PRIMEIRA EDIÇÃO DE 15-3-2017 DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NO ESTADÃO
Janot pede para investigar Dilma, Lula e cinco ministros de Temer
PGR pediu investigação contra ex-presidentes, Eliseu Padilha, Moreira Franco, Gilberto Kassab, Bruno Araújo e Aloysio Nunes, além de Palocci e Mantega
Beatriz Bulla, Fábio Serapião e Fábio Fabrini , 
O Estado de S.Paulo
Terça-feira,14 Março 2017 | 19h49 
Atualizado 14 Março 2017 | 21h05
BRASÍLIA - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu para investigar ao menos cinco titulares dos 29 ministérios do governo de Michel Temer (PMDB). Eliseu Padilha(PMDB), da Casa Civil, Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-geral da Presidência, Gilberto Kassab (PSD), das Comunicações, Bruno Araújo (PSDB), da pasta de Cidades, e Aloysio Nunes (PSDB), das Relações Exteriores, poderão ser investigados formalmente caso o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), aceite as solicitações de Janot. 

Além disso, a lista de Janot inclui os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva e os ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega, mas como os petistas perderam o foro privilegiado os casos devem ser remetidos à primeira instância.
O Estado apurou também que além dos ministros, Temer deve ver três importantes aliados no Congresso na mira das autoridades. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), além do senador Edison Lobão (PMDB), estão entre os alvos dos 83 inquéritos cuja abertura foi pedida pela PGR
No total, Rodrigo Janot enviou 320 pedidos ao STF com base nas delações premiadas de 78 executivos da Odebrecht. São 83 pedidos de abertura de inquéritos, 211 declínios de competência para outras instâncias da Justiça, nos casos que envolvem pessoas sem prerrogativa de foro, 7 pedidos de arquivamentos e 19 outras providências.
Segundo a PGR, "não é possível divulgar detalhes sobre os termos de depoimentos, inquéritos e demais peças enviadas ao STF por estarem em segredo de Justiça." Por isso, Rodrigo Janot, em seus pedidos, também solicitou ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, a retirada do sigilo desse material considerando a necessidade de promover transparência e garantir o interesse público.
Eliseu Padilha e Moreira Franco foram citados por delatores da Odebrecht por, supostamente, atuarem em parceria na captação de recursos para seu grupo político no PMDB.
No anexo de sua colaboração, já tornado público, o ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht em Brasília, Cláudio Mello Filho disse que se reuniu com Moreira para tratar de interesses da empreiteira relacionados à aviação civil, área que ele comandava no governo Dilma Rousseff. Também contou que o ministro pressionava a empreiteira para assumir algumas posições em negócios nesse setor.
"Moreira Franco é um político habilidoso e se movimenta muito bem nas ações com seus pares. Acredito que há uma interação orquestrada entre ele e Eliseu Padilha (ministro da Casa Civil) para captação de recursos para o seu grupo do PMDB", declarou o executivo.
Segundo o delator, Moreira era identificado nas planilhas da propina da Odebrecht com o codinome "Angorá". O ministro teria solicitado a ele "um apoio de contribuição financeira, mas transferiu a responsabilidade pelo recebimento" a Padilha.
O executivo também disse que, num jantar no Palácio do Jaburu, o então vice-presidente Michel Temer pediu pessoalmente ao também delator e herdeiro da empreiteira, Marcelo Odebrecht, uma contribuição. Odebrecht teria se comprometido com R$ 10 milhões.
Ao depor no processo que analisa a cassação da chapa Dilma-Temer, Odebrecht confirmou o encontro, mas disse que não houve pedido direto de dinheiro por Temer.
Segundo relatos obtidos pelo Estado, Odebrecht afirmou que o valor já estava acertado anteriormente. Segundo ele, as tratativas para a doação foram feitas entre Padilha e Melo Filho. Ele admitiu que parte dos pagamentos foi feita via caixa 2.
A Lava Jato apura se parte do caixa 2 da Odebrecht foi paga por um emissário da empreiteira no escritório do advogado José Yunes, amigo e ex-assessor de Temer. Em depoimento espontâneo, prestado ao Ministério Público Federal, Yunes disse que atuou como "mula involuntária" de Padilha ao receber um pacote do operador financeiro Lúcio Funaro.
Na delação de Cláudio Mello, o delator aponta que Kassab era o codinome "Kafka" no sistema interno de liberação de pagamentos da empreiteiras. "Kafta" consta em relatório da Polícia Federal referente à 23.ª fase da Lava Jato, batizada de Acarajé. Em planilha encontrada nesta fase, há registro de cinco pagamentos ao codinome "Kafta", de R$ 500 mil cada, dois registrados no mês de outubro de 2014 e três em novembro de 2014.
