PRIMEIRA EDIÇÃO DE 21-3-2017 DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
TERÇA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2017
O presidente da Agência Nacional de Cinema (Ancine), Manoel Rangel Neto, passou viajando mais da metade dos últimos doze anos de mandato. Levantamento no Portal da Transparência mostra que em 31 de dezembro de 2016 ele completou 4.285 dias no cargo, dos quais 2.214 em viagem. Tantas viagens renderam a Rangel mais de R$790 mil em diárias, além dos R$ 16 mil ao mês dos seus vencimentos.
O presidente da Ancine, que está em fim de mandato, fez 738 viagens aéreas entre 2005 e 2016, bancadas pelo contribuinte.
Viagens de Rangel impressionam no volume: ele bateu asas, às custas do contribuinte, uma vez por semana, em média.
Só em 2013 Rangel realizou 70 viagens nacionais e internacionais. No ano eleitoral de 2014 foram 52; 62 em 2015 e 59 viagens em 2016.
A Ancine não quis comentar os ganhos de quase R$ 800 mil do seu presidente apenas com diárias, tampouco explicar suas viagens.
Para justificar o cancelamento do leilão de energia solar, em dezembro, o ministro Fernando Bezerra Filho (Minas e Energia) telefonou à coluna para garantir que havia “sobra de energia”. Dias depois, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que iniciaria em abril um novo período de “bandeira vermelha”, com as contas de energia mais caras. E as termelétricas a diesel e a gás voltaram a ganhar na loteria.
As térmicas foram criadas, como emergência, no governo FHC, e para durar 7 anos. O lobby consegue prorrogar o prazo lá se vão 17 anos.
Lobistas já pedem leilão de “segurança energética” para acionar as térmicas a gás natural no Nordeste. Ninguém duvida que conseguirão.
O lobby das térmicas não permite que o Brasil, com abundância de sol e ventos, invista em energia limpa e barata, como a solar e eólica.
Apesar das críticas ao “açodamento” da Operação Carne Fraca, há ainda muito a revelar sobre as relações promíscuas do agronegócio com o Ministério da Agricultura. Autoridades sabem o que as espera.
O delegado Mauricio Moscardi, responsável pela operação Carne Fraca e membro da força-tarefa da Lava Jato, fez declaração polêmica em janeiro. Afirmou que a PF “perdeu o timing para prender Lula”.
Projeto do deputado Pedro Cunha Lima (PSDB-PB), datado de 2015 e jamais votado, extingue carro oficial para políticos eleitos, juízes e membros do Ministério Público. Os carros hoje a serviço da mordomia seriam deslocados para as áreas de Segurança, Educação e Saúde.
Há ministros campeões em diárias, como Blairo Maggi (Agricultura), com R$22 mil este ano, mas há os que as evitam, como Maurício Quintella (Transportes), com R$260. Outros 19 não as requisitaram.
No DF, o partido Rede, de Marina Silva, está com pressa. Em reunião na última semana, o deputado distrital Chico Leite foi indicado para a chapa majoritária de 2018. Deverá sair como candidato a senador.
Na reunião de líderes e ministros no Planalto, ontem, foi discutido um projeto polêmico (mas útil) que permite a terceirização de atividades-fim no poder público. O tema está na pauta desta terça-feira na Câmara.
Bastou a história improvável de papelão na carne e o desconhecimento de vitamina C para o Brasil conseguir o que concorrentes internacionais tentaram, sem êxito, durante décadas: banir o Brasil do mercado.
A agência Leblon dos Correios, no Rio, até parece o Triângulo das Bermudas. No dia 13, um morador postou Sedex, pagou 45 reais, mas, até hoje, o envelope não chegou ao destino, no centro de Brasília.
... a prisão domiciliar para Adriana Ancelmo foi como promessa de campanha do marido para o eleitor: não virou realidade.

