PRIMEIRA EDIÇÃO DE 11-3-2017 DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SÁBADO, 11 DE MARÇO DE 2017
Sem qualquer despesa para se instalar em Brasília, onde já moravam, os atuais 289 deputados federais que foram reeleitos embolsaram mais de R$ 19,5 milhões de “ajuda de custo”. O dinheiro foi pago no início da atual legislatura, em janeiro e fevereiro de 2015. Eles recebem “ajuda de custo” pelo “fim do mandato” e ainda levam mais uma grana ou “ajuda de custo” pelo início do novo mandato. Total: R$ 67,5 mil cada.
A “ajuda de custo” do deputado no início do mandato, mesmo tendo sido reeleito, é um “auxílio” para sua mudança e instalação em Brasília.
Os oito deputados eleitos por Brasília, apesar de já residirem no local de trabalho, também recebem, sem corar, os R$ 67,5 mil extras.
Cada um dos deputados suplentes que substitui o titular também recebe “ajuda de custo” de início e fim de mandato, como no Senado.
Cada auxílio concedido é de R$ 33.763, o equivalente ao salário, mas sem se sujeitar ao teto constitucional ou sofrer qualquer desconto.
A primeira “Lista Janot” resultou em 27 inquéritos abertos nos últimos dois anos, na Lava Jato. São 50 políticos investigados. Mas apenas 8% (quatro réus) foram condenados até agora, no Supremo Tribunal.
As dezenas de delações de executivos da Odebrecht que serão disponibilizadas pelo Supremo nos próximos dias, devem conter vídeos com os depoimentos. Tudo filmado em 4K, tecnologia de alta definição.
Um dos dez foragidos mais procurados pela Interpol no Brasil foi preso pela Polícia Federal em Parintins (AM). Carlos Eduardo do Amaral Pinheiro é irmão do ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, e era procurado desde 2015, acusado de fraudar os cofres públicos em R$ 7 milhões.
...reconhecer Blumenau como capital cervejeira do Brasil foi a decisão mais importante da semana em Brasília.

NO DIÁRIO DO PODER
DEPOIMENTO DE MEIRELLES
MORO DIZ QUE DEFESA FAZ 'PROPAGANDA POLÍTICA' DE LULA E VETA PERGUNTA
JUIZ VETA LOROTA POLITICA DE ADVOGADO NO DEPOIMENTO DE MEIRELLES
Publicado: sexta-feira, 10 de março de 2017 às 17:03 - Atualizado às 17:36
Redação
Em mais um embate com os advogados do ex-presidente Lula nesta sexta-feira, 10, durante audiência da Lava Jato, o juiz Sérgio Moro afirmou que o criminalista Cristiano Zanin Martins estava fazendo ‘propaganda política’ do governo Lula e, por isso, vetou uma pergunta dele ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, – arrolado pela defesa do petista na ação penal do caso triplex.
“Pelos elementos que o sr. tem, o governo do presidente Lula foi um governo que trouxe benefícios ao País e não um governo que tenha buscado benefícios pessoais para os governantes e pessoas do alto escalão do governo?”, indagou o advogado, na tentativa de rebater a tese da Lava Jato de que houve um grande esquema de corrupção orquestrado por Lula em seus mandatos presidenciais (2003/2010).
O magistrado vetou a pergunta, sob argumento de que Zanin estava buscando ouvir opinião do ministro.
“Ele (Meirelles) responde sobre fatos apenas”, disse Moro. “A impressão é que a defesa está fazendo propaganda política do governo anterior. Não é apropriado, aqui existe um objeto de acusação bem delimitado. Fica indeferida a pergunta.”
Zanin negou. “Propaganda política não estou fazendo, excelência. Até porque eu sou advogado e não cabe a mim fazer nenhum tipo de consideração de natureza política. Eu só estou enfrentando a acusação difusa que o Ministério Público lançou nos autos.”
Em sua última intervenção, o defensor questionou Henrique Meirelles se ele ‘teve conhecimento de algum elemento concreto que pudesse indicar a presença de uma estrutura criminosa de poder durante o governo do presidente Lula que tivesse o presidente Lula como comandante dessa estrutura criminosa’.
