PRIMEIRA EDIÇÃO DE 11-3-2017 DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"
NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SÁBADO, 11 DE MARÇO DE 2017
Sem qualquer despesa para se instalar em Brasília, onde já moravam, os atuais 289 deputados federais que foram reeleitos embolsaram mais de R$ 19,5 milhões de “ajuda de custo”. O dinheiro foi pago no início da atual legislatura, em janeiro e fevereiro de 2015. Eles recebem “ajuda de custo” pelo “fim do mandato” e ainda levam mais uma grana ou “ajuda de custo” pelo início do novo mandato. Total: R$ 67,5 mil cada.
A “ajuda de custo” do deputado no início do mandato, mesmo tendo sido reeleito, é um “auxílio” para sua mudança e instalação em Brasília.
Os oito deputados eleitos por Brasília, apesar de já residirem no local de trabalho, também recebem, sem corar, os R$ 67,5 mil extras.
Cada um dos deputados suplentes que substitui o titular também recebe “ajuda de custo” de início e fim de mandato, como no Senado.
Cada auxílio concedido é de R$ 33.763, o equivalente ao salário, mas sem se sujeitar ao teto constitucional ou sofrer qualquer desconto.
A primeira “Lista Janot” resultou em 27 inquéritos abertos nos últimos dois anos, na Lava Jato. São 50 políticos investigados. Mas apenas 8% (quatro réus) foram condenados até agora, no Supremo Tribunal.
As dezenas de delações de executivos da Odebrecht que serão disponibilizadas pelo Supremo nos próximos dias, devem conter vídeos com os depoimentos. Tudo filmado em 4K, tecnologia de alta definição.
Um dos dez foragidos mais procurados pela Interpol no Brasil foi preso pela Polícia Federal em Parintins (AM). Carlos Eduardo do Amaral Pinheiro é irmão do ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, e era procurado desde 2015, acusado de fraudar os cofres públicos em R$ 7 milhões.
...reconhecer Blumenau como capital cervejeira do Brasil foi a decisão mais importante da semana em Brasília.
NO DIÁRIO DO PODER
DEPOIMENTO DE MEIRELLES
MORO DIZ QUE DEFESA FAZ 'PROPAGANDA POLÍTICA' DE LULA E VETA PERGUNTA
JUIZ VETA LOROTA POLITICA DE ADVOGADO NO DEPOIMENTO DE MEIRELLES
Publicado: sexta-feira, 10 de março de 2017 às 17:03 - Atualizado às 17:36
Redação
Em mais um embate com os advogados do ex-presidente Lula nesta sexta-feira, 10, durante audiência da Lava Jato, o juiz Sérgio Moro afirmou que o criminalista Cristiano Zanin Martins estava fazendo ‘propaganda política’ do governo Lula e, por isso, vetou uma pergunta dele ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, – arrolado pela defesa do petista na ação penal do caso triplex.
“Pelos elementos que o sr. tem, o governo do presidente Lula foi um governo que trouxe benefícios ao País e não um governo que tenha buscado benefícios pessoais para os governantes e pessoas do alto escalão do governo?”, indagou o advogado, na tentativa de rebater a tese da Lava Jato de que houve um grande esquema de corrupção orquestrado por Lula em seus mandatos presidenciais (2003/2010).
O magistrado vetou a pergunta, sob argumento de que Zanin estava buscando ouvir opinião do ministro.
“Ele (Meirelles) responde sobre fatos apenas”, disse Moro. “A impressão é que a defesa está fazendo propaganda política do governo anterior. Não é apropriado, aqui existe um objeto de acusação bem delimitado. Fica indeferida a pergunta.”
Zanin negou. “Propaganda política não estou fazendo, excelência. Até porque eu sou advogado e não cabe a mim fazer nenhum tipo de consideração de natureza política. Eu só estou enfrentando a acusação difusa que o Ministério Público lançou nos autos.”