Aloysio Nunes, segundo revelou o jornal Folha de S.Paulo, seria um dos citados pelo ex-diretor da Odebrecht, Carlos Armando Paschoal como destinatário de R$ 500 mil, por meio de caixa 2, para sua campanha ao Senado, em 2010. Nunes assumiu a vaga de ministro após José Serra pedir demissão. O tucano também é alvo de pedido de investigação. O senador e ex-governador de São Paulo teria recebido R$ 23 milhões em uma conta na Suíça em nome de Ronaldo Cezar Coelho. 
O ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira não cita pagamentos realizados por ele ao ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB). Segundo o delator, ele teria somente reforçado a outro diretor da Odebrecht, João Pacífico, responsável pela região Nordeste do Brasil, "a necessidade de uma atenção especial" ao então deputado. "Me tranquilizou o fato de Pacífico ter me dito que não me preocupasse, pois a mesma solicitação teria sido feita a ele por Marcelo Odebrecht", disse o delator. 
Congresso 
Alcunhado de "Índio" pela Odebrecht, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, é outro que pode virar alvo de investigação no STF. Cláudio Melo afirma em sua delação que Oliveira atuou para favorecer a empreiteira na aprovação da Medida Provisória 613/2013. Em troca da ajuda, o delator apontou que foram repassados R$ 2,1 milhão a um preposto do senador de nome Ricardo Augusto. "O valor foi dividido em duas parcelas, sendo uma paga em Brasília e a outra em São Paulo. Os pagamentos foram realizados entre outubro de 2013 e janeiro de 2014", explicou o delator em sua delação.
Por sua vez, o presidente da Câmara era chamado de "Botafogo" pelos executivos da empreiteiras. Segundo Claudio Melo, durante a fase final da aprovação da MP 613, Maia teria alegado a existência de "pendências da campanha de Prefeito do Rio de Janeiro de 2012" para solicitar uma contribuição. A remessa, segundo o delator, foi efetuada no valor de R$ 100 mil. 
O ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira não cita pagamentos realizados por ele ao ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB). Segundo o delator, ele teria somente reforçado a outro diretor da Odebrecht, João Pacífico, responsável pela região Nordeste do Brasil, "a necessidade de uma atenção especial" ao então deputado. "Me tranquilizou o fato de Pacífico ter me dito que não me preocupasse, pois a mesma solicitação teria sido feita a ele por Marcelo Odebrecht", disse o delator.
Outro lado 
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, não vão se pronunciar, pelo menos por enquanto, sobre a segunda lista do procurador-geral da República.
A assessoria do senador Romero Jucá também emitiu nota dizendo que "O senador apoia todas as investigações da operação Lava Jato e está à disposição para prestar as informações necessárias."
Em nota, o ministro Aloysio Nunes Ferreira informou que requereu, na manhã de segunda-feira, 13, por meio de seu advogado, o acesso ao conteúdo da delação da Odebrecht naquilo que possa lhe dizer respeito. "E não vai se pronunciar sobre suposta menção a seu nome até ter conhecimento do teor do documento", acrescentou.
O ministro Bruno Araújo afirmou que solicitou "doações para diversas empresas, inclusive a Odebrecht, como já foi anteriormente noticiado", mas que manteve relação institucional.

NO BLOG DO FAUSTO MACEDO
Janot escreve a seus pares sobre ‘a triste realidade de uma democracia sob ataque’
Em carta interna, procurador-geral da República diz que instituição tem dois desafios, manter a imparcialidade e a coesão interna
Redação
Terça-feira, 14 Março 2017 | 21h07
No dia em que deu o mais ousado e decisivo passo da Lava Jato contra a corrupção – apresentando 83 pedidos de inquéritos ao Supremo Tribunal Federal contra ministros do governo Temer, deputados e senadores -, o procurador-geral da República Rodrigo Janot escreveu uma carta a seus pares em que aponta para ‘a triste realidade de uma democracia sob ataque’.
Detalhes da carta foram revelados pelo repórter Vladimir Netto, no Jornal Nacional, da TV Globo.
Janot destacou que a Instituição tem dois desafios: manter a imparcialidade e zelar pela coesão interna.
O procurador apontou que as delações de executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht ‘mostram a triste realidade de uma democracia sob ataque, tomada pela corrupção e pelo abuso do poder econômico e político’.
Ele relatou aos colegas da Procuradoria que apresentou 320 pedidos ao Supremo, sendo 83 de abertura de inquérito.
Comprometeu-se a manter a condução da Lava Jato ‘sob o compasso da técnica e com a isenção que se impõe’.
Na carta aos procuradores, Janot afirma ser ‘um democrata convicto’ e que continua na ‘sua missão de defender o regime democrático e a ordem jurídica’.
Segundo ele, o sucesso das investigações até aqui ‘representa uma oportunidade ímpar de depuração do processo político nacional para aqueles que acreditam ser possível fazer política sem crime e para aqueles que crêem que a democracia não é um jogo de fraudes, mas sim um valor essencial ao desenvolvimento de um país’.