“Eu não tive acesso a nenhum tipo de informação sobre isso, inclusive, porque não era o papel do Banco Central”, declarou o ministro da Fazenda.
No fim da audiência, Moro brincou com Meirelles.
“Sr. ministro, agradeço mais uma vez a disposição de Vossa Excelência para responder essas questões. Sei que o tempo de Vossa Excelência é muito valioso, mas o Juízo também não tem perguntas a Vossa Excelência. Teria perguntas sobre Economia, mas não é o momento apropriado, está fora do objeto do processo. Deixamos para uma outra oportunidade, eventualmente.” (AE)

LAVA JATO
FACHIN DÁ 15 DIAS PARA RENAN SE DEFENDER DA ACUSAÇÃO DE PROPINA DE R$ 800 MIL
FACHIN INTIMA RENAN A EXPLICAR DOAÇÕES DE EMPREITEIRA
Publicado: sexta-feira, 10 de março de 2017 às 13:31 - Atualizado às 17:03
Redação
O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) deu prazo de quinze dias para o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL) se manifestar sobre a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra ele em dezembro do ano passado.
Janot acusa o peemedebista de receber propina de R$ 800 mil do esquema de corrupção na Petrobras por meio de doações eleitorais ao PMDB, em 2010.
O prazo começa a contar em dias corridos a partir do momento em que o senador é notificado pelo Supremo, o que ainda não aconteceu. A decisão é de segunda-feira, dia 6, e é mais uma mudança na investigação, que teve a denúncia apresentada em 12 de dezembro do ano passado, antes da conclusão do inquérito da PF.
Dois dias depois, a documentação da denúncia foi devolvida pelo ministro Teori Zavascki à PGR, para que fossem juntadas as informações do inquérito policial.
Em 21 de janeiro, o delegado da PF, Alessandro Maciel Lopes, responsável pelo inquérito encaminhou uma manifestação ao ministro Fachin pedindo mais 60 dias de prazo para concluir as investigações.
No pedido, o delegado apontou que havia dados da investigação policial que não foram utilizados na denúncia da PGR, além da necessidade de novas diligências “visando ao cabal esclarecimento dos fatos”. Nesta semana, contudo, o ministro Fachin entendeu que cabe ao Ministério Público Federal “o juízo a respeito da suficiência dos elementos indiciários para oferecimento da denúncia” e, ao invés de autorizar ou não o prazo pedido pela PF, mandou notificar os investigados para que respondam as acusações da denúncia.
A Polícia Federal já havia marcado para tomar o depoimento de Renan Calheiros nesta sexta-feira, 10. Na quinta, seria tomado o depoimento do deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), também investigado e denunciado neste episódio, mas o delegado acabou desistindo da oitiva após a decisão de Fachin.
Segundo a denúncia da Lava Jato, Renan teria recebido R$ 800 mil em propina por meio de doações da empreiteira Serveng. O deputado Aníbal Gomes foi denunciado junto com Renan Calheiros. No pedido, o PGR solicita ainda a perda das funções públicas dos parlamentares.
Em troca dos valores, os parlamentares teriam oferecido apoio político ao então diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que mantinha a empreiteira em licitações da estatal.
Foram identificadas duas doações oficiais ao PMDB, nos valores de R$ 500 mil e R$ 300 mil em 2010, operacionalizadas por um diretor comercial da Serveng, também denunciado. A denúncia aponta ainda que esses valores seguiram do Diretório Nacional do PMDB para o Comitê Financeiro do PMDB/AL e deste para Renan Calheiros, mediante diversas operações fracionadas, como estratégia de lavagem de dinheiro.
Nesta semana, a Segunda Turma do Supremo aceitou a denúncia contra o senador Valdir Raupp (PMDB) por corrupção e lavagem de dinheiro, abrindo margem à tese da Lava Jato de que as doações eleitorais teriam sido utilizadas para lavagem de dinheiro.
Renan já é réu perante o STF em uma ação penal e alvo de outros 10 inquéritos, além desta denúncia.
Defesas
Procurada, a assessoria do parlamentar informou que ele não iria se manifestar sobre o caso.
