PRIMEIRA EDIÇÃO DE 18-02-2017 DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SÁBADO, 18 DE FEVEREIRO DE 2017
“Marajás” do serviço público recebem supersalários nos Três Poderes, “contornando” o teto constitucional. A malandragem consiste em não incluir na conta dos vencimentos o que chamam de “vantagens” e outros ganhos. Um desembargador de Sergipe recebeu R$326 mil em janeiro, enquanto no Tribunal de Justiça do Ceará 26 embolsaram salários superiores ao limite constitucional. Neste ano de 2017, só o governo federal gastará R$ 306,9 bilhões com pagamento de salários.
Somente as “vantagens” dos marajás do Poder Executivo federal somaram R$ 422,4 milhões no mês de dezembro.
O governo federal ainda não divulgou os dados da folha de janeiro, mas em dezembro pagou supersalários a 17 afortunados servidores.
O campeão do mês foi um professor da Universidade Federal de Juiz de Fora, que embolsou R$ 157 mil em dezembro, além do salário.
O Legislativo tem seus próprios marajás. Somente na Câmara dos Deputados, 21 servidores recebem ilegalmente acima de R$33,7 mil.
Vai sair do bolso do contribuinte, vítima da criminalidade, a indenização ordenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para os presos que reclamam das condições carcerárias. Na prática, o bandido que balear ou estuprar receberá compensação pelo presídio “degradante”, ao contrário de sua vítima, levada a hospital público de fato degradante. A vítima não terá do STF ou do Estado nem mesmo pedido de desculpas.
Entre os contribuintes que vão pagar a indenização ordenada pelo STF estão aqueles que agonizam nos hospitais, vitimados pelo bandidos.
A ocupação de um leito hospitalar pela vítima de crime priva o acesso ao leito de uma pessoa que necessita, pelas vias ordinárias.
A ação que encantou o STF é de um bandido condenado por latrocínio, um dos crimes mais covardes e repugnantes. Ele matou para roubar.
A Polícia Federal e Ministério Público Federal lembram. A ex-ministra Erenice Guerra ainda é investigada no caso de compra e venda de medidas provisórias no governo do PT. Ela era secretária-executiva da Casa Civil do governo Lula e foi ministra da Casa Civil de Dilma.
Chegou ao fim a súbita cordialidade de seguranças da Câmara dos Deputados com as mulheres. Em geral ríspidos, eles até permitiam a entrada no plenário sem autorização, desde que seja do sexo feminino.
O governo Michel Temer reduziu a verba publicitária da Petrobras para 2017, fixada em R$500 milhões. Mesmo assim representa 37% dos gastos com propaganda do primeiro governo Dilma: R$1,35 bilhão.
Após abandonar os estudos, Arthur Albuquerque, de 26 anos, ganhou o primeiro emprego: será secretario do Trabalho do governo de Renan Filho, em Alagoas, R$18 mil por mês. Foi indicado pelo pai, deputado.
Vinte dias após o falecimento da mulher de Lula, o PT nacional divulgou através do Twitter um texto sob título “Veja a cobertura do velório da ex-primeira-dama Marisa Letícia”.
O Portal da Transparência do governo federal não tornou público um centavo sequer dos gastos de 2017. O Ministério responsável pelo site informou que “a conta não fechou” e promete atualização “em março”.
Esta semana, a GloboNews transmitiu ao vivo, por mais de uma hora, o julgamento que manteve em cana o ex-deputado cassado Eduardo Cunha. Nem em casa ele tem tanto ibope.
A Ferrovia Curitiba-Paranaguá faz 20 anos este mês. Já transportou três milhões de passageiros no trecho que é dos poucos destinados ao turismo ferroviário, além de ser o segundo corredor de cargas do País.
...no Brasil da Lava Jato, “o Estado é o lobo do homem”. Lobão, faltou dizer o filósofo Thomas Hobbes em “O Leviatã”.

NO DIÁRIO DO PODER
ISTOÉ
EX-CAMARGO CORRÊA AFIRMA: LEVEI MALA DE DÓLARES PARA LULA
EMPRESÁRIO CONTA À 'ISTOÉ' TER PAGO PROPINA AO EX-PRESIDENTE
Publicado: sexta-feira,17 de fevereiro de 2017 às 22:46 - Atualizado às 02:14
Redação
A reportagem de capa da revista IstoÉ desta semana traz o depoimento do empresário Davincci Lourenço de Almeida, ex-sócio de acionista da Camargo Corrêa, que confirma as inúmeras suspeitas dos investigadores da corrupção no Brasil: Lula recebeu propina de empreiteiras.
Na reportagem, Davincci afirma com todas as letras: "levei uma mala de dólares para Lula". Além disso, o ex-sócio de Fernando de Arruda Botelho, acionista da Camargo Corrêa morto em acidente aéreo há cinco anos, diz ter certeza que Botelho foi, na verdade, assassinado com o objetivo de encobrir o esquema de corrupção na empresa.
