Só faz o bem para as pessoas.'' Procurado em Guarulhos, na grande São Paulo, onde mora, o demitido Cristiano Gomes não estava em casa. Uma irmã disse desconhecer a encrenca. “A única coisa que eu sei é que ele está doente”, declarou. “A gente está acompanhando ele no hospital.”
O delator Eduardo Leite balbuciou quatro escassas palavras ao ser indagado sobre o fato de a Laramara negar a existência de acordo com a Justiça. “Eu desconheço essa informação”, disse ele, protegido atrás de um equipamento do tipo porteiro eletrônico. O repórter perguntou ao ex-executivo da Camargo Corrêa se ele estava mesmo prestando serviços à entidade que se dedica aos cegos. O delator aconselhou-o a procurar seu advogado. Mas o defensor de Eduardo Leite respondeu que só irá se manifestar se for questionado pela Justiça.
Em nota, o juiz Alessandro Diaferia, titular da 1ª Vara Federal Criminal de Execuções Penais de São Paulo declarou que a escolha de entidades que recebem condenados à prestação de serviços “obedece a um rigoroso procedimento.” No caso da Laramara, houve visita técnica em 2014. Dois servidores da Justiça Federal foram recebidos por Cristiano Gomes da Silva. O agora demitido identificou-se como “gestor de projetos e parcerias”, escreveu o juiz.
O magistrado anotou que, “nesses mais de dois anos de parceria com a Laramara”, cerca de 20 prestadores de serviços comunitários foram encaminhados à entidade. No caso de Eduardo Leite, as folhas de frequência são “verificadas mensalmente”. A última ficha de comparecimento, aquela abonada pelo funcionário demitido, está datada de 30 de março de 2017.
De resto, o juiz Alessandro Diaferia informou que “a Justiça Federal promoverá a revisão de todos os convênios” firmados com entidades como a Laramara. “Se for apurado eventual descumprimento das obrigações, o apenado está sujeito à perda dos benefícios recebidos.”
Procurado uma vez mais, o advogado da Laramara reafirmou que a entidade desconhece o convênio com a Justiça. Pior: abriu investigação interna para apurar outros seis casos de condenados que estariam prestando serviços irregularmente à entidade.
“Existe uma relação nos levantamentos preliminares que estão sendo efetuados, que nós já conseguimos detectar”, disse o doutor Cid Vieira. “Estamos encaminhando não só ao Ministério Público, como à Justiça Federal de São Paulo.” O doutor não soube dizer se há outros delatores da Lava Jato em meio aos hipotéticos prestadores de serviço.

João Doria virou prisioneiro da fábula que criou
Josias de Souza
Domingo, 09/04/2017 14:16
Eleito prefeito de São Paulo, o neo-tucano João Doria passou a divertir a cidade fantasiando-se de gari. Marqueteiro de si mesmo, amealhou no final do primeiro trimestre de sua gestão uma taxa de aprovação vistosa: 43%, informa o Datafolha. O índice não chega a justificar a atmosfera esfuziante que enredou o prefeito. Mas supera os 31% obtidos pelo antecessor petista, Fernando Haddad, no mesmo período. Num instante em que a política fede acima do normal, o relativo sucesso invadiu as narinas de Doria como um inebriante perfume. E a mosca azul da Presidência da República subiu-lhe à cabeça.
Normalmente, o sucesso só tem ouvidos para o aplauso. Mas o mesmo Datafolha que cintila no riso de Doria fornece a matéria-prima para sua reflexão. Apenas uma ínfima minoria dos paulistanos considera aceitável que o prefeito abandone a cadeira municipal para disputar a poltrona de governador de São Paulo (13%) ou de presidente da República (14%). A maioria (55%) acha que Doria deve honrar os compromissos que assumiu em campanha. Só então será possível avaliar se ele soube lidar com a pior coisa do sucesso de um gestor público, que é continuar sendo um sucesso ao final do mandato.
O pupilo do governador tucano Geraldo Alckmin tornou-se um prisioneiro da fábula que criou. Doria passou a campanha inteira propagando uma falsidade: “Não sou político”, alardeou. Se abandonar a fantasia de gari para tentar a sorte como uma alegoria presidencial em 2018, o prefeito escalará o palco nacional como o pior tipo de político: o traidor. Nesse papel, o sujeito pede votos aos pobres, pede apoio aos poderosos e engana a ambos depois.