Por meio de nota, os criminalistas Gustavo Souto e Aguimon Rocha, que defendem Aníbal Gomes, afirmam que “não existem elementos para o oferecimento da denúncia”.
“O deputado Federal Aníbal Gomes entende que não existem elementos para o oferecimento da denúncia, tanto que compareceu ao depoimento que estava marcado para hoje (ontem, quinta-feira) e o delegado o dispensou porque o requerimento de dilação de prazo da Policia Federal para conclusão do inquérito, que entendia pela necessidade de realização de outras diligências, foi indeferido pelo Ministro Relator do caso. Por tal razão, a defesa técnica do Deputado será apresentada no momento oportuno, com o propósito de demonstrar a total improcedência da acusação do MPF. (AE)

CHORO E RANGER DE DENTES
Carlos Chagas
Sábado, 11-3-2017
No Congresso, ressurge a proposta de ser anistiado o recebimento de ajuda eleitoral pelo caixa dois. Não se encontram deputados e senadores dispostos a votar contra. Depois que o Supremo Tribunal Federal admitiu como crime até o caixa um, Suas Excelências replicam com a iniciativa celerada. 
Foi mais uma vez protelada a divulgação da lista do procurador Rodrigo Janot, no caso, a segunda, quando nem a primeira é conhecida. Deputados, senadores e ministros andam apavorados com a perspectiva de ter seus nomes conhecidos, na semana que vem. Mas também confiam em que, de novo, mudarão a lei para escapar de incriminações.
O risco é de novamente ficarem impunes os parlamentares que se elegeram com dinheiro podre. Sofrem também os vigaristas hoje sem mandato.
No Congresso, há quem esteja sem dormir, pois pelo menos 150 seriam referidos como beneficiados pelas falcatruas.
Outra sombra a pairar sobre a Praça dos Três Poderes refere-se ao futuro. Nas eleições do ano que vem, quando a maioria disputará a reeleição, estão proibidas as doações por empresas. Campanhas milionárias, só por candidatos milionários. Como a maioria parlamentar disputará as preferências do eleitor? O fundo partidário não chegará para todos, talvez nem para os caciques. A quase totalidade das empresas, com as empreiteiras à frente, decidiram não abrir os cofres. Resultado: choro e ranger de dentes...
OS GOVERNADORES
Quantos governadores integram a lista? Se forem os 27, não haverá surpresa. Mas uns poucos escaparão. Não muitos, porque as empreiteiras agiram nos Estados até com mais desfaçatez. Sofrem os que pretendiam candidatar-se à reeleição, abrindo-se para eles a frustração de buscar outros caminhos.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
De onde vem o dinheiro que banca os doutores de Lula?
A tropa de advogados a serviço do chefão é composta por especialistas em absolvição de culpados
Por Augusto Nunes
Sexta-feira,10 mar 2017, 20h16-Atualizado em 10 mar 2017, 20h21
A multidão de advogados a serviço de Lula é composta por especialistas em absolvição de culpados. Esse tipo de bacharel cobra honorários em dólares por hora. Pelo atrevimento exibido nas audiências presididas por Sérgio Moro, pela insolência que esbanjam no esforço para irritar o juiz da Lava Jato, pela insistência em transformar um caso de polícia numa causa política, as boladas que os bacharéis vão receber são de muito bom tamanho.
A pergunta é: se a saúde financeira do Instituto Lula foi devastada pela retração dos fregueses da Lava Jato, se o Bill Clinton de galinheiro não recebe convites para palestras desde junho de 2015, se as mediações bilionárias do camelô de empreiteiras foram prudentemente suspensas, de onde virá o dinheiro para bancar a gastança com rabulices? A resposta só pode ser dada pela Polícia Federal. Aí tem.

Lula não tem um único álibi que pare em pé
Os juízes que vão interrogar o ex-presidente sabem tudo sobre o réu. O interrogado não faz ideia do que sabem os magistrados
Por Augusto Nunes
Sexta-feira, 10 mar 2017, 17h06-Atualizado em 10 mar 2017, 17h35
O fracasso da tentativa de trocar o depoimento em Curitiba por uma teleconferência que o manteria distante 500 quilômetros de Sérgio Moro tirou de vez o sono de Lula. As revelações de Marcelo Odebrecht sobre o Amigo, ou Amigo de E.O. (Emilio Odebrecht), pulverizaram o equilíbrio emocional do único líder popular que não dá as caras nas ruas. Só essa soma de reveses pode explicar os dois argumentos que Lula apresentou para escapar do pântano onde permanece submerso há meses.
