PRIMEIRA EDIÇÃO DE 02-3-2017 DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUINTA-FEIRA, 02 DE MARÇO DE 2017
A Lava Jato investiga se o ex-diretor do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) Marcos Mazoni teve papel no esquema de corrupção que beneficiou o ex-ministro José Dirceu em contratos milionários de tecnologia para dois ministérios e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em 2014 e 2015, inclusive para as Olimpíadas. É que nada se decidia na área sem o parecer de Mazoni.
O detalhe assombroso é que o esquema de corrupção funcionou quando José Dirceu já estava preso por ordem do juiz Sérgio Moro.
São investigados os ministérios do Desenvolvimento Social e Esporte, alem de dirigentes da ANTT, feudo do PMDB do Senado.
Marcos Mazoni foi um dos petistas mais raivosos com o impeachment. Chamou o governo interino até de “canalha”, até ser demitido.
O alvo central da investigação são os negócios de R$20 milhões da RT Serviços Especializados Eireli com o governo federal, em 2014 e 2015.
O presidente Michel Temer espera que o Congresso aprove as principais reformas – Previdência e Trabalhista – ainda no primeiro semestre deste ano. Para ele, é fundamental aprovar essas transformações, além de outros projetos estruturantes, “o quanto antes”. Não deverá enfrentar grandes dificuldades: a base de apoio ao governo tem mais de 300 deputados e mais de 60 senadores.
O presidente Michel Temer disse a esta coluna que a base de apoio ao governo no Congresso é o seu maior orgulho.
A reforma objetiva a privilegiar os acordos, nas relações de trabalho, muito embora, segundo Temer, isso já esteja previsto na Constituição.
A Previdência é responsável pela maior parte do déficit público e, sem ela, em oito anos deverá faltar dinheiro para pensões e aposentadorias.
O lobista Lucio Funaro é conhecido pelo pavio curto. Sentindo-se contrariado, a eventual acareação com o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e José Yunes pode virar cena de pugilato. Já aconteceu antes.
Ainda presidente do Senado, Renan Calheiros manteve escondido um grave incêndio em sua casa na praia da Barra de São Miguel (AL), provocado por um celular ligado à rede elétrica. Ele foi salvo pelo filho Rodolfo, que usou alteres para arrebentar uma porta e resgatar o pai.
No governo Michel Temer é visível a redução de uso de jatinhos. É sempre expressivo o numero de aeronaves no chão, em frente ao Grupo de Transportes Especiais (GTE), da Base Aérea de Brasília.
Foi muito elogiado o discurso da ministra Luislinda Valois (Direitos Humanos) no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra. Defendeu o governo, explicou as reformas e os planos para segurança.
Começa nesta quinta-feira o prazo para a declaração do Imposto de Renda 2016. Neste ano, a Receita Federal espera receber 28,3 milhões de declarações. São, no entanto, 206 milhões de brasileiros.
Em 2014, o último ano do primeiro governo Dilma, ela conseguiu gastar, em média, R$ 117 mil por dia com cartões corporativos, os cartões de pagamento do governo federal.
O artigo 231 do Estatuto do PT prevê expulsão de filiados condenados “por crime infamante ou por práticas administrativas ilícitas, com sentença transitada em julgado.” Apesar de tantos ladrões petistas enquadrados nessa regra, só Delcídio do Amaral foi expulso.
O ministro Blairo Maggi (Agricultura) foi cinegrafista de Michel Temer na viagem ao Japão, em outubro: registrou, em vídeo, o gesto do presidente cumprimentando cada um dos funcionários do hotel onde se hospedou, que se enfileiraram para se despedir do presidente.
...o carnaval acabou, exceto para deputados, que só voltam ao batente no dia 7. Já contando os dias para a Semana Santa.