A CARTA DE JANOT:
Colegas,
Gostaria de prestar diretamente a vocês algumas informações sobre o trabalho realizado a partir da colaboração da empresa Odebrecht, no âmbito da investigação Lava Jato, considerando a relevância do caso, sua magnitude e seus impactos para o futuro da Instituição.
Como já é de conhecimento geral, no fim do ano passado, firmamos um grande acordo de colaboração com a empresa e com diversas pessoas físicas que integram seu corpo diretivo. No total, 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht firmaram o acordo e prestaram declarações em que revelam os meandros da corrupção em nosso País de forma jamais imaginada. Isso sem falar nos acordos de leniência firmados com as empresas do grupo.
A preparação do acordo exigiu a realização de pelo menos 48 reuniões entre as partes, no período de fevereiro a dezembro de 2016. Na sequência, envolvemos mais de 100 colegas, em 34 unidades do Ministério Público Federal, para colher os 950 termos de declaração dos colaboradores em apenas uma semana.
Esse trabalho exigiu de todos nós envolvidos no processo um esforço sobre-humano para colher-se os depoimentos, organizá-los, elaborar petições e, por fim, encaminhar todo o caso ao Supremo Tribunal Federal. Todas essas tarefas foram ultimadas em apenas 15 dias, de modo que, antes do recesso, o material já estava à disposição da Corte para exame e homologação.
Por óbvio, um trabalho dessa envergadura só poderia ser fruto de uma equipe realmente comprometida com as graves responsabilidades que pesam sobre a Instituição. Não só o Grupo de Trabalho que me auxilia, como também os colegas da Força-Tarefa de Curitiba, em um trabalho de colaboração mútua, viabilizaram o êxito dessa empreitada. Preparamos, GT-PGR e FT-Curitiba, toda a logística necessária para elaborar, revisar, assinar os acordos e colher os 950 termos de declaração que, em seguida, foram encaminhados ao STF, por petições, para homologação.
Os termos dos 77 acordos celebrados foram homologados no fim do mês de janeiro pela Ministra-Presidente, Cármen Lúcia. Desde então, as dedicadas equipes do GT-PGR e da FT-Curitiba trabalharam incessantemente para organizar o material e dar o tratamento jurídico adequado e individualizado a cada caso.
Ainda como efeito do acordo celebrado, realizamos, sob a liderança do MPF, no mês de fevereiro, reunião com chefes de 10 Ministérios Públicos ibero-americanos e reuniões específicas com um MP africano para tratarmos das repercussões do caso Odebrecht naqueles países, já que parte dos fatos revelados nas colaborações e acordos de leniência dizem respeito a atos de corrupção ocorridos naquelas jurisdições estrangeiras. Podemos, com isso, dizer que antecipamos em 3 anos o objetivo previsto no Planejamento Estratégico Institucional de ser o Ministério Público Federal reconhecido nacional e internacionalmente pela excelência na atuação no combate ao crime e à corrupção.
Dos pedidos de homologação encaminhados, originaram-se 320 providências requeridas ao STF, assim distribuídas: 83 pedidos de instauração de inquérito, 211 pedidos de declínio de atribuição, 7 promoções de arquivamento, 19 outras providências.
Por esse trabalho extraordinário, gostaria de publicamente empenhar meu sincero agradecimento e respeito aos colegas do Grupo de Trabalho – PGR e da Força-Tarefa – Curitiba. Agradeço profundamente aos membros que nos auxiliaram, a partir de suas unidades, na coleta dos depoimentos, sem prejuízo de suas atribuições ordinárias, e aos dedicados servidores que trabalharam arduamente nas tarefas de logística fundamentais para o sucesso do empreendimento.
Devo ainda ressaltar, para reflexão geral, que, sem uma equipe de natureza permanente e composta por membros para apoio ao Procurador-Geral da República, seria impossível levar a bom termo as graves responsabilidades do cargo que ora desempenho, em prejuízo não só do MPF como de todo o Ministério Público brasileiro.
Eis assim um relato objetivo do que representou, em tempo e números, o acordo da Odebrecht. Poderia encerrar o texto por aqui, mas a singularidade do momento impõem-me tecer ainda algumas considerações sobre os reflexos metajurídicos decorrentes desse acordo histórico.
A expectativa em relação ao encaminhamento que daríamos aos depoimentos decorrentes do acordo da Odebrecht tem provocado muita apreensão no meio político, na imprensa e na sociedade de forma geral. As revelações que surgem dos depoimentos, embora já fossem presumidas por muitos, lançadas assim à luz do dia, em um procedimento formal perante a nossa Suprema Corte, nos confrontarão com a triste realidade de uma democracia sob ataque e, em grande medida, conspurcada na sua essência pela corrupção e pelo abuso do poder econômico e político.