Há dois dias, o sitiante sem sítio decidiu encomendar uma nota segundo a qual a Petrobras não pode ser considerada vítima do Petrolão: é também culpada pela destruição financeira e moral da empresa. “Para a ocorrência desses crimes”, alega o Amigo de E.O., “teriam concorrido diretores, gerentes e outros funcionários – isso sem falar que os próprios sistemas de controle de companhia não teriam funcionado na hipótese cogitada. Dessa forma, a empresa também possui responsabilidade no esquema criminoso”.
Haja cinismo. Essa conversa de 171 informa que não foi Lula (com a ajuda de Dilma Rousseff) quem nomeou todos os executivos da estatal algemados pela Operação Lava Jato. “A Petrobras é tão importante, mas tão importante que a diretoria deveria ser eleita pelo povo”, vivia declamando o palanque ambulante embriagado com as fabulosas jazidas do pré-sal que nunca saíram do fundo do Atlântico. Em vez de instituir a eleição direta dos cartolas da Petrobras, nomeou comparsas da base alugada que montaram o maior esquema de corrupção desde 1500.
Horas depois, Lula ordenou aos sabujos encastelados no Instituto Lula que divulgassem uma segunda nota, agora para reduzir os estragos causados pela descoberta dos codinomes que o identificavam no departamento de propinas e subornos da Odebrecht. “O presidente Lula jamais solicitou qualquer recurso indevido para a Odebrecht ou qualquer outra empresa”, fantasiou o falatório. “Jamais teve o apelido de Amigo. Se alguém eventualmente a ele se referiu dessa forma isso ocorreu sem o seu conhecimento e consentimento”. 
Como se apelidos concebidos para ocultar comparsas só pudessem ser utilizados depois de obtida a autorização do apelidado, com firma reconhecida em cartório. Como se outros fregueses da Odebrecht imaginassem que, nos porões da empreiteira, haviam sido rebatizados como Feio, Muito Feio, Angorá, Nervosinho, Italiano ou Boca Mole. Os argumentos de Lula são mais que bisonhos: são coisa de culpado desprovido de qualquer álibi que pare em pé. Os juízes federais que vão interrogá-lo sabem tudo sobre o réu. Lula não faz ideia do que sabem os magistrados.
Mentir para plateias amestradas é vigarice e rende voto. Mentir num tribunal tribunal é perjúrio e dá cadeia.

J.R. Guzzo: O Jeito é Aguentar
Alguém acha que uma eleição indireta de presidente com o Congresso que está aí vai melhorar algo?
Por Augusto Nunes
Sexta-feira, 10 mar 2017, 15h39-Atualizado em 10 mar 2017, 15h51
Publicado na revista EXAME
O Brasil vive no momento mais uma de suas fábulas fabulosas. Até o dia 31 de agosto de 2016, pela maior parte do que se pode ler, ver e ouvir hoje em dia, as coisas por aqui estavam uma maravilha. Tudo o que existia de melhor no mundo, dos hospitais públicos aos cursos de ensino técnico, do ritmo alucinante da distribuição de renda à iminente entrada do Brasil na Opep, estava aqui dentro ─ e estava aqui dentro como consequência direta da espetacular qualidade dos governos do PT, sem paralelo no resto do planeta. Mas aí veio o impeachment da presidente Dilma Rousseff, por falsificação das contas públicas, e sua substituição pelo vice-presidente Michel Temer, em obediência escrita e inevitável ao que a Constituição manda fazer nesses casos. Pronto: nada mais deu certo neste país, e já nos primeiros minutos do novo governo ficou entendido no universo dos formadores de opinião, ou coisa parecida, que o Brasil passava a viver a pior crise de sua história ─ essa mesma que está aí agora.