NO DIÁRIO DO PODER
DEPOIMENTO EXPLOSIVO
FORAM NO 'CAIXA DOIS' 4/5 DAS DOAÇÕES PARA CAMPANHA DE DILMA, DIZ ODEBRECHT
MARCELO ODEBRECHT CONTA AO TRE COMO BANCOU CAMPANHA DE DILMA
Publicado: quarta-feira, 01 de março de 2017 às 22:34 - Atualizado às 06:31
Redação
Em depoimento à Justiça Eleitoral realizado nesta quarta-feira (1º), o executivo Marcelo Odebrecht, herdeiro e ex-presidente do grupo que leva seu sobrenome, afirmou que 4/5 das doações para a campanha presidencial de Dilma Rousseff tiveram como origem o Caixa 2. A audiência comandada pelo ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Herman Benjamin ocorreu na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), em Curitiba. 
Segundo relatos, Marcelo afirmou no depoimento que a petista tinha dimensão da contribuição e dos pagamentos, também feitos por meio de Caixa 2, ao então marqueteiro do PT, João Santana. A maior parte dos recursos destinados ao marqueteiro era repassada em espécie.
As negociações eram feitas diretamente entre Marcelo, Santana e o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega. Na audiência, Marcelo cita inclusive um encontro com Dilma no México, ocasião em que teria lembrado que os pagamentos feitos a Santana estavam "contaminados", uma vez que as offshores utilizadas por executivos do grupo serviam para pagamento de propina. 
Marcelo lembrou que o valor acertado para a campanha presidencial do PT de 2014 foi de R$ 150 milhões. Deste total, R$ 50 milhões eram uma contrapartida à votação da medida provisória do Refis, encaminhada ao Congresso em 2009, que beneficiou a Braskem, empresa petroquímica controlada pela Odebrecht e pela Petrobras. 
Ao detalhar a distribuição de recursos, Marcelo informou ainda que R$ 10 milhões foram diretamente para a campanha de Dilma, como doação oficial. Outros R$ 5 milhões foram repassados via PT. Também teriam ocorridos pagamentos de "dezena de milhões" para partidos aliados.
Marcelo foi questionado sobre o início da relação com o governo do PT. Ele ressaltou que as primeiras conversas ocorreram em 2008, quando o ex-ministro Antônio Palocci o procurou para pedir doações para as eleições municipais daquele ano, especificamente para as que João Santana estava trabalhando. 
Na ocasião, o empresário disse a Palocci que não lidava com campanha municipal, mas apenas com as presidenciais. Considerou, contudo, que podia ser acertado um valor para 2010 e que, quando chegasse o período da campanha presidencial, a quantia entregue para a campanha municipal seria descontada. Quando Palocci deixou a Casa Civil, Dilma teria definido que o novo interlocutor seria Guido Mantega, dessa forma estava encerrada a conta "Italiano" e foi aberta a "Pós-Italia".

EM ACAREAÇÃO
LOBISTA REAFIRMA PAGAMENTO DE PROPINA PARA AÉCIO E O PT
O EX-DIRETOR, DIMAS TOLEDO, AFIRMOU QUE VERSÃO SERIA MENTIROSA
Publicado: quarta-feira, 01 de março de 2017 às 16:55 - Atualizado às 18:39
Redação
Quase 12 anos após as primeiras denúncias de corrupção em Furnas, o ex-diretor de engenharia da empresa Dimas Fabiano Toledo ficou frente a frente com o lobista e delator Fernando Horneaux de Moura condenado a 16 anos e dois meses de prisão na Lava Jato.
Na acareação, Fernando Moura manteve sua versão de que, em 2003, o então dirigente de Furnas teria garantido que um terço da propina arrecadada na estatal iria para o PT nacional, um terço para o PT de São Paulo e um terço para o atual presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
A acareação foi realizada pelos investigadores da Lava Jato perante o Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito que apura o suposto envolvimento do senador tucano em um esquema de corrupção na estatal de energia. A investigação é um dos desdobramentos da Lava Jato e foi aberta a partir da delação do ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT/MS).
Amigo do petista José Dirceu, condenado a 20 anos de prisão na Lava Jato, Fernando Moura auxiliou o então ministro da Casa Civil do governo Lula na definição de cargos do governo, inclusive nas estatais, logo após a posse, em 2003. Em seu relato, o lobista disse que foi informado pelo próprio Dirceu que Aécio Neves havia solicitado ao presidente na época a permanência de Dimas Toledo na estatal de energia. Coube, então, a Moura, informar o dirigente sobre sua permanência no cargo mesmo com a mudança de governo.