Certamente o MPF terá dois desafios institucionais a vencer a partir de hoje: manter, como sempre o fez, a imparcialidade diante dos embates político-partidários que decorrerão do nosso trabalho e velar pela coesão interna. Não temos a chave mágica para a solução de todos os problemas revelados com a Lava Jato – especialmente agora, com a colaboração da Odebrecht –, mas, na parte que nos compete, asseguro a todos vocês que continuarei a conduzir o caso sob o viés exclusivamente jurídico, sob o compasso da técnica e com a isenção que se impõe a qualquer membro do Ministério Público.
Por fim, é preciso ficar absolutamente claro que, seja sob o ponto de vista pessoal – sou um democrata congênito e convicto –, seja sob a ótica da missão constitucional do MP de defender o regime democrático e a ordem jurídica, o trabalho desenvolvido na Lava Jato não tem e jamais poderia ter a finalidade de criminalizar a atividade política. Muito pelo contrário, o sucesso das investigações sérias conduzidas pelo MPF até aqui representa uma oportunidade ímpar de depuração do processo político nacional, ao menos para aqueles que acreditam verdadeiramente que é possível, sim, fazer política sem crime e que a democracia não é um jogo de fraudes, nem instrumento para uso retórico do demagogo, mas um valor essencial à sociedade moderna e uma condição indispensável ao desenvolvimento sustentável do nosso país.
Coragem e confiança!”
Forte abraço.
Rodrigo Janot

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUARTA-FEIRA, 15 DE MARÇO DE 2017
Não durou sequer meia hora o “sigilo” da “lista de Janot”: os nomes começaram a vazar tão logo os 320 pedidos de inquérito foram enviados pela Procuradoria Geral da República ao Supremo Tribunal Federal. Os políticos são os “suspeitos de sempre”, já citados em outras delações, como os ex-presidentes Lula e Dilma e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral).
Dois ex-ministros da Fazenda da era PT, Antonio Palocci e Guido Mantega, também já investigados em outros casos, estão na lista.
Também estão nessa nova “lista de Janot” tucanos ilustres, como os senadores Aécio Neves (MG), José Serra (SP) e Aloysio Nunes (SP).
Estão na “nova lista” os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (PMDB-CE), do Senado. Ambos já citados.
Há dois anos, em março de 2015, Janot pediu ao STF 27 inquéritos para investigar cerca de 50 políticos. Até agora, apenas 5 viraram réus.
Devem levar até 5 dias para serem catalogados e distribuídos ao ministro-relator Edson Fachin os documentos contidos nas onze caixas enviadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo.
O pacote mais recente da PGR, em 6 de março de 2015, pediu a abertura de 27 inquéritos contra políticos da Lava Jato. Mas o acúmulo de trabalho só permitiu que apenas cinco casos virassem ações penais.
Os pedidos da PGR sobre delações da Odebrecht foram encaminhados para uma sala-cofre no edifício sede do Supremo. Apenas um punhado de funcionários de confiança tem autorização para acessar essa sala.
Um “comitê pela libertação” do ex-almirante Othon Pinheiro da Silva, ex-Eletronuclear, atribui à “espionagem” dos EUA sua condenação a 43 anos por corrupção, lavagem, evasão e organização criminosa. Nem se dá ao trabalho de responder às provas e aos testemunhos da safadeza.
Resultados preliminares do Ministério da Saúde confirmam que em 2015 morreram 1.260.565 pessoas em todo o Brasil. Homicídios foram responsáveis por mais de 59 mil mortes.
A OAB entregou aos deputados Carlos Marun, relator da reforma da Previdência na Câmara, e ao presidente Rodrigo Maia, carta aberta contra o projeto. Ao todo, 170 entidades subscrevem o documento.
O ex-senador Ronan Tito de Almeida (PMDB-MG), que foi senador entre 1987 e 1995, é um dos beneficiados pela aposentadoria de senador há mais de 20 anos. Recebe cerca de R$ 18 mil por mês.
Apesar de levar quase dois anos para distribuir apenas 1 milhão de kits de TV Digital (antena e conversor de sinal), o governo não parece preocupado com a meta de entregar mais 13 milhões até 2018.
Se cada um dos 83 inquéritos solicitados ao Supremo envolver dois ou três suspeitos, teremos mais de 240 parlamentares investigados.

NO DIÁRIO DO PODER
POR UNANIMIDADE NO STF
DEPUTADO PETISTA VANDER LOUBET VIRA NOVO RÉU NA OPERAÇÃO LAVA JATO
PARLAMENTAR VAI RESPONDER POR CORRUPÇÃO E LAVAGEM DE DINHEIRO
Publicado: terça-feira, 14 de março de 2017 às 19:12 - Atualizado às 19:30
Redação
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (14) abrir ação penal contra o deputado federal Vander Loubet (PT-MS) e mais duas pessoas pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Com a decisão, Loubet passa à condição de réu no processo.