É verdade que no momento em que Dilma finalmente foi deposta do cargo havia entre 11 milhões e 12 milhões de desempregados no Brasil. Outra de suas realizações, que não encontra comparação na nossa história econômica, foi manter o país em recessão por três anos seguidos. Sob sua direção, a indústria brasileira voltou ao nível que tinha nos anos 40 do século passado ─ ela, a padroeira do nacionalismo econômico e dos “campeões nacionais”, só conseguiu mesmo, na prática, construir uma montanha de sucata com as fábricas brasileiras e escolher Eike Batista, atualmente um presidiário à espera de julgamento, para ser nosso empresário-modelo. Suas obras ─ e as obras do ex-presidente Lula ─ são a Ferrovia Transnordestina, o desvio das águas do Rio São Francisco, a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, talvez a obra mais roubada do sistema solar, recordes de congestionamento nos acessos aos portos, colapso nos transportes, em escolas e em hospitais, a ruína da maior estatal brasileira, a Petrobras, e a entrega da máquina pública do Brasil a uma estratégia de corrupção sem precedentes na experiência humana. Nem se fale, até por cansaço, do governo insano que a ex-presidente impôs ao país durante anos a fio ─ e de tantas outras calamidades. Mas hoje, seis meses depois, tudo isso praticamente sumiu. É como se nunca tivessem existido Dilma, Lula, o PT e os atos de cada um deles. O problema é Michel Temer.
O novo presidente, sem dúvida, construiu com as próprias mãos a desgraça que é seu ministério ─ tão ruim que, em seis meses de governo, seis ministros tiveram de ir embora, um está de licença médica, outro luta para adquirir “foro privilegiado” e dois saíram por conta própria. Jamais lhe passou pela cabeça que toda essa gente era errada para aquele momento, quando uma presidente da República acabava de ser posta na rua por chefiar um governo de ladrões ─ talvez fosse errada para qualquer momento. Temer, o rei dos políticos “realistas”, dos “profissionais”, dos “operadores” etc., achou, ao substituir Dilma que estava sendo Temer. Na verdade, estava apenas querendo fazer mágica. O resultado é o que está aí. Nada disso, porém, muda o fato de que ele é o único presidente que o Brasil tem e pode ter no momento ─ e qualquer invenção para fazer as coisas de outro jeito vai tornar a situação atual muito pior do que já está, com 100% de garantia. Ou alguém acredita que tirar Temer e colocar no governo um presidente escolhido em eleição indireta por este Congresso ─ sim, este mesmo, não dá para arrumar outro ─ vai melhorar alguma coisa? O quê, por exemplo? Temer e seus ministros de curtíssima duração são herança direta de Lula e do PT ─ além de tudo o mais, deixaram isso também. Quem escolheu Temer para vice de Dilma? Quem viveu durante mais de dez anos no mais perfeito amor com os Renans e os Jucás, com os Gedéis, Padilhas ou Moreiras, para não falar do governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro? Aguente-se, agora, até a próxima eleição.

NO BLOG DO JOSIAS
Advogados de Lula complicam a vida do cliente
Josias de Souza
Sexta-feira,10/03/2017 21:38
.
Lula já disse que se considera “a alma viva mais honesta do planeta”. Mas sua honestidade está pendente de verificação nas cinco ações penais em que ele figura, por enquanto, como réu. A ação penal é o templo do contraditório. Nela, o acusado tem a oportunidade de exercer o sacrossanto direito de defesa. Os advogados de Lula acorrentaram-se a duas linhas de ação. Numa, apresentam o seu cliente como vítima de perseguição política. Noutra, dedicam-se a atacar Sergio Moro.
Até aqui, essa tática dos advogados não livrou Lula de nenhuma das suspeições que pesam sobre seus ombros. Ao contrário, a estratégia passa a impressão de que Lula tornou-se um réu indefeso. Qualquer que seja a acusação, a defesa é o lero-lero da perseguição política. A essa altura, os perseguidores de Lula já compõem um exército: os agentes da Polícia Federal que o investigaram, os procuradores que o denunciaram, os juízes que aceitaram as denúncias, os tribunais que rejeitaram a maioria dos seus recursos… O mundo parece conspirar contra Lula.