Frente a frente com Dimas Toledo, Fernando Moura manteve a versão de que o acerto teria sido uma forma de retribuir o apoio do recém-empossado governo do PT à permanência do então diretor de Furnas, segundo ele uma indicação de Aécio na estatal.
Por sua vez, Dimas Toledo não negou o encontro com Fernando Moura após ser reconduzido ao cargo. Mas afirmou que "não teria discutido nenhum assunto acerca de redistribuição de valores de Furnas para o PT nacional, para o PT paulista e para Aécio Neves".
O ex-diretor, que deixou a estatal em 2005, reafirmou que a versão do lobista seria "mentirosa". Diante do confronto de versões, o procurador-geral da República Rodrigo Janot pediu ao ministro do Supremo, Gilmar Mendes a prorrogação do inquérito por mais 60 dias.
"Na presente hipótese, os elementos informativos já reunidos nos autos apontam para a verossimilhança dos fatos trazidos pelos colaboradores e denotam a necessidade de aprofundamento das investigações, notadamente quanto o envolvimento de Dimas Fabiano Toledo no evento criminoso e a sua relação com o senador Aécio Neves", segue Janot no pedido encaminhado na sexta-feira, 24. "Conquanto o diretor tenha negado participação em qualquer esquema, as declarações de Fernando Antônio Guimarães Horneaux de Moura se coadunam com os elementos trazidos pelos colaborador", crava Janot.
Para o procurador-geral da República, o novo depoimento de Fernando Moura confirma as versões de outros delatores sobre suposto esquema de corrupção em Furnas "comandado" por Dimas Toledo.
Denúncia
Funcionário de carreira na estatal, Dimas Toledo atuou como diretor de Engenharia entre 1995 e 2005 e já chegou a ser investigado em primeira instância a partir de 2005, quando a Polícia Federal no Rio instaurou um inquérito para apurar as denúncias feitas pelo ex-deputado Roberto Jefferson na CPI Mista dos Correios de que haveria um esquema de Caixa 2 na estatal de energia que abasteceria partidos políticos.
Ao longo da investigação, o lobista Nilton Monteiro, um dos acusados de atuar no esquema, chegou a apresentar uma lista com nome de 156 políticos que seriam beneficiários do esquema, que ficou conhecida como "lista de Furnas".
Como as perícias da Polícia Federal concluíram que não dava para saber se o documento era falso, as investigações dos nomes citados acabaram não avançando. Em 2012, contudo, o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro apresentou denúncia contra 11 acusados de corrupção em dois contratos de termelétricas (em Campos dos Goytacazes e São Gonçalo, no Rio), incluindo Jefferson e Dimas Toledo.
Em março daquele ano, porém, a Justiça Federal entendeu que o caso deveria ser remetido para a Justiça Estadual do Rio. Lá, o caso voltou para a fase de inquérito e foi remetido para a Polícia Civil concluir a investigação.
Na Delegacia Fazendária da polícia, o caso ficou mais quatro anos e, somente em março de 2016, a delegada Renata Araújo concluiu a investigação indiciando Roberto Jefferson e outros seis investigados por lavagem de dinheiro. Em setembro do ano passado, acolhendo um pedido do Ministério Público do Rio, a Justiça Estadual arquivou o caso em primeira instância.
Em dezembro do ano passado, o Ministério Público do Rio encaminhou a "lista de Furnas" para Janot. O documento não é citado no pedido de prorrogação do inquérito contra Aécio, mas o procurador-geral da República pediu ao STF que sejam juntadas cópias da quebra de sigilo de Dimas Toledo, que tramitou em primeira instância na Justiça do Rio, além das investigações que foram realizadas pela Controladoria-Geral da União e pelo Tribunal de Contas da União sobre Furnas na época.