Em sua última intervenção, o defensor questionou Henrique Meirelles se ele ‘teve conhecimento de algum elemento concreto que pudesse indicar a presença de uma estrutura criminosa de poder durante o governo do presidente Lula que tivesse o presidente Lula como comandante dessa estrutura criminosa’.
“Eu não tive acesso a nenhum tipo de informação sobre isso, inclusive, porque não era o papel do Banco Central”, declarou o ministro da Fazenda.
No fim da audiência, Moro brincou com Meirelles.
“Sr. ministro, agradeço mais uma vez a disposição de Vossa Excelência para responder essas questões. Sei que o tempo de Vossa Excelência é muito valioso, mas o Juízo também não tem perguntas a Vossa Excelência. Teria perguntas sobre Economia, mas não é o momento apropriado, está fora do objeto do processo. Deixamos para uma outra oportunidade, eventualmente.” (AE)
LAVA JATO
FACHIN DÁ 15 DIAS PARA RENAN SE DEFENDER DA ACUSAÇÃO DE PROPINA DE R$ 800 MIL
FACHIN INTIMA RENAN A EXPLICAR DOAÇÕES DE EMPREITEIRA
Publicado: sexta-feira, 10 de março de 2017 às 13:31 - Atualizado às 17:03
Redação
O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) deu prazo de quinze dias para o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL) se manifestar sobre a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra ele em dezembro do ano passado.
Janot acusa o peemedebista de receber propina de R$ 800 mil do esquema de corrupção na Petrobras por meio de doações eleitorais ao PMDB, em 2010.
O prazo começa a contar em dias corridos a partir do momento em que o senador é notificado pelo Supremo, o que ainda não aconteceu. A decisão é de segunda-feira, dia 6, e é mais uma mudança na investigação, que teve a denúncia apresentada em 12 de dezembro do ano passado, antes da conclusão do inquérito da PF.
Dois dias depois, a documentação da denúncia foi devolvida pelo ministro Teori Zavascki à PGR, para que fossem juntadas as informações do inquérito policial.
Em 21 de janeiro, o delegado da PF, Alessandro Maciel Lopes, responsável pelo inquérito encaminhou uma manifestação ao ministro Fachin pedindo mais 60 dias de prazo para concluir as investigações.
No pedido, o delegado apontou que havia dados da investigação policial que não foram utilizados na denúncia da PGR, além da necessidade de novas diligências “visando ao cabal esclarecimento dos fatos”. Nesta semana, contudo, o ministro Fachin entendeu que cabe ao Ministério Público Federal “o juízo a respeito da suficiência dos elementos indiciários para oferecimento da denúncia” e, ao invés de autorizar ou não o prazo pedido pela PF, mandou notificar os investigados para que respondam as acusações da denúncia.
A Polícia Federal já havia marcado para tomar o depoimento de Renan Calheiros nesta sexta-feira, 10. Na quinta, seria tomado o depoimento do deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), também investigado e denunciado neste episódio, mas o delegado acabou desistindo da oitiva após a decisão de Fachin.
Segundo a denúncia da Lava Jato, Renan teria recebido R$ 800 mil em propina por meio de doações da empreiteira Serveng. O deputado Aníbal Gomes foi denunciado junto com Renan Calheiros. No pedido, o PGR solicita ainda a perda das funções públicas dos parlamentares.
Em troca dos valores, os parlamentares teriam oferecido apoio político ao então diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que mantinha a empreiteira em licitações da estatal.
Foram identificadas duas doações oficiais ao PMDB, nos valores de R$ 500 mil e R$ 300 mil em 2010, operacionalizadas por um diretor comercial da Serveng, também denunciado. A denúncia aponta ainda que esses valores seguiram do Diretório Nacional do PMDB para o Comitê Financeiro do PMDB/AL e deste para Renan Calheiros, mediante diversas operações fracionadas, como estratégia de lavagem de dinheiro.