Por unanimidade e seguindo voto do relator, Edson Fachin, os ministros entenderam que o parlamentar também vai responder pelo crime de organização criminosa, por haver indícios do suposto recebimento de vantagem indevida oriunda do esquema montado para desviar recursos da Petrobras. Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e Gilmar Mendes acompanharam o relator.
De acordo com denúncia, o parlamentar solicitou e recebeu, entre 2012 e 2014, cerca de R$ 1 milhão, pagos em 11 parcelas pelo doleiro Alberto Youssef, um dos delatores da Lava Jato. Para a Procuradoria Geral da República, o dinheiro entregue ao deputado foi desviado da BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras.
Durante o julgamento, a defesa de Vander Loubet disse que o deputado jamais recebeu em suas contas bancárias, ou por intermédio de terceiros, recursos desviados da Petrobras. Segundo o advogado, não existem provas e indícios sobre as condutas imputadas ao parlamentar. "Nestes autos não existem elementos indiciários para o recebimento da denúncia", argumentou a defesa.(ABr)

ADEUS, RENOVAÇÃO
Carlos Chagas
Quarta-feira, 15-3-2017
Feito o lobisomem que aparece nas noites de lua cheia, caiu no Congresso, mais uma vez, a proposta da eleição de deputados em lista fechada, na discussão da reforma política. O eleitor não votaria no candidato de sua preferência, mas na sigla de um partido cujos caciques comporiam a relação dos companheiros dignos de receber os votos. Imagine-se quem os dirigentes partidários colocariam nos primeiros lugares: eles mesmo, ainda que se fosse para ser votados individualmente, ficariam na rabeira.
Trata-se de mais uma vigarice dos mesmos de sempre.
Fica estranho que, depois de a Câmara dos Deputados haver rejeitado a sugestão, tempos atrás, ela retorne impávida pela manobra dos mesmos de sempre. Quem puxa a fila, agora, é o presidente do Congresso, Eunício Oliveira, por sinal o senador mais votado no Ceará.
A reforma política segue os passos da vaca: vai para o brejo, ainda que se tenha a certeza de sua rejeição pelo bom senso.
A reforma política ressurge em meio à crise gerada pela tentativa de aceitação do Caixa Dois, outra agressão abominável. Suas Excelências imaginam que uma das duas excrescências acabará aprovada, coisa que lhes basta para continuar boiando no esgoto.
Nada de novo acontece sob o Sol. Porventura aprovada a lista fechada, seria inócuo o desvio de recursos ilícitos do Caixa Dois para a preservação dos mandatos dos controladores dos partidos. Garantiriam seus lugares, verdadeiramente o que lhes interessa. A renovação ficaria para as calendas, em todas as legendas.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Pantomima de esquerda vai às ruas hoje. Patrocínio: direita xucra
Como vocês sabem, isso tudo, para mim, é como o capítulo repetido de uma novela. Cada uma dessas etapas foi antevista aqui
Por Reinaldo Azevedo
Quarta-feira,15 mar 2017, 06h00-Atualizado em 15 mar 2017, 06h38
Que o dia amanheça com as características de que o diabo gosta, bem, disso não se duvide. Há tempos está marcado o protesto desta quarta-feira em São Paulo e outras cidades contra as reformas trabalhista e da Previdência. É evidente que o ato está sob o controle do PT e da CUT, que dispõem de recursos para fazer barulho. Mas ao menos um aliado do governo Temer disputa um lugar entre os protagonistas: o deputado Paulinho da Força (SDD-SP). Ele não abre mão dos cargos do governo. Só não quer a sua pauta. Mas e o diabo com isso?
Bem, Rodrigo Janot deu a sua força com a chamada “Lista dos 83”. O timing foi perfeito. Ora, qual é a tese essencial do PT? Tudo o que se diz contra o partido tem um elemento de armação e conspiração porque, na verdade, todos são iguais. Como já destaquei aqui, a exclusividade petista — ter comandado a maior máquina de que se tem notícia de assalto permanente aos cofres — se perdeu.
Mais: Lula prestou um depoimento nesta terça da 10ª Vara Federal de Brasília. Deve ter sido uma das peças mais bisonhas da Justiça Federal em todos os tempos. O evento serviu apenas para que o pré-presidenciável do PT usasse o depoimento como palanque. Não lhe foi feita uma única pergunta que não fosse platitude. Os petistas comemoraram.
Notem: as circunstâncias conspiram em favor do fortalecimento do discurso de viés esquerdista. E é evidente que parcelas consideráveis da opinião pública veem com reservas a reforma da Previdência — sem a qual o país vai para o vinagre. O viés é quase sempre aquele “das ruas”, como chamaria Elio Gaspari: “Se os políticos roubaram tudo, por que nós vamos pagar o pato?”. Vá convencer essas pessoas de que a Previdência estaria quebrada ainda que o Brasil fosse composto apenas de homens e mulheres moralmente honestos.