Os advogados de José Dirceu e Delcídio Amaral não foram localizados na terça-feira, 27, para comentar o caso.
Segundo a assessoria de Aécio Neves, pedidos de prorrogação de prazo em procedimentos investigatórios são rotina e a oitiva do senador, como é praxe, está prevista desde o inicio do procedimento. "As diligências requeridas não guardam relação com o senador, uma vez que se referem apenas à solicitação de cópias de documentos da empresa e oitivas de membros do PT", destacou a assessoria. "O senador Aécio Neves é o maior interessado na realização das investigações porque o aprofundamento delas provará a absoluta correção de seus atos."
O advogado Rogério Marcolini, que defende o ex-diretor, divulgou nota afirmando que, "nos últimos dez anos, Dimas Toledo já foi inquirido pela Polícia Federal pelo menos meia dezena de vezes e sempre foi absolutamente coerente ao narrar os fatos como aconteceram. "O senhor Fernando Moura, nas poucas vezes em que foi ouvido, já emendou sua versão diversas vezes, o que levou o próprio Juiz Federal condutor da Lava Jato a por em dúvida a sinceridade de sua delação. A acareação realizada de surpresa foi a oportunidade para Dimas Toledo mais uma vez reiterar a veracidade do seu testemunho."
O criminalista Luis Alexandre Rassi, que defende o ex-secretário-geral do PT, Silvio Pereira, diz que ainda não conversou com seu cliente sobre o caso, mas que a defesa vê com ressalva os depoimentos de Fernando Moura, "devido a impropriedades no depoimento prestado por ele na ação penal em que Silvio responde na Lava Jato em Curitiba".(AE)

NO BLOG DO JOSIAS
Odebrecht marcou Dilma e Temer na bochecha
Josias de Souza
Quinta-feira, 02/03/2017 03:29
Deflagrada em março de 2014, a Lava Jato já estava na praça quando Marcelo Odebrecht decidiu que parte da verba do departamento de propinas de sua empreiteira seria investida no PT de Dilma Rousseff, no PMDB de Michel Temer e em legendas associadas à coligação da dupla. Todos sabiam que o mau costume do dinheiro clandestino das campanhas tornara-se mais arriscado. Deram de ombros. E foram em frente. Como que farejando o cheiro de enxofre, o príncipe da construção pesada adicionou ao velho pacto um lance diabólico: gravou a marca da Odebrecht nas bochechas dos destinatários do dinheiro de má origem.
Temer foi marcado no Palácio do Jaburu, em setembro de 2014, no instante em que ofereceu, em plena residência oficial de vice-presidente, o jantar em que Marcelo Odebrecht foi mordido. Nesta quarta-feira, em depoimento à Justiça Eleitoral, cujo teor ainda é mantido sob sigiloso, Odebrecht confirmou o repasto do Jaburu. Reconheceu que lhe foi pedido suporte monetário para o PMDB. Um dos advogados presentes à inquirição contou ao seu cliente que, segundo Odebrecht, Temer não teria mencionado cifras. Nessa versão, os R$ 10 milhões citados na delação do ex-executivo da Odebrecht, Cláudio Melo Filho foram acertados com um preposto de Temer: o hoje ministro Eliseu Padilha.
Há seis dias, em nota oficial do Planalto, o próprio Temer vira-se compelido a reconhecer, à sua maneira, que carrega na bochecha uma marca indelével. O texto da Presidência informou que, na condição de presidente do PMDB, Temer realmente “pediu auxílio formal e oficial à construtora Norberto Odebrecht.”
A nota do Planalto acrescentou que o agora presidente da República “não autorizou nem solicitou que nada fosse feito sem amparo nas regras da lei eleitoral.” Pelas contas de Temer, “a Odebrecht doou R$ 11,3 milhões ao PMDB em 2014. Tudo declarado na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral.” Esse tipo de narrativa abre espaço para que os advogados sustentem em juízo a tese segundo a qual Temer não pode ser responsabilizado pela origem eventualmente ilegal das verbas recebidas.