Nesta semana, a Segunda Turma do Supremo aceitou a denúncia contra o senador Valdir Raupp (PMDB) por corrupção e lavagem de dinheiro, abrindo margem à tese da Lava Jato de que as doações eleitorais teriam sido utilizadas para lavagem de dinheiro.
Renan já é réu perante o STF em uma ação penal e alvo de outros 10 inquéritos, além desta denúncia.
Defesas
Procurada, a assessoria do parlamentar informou que ele não iria se manifestar sobre o caso.
Por meio de nota, os criminalistas Gustavo Souto e Aguimon Rocha, que defendem Aníbal Gomes, afirmam que “não existem elementos para o oferecimento da denúncia”.
“O deputado Federal Aníbal Gomes entende que não existem elementos para o oferecimento da denúncia, tanto que compareceu ao depoimento que estava marcado para hoje (ontem, quinta-feira) e o delegado o dispensou porque o requerimento de dilação de prazo da Policia Federal para conclusão do inquérito, que entendia pela necessidade de realização de outras diligências, foi indeferido pelo Ministro Relator do caso. Por tal razão, a defesa técnica do Deputado será apresentada no momento oportuno, com o propósito de demonstrar a total improcedência da acusação do MPF. (AE)
CHORO E RANGER DE DENTES
Carlos Chagas
Sábado, 11-3-2017
No Congresso, ressurge a proposta de ser anistiado o recebimento de ajuda eleitoral pelo caixa dois. Não se encontram deputados e senadores dispostos a votar contra. Depois que o Supremo Tribunal Federal admitiu como crime até o caixa um, Suas Excelências replicam com a iniciativa celerada.
Foi mais uma vez protelada a divulgação da lista do procurador Rodrigo Janot, no caso, a segunda, quando nem a primeira é conhecida. Deputados, senadores e ministros andam apavorados com a perspectiva de ter seus nomes conhecidos, na semana que vem. Mas também confiam em que, de novo, mudarão a lei para escapar de incriminações.
O risco é de novamente ficarem impunes os parlamentares que se elegeram com dinheiro podre. Sofrem também os vigaristas hoje sem mandato.
No Congresso, há quem esteja sem dormir, pois pelo menos 150 seriam referidos como beneficiados pelas falcatruas.
Outra sombra a pairar sobre a Praça dos Três Poderes refere-se ao futuro. Nas eleições do ano que vem, quando a maioria disputará a reeleição, estão proibidas as doações por empresas. Campanhas milionárias, só por candidatos milionários. Como a maioria parlamentar disputará as preferências do eleitor? O fundo partidário não chegará para todos, talvez nem para os caciques. A quase totalidade das empresas, com as empreiteiras à frente, decidiram não abrir os cofres. Resultado: choro e ranger de dentes...
OS GOVERNADORES
Quantos governadores integram a lista? Se forem os 27, não haverá surpresa. Mas uns poucos escaparão. Não muitos, porque as empreiteiras agiram nos Estados até com mais desfaçatez. Sofrem os que pretendiam candidatar-se à reeleição, abrindo-se para eles a frustração de buscar outros caminhos.
NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
De onde vem o dinheiro que banca os doutores de Lula?
A tropa de advogados a serviço do chefão é composta por especialistas em absolvição de culpados
Por Augusto Nunes
Sexta-feira,10 mar 2017, 20h16-Atualizado em 10 mar 2017, 20h21
A multidão de advogados a serviço de Lula é composta por especialistas em absolvição de culpados. Esse tipo de bacharel cobra honorários em dólares por hora. Pelo atrevimento exibido nas audiências presididas por Sérgio Moro, pela insolência que esbanjam no esforço para irritar o juiz da Lava Jato, pela insistência em transformar um caso de polícia numa causa política, as boladas que os bacharéis vão receber são de muito bom tamanho.
A pergunta é: se a saúde financeira do Instituto Lula foi devastada pela retração dos fregueses da Lava Jato, se o Bill Clinton de galinheiro não recebe convites para palestras desde junho de 2015, se as mediações bilionárias do camelô de empreiteiras foram prudentemente suspensas, de onde virá o dinheiro para bancar a gastança com rabulices? A resposta só pode ser dada pela Polícia Federal. Aí tem.