Nesta sexta-feira, horas depois de ter amargado mais duas derrotas na guerra judicial que trava contra Sergio Moro —uma no STJ, outra no TRF da 4ª Região — a defesa de Lula voltou a se indispor com o juiz da Lava Jato. Os advogados arrolaram como testemunha de defesa Henrique Meirelles, que presidiu o Banco Central sob Lula. Ao perceber que os advogados levantavam a bola para Meirelles elogiar o governo Lula, Sergio Moro avisou que o processo sobre o tríplex do Guarujá não é local mais adequado para fazer propaganda política. A defesa de Lula acusou Moro de desrespeito. Lula talvez não tenha notado, mas sua defesa já ofende a inteligência da plateia. Se há um complô contra Lula, seus advogados lideram a conspiração.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Sexta-feira, março 10, 2017
JORNALISMO ESQUERDISTA DA GRANDE MÍDIA TENTA IMPEDIR QUE FINALMENTE O REFERENDO SOBRE DIREITO AO PORTE DE ARMA SEJA RESPEITADO DEPOIS DE QUASE 12 ANOS.
Embora 63% dos brasileiros tenham votado a favor do direito ao uso e porte de armas de fogo em referendo ocorrido em 2005, posteriormente foi aprovado um estatuto disciplinando a matéria que fez tábula rasa da decisão da esmagadora maioria dos eleitores. 
Na verdade esse referendo foi realizado porque a bandalha comunista tinha a certeza absoluta de que a maioria dos brasileiros seria contra o direito do porte de arma. Nessa época Lula e seus sequazes comunistas em alegre contubérnio com a elite econômica brasileira, reinavam absolutos no Palácio do Planalto e adjacências, inclusive no Congresso Nacional onde a dita base aliada manteve os comunistas no poder até o impeachment da Dilma. Hoje se compreende como aquele apoio total ao PT e demais partidos comunistas foi possível. A Operação Lava Jato limpou a névoa escura que dava cobertura a maior roubalheira dos cofres públicos já ocorrida no Brasil e, quiçá, no mundo inteiro. Lamentavelmente se viu, também, os ditos grandes empresários brasileiros como financiadores e cúmplices da bandalha comunista.
Deve-se lembrar que o indefectível Fernando Henrique Cardoso já preparara o esquema do desarmamento durante o seu mandato, endurecendo a lei que então disciplinava o comércio de armas. Afinal, Fernando Henrique Cardoso não é apenas o ''príncipe dos sociólogos" como dizem alguns, mas o rei dos comunistas tupiniquins. Comunista de carteirinha. O Partido que ele criou, o PSDB é um PT disfarçado pelos bons modos e certa educação. Aliás, tais atributos são comuns da social democracia européia, o socialismo fabiano dito light. Todavia, a criação da União Europeia que está destruindo a Europa pelo terror importado das arábias tem o apoio dos social-democratas. 
E qual é o país europeu mais seguro? Ora, é a Suíça, que não embarcou na aventura dos burocratas de Bruxelas. E na Suíça permanece o direito de posse de armas.
Ilustra esta postagem vídeo de recente programa da argh!, Globo News. Como se vê, os jornalistas dessa emissora bundalelê, esquerdista até dizer chega e exímia produtora de fake news, mostra-se apavorada com o fato de que falta pouco para a aprovação do porte de armas por particulares, isto é, a confirmação do referendo de 2005 que Lula e seus sequazes haviam jogado no lixo, tripudiando sobre o resultado das urnas.
Comunistas são assim mesmo. Quando o resultado de um referendo contraria seus objetivos eles simplesmente anulam o pleito. Quiseram fazer isso há pouco no Reino Unido, quando a maioria decidiu pelo Brexit, a saída da famigerada União Européia.
Pois bem, a turma da Globo News resolveu debater o assunto. Todavia foi obrigada a convidar o advogado, professor, conferencista e escritor Bene Barbosa que há pelo menos duas décadas vem lutando para fazer valer o resultado do referendo de 2005 e é um dos maiores especialistas no Brasil sobre o assunto.