A desonestidade, no caso da Previdência, é com a matemática.
E as sandices vão se multiplicando, com estupidez crescente e convicta. Ainda ontem, setores da Internet “de direita” (ou que se dizem de…) já tratavam como condenados aqueles que Rodrigo Janot nem ainda denunciou. Ele apenas pediu abertura de inquérito. Ao mesmo tempo, ora vejam, tais setores saudavam a reforma da Previdência como uma necessidade imperiosa.
Então ficamos assim. Ao mesmo tempo em que grupos excitam o seu “povo de direita” a se lançar contra o Parlamento (oh, claro!, apenas contra a ala desonesta!) —, cobra-se que esse mesmo Parlamento compre briga com o “povo de esquerda”, entenderam? A ambição dos valentes, em suma, é que o Poder Legislativo se lasque com 100% do povo. “Só assim haverá renovação”, escreveu um desses luminares.
Não creio que seja burrice. Talvez seja só oportunismo. Pode ser coisa pior.
O dia promete ser confuso em São Paulo — que é para onde os olhos se voltarão. Mais uma vez, os esquerdistas (agora com Paulinho) escolhem um dia útil para o protesto. Compreensível. Os sindicalistas e militantes profissionais estão com a vida ganha. Se vão reunir pouca gente ou muita, não sei. O transtorno será grande.
Ainda que a Justiça tenha determinado que não haja paralisação do serviço, o Sindicato dos Metroviários — comando por uma miríade de esquerdistas, sob a centralização do PSOL — aprovou a greve. Há duas decisões contrárias à paralisação dos motoristas de ônibus. Até onde se sabe, a decisão de interromper o serviço por algum tempo está mantida. Professores da rede estadual também aderiram à paralisação.
Se não mudar de ideia, Lula discursa na concentração da Avenida Paulista.
Como vocês sabem, isso tudo, para mim, é como o capítulo repetido de uma novela. Cada uma dessas etapas foi antevista aqui. Sim, as ruas estarão cheias de vermelho nesta quarta.
Mas, na raiz desse evento, jamais se esqueçam, estão a direita xucra e sua falta congênita de livros.

NO BLOG DO JOSIAS
Ao depor como réu, Lula se equiparou a Deus
Josias de Souza
Quarta-feira, 15/03/2017 04:50
Em seu primeiro depoimento como réu em processo da Lava Jato, Lula se colocou no lugar de Deus. Disse ao juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, que o primeiro-amigo José Carlos Bumlai não estava autorizado a discutir negócios. O magistrado perguntou se Bumlai poderia ter usado o nome de Lula. E o interrogado: “Doutor, se o senhor soubesse quanta gente usa o meu nome em vão! De vez em quando eu fico pensando pras pessoas (sic) lerem a Bíblia, pra não usar tanto o meu nome em vão.”
Lula decerto se referia aos dois trechos da Bíblia que anotam os Dez Mandamentos que Deus entregou ao seu marqueteiro, o profeta Moisés, para que ele os propagandeasse. As Tábuas da Lei estão disponíveis em Êxodo 20,2-17 e Deuteronômio 5,6-21. Incluem o seguinte preceito: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.”
Se pudesse, Deus talvez escolhesse viver no Brasil. Como a onipresença obriga o Todo-Poderoso a estar em toda parte, Lula o representa no território nacional. Mas a divindade petista não se sente obrigada a observar todos os mandamentos. Dá de ombros, por exemplo, para o “Não Furtarás”. A certa altura do depoimento, Lula disse: “Me ofende profundamente a informação de que o PT é uma organização criminosa.”
Lula talvez não tenha notado, mas ele próprio já frequenta as páginas de cinco ações penais na posição de protagonista. De resto, o sistema carcerário de Curitiba está apinhado de petistas: José Dirceu, Antonio Palocci, João Vaccari Neto, Renato Duque…

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quarta-feira, 15 de março de 2017
Judiciário não pode dormir no ponto contra corruptos
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Quem ficou de fora da primeira “Lista de Janot” não tem motivos para respirar aliviado. Novos nomes devem surgir nas delações premiadas de outras empreiteiras, além das 78 feitas pela Odebrecht em 950 vídeos dos “colaboradores”. Em Brasília, comenta-se, abertamente, que as denúncias podem atingir até 400 políticos. Ontem, a Procuradoria Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de 83 inquéritos. A bola agora está com o ministro-relator Edson Fachin...