Com Dilma Rousseff, Marcelo Odebrecht reuniu-se pelo menos quatro vezes. No ano eleitoral de 2014, foram dois encontros. Ambos no Palácio da Alvorada — em março e em julho. Dilma tentou negar tais conversas. Entretanto, foi traída pelos arquivos eletrônicos de sua agenda. Jamais admitiu ter conversado sobre verbas eleitorais com o interlocutor tóxico.
Tomado pelo depoimento desta quarta-feira, Marcelo Odebrecht gravou sua marca na bochecha de Dilma no mês de junho do ano pós-eleitoral de 2015. Deu-se numa conversa ocorrida no México. O herdeiro da Odebrecht contou à Justiça Eleitoral que alertou Dilma para a origem espúria do dinheiro usado pela Odebrecht para pagar o marqueteiro João Santana em contas secretas no estrangeiro. Não há vestígio de providência que Dilma tenha tomado.
O hábito de esconder arcas clandestinas nos porões das campanhas eleitorais é velho como as caravelas. A novidade é que a Lava Jato deu ao dinheiro por fora uma visibilidade jamais experimentada na história da República. Em situações assim, o grau de civilidade da democracia é medido pelo tamanho da punição. O Tribunal Superior Eleitoral dispõe de duas alternativas: ou revitaliza a política nacional ou mergulha a chamada vida pública numa decadência irreversível.

Temer tem de devolver dinheiro de reforma inútil
Josias de Souza
Quarta-feira, 01/03/2017 19:15
Em tempos de desemprego, cresce o número de brasileiros que, atormentados com as responsabilidades financeiras acima de suas possibilidades, sofrem de tremedeira nas pernas. Em respeito a esses patrícios e a todos os que estão em dia com suas obrigações tributárias, Michel Temer deveria restituir ao Tesouro Nacional os R$ 24.015,68 que foram enterrados na reforma inútil que mandou realizar no endereço mais famoso da República: o Palácio da Alvorada.
Antes de se mudar para a residência oficial dos presidentes, Temer visitou o imóvel com sua mulher, Marcela. A pretexto de adaptar o palácio às necessidades do filho Michelizinho, o casal concluiu que uma pequena reforma seria inevitável. Até aí, beleza. Feitos os ajustes, a primeira-família ocupou o palácio. De repente, menos de duas semanas depois, os Temer decidiram retornar à casa oficial dos vices, o Palácio do Jaburu.
A assessoria alega que Temer ''não se adaptou ao local.” Heimmm?!? “Achava tudo muito distante.” Hã?!? “Mal conseguia ver o filho.'' Hummm. Alegou-se também que Temer não gostou do Alvorada. Ahhh, vá! Acha que o Jaburu “se parece muito mais com uma casa comum.” Ai, ai, ai…
Temer não ignorava o gigantismo do Alvorada. São 7.300 m² de mármore e vidro, sem contar os 1.800 m² do anexo de serviço. Sua mulher visitou o palácio antes da reforma. Percebeu a grandiosidade do imóvel já na entrada, onde um espelho d'água reflete vistosas colunas plantadas ao longo da fachada.
Diz-se que Michelzinho, um azougue de 7 anos, dribla a vigilância da família e dos seguranças. Pudera! O menino está no paraíso do pique-esconde, dotado dos seguintes esconderijos: salão principal esparramado por generosos 70 metros de extensão, salão de banquetes com mesa para 30 pessoas, mezanino com pé direito de nove metros, biblioteca com piso de jacarandá maciço… Tudo isso sem contar a academia de ginástica e o cinema no subsolo, além de um quintal onde há uma capela e jardins pelos quais se pode caminhar até seis quilômetros sem repetir uma única trilha.
Difícil não gostar de uma moradia assim. Mas a família presidencial tem todo o direito de residir onde bem entender. O que não é tolerável é a sensação do desperdício de R$ 24 mil do erário numa reforma que só os Temer consideravam essencial e da qual nem eles tirarão proveito. O dinheiro é público, mas não é grátis. Não é muita grana. Mas foi arrancada à força do bolso de um sujeito que é equivocadamente chamado de contribuinte. Convém devolver.