NO DIÁRIO DO PODER
CORREÇÃO
CÁRMEN NÃO VAI SE APOSENTAR E SIM CONCILIAR FUNÇÃO NO STF COM MAGISTÉRIO
PRESIDENTE DO STF QUER VOLTAR A DAR AULA NO PRINCÍPIO DE 2018
Publicado: segunda-feira, 20 de março de 2017 às 17:31 - Atualizado às 18:21
Redação
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta segunda-feira, 20, que pretende combinar a função de presidente do STF com o magistério. Informou-se inicialmente que a ministra se aposentaria em 2018.
A ministra disse que quer voltar a dar aulas, no princípio de 2018, na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC), em Belo Horizonte. Cármen Lúcia é professora licenciada da instituição, lotada na Faculdade Mineira de Direito (FMD). “Estou com saudades dos meus meninos”, disse, se referindo a alunos. Questionada se seria possível acumular os dois trabalhos, Cármen Lúcia afirmou que sim, dando exemplo do ex-ministro Teori Zavascki, que foi professor na USP enquanto integrante do tribunal.
A presidente deu palestra em aula inauguração da faculdade, nesta segunda-feira, 20. Na chegada à escola, passou por protesto contra o STF e foi chamada, por uma manifestante, de golpista. A ministra avaliou como normal o protesto. “É da democracia. Se não fosse aqui, seria na sala de aula”, afirmou.
Cármen Lúcia tomou posse como presidente do Supremo em setembro do ano passado para mandato de dois anos. Mineira, ela foi indicada ao tribunal em 2006 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ministra foi advogada e procuradora do Estado de Minas Gerais. Ela é a segunda presidente mulher do Supremo. A primeira a assumir o posto foi a ministra Ellen Gracie, também a primeira mulher a integrar a Corte.

UM ADVERSÁRIO PARA O LULA
Por Carlos Chagas
Terça-feira, 21-3-2017
A repetição, pelo Lula, de que será candidato em 2018, tem tido correspondência nas pesquisas eleitorais. Está na frente e até poderá vencer no primeiro turno, na hipótese de disputar o palácio do Planalto. Não adianta brigar com a notícia, muito menos ficar torcendo para o companheiro tropeçar na Lava Jato e ficar proibido de se apresentar por suposta condenação em segunda instância. Tudo tem que ser no voto.
Para impedir o retorno do Lula, só apresentando um candidato capaz de vencê-lo, senão no primeiro, ao menos no segundo turno. É aqui que as coisas enrolam para os adversários. Porque a maioria dos partidos, descrente da existência de um contendor à altura do Lula, aferra-se à perspectiva de impedir o ex-presidente, ao invés de eleger uma candidato. Quer dizer, no desespero, querem ganhar no tapetão.
O motivo é simples: os demais possíveis concorrentes não sensibilizam o eleitorado. Pelo contrário, perdem apoio a cada pesquisa.
No ninho dos tucanos, os números cada vez mais enfraquecem o trio Geraldo Alckmin, Aécio Neves e José Serra, a ponto de haver surgido nos últimos dias a hipótese João Dória Júnior, que seria cômica se não fosse trágica. Porque ao prefeito paulistano faltam embasamento ideológico e eleitoral. Seria fogo de palha.
No PMDB, surgirá um candidato apenas se der certo a política de recuperação econômica. Nesse caso, Henrique Meirelles se posicionaria, mas Michel Temer poderia rever a determinação de não disputar outro mandato. Quer dizer: por enquanto nenhuma possibilidade para os dois.
Há outros nomes que batem cabeça, como Ciro Gomes, que o mundo esqueceu, Jair Bolsonaro, última esperança nascida nos quartéis, Ronaldo Caiado, sem empolgar o setor rural, Marina Silva, fugitiva das esquerdas sem voto, Joaquim Barbosa, que ninguém sabe por onde anda, e outros sem referência sequer nas consultas populares.
O curioso nessas projeções é que apesar do desgaste do PT e da blitz desencadeada contra o Lula, ele exprime quantos se opõem ao atual governo, quer dizer, ampla maioria nacional. Sem voz, sem voto e sem candidato, a retaguarda do atraso segue rejeitando o ex-presidente, sem coragem para construir outra alternativa. É bom prestar atenção, pois se continuar o processo como vai, sem adversário, ele volta.