Não será fácil para o Presidente Michel Temer demonstrar “tranqüilidade” com as denúncias. Até porque a primeira listinha de Janot atinge pelo menos cinco ministros: Moreira Franco, Eliseu Padilha, Aloysio Nunes, Gilberto Kassab e Bruno Araújo. Duas apostas no governo: a primeira é que a situação de Padilha é insustentável. A segunda é que Moreira não será detonado pelo STF. Moreira toca as privatizações, concessões e Parcerias-Público-Privadas estratégicas para o PMDB e o grande capital nacional e transnacional que lhes dá sustentação.
O consolo dos assessores mais próximos de Temer é que o tsunami de denúncias tem caráter “suprapartidário”. Isto permite que se construa aquela cínica tese de que, quando a cumplicidade é geral, a impunidade também pode ser generalizada, com a tendência ao rigor seletivo que pegará alguns para bodes expiatórios, aliviando a barra da maioria envolvida no “mecanismo” de Corrupção Institucionalizada.
Como era previsível, Janot pegou pesado contra vários poderosos. Pediu investigações contra os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, além dos ex-ministros da Fazenda Antonio Palocci e Guido Mantega. Nenhum deles tem foro privilegiado para julgamento pelo STF, e seus casos devem ser remetidos para a primeira instância do judiciário, principalmente para o temido juiz Sérgio Fernando Moro. O consolo da petelândia é que o presidenciável tucano Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, será investigado no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, conforme pedido de Janot.
Janot mandou investigar os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Devem aparecer na chamada “segunda lista de Janot” os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Renan Calheiros (PMDB-AL), Edison Lobão (PMDB-MA), Aécio Neves (PSDB-MG) e José Serra (PSDB-SP). Além das 83 denúncias oferecidas, Janot pediu ao STF 211 declínios de competência (casos que não ficarão no STF), 7 de arquivamento e 19 de outras providências.
Ao todo, Janot enviou 320 pedidos ao STF com base nas delações premiadas da Odebrecht, além de pedir a retirada de sigilo de parte das revelações feitas pelos ex-funcionários da empreiteira baiana. Os depoimentos dos delatores foram gravados em vídeos, totalizando cerca de 500 GB de memória arquivável de computador.
Não será fácil sobreviver às listas de Janot. Os corruptos terão problemas sérios porque os dados financeiros das delações da Odebrecht foram devidamente checados pelo COAF – o Conselho de Controle de Atividades Financeiras. Os pagamentos de propina que passaram pelos bancos foram devidamente seguidos e monitorados. Infelizmente, o que foi pago “por fora” está à disposição dos “laranjas” dos corruptos, com grande chance de retornar, lavadinho ao Brasil, na nova rodada da “Repatriação legal de recursos” – autorizada desde ontem...
Consolo para os corruptos? Sem mudança estrutural no Brasil, continua aberto o caminho para a roubalheira institucionalizada... Por isso, o Brasil precisa ir muito além da Lava Jato para ser passado a limpo de verdade... Pelo menos, estamos avançando... Mas os bandidos ainda levam franca vantagem estratégica...
A esperança é que percam o sono e acabem tendo as contas acertadas na hora do verdadeiro juízo final...
Enquanto isso, vamos aos protestos contra as reformas da Previdência e Trabalhista - que prometem radicalizar ainda mais o Brasil em recessão...
(...)

NO O ANTAGONISTA
Lista Janot atinge em cheio Lula e Dilma Rousseff
Brasil Quarta-feira,15.03.17 08:26
A lista Janot atinge em cheio Lula e Dilma Rousseff.
Quem diz o contrário está apenas tentando enganar os otários.
Os depoimentos da Odebrecht sobre os 300 milhões de reais depositados na conta corrente da propina do PT serão enviados a Curitiba, assim como os detalhes dos pagamentos do terreno do Instituto Lula e da reforma do sítio em Atibaia.
Os pelegos não representam ninguém
Brasil 15.03.17 08:09
A melhor arma contra os pelegos do ORCRIM, além do spray de pimenta, é o Globocop.
As imagens aéreas mostram que essa gente não representa ninguém, exceto a própria ORCRIM.

As duas listas de Janot
Brasil 15.03.17 07:41
"Lista de Janot inclui Lula, Dilma, Aécio, Serra, Maia, Eunício, Padilha, Kassab, Moreira, Aloysio, Renan, Jucá, Palocci, Mantega, Lobão..."
É a manchete de O Globo.
Talvez seja necessário dizer, porém, que há duas listas de Janot.
A primeira tem aqueles com foro privilegiado.
A segunda tem os que serão julgados em Curitiba: Lula, Dilma, Palocci e Mantega.
Rainha Janete
Brasil 15.03.17 07:12
Dilma Rousseff envergonha o Brasil, diz o editorial do Estadão.