NO O ANTAGONISTA
De cima para baixo
Brasil Quinta-feira, 02.03.17 07:21
O STF jamais será capaz de julgar todos os criminosos denunciados pela Odebrecht.
Por isso mesmo, a PGR deveria se concentrar nos processos do quadrilhão.
A ORCRIM tinha uma estrutura hierarquizada, cujo comandante máximo era Lula.
Rodrigo Janot pode oferecer uma resposta à sociedade condenando aqueles que, como já foi amplamente demonstrado, executaram o saque à Petrobras.
O comandante Lula era comandado pela Odebrecht
Brasil 02.03.17 06:58
O relato do Estadão sobre o depoimento de Marcelo Odebrecht cita dois fatos extremamente importantes.
Ele disse que a Odebrecht “detinha forte influência no governo, principalmente depois que o PT chegou ao Palácio do Planalto, em 2003 – ano em que Lula assumiu seu primeiro mandato”.
Ele disse também que a Odebrecht “auxiliou campanhas no exterior nas quais o partido de Lula e Dilma tinha interesse. Esses repasses ocorreram fora do País”.
Marcelo Odebrecht comandava o comandante máximo da ORCRIM, portanto.
E Lula bancou seus comparsas esquerdistas na América Latina e na África, com dinheiro roubado do BNDES.
150 milhões de reais em propinas para Dilma
Brasil 02.03.17 06:50
O Estadão repetiu tudo aquilo que publicamos ontem à noite.
1 - “Marcelo Odebrecht disse ao ministro Herman Benjamin que 4/5 das doações para a campanha foram realizadas via Caixa 2. Ao todo, segundo ele, foram repassados R$ 150 milhões”.
2 - “Sobre repasses para a campanha de Dilma ele insistiu no valor de R$ 150 milhões, dos quais um terço seriam entregues como contrapartida pela aprovação de um projeto apresentado em 2009 referente à MP 470, ou a MP Refis”.
3 - “Marcelo Odebrecht citou dois ex-ministros do PT, Antônio Palocci e Guido Mantega. Segundo ele, Mantega fez a solicitação (R$ 50 milhões) como contrapartida já na campanha de 2014”.
4 - “Ele falou dos contatos com Antonio Palocci, já em 2008. O ex-ministro o teria procurado para falar de pagamentos para o publicitário João Santana, marqueteiro das campanhas de Lula e Dilma”.
Hoje tem mais
Brasil 02.03.17 06:26
Marcelo Odebrecht detonou Dilma Rousseff.
Ele revelou que Guido Mantega foi indicado por ela para administrar a propina da empreiteira durante a campanha de 2014, no lugar de Antonio Palocci.
Hoje tem mais.
Benedicto Júnior, o principal responsável pelos pagamentos clandestinos da Odebrecht, prestará depoimento a Herman Benjamin.
Quando Benedicto Júnior foi preso pela Lava Jato, na Acarajé, a PF o acusou de repassar dinheiro sujo, em 2014, para a conta Pós-Itália, o codinome de Guido Mantega.

A imprensa é igual a José Yunes
Brasil 02.03.17 06:22
A imprensa petista está perdida.
Marcelo Odebrecht, como antecipamos ontem à tarde, livrou a cara de Michel Temer.
Para derrubá-lo, é necessário reconhecer que Dilma Rousseff se elegeu com dinheiro roubado da Petrobras e que, por esse motivo, o mandato de seu companheiro de chapa, Michel Temer, é ilegítimo.
Mas a imprensa petista nunca poderá reconhecer que Dilma Rousseff se elegeu com dinheiro roubado da Petrobras, porque ela teria de reconhecer também que Lula é o comandante máximo da ORCRIM.
A imprensa petista vai seguir o caminho de José Yunes: incriminar Eliseu Padilha e blindar Michel Temer.
"Dilma eleita com dinheiro roubado da Petrobras"
Brasil 02.03.17 06:07
Só O Antagonista teve acesso ao depoimento de Marcelo Odebrecht.
O trabalho de dois anos se materializou naqueles posts, que podem ser relidos aqui, aqui e aqui.