Na verdade, a Globo News desta feita não tinha outra opção que não fosse convidar Bene Barbosa para esse programa. Mesmo assim, todo o grupo armado pelo programa, como se pode ver, é contra o direito do povo brasileiro de poder possuir uma arma para se defender nesse verdadeiro estado de guerra instalado no Brasil desde o dia em que Lula e seus sequazes comunistas tomaram conta do Palácio do Planalto e adjacências.
Os mais velhos sabem que o Brasil sempre foi uma porcaria, mas jamais imaginaram que se tornaria essa desgraça que confina a população honesta e trabalhadora dentro de suas casas dado ao assédio por esse bando de psicopatas que vive em total liberdade e armado depois que fecharam os hospícios. Aliás, fechamento esse decorrente de campanhas realizadas no mundo inteiro pelos comunistas. Não poderia ser diferente. Estavam advogando em causa própria ajudados por analistas e psicólogos bundalelês. Sem contar com o apoio de praticamente a totalidade dos jornalistas. E o vídeo acima mostra como a maioria dos jornalistas defende com unhas e dentes o desarmamento e, como não poderia deixar de ser, defende também todas as teses esquerdistas e ama Lula e seus sequazes. Por isso chafurdam na Rede Esgoto de Televisão e demais veículos de fake news.
Essa gentalha me causa engulhos. Argh!

NO O ANTAGONISTA
Gilmar Mendes quer separar o “bom” e o “mau” caixa 2
Brasil 11.03.17 07:38
Para o Estadão, o presidente do TSE e ministro do STF declarou:
“Nós conseguimos misturar uma série de situações. Temos a doação legal sem nenhum reparo; temos a chamada doação legal entre aspas, propina; temos o caixa 2 que é defeituoso do ponto de vista jurídico mas não tem nada de corrupção e temos o caixa 2 propina.”
O que Mendes disse, O Antagonista resume da seguinte forma: os políticos misturaram a coisa certa com muita coisa errada.
Para Gilmar Mendes, caixa 2 é conveniente
Brasil 11.03.17 07:29
Ainda à Folha, o presidente do TSE e ministro do STF afirmou: “[O caixa 2] Acaba sendo uma opção da empresa porque ela é pressionada por conta do adversário ou por alguma outra razão."
Para Mendes, o caixa 2 é conveniente para se evitar os inconvenientes da transparência e da democracia.
A cruzada de Gilmar Mendes para anistiar o caixa 2
Brasil 11.03.17 07:18
Pelo jeito, o presidente do TSE e ministro do STF passou a sexta-feira recebendo a imprensa para divulgar a tese de que caixa 2 não é crime. Deu entrevistas para a BBC, Folha, Estadão e O Globo.
EXCLUSIVO: MARCELO ODEBRECHT E EXECUTIVO SE CONTRADIZEM SOBRE TEMER
Brasil Sexta-feira,10.03.17 22:42
Nos depoimentos de hoje, Cláudio Melo Filho e Marcelo Odebrecht mantiveram suas versões sobre o jantar com Michel Temer antes da campanha de 2014
Marcelo Odebrecht disse que a cifra de 10 milhões de reais, definida para ser dada ao PMDB no caixa 2, não foi mencionada na frente de Temer; Cláudio Melo Filho disse que, sim, foi mencionada e discutida. E que tanto Temer como Eliseu Padilha foram contra dar 6 milhões (60% do total) para a campanha de Paulo Skaf ao governo de São Paulo.
EXCLUSIVO: EXECUTIVO DA ODEBRECHT DIZ QUE KASSAB FOI PAGO A PEDIDO DE DILMA
Brasil 10.03.17 22:40
No seu depoimento a Herman Benjamin, do TSE, Fernando Migliaccio diz que os 5 milhões de reais pagos a Gilberto Kassab foram a pedido de Dilma Rousseff, segundo lhe relatou Alexandrino Alencar.
EXCLUSIVO: MIGLIACCIO, DA ODEBRECHT, CONFIRMA PAGAMENTO DE 16 MILHÕES DE REAIS A FEIRA, VIA XEPA
Brasil 10.03.17 22:36
Fernando Migliaccio, executivo da Odebrecht ouvido hoje por Herman Benjamin, do TSE, disse que pagou 16 milhões a João Santana, o Feira, via Mônica Moura, a nossa Xepa.