NO ESTADÃO
TRF2 decide manter ex-primeira dama do Rio Adriana Ancelmo em prisão preventiva
O Ministério Público Federal recorreu da decisão do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, que concedeu prisão domiciliar à ex-primeira-dama na sexta-feira, 17
Mariana Sallowicz , 
O Estado de S.Paulo
Segunda-feira, 20 Março 2017 | 18h42
RIO - O desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), decidiu manter em prisão preventiva Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB). Na sexta-feira, 17, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, concedeu prisão domiciliar a ex-primeira-dama, que está presa desde dezembro, mas ela não chegou a ser liberada.
O Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão do magistrado. Hoje, a defesa de Adriana informou a Bretas que o apartamento estaria pronto para recebê-la, atendendo as restrições impostas pelo juiz. O imóvel não poderia ter linha telefônica ou acesso à internet.
Bretas aguardou o julgamento no TRF2 antes de mandar uma inspeção da Polícia Federal (PF) no apartamento. A liberação de Adriana para a prisão domiciliar só ocorreria posteriormente.
A decisão do titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio foi baseada no fato do pai e mãe das duas crianças menores de idade – uma de 11 e outra de 14 anos - estarem presos. Cabral foi preso em novembro, durante a deflagração da Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato no Rio. A mudança do regime estaria fundamentada no artigo 318 do Código de Processo Penal. Nele, é dito que o juiz poderia substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando réu for mulher com filho de até 12 anos.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Cadeia fortalece a carne fraca
Graças à quadrilha desmantelada pela Polícia Federal, o Brasil subiu várias posições no ranking da canalhice
Por Augusto Nunes
Segunda-feira, 20 mar 2017, 19h34
Graças às abjeções promovidas pela quadrilha que fundiu a ganância de executivos de grandes frigoríficos, a sordidez de funcionários do Ministério da Agricultura e a desfaçatez criminosa de políticos do PMDB e do PT, o Brasil subiu várias posições no ranking mundial da canalhice. As descobertas da Operação Carne Fraca são de dar engulhos mesmo em estômagos que as investigações da Lava Jato tornaram extraordinariamente resistentes a notícias abomináveis.
Mas ninguém terá o direito de espantar-se caso o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, e seu antecessor José Eduardo Cardozo não enxergarem nada de mais nas nauseantes demonstrações de desprezo pela saúde dos brasileiros e pela vitalidade de um setor da economia especialmente relevante. A miopia esperta de Serraglio seria consequência das ligações com um quadrilheiro a quem chama de “grande chefe”. Cardozo deve achar que — como o caixa 2, o futebol e o Carnaval — também o hábito de tapear o freguês é “uma questão cultural”.
O país que presta discorda. Brasileiros decentes entendem que quem age como Serraglio ou pensa como Cardozo é tão podre quanto a carne vendida pelo bando. E sabem há muito tempo que existe cura para praticantes de atividades culturais tão repulsivamente ilegais: basta uma boa temporada na cadeia.

NO BLOG DO JOSIAS
Governo é parte do problema na crise da carne
Josias de Souza
Terça-feira, 21/03/2017 01:11
Desde que foi deflagrada a Operação Carne Fraca, o governo de Michel Temer corre para tentar reduzir os prejuízos que o setor agropecuário sofrerá, sobretudo no bilionário negócio da exportação de carne brasileira. Em privado, Temer trata a investigação da Polícia Federal como uma barbeiragem. Avalia que houve uma injustificável generalização de irregularidades que chama de pontuais. Em público, o presidente assegura que seu governo solucionará rapidamente todos os problemas. A questão é que o governo é parte do problema, não da solução.
No domingo, Temer reuniu-se com embaixadores de países que compram carne do Brasil. Tranquilizou-os. Horas depois, começaram a pipocar as notícias sobre a suspensão de importações. Hoje (20), Temer declarou em São Paulo: ''O agronegócio, para nós no Brasil, é uma coisa importantíssima e não pode ser desvalorizado por um pequeno núcleo.'' Ele se refere aos 33 servidores que estão sob investigação policial.