Desde o primeiro dia do site, sempre repetimos que:
- Dilma Rousseff foi eleita com dinheiro roubado da Petrobras.
- As prisões de Marcelo Odebrecht, João Santana, Antonio Palocci e Guido Mantega comprovariam esse fato.
Foi exatamente o que aconteceu.
O Antagonista está igual à quadra da Portela - em festa.
Os advogados não podem falar, mas O Antagonista pode
Brasil Quarta-feira, 01.03.17 20:24
O advogado Gustavo Guedes, que representa Michel Temer no TSE, concedeu uma entrevista na saída do depoimento de Marcelo Odebrecht. Porém, mais importante do que ele disse, foi o que ele não disse, alegando sigilo do processo.
Perguntado se o empreiteiro havia confirmado o jantar no Jaburu (no qual Temer teria pedido contribuição para o PMDB), Guedes afirmou: "Não posso falar sobre isso". O Antagonista pode falar, e falou aqui.
Perguntado se Odebrecht havia confirmado pagamentos ao marqueteiro João Santana, Guedes também afirmou que não poderia falar sobre o tema. O Antagonista respondeu aqui.
Por fim, perguntado se o depoimento de Odebrecht ajudava ou atrapalhava a defesa de Temer, o advogado respondeu que a avaliação seria prematura.
Segundo ele, é preciso ouvir todas as testemunhas, que, talvez, gerem até novas investigações. Diante do que O Antagonista já antecipou, o depoimento não foi nada bom para a chapa Dilma-Temer.
E, sim, as defesas tentarão alongar o máximo possível o processo.
Ouça a entrevista de Gustavo Guedes.
Dilma morre, Temer vive
Brasil 01.03.17 20:12
O Antagonista publicou com exclusividade as denúncias de Marcelo Odebrecht contra o PT e a campanha de Dilma Rousseff.
Elas são mortais.
A Folha de S. Paulo ignorou o PT e Dilma Rousseff, preferindo tentar pegar Michel Temer.
E se deu mal.
Segundo a reportagem, Marcelo Odebrecht "negou que tenha acertado com Michel Temer um valor de contribuição para a campanha".
Releia o que dissemos mais cedo:
O pedido de Temer
Brasil 01.03.17 14:59
Advogados consultados por O Antagonista não acreditam que Michel Temer tenha pedido a Marcelo Odebrecht dinheiro para a campanha presidencial.
Ele sabia que a chapa já estava garantida com os pagamentos de propina ao PT.
Michel Temer deve ter pedido dinheiro apenas para a sua corriola. Nesse caso, o depoimento de Marcelo Odebrecht pode salvá-lo no TSE.
EXCLUSIVO: O CONTEÚDO DO DEPOIMENTO DE MARCELO ODEBRECHT
Brasil 01.03.17 19:14
O Antagonista obteve com exclusividade boa parte do conteúdo do depoimento de Marcelo Odebrecht ao ministro Herman Benjamin, do TSE. É explosivo.
Ele revelou que quatro quintos do total doado à campanha de Dilma Rousseff em 2014 foram no Caixa dois. No total, a Odebrecht deu 150 milhões de reais ao PT.
Cinquenta milhões de reais foram em pagamento à edição da medida provisória 470, em 2009, que beneficiava a empreiteira. Ou seja, propina para o governo Lula.
Como o PT não precisava desse dinheiro em 2010, para a primeira campanha de Dilma, ele foi pago em 2014.
Leia mais em:
Eike pede para não receber visitas
Brasil 01.03.17 18:36
O Antagonista apurou que Eike Batista pediu aos filhos, à esposa Flávia Sampaio e demais parentes, que não o visitem na prisão.
O objetivo, segundo fonte próxima ao empresário, é poupar a família de ir até o presídio de Bangu 9, onde está preso desde 30 de janeiro. O empresário também prefere usar todo o tempo disponível para falar com seus advogados de defesa.
Até agora, Eike recebeu a visita de Flávia, mãe de seu filho mais novo e que é advogada.

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