Uma pequena parte, segundo ele, foi no exterior. O restante foi pago em espécie, no Brasil.
EXCLUSIVO: MARCELO ODEBRECHT DISSE QUE PALOCCI ADMINISTRAVA PROPINA PARA "OUTRA PESSOA"
Brasil 10.03.17 22:31
No depoimento de hoje ao ministro Herman Benjamin, do TSE, Marcelo Odebrecht afirmou que, das dezenas de milhões de reais que constavam como saldo na planilha "Italiano", uma pequena parte era de Antônio Palocci.
Uma parte bem maior, segundo Marcelo Odebrecht, era administrada por Palocci para outra pessoa, cujo nome ele revelou na delação à Lava Jato.
Você já sabe quem é.
EXCLUSIVO: EXECUTIVO DA ODEBRECHT DIZ QUE EMPREITEIRA PAGOU 5 MILHÕES DE REAIS A KASSAB
Brasil 10.03.17 22:20
O Antagonista obteve com exclusividade parte do conteúdo do depoimento de Fernando Migliaccio ao ministro Herman Benjamin, do TSE.
Migliaccio disse que a Odebrecht pagou 5 milhões de reais a Gilberto Kassab, do PSD, em troca de horário de propaganda política na TV para a chapa Dilma-Temer.
A informação foi repassada a Migliaccio por Alexandrino Alencar.
MINISTRO DO TCU DENUNCIA TENTATIVA DE DESMANTELAMENTO
Brasil 10.03.17 20:50
No final de janeiro, Augusto Sherman reclamou com o presidente do TCU, Raimundo Carreiro, sobre a resistência de Denise Machado em disponibilizar servidores experientes para a fiscalização de contratos do BNDES com os 'gigantes nacionais do governo Lula'.
Sherman acusou Denise de desmantelar a equipe que vinha atuando no caso. "Não tenho dúvidas, como relator, de que a não participação de membros da equipe anterior poderá prejudicar significativamente a condução dos trabalhos."
Em despacho enviado a Carreiro, Sherman relatou os avanços obtidos até agora. Segundo ele, a auditoria sobre aporte de R$ 5,6 bilhões do BNDESPar no grupo JBS gerou quatro novos procedimentos de fiscalização.
Outra, sobre os financiamentos à exportação de serviços de engenharia, dos quais a Odebrecht foi a maior beneficiada, provocou a abertura de oito novas ações, totalizando um montante de R$ 50 bilhões em contratos a serem fiscalizados .
Na lista de trabalho de Sherman há ainda uma auditoria sobre custos da hidrelétrica de Belo Monte, que recebeu do BNDES mais de R$ 20 bilhões, e outra ainda mais surpreendente - "que busca conhecer o destino de R$ 1,2 trilhão em operações aprovadas nos últimos 15 anos".
Pezão sem refresco
Brasil 10.03.17 20:21
O governador Luiz Fernando Pezão respirou um pouco mais aliviado ontem, quando a PGR arquivou um inquérito contra ele no âmbito da Lava Jato.
Agora à tarde, porém, Pezão levou mais um golpe. Paulo Roberto Costa confirmou em audiência com o juiz Sergio Moro que Pezão estava em uma reunião em que o ex-governador Sergio Cabral lhe pediu R$ 30 milhões para sua campanha à reeleição em 2010. O dinheiro viria de propinas de empreiteiras pagas sobre obras da Petrobras.
A reunião em que foi feito o pedido, segundo Costa, ocorreu no Palácio Guanabara. Além de Cabral e Pezão, estava presente o secretário Wilson Carlos.
Cabral e Wilson Carlos estão presos.
Justiça bloqueia joias de Roseana
Brasil 10.03.17 19:53
Lauro Jardim informa que a 8ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão bloqueou os bens de Roseana Sarney.
A medida é relacionada à ação penal em que Roseana é acusada de integrar uma organização criminosa para fraudar a Secretaria de Fazenda do Maranhão.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 10/12/2023 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 05/8/2023 - SÁBADO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 08/4/2024 - SEGUNDA-FEIRA