Não é que Temer não tenha enxergado uma solução. Ele é parte da encrenca porque ainda não enxergou o problema. Varejadas pela Polícia Federal, as superintendências do Ministério da Agricultura nos Estados são feudos políticos. Na superintendência do Paraná, revezam-se o PMDB de Temer e o Partido Progressista. Na de Goiás, manda o PTB. Os prepostos desses partidos recebem voz de prisão. Ocorre na Agricultura o mesmo fenômeno que levou a Petrobras à breca: ingerência política.
O que Temer não percebeu é que vigora no Brasil não o presidencialismo, mas uma versão bem brasileira de monarquia. Quem reina é a esculhambação.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Terça-feira, 21 de março de 2017
Como os canalhas fraudam a democracia
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Percival Puggina (*)
A tentativa de instituir o voto em lista fechada é a manobra mais descarada desde o início das operações da Lava Jato. Supera, em despudor, a missão do "Bessias" levando a Lula o ato que o homiziaria no ministério de Dilma.
É mais desavergonhada do que a "anistia do caixa 2". A democracia dos canalhas alcança seu apogeu com algo tão indecente na motivação, tão contra a democracia na concepção e tão escancaradamente desonesto que estará coberto de razão o cidadão que registrar, na polícia, um boletim de ocorrência.
A ideia e a intenção estão em todos os noticiários desta sexta-feira 17 de março. Seus promotores, grandes figurões da política nacional, estão preocupados com os prejuízos eleitorais que lhes advêm do conhecimento de seus crimes e de suas inclusões nas listas de Janot. O que conceberam pode ser descrito como um gigantesco iceberg político sem nada submerso.
Da ponta à base, o mastodonte está inteiramente visível nas páginas dos jornais. Nosso país nunca adotou o voto em lista fechada exatamente pelo motivo que, agora, a organização criminosa atuante na política brasileira passou a vê-lo com bons olhos: ele esconde os candidatos e o voto deixa de ser direto e pessoal.
Com efeito, nesse sistema:
1) cada partido elabora uma lista com os nomes em disputa;
2) no dia da eleição, o eleitor escolhe e vota na lista de sua preferência;
3) o percentual de votos dados a cada lista, em relação ao total de sufrágios da eleição, define quantas cadeiras cabem a cada partido;
4) são os partidos que estabelecem a ordem dos nomes nas respectivas listas;
5) é dentro dessa ordem que as cadeiras são preenchidas (se um partido tiver direito a dez cadeiras, por exemplo, os dez primeiros nomes de sua lista serão titulares).
Com medo da reação da sociedade ante os escândalos em que estão envolvidos, os piores elementos da vida pública brasileira, candidatos preferenciais a serem varridos das urnas em 2018, encontraram no voto em lista fechada um modo de se elegerem sem necessidade de encarar individualmente os eleitores.
Pretendem, com essa manobra, caciques que são, retomar suas cadeiras e preservar o foro privilegiado escondidos na lista partidária, mais ou menos como se dá comprimido para cachorro, disfarçado dentro de um naco de carne. É assim, escondidos e sem votos pessoais, mascarados, que eles querem voltar aos negócios em 2018.
Antes, desfiguravam a representação política comprando votos e abusando do poder econômico com dinheiro mal havido; agora, querem continuar abastardando a democracia com o voto em lista fechada.
(*) Percival Puggina (72), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

NO O ANTAGONISTA
Lula desistiu de presidir o PT
Brasil Terça-feira, 21.03.17 07:14
Lula desistiu de presidir o PT.
De acordo com Lauro Jardim, ele disse a integrantes da Executiva Nacional que “quer se dedicar de corpo e alma à campanha de 2018”.
Deputados e senadores do PT foram arrolados em sua defesa contra a Lava Jato, mas ele dispensa o peso morto do partido.
Sexta-feira negra
Brasil 21.03.17 07:03
Lula sabe que, nos próximos dias, os depoimentos de Marcelo Odebrecht, Alexandrino Alencar e Pedro Novis serão divulgados, escancarando seus crimes.
Por isso, ele prepara – juntamente com seus advogados – a mais espetaculosa campanha contra a Lava Jato.