NO O ANTAGONISTA
O velho prefeito novo
Brasil 10.04.17 06:58
Os novos prefeitos estão comemorando cem dias de trabalho.
Mas suas práticas são velhas.
Por que o prefeito de Belo Horizonte, por exemplo, precisa fretar um avião particular para ir a Brasília?
A imprensa é constrangedora
Brasil 10.04.17 06:55
João Santana, delator da Lava Jato, “tem demonstrado a interlocutores constrangimento com a adesão ao acordo”, diz a Folha de S. Paulo.
E mais:
“O marqueteiro, que comandou o marketing das campanhas de Lula e de Dilma Rousseff, entre outras, resistiu até quando a situação se mostrou insustentável”.
O que isso quer dizer?
Que ele foi constrangido a delatar? Que incriminou Lula e Dilma Rousseff porque não resistiu à pressão dos procuradores?
A Folha de S. Paulo é constrangedora.
O passado, o presente e o futuro do Brasil
Brasil 10.04.17 06:33
Os próximos dias serão decisivos para o futuro do Brasil.
- Hoje teremos o depoimento de Marcelo Odebrecht.
- No dia 17, João Santana e sua mulher vão prestar depoimento no TSE sobre a propina da Odebrecht na campanha de Dilma Rousseff.
- No dia seguinte, o casal de marqueteiros será interrogado por Sergio Moro no processo contra Antonio Palocci.
- No dia 20, Léo Pinheiro vai prestar depoimento sobre o triplex de Lula. A OAS está negociando um acordo com a PGR e a propina paga ao comandante máximo da ORCRIM é o ponto principal desse acordo.
- Em 3 de maio, Lula estará no banco dos réus em Curitiba.
Lula vai armar um circo contra a Lava Jato, mas até lá ele já terá sido abatido pelos depoimentos de todos esses delatores.
As perguntas que a Lava Jato deixou de fazer
Brasil 10.04.17 06:13
Pedro Novis, Fernando Migliaccio e Hilberto Silva já prestaram depoimento no julgamento de Antonio Palocci e Branislav Kontic.
O Antagonista soube que os procuradores da Lava Jato não fizeram perguntas sobre Lula.
A estratégia do MPF é perguntar sobre Lula apenas no julgamento de Lula.
Mas como é que dá para julgar os crimes de Antonio Palocci sem considerar que ele foi posto no cargo de arrecadador de propinas justamente pelo comandante máximo da ORCRIM?
Marcelo Odebrecht foi extremamente claro sobre isso em seu depoimento ao TSE:
Cristofobia mata 44 no Egito
Mundo Domingo, 09.04.17 20:09
Segundo a Reuters, até o momento, foram contabilizados 44 mortos e mais de 100 feridos nos ataques terroristas a duas igrejas coptas no Egito.
Os fiéis comemoravam o Domingo de Ramos, início da Semana Santa. Os atentados foram reivindicados pelo Estado Islâmico.
Mais cidades dos EUA vão rir de Janete
Brasil 09.04.17 19:42
Depois de arrancar risos com seu stand-up em Harvard ontem, Dilma continuará em turnê nos EUA. Segundo o Valor, o show “Foi górpi” passará também por Nova York, Washington, Boston e Providence.
Para apimentar, vai incluir esquetes sobre o governo “neoliberal” de Temer para a plateia do país mais liberal do mundo.
Peru: veja o que acontece sem foro privilegiado
Mundo 09.04.17 19:03
Países sem essa aberração do foro privilegiado são assim: a Justiça do Peru determinou a prisão preventiva de Félix Moreno, governador de Callao.
Moreno foi delatado por um comparsa na semana passada, que o acusou de receber propina da Odebrecht em troca do contrato para a construção de uma rodovia.
Dos US$ 4 milhões pagos pela empreiteira, Moreno ficou com 60%; seu cúmplice e delator ganhou o restante.
O Brasil é pior que monarquia absolutista
Brasil 09.04.17 16:07
De Randolfe Rodrigues ao Correio Braziliense, sobre a excrescência do foro privilegiado no Brasil:
“O foro privilegiado como temos no Brasil só existe aqui. Nenhum país democrático do mundo tem a prerrogativa como nós temos. O foro privilegiado é um resquício aristocrático, só pertencente a monarquias absolutistas. E nem monarquias absolutistas têm foro para tanta gente. Temos foro para 33.387 pessoas.”
O Brasil é uma versão piorada da monarquia absolutista. Aqui, a ORCRIM briga para que a impunidade reine absoluta.
“Ampla maioria do Congresso não quer fim do foro privilegiado”
Brasil 09.04.17 15:59
Em entrevista ao Correio Braziliense, o senador Randolfe Rodrigues, relator da PEC do fim do foro privilegiado, faz um balanço realista da disposição de seus colegas em aprovar a matéria:
“Não há interesse da ampla maioria do Congresso. Com a Lava-Jato ou em outros momentos, cada vez mais, vão surgir magistrados que terão a coragem de colocar na cadeia empreiteiros e políticos. E, quanto mais surgirem essas pessoas, mais a prerrogativa de função será preservada. Hoje, principalmente após a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a existência do foro é inviável, a não ser para que a impunidade continue.”
Rodrigo Maia responde à gritaria da CNBB
Brasil 09.04.17 18:43
Rodrigo Maia decidiu responder ao alarido da CNBB contra a reforma da Previdência. Os bispos ameaçam transformar as missas em rituais de exorcismo do projeto. Segundo Maia:
“Tanto quanto a CNBB, a Câmara também está preocupada em preservar os direitos dos mais necessitados. A reforma vai acabar com privilégios, e todos se igualam. Inclusive com tetos de aposentadoria que acabam com ganhos milionários. (...) Aliás, sem a reforma, são exatamente os mais pobres que serão prejudicados. Haverá aumento da inflação, desemprego e crescimento negativo do país.”
As informações são da Veja.
PF pede informações da Terracap sobre Mané Garrincha
Brasil 09.04.17 16:52
A Polícia Federal requisitou tudo o que se refere à participação da Terracap nas obras do estádio Mané Garrincha. O objetivo é checar informações de delatores da Andrade Gutierrez, segundo o Correio Braziliense.
A Terracap é uma sociedade do governo do Distrito Federal e da União.










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