Lula não tem um único álibi que pare em pé
Os juízes que vão interrogar o ex-presidente sabem tudo sobre o réu. O interrogado não faz ideia do que sabem os magistrados
Por Augusto Nunes
Sexta-feira, 10 mar 2017, 17h06-Atualizado em 10 mar 2017, 17h35
O fracasso da tentativa de trocar o depoimento em Curitiba por uma teleconferência que o manteria distante 500 quilômetros de Sérgio Moro tirou de vez o sono de Lula. As revelações de Marcelo Odebrecht sobre o Amigo, ou Amigo de E.O. (Emilio Odebrecht), pulverizaram o equilíbrio emocional do único líder popular que não dá as caras nas ruas. Só essa soma de reveses pode explicar os dois argumentos que Lula apresentou para escapar do pântano onde permanece submerso há meses.
Há dois dias, o sitiante sem sítio decidiu encomendar uma nota segundo a qual a Petrobras não pode ser considerada vítima do Petrolão: é também culpada pela destruição financeira e moral da empresa. “Para a ocorrência desses crimes”, alega o Amigo de E.O., “teriam concorrido diretores, gerentes e outros funcionários – isso sem falar que os próprios sistemas de controle de companhia não teriam funcionado na hipótese cogitada. Dessa forma, a empresa também possui responsabilidade no esquema criminoso”.
Haja cinismo. Essa conversa de 171 informa que não foi Lula (com a ajuda de Dilma Rousseff) quem nomeou todos os executivos da estatal algemados pela Operação Lava Jato. “A Petrobras é tão importante, mas tão importante que a diretoria deveria ser eleita pelo povo”, vivia declamando o palanque ambulante embriagado com as fabulosas jazidas do pré-sal que nunca saíram do fundo do Atlântico. Em vez de instituir a eleição direta dos cartolas da Petrobras, nomeou comparsas da base alugada que montaram o maior esquema de corrupção desde 1500.
Horas depois, Lula ordenou aos sabujos encastelados no Instituto Lula que divulgassem uma segunda nota, agora para reduzir os estragos causados pela descoberta dos codinomes que o identificavam no departamento de propinas e subornos da Odebrecht. “O presidente Lula jamais solicitou qualquer recurso indevido para a Odebrecht ou qualquer outra empresa”, fantasiou o falatório. “Jamais teve o apelido de Amigo. Se alguém eventualmente a ele se referiu dessa forma isso ocorreu sem o seu conhecimento e consentimento”.
Como se apelidos concebidos para ocultar comparsas só pudessem ser utilizados depois de obtida a autorização do apelidado, com firma reconhecida em cartório. Como se outros fregueses da Odebrecht imaginassem que, nos porões da empreiteira, haviam sido rebatizados como Feio, Muito Feio, Angorá, Nervosinho, Italiano ou Boca Mole. Os argumentos de Lula são mais que bisonhos: são coisa de culpado desprovido de qualquer álibi que pare em pé. Os juízes federais que vão interrogá-lo sabem tudo sobre o réu. Lula não faz ideia do que sabem os magistrados.
Mentir para plateias amestradas é vigarice e rende voto. Mentir num tribunal tribunal é perjúrio e dá cadeia.
J.R. Guzzo: O Jeito é Aguentar
Alguém acha que uma eleição indireta de presidente com o Congresso que está aí vai melhorar algo?