Diz a Folha de S. Paulo:
“Lula avisou que quer todos os deputados e senadores do PT no evento que o partido realizará nesta sexta-feira, em São Paulo, para discutir a Lava Jato”.
Seis vezes Aécio
Brasil 21.03.17 06:52
Aécio Neves, segundo O Globo, “aparece como um dos alvos centrais em pelo menos seis pedidos de inquérito” da lista Janot.
A reportagem não soube informar do que se trata, porém.
NOVE MINISTROS NA LISTA JANOT
Brasil 21.03.17 06:38
No total, nove ministros de Michel Temer aparecem na lista Janot.
Seis deles foram divulgados na semana passada: Eliseu Padilha, Moreira Franco, Bruno Araújo, Gilberto Kassab, Marcos Pereira e Aloysio Nunes Ferreira.
O sétimo é Blairo Maggi.
Os nomes dos outros dois, segundo o Valor, não foram revelados, mas o Palácio do Planalto já sabe quem eles são.
Tem carne podre na lista Janot
Brasil 21.03.17 06:27
Blairo Maggi, às voltas com a carne podre, foi acusado pela Odebrecht de ter recebido dinheiro podre.
Segundo o Valor, seu nome consta da lista Janot.
Trata-se do sétimo ministro de Michel Temer envolvido com a Lava Jato.
Santo STJ
Brasil 21.03.17 06:19
Geraldo Alckmin, codinome Santo, está na lista Janot.
Segundo a Folha de S. Paulo, porém, ele será poupado no STJ.
“No meio político, há a expectativa de que as acusações contra governadores, especialmente os tucanos, sejam mais brandas que as demais no rol da operação.
O vice-procurador geral Bonifácio Andrada, que toca os processos no STJ, tem passado ligado ao PSDB – foi advogado-geral da União, no governo FHC, e de Minas, na gestão de Aécio. E tem bom trânsito com Gilmar Mendes”.
Santo cunhado (quatro meses depois)
Brasil 21.03.17 06:12
O Globo diz que o pedido de abertura de inquérito contra Geraldo Alckmin “estaria relacionado a repasses que a Odebrecht fez para as campanhas dele ao governo de São Paulo, em 2010, e também em 2014.
Segundo um dos delatores, pelo menos um dos pagamentos teve como intermediário Adhemar Ribeiro, cunhado do governador”.
Os leitores de O Antagonista já sabiam disso (obrigado, fonte).
O Santo está nervoso
Brasil 21.03.17 06:08
Eduardo Paes, codinome Nervosinho, e Geraldo Alckmin, codinome Santo, aparecem na lista Janot.
O Globo dedica a manchete de primeira página aos pedidos de abertura de inquérito contra esses dois.
Nervosinho na lista Janot
Brasil 21.03.17 06:01
A lista Janot será encaminhada hoje a Edson Fachin.
Os nomes dos investigados continuam a pipocar na imprensa.
Um deles, citado em O Globo, era mais do que esperado: Eduardo Paes, codinome Nervosinho.
O outro idem: Pedro Paulo.
A reportagem não conseguiu descobrir se eles aparecem juntos - no mesmo inquérito - ou separados.
Cabral fica com Moro e Bretas
Brasil Segunda-feira, 20.03.17 21:16
O ministro Luiz Felipe Salomão, do STJ, negou o pedido de Sérgio Cabral para que os processos a que ele responde por corrupção sejam enviados da primeira instância para o STJ, responsável pelo julgamento de governadores.
As ações penais contra Cabral permanecem, portanto, nas mãos dos juízes Sergio Moro e Marcelo Bretas.
Toffoli defende lista fechada
Brasil 20.03.17 20:08
O ministro do STF Dias Toffoli, que já presidiu o Tribunal Superior Eleitoral, afirmou que o sistema eleitoral brasileiro “está falido”.
Até aqui, tudo bem. Em seguida, Toffoli defendeu a adoção do modelo de lista fechada como um teste provisório.
Toffoli não está sozinho. Leia aqui o que escrevemos mais cedo sobre o tema.