Leia um trechinho:
“Não satisfeita com o desastre causado ao País pelos seus cinco anos de governo – cujos efeitos daninhos são ainda sentidos diariamente pelos brasileiros –, Dilma Rousseff dedica-se agora, assim fazem crer suas ações e palavras, a envergonhar o Brasil mundo afora…
Ela ignora – e alardeia sua ignorância mundo afora – questões institucionais. Diante de uma plateia no Instituto de Altos Estudos Internacionais de Genebra, a ex-presidente afirmou haver o risco de que os ocupantes do poder no Brasil tentem impedir nova eleição de Lula da Silva. ‘Podem tentar condenar o Lula por duas vezes, podem mudar as regras da eleição presidencial, por exemplo, com introdução do parlamentarismo e, terceiro, podem simplesmente adiar a eleição presidencial do ano que vem’, disse Dilma.
É grave que uma ex-presidente fale de forma tão irresponsável sobre a democracia e as instituições no Brasil. Eventuais discordâncias de Dilma Rousseff com a decisão do Congresso de condená-la por crime de responsabilidade não lhe dão direito a tratar o País da forma vil como ela o tem tratado”.
O editorial arremata:
“Observe-se, a favor de Dilma, que ela não aventou a possibilidade da restauração da monarquia para manter Lula fora do poder”.
Odebrecht poupou Temer
Brasil 15.03.17 07:03
Os delatores da Odebrecht pouparam Michel Temer?
Segundo Lauro Jardim, Marcelo Odebrecht e Cláudio Mello Filho disseram ao ministro Herman Benjamin, do TSE, que Michel Temer não negociou o destino dos 10 milhões de reais da empreiteira e que ele não sabia que o dinheiro seria pago no caixa 2.
Os 20 ministros de Janete na lista Janot
Brasil 15.03.17 06:09
A lista Janot tem 5 ministros de Michel Temer.
Ela tem também, considerando os nomes já citados pela Lava Jato, mais de 20 ministros de Dilma Rousseff (além da própria Janete, é claro):
1 - Antonio Palocci
2 – Guido Mantega
3 - Jaques Wagner
4 - Erenice Guerra
5 – Fernando Pimentel
6 - Edinho Silva
7 - Aloizio Mercadante
8 - Gleisi Hoffmann
9 - Paulo Bernardo
10 - Mario Negromonte
11 - Fernando Bezerra
12 - Carlos Gabas
13 – Gilberto Carvalho
14 – Arthur Chioro
15 – Edison Lobão
16 – Celso Pansera
17 – Henrique Alves
18 – Eliseu Padilha
19 – Moreira Franco
20 – Gilberto Kassab
21 – Silas Rondeau.
Loubet e PP, o ex-ministro de Collor
Brasil Terça-feira, 14.03.17 21:28
Como noticiamos mais cedo, O Antagonista comemorou o fato de o STF decidir pela abertura da ação penal contra o deputado federal Vander Loubet no âmbito da Lava Jato.
O Antagonista comemora também a abertura de ação contra Pedro Paulo Leoni Ramos, acusado de participar do mesmo esquema de corrupção na BR Distribuidora. Leoni Ramos foi ex-ministro e e é amigo do ex-presidente Fernando Collor.
Na década de 1990, Pedro Paulo foi acusado de participar de um esquema de corrupção também na Petrobras, durante o governo Collor.
Na época, o escândalo ficou conhecido como "Esquema PP" (iniciais de Pedro Paulo).
O inquérito contra Collor foi arquivado em fevereiro por Edson Fachin.
Pezão voltou atrás, mas por causa do MPF
Brasil 14.03.17 20:41
A volta atrás de Luiz Fernando Pezão a respeito da nomeação de Solange Almeida como secretária de governo ocorreu somente depois que o governador recebeu um comunicado do Ministério Público Federal.
No comunicado, o MPF informou que Solange de Almeida foi condenada em segunda instância por ato de improbidade administrativa.
A desistência de Pezão não foi provocada pelo pressão da população fluminense, portanto.
Maia, sobre anistia ao caixa 2
Brasil 14.03.17 20:20
Rodrigo Maia foi questionado durante reunião de líderes hoje mais cedo se colocaria em votação alguma proposta de anistia ao caixa 2...
Segundo o Globo, o presidente da Câmara "respondeu de forma pouco objetiva". Disse não o faria nas próximas duas semanas, e que seria preciso perguntar a respeito ao relator da reforma Política, Vicente Cândido.
Mendes: "Não é próximo a mim"
Brasil 14.03.17 17:53
O ministro Gilmar Mendes afirmou que seu primo Francisval Mendes, nomeado por Temer como diretor da Antaq, não é próximo a ele.
"Não vou comentar nada. É uma pessoa que é meu primo, não é nem próximo a mim. Fez carreira em uma agência lá do Mato Grosso, foi diretor de agência e está sendo indicado pelo partido (PMDB). Eu devo ter, sei lá, uns 70 primos. Só do lado do meu avô tem uns 10 ou 12 irmãos do meu pai, então imagina..."

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