Por Augusto Nunes
Sexta-feira, 10 mar 2017, 15h39-Atualizado em 10 mar 2017, 15h51
Publicado na revista EXAME
O Brasil vive no momento mais uma de suas fábulas fabulosas. Até o dia 31 de agosto de 2016, pela maior parte do que se pode ler, ver e ouvir hoje em dia, as coisas por aqui estavam uma maravilha. Tudo o que existia de melhor no mundo, dos hospitais públicos aos cursos de ensino técnico, do ritmo alucinante da distribuição de renda à iminente entrada do Brasil na Opep, estava aqui dentro ─ e estava aqui dentro como consequência direta da espetacular qualidade dos governos do PT, sem paralelo no resto do planeta. Mas aí veio o impeachment da presidente Dilma Rousseff, por falsificação das contas públicas, e sua substituição pelo vice-presidente Michel Temer, em obediência escrita e inevitável ao que a Constituição manda fazer nesses casos. Pronto: nada mais deu certo neste país, e já nos primeiros minutos do novo governo ficou entendido no universo dos formadores de opinião, ou coisa parecida, que o Brasil passava a viver a pior crise de sua história ─ essa mesma que está aí agora.
É verdade que no momento em que Dilma finalmente foi deposta do cargo havia entre 11 milhões e 12 milhões de desempregados no Brasil. Outra de suas realizações, que não encontra comparação na nossa história econômica, foi manter o país em recessão por três anos seguidos. Sob sua direção, a indústria brasileira voltou ao nível que tinha nos anos 40 do século passado ─ ela, a padroeira do nacionalismo econômico e dos “campeões nacionais”, só conseguiu mesmo, na prática, construir uma montanha de sucata com as fábricas brasileiras e escolher Eike Batista, atualmente um presidiário à espera de julgamento, para ser nosso empresário-modelo. Suas obras ─ e as obras do ex-presidente Lula ─ são a Ferrovia Transnordestina, o desvio das águas do Rio São Francisco, a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, talvez a obra mais roubada do sistema solar, recordes de congestionamento nos acessos aos portos, colapso nos transportes, em escolas e em hospitais, a ruína da maior estatal brasileira, a Petrobras, e a entrega da máquina pública do Brasil a uma estratégia de corrupção sem precedentes na experiência humana. Nem se fale, até por cansaço, do governo insano que a ex-presidente impôs ao país durante anos a fio ─ e de tantas outras calamidades. Mas hoje, seis meses depois, tudo isso praticamente sumiu. É como se nunca tivessem existido Dilma, Lula, o PT e os atos de cada um deles. O problema é Michel Temer.
O novo presidente, sem dúvida, construiu com as próprias mãos a desgraça que é seu ministério ─ tão ruim que, em seis meses de governo, seis ministros tiveram de ir embora, um está de licença médica, outro luta para adquirir “foro privilegiado” e dois saíram por conta própria. Jamais lhe passou pela cabeça que toda essa gente era errada para aquele momento, quando uma presidente da República acabava de ser posta na rua por chefiar um governo de ladrões ─ talvez fosse errada para qualquer momento. Temer, o rei dos políticos “realistas”, dos “profissionais”, dos “operadores” etc., achou, ao substituir Dilma que estava sendo Temer. Na verdade, estava apenas querendo fazer mágica. O resultado é o que está aí. Nada disso, porém, muda o fato de que ele é o único presidente que o Brasil tem e pode ter no momento ─ e qualquer invenção para fazer as coisas de outro jeito vai tornar a situação atual muito pior do que já está, com 100% de garantia. Ou alguém acredita que tirar Temer e colocar no governo um presidente escolhido em eleição indireta por este Congresso ─ sim, este mesmo, não dá para arrumar outro ─ vai melhorar alguma coisa? O quê, por exemplo? Temer e seus ministros de curtíssima duração são herança direta de Lula e do PT ─ além de tudo o mais, deixaram isso também. Quem escolheu Temer para vice de Dilma? Quem viveu durante mais de dez anos no mais perfeito amor com os Renans e os Jucás, com os Gedéis, Padilhas ou Moreiras, para não falar do governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro? Aguente-se, agora, até a próxima eleição.
NO BLOG DO JOSIAS
Advogados de Lula complicam a vida do cliente
Josias de Souza
Sexta-feira,10/03/2017 21:38
Comentários
Postar um comentário