As declarações foram dadas após o Seminário Internacional sobre Sistemas Eleitorais, na sede do TSE.
A fonte secou para a turma de Cabral
Brasil 20.03.17 19:26
Os advogados de Carlos Miranda, preso na operação Calicute e apontado como "homem da mala" de Sérgio Cabral, não têm acompanhado as audiências do processo contra seu cliente em Curitiba.
O problema é falta de dinheiro, informa o Globo. Com as contas bloqueadas, Miranda não tem como pagar as viagens dos advogados a Curitiba.
Nessa fase, estão sendo ouvidas testemunhas de acusação.
Barco de Cabral: "pagamento incomum”
Brasil 20.03.17 19:07
O empresário Jaime José Alves Filho, sócio de uma empresa de construção naval, confirmou ao juiz Sergio Moro que Mônica Carvalho, mulher de Wilson Carlos, secretário de governo de Sérgio Cabral, comprou um barco por R$ 264 mil, valor que foi pago em 29 depósitos em dinheiro.
Segundo Alves Filho, foi um pagamento “incomum”.
A embarcação foi entregue em 2013, no condomínio Porto Bello, em Mangaratiba, onde Wilson Carlos e Sérgio Cabral costumavam passar os finais de semana.
"Angorá" intimado
Brasil 20.03.17 18:43
Moreira "Angorá" Franco foi intimado a apresentar sua defesa nas ações que correm contra sua nomeação à Secretaria-Geral da Presidência.
As ações foram movidas pelo PSOL e pela Rede no STF, que alegam que a nomeação de Moreira Franco ao cargo de ministro teve, na verdade, objetivo de conceder-lhe foro privilegiado.
Celso de Mello indeferiu as liminares que suspenderam a nomeação de Angorá, mas ainda deve levar a questão ao plenário do STF. Ele tem dez dias para apresentar a defesa.
"Não encampei discurso de ninguém"
Brasil 20.03.17 17:44
Sobre essa nota, o senador Paulo Bauer disse o seguinte a O Antagonista:
"Não encampei discurso de ninguém. Apenas expliquei como as coisas funcionam no Senado e que esses requerimentos, em caso de Emendas à Constituição, dependem do presidente para entrarem na pauta. Sigo apoiando o fim do foro privilegiado."
Jucá trabalhou em 2014
Brasil 20.03.17 17:29
Em 2014, Romero Jucá incluiu numa MP emenda para acabar com a fiscalização sanitária em estados e municípios, tornando a questão - como disse a Folha - de competência exclusiva do Ministério da Agricultura.
A medida, é claro, só favorecia os grandes frigoríficos.
Sem estardalhaço
Brasil 20.03.17 17:19
Mais cedo, uma fonte da PF afirmou a O Antagonista que o governo "está se aventurando" a criticar a Operação Carne Fraca.
Agora há pouco, Lauro Jardim noticiou que a cúpula da PF avaliou que não houve estardalhaço na Operação, principalmente diante do que está em segredo de Justiça.
Construindo uma Nova Propina
Brasil 20.03.17 16:12
A corrente de Lula dentro do PT, Construindo um Novo Brasil, publicou no site do partido um documento em que defende a propina.
Leia um trecho (e esconda a carteira):
“As eleições brasileiras historicamente foram feitas mediante contribuições não contabilizadas, vulgo caixa dois.
O Partido dos Trabalhadores, provavelmente, se utilizou das mesmas regras que os demais usavam. Grande parte dos militantes que assumiram a função de gerir recursos o fizeram como tarefa política. Tarefa, aliás, com enorme exposição pessoal (…).
A disputa eleitoral é estratégica para o Partido dos Trabalhadores e não a menos importante.
Na situação exposta acima, como o PT poderia disputar eleições sem recursos enquanto todos os partidos neoliberais o tinham de sobra e de várias fontes? Seria impossível disputar com chances de vitória sem os instrumentos necessários. É perfeitamente lógico que o Partido dos Trabalhadores, apresentando um projeto ao país, disputando um novo rumo para a nação, tenha buscado se financiar para tal”.

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