Confira abaixo a íntegra da reportagem de Sérgio Pardellas e Germano Oliveira
"O personagem que estampa a capa desta edição de ISTOÉ chama-se Davincci Lourenço de Almeida. Entre 2011 e 2012, ele privou da intimidade da cúpula de uma das maiores empreiteiras do País, a Camargo Corrêa. Participou de reuniões com a presença do então presidente da construtora, Dalton Avancini, acompanhou de perto o cotidiano da família no resort da empresa em Itirapina (SP) e chegou até fixar residência na fazenda da empreiteira situada no interior paulista. A estreitíssima relação fez com que Davincci, um químico sem formação superior, fosse destacado por diretores da Camargo para missões especiais. Em entrevista à ISTOÉ, concedida na última semana, Davincci Lourenço de Almeida narrou a mais delicada das tarefas das quais ficou encarregado de assumir em nome de acionistas da Camargo Corrêa: o transporte de uma mala de dinheiro destinada ao ex-presidente Lula. “Levei uma mala de dólares para Lula”, afirmou à ISTOÉ. É a primeira vez que uma testemunha ligada à empreiteira reconhece ter servido de ponte para pagamento de propina ao ex-presidente.
Ele não soube precisar valores, mas contou que o dinheiro foi conduzido por ele no início de fevereiro de 2012 do hangar da Camargo Corrêa em São Carlos (SP) até a sede da Morro Vermelho Táxi Aéreo em Congonhas, também de propriedade da empreiteira. Segundo o relato, a mala foi entregue por Davincci nas mãos de um funcionário da Morro Vermelho, William Steinmeyer, o “Wilinha”, a quem coube efetuar o repasse ao petista. “O dinheiro estava dentro de um saco, na mala. Deixei o saco com o dinheiro, mas a mala está comigo até hoje”, disse. Dias depois, acrescentou ele à ISTOÉ, Lula foi ao local buscar a encomenda, acompanhado por um segurança. “Lula ficou de ajudar fechar um contrato com a Petrobras. Um negócio de R$ 100 milhões”, disse Davincci de Almeida. A atmosfera lúdica do desembarque de Lula na Morro Vermelho encorajou funcionários e até diretores da empresa a posarem para selfies com o ex-presidente. De acordo com Davincci, depois que o petista saiu com o pacote de dinheiro, os retratos foram pendurados nas paredes do hangar. As imagens, porém, foram retiradas do local preventivamente em setembro de 2015, quando a Operação Lava Jato já fechava o cerco sobre a empreiteira. Na entrevista à ISTOÉ, Davincci diz que o transporte dos dólares ao ex-presidente não foi filho único. Ele também foi escalado para entregar malas forradas de dinheiro a funcionários da Petrobras. Os pagamentos, segundo ele, tiveram a chancela de Rosana Camargo de Arruda Botelho, herdeira do grupo Camargo Corrêa. “O Fernando me dizia que a “baixinha”, como ele chamava Rosana Camargo, sabia de tudo”, disse Davincci.
A imersão de Davincci no submundo dos negócios, não raro, nada republicanos tocados pela Camargo Corrêa foi obra de Fernando de Arruda Botelho, acionista da empreiteira morto há cinco anos num desastre aéreo. Em 2011, Davincci havia virado sócio e uma espécie de faz-tudo de Botelho. A sintonia era tamanha que os dois tocavam de ouvido. Foi Botelho quem lhe disse que a mala que carregava teria como destino final o ex-presidente Lula: “A ordem do Fernando Botelho era entregar para o presidente. Ele chamava de presidente, embora fosse ex”. Numa espécie de empatia à primeira vista, os dois se aproximaram quando Arruda Botelho se encantou com uma invenção de Davincci Lourenço de Almeida: um produto revolucionário para limpeza de aviões, o UV30. O componente proporciona economias fantásticas para o setor aéreo. “Com apenas cinco litros é possível limpar tão bem um Boeing a ponto de a aeronave parecer nova em folha. Convencionalmente, para fazer o mesmo serviço, é necessário mais de 30 mil litros de água”, afirmou Davincci.
PARCERIA BOTELHO (ESQ) E DAVINCCI (DIR) ERAM SÓCIOS NA FABRICAÇÃO DE PRODUTOS PARA LIMPEZA DE AVIÕES

Interessado no produto químico inventado por Davincci, o UV30, Botelho abriu com ele uma empresa de capital aberto, a Demoiselle Indústria e Comércio de Produtos Sustentáveis Ltda. Na sociedade, as cotas ficaram distribuídas da seguinte forma: 25% para Fernando de Arruda Botelho, 25% para Rosana Camargo de Arruda Botelho, herdeira do grupo Camargo Corrêa, 25% para Davincci de Almeida e 25% para Alberto Brunetti, parceiro do químico desde os primórdios do UV30. Pelo combinado no fio do bigode, o casal Fernando e Rosana entraria com o dinheiro. Davincci e Alberto, com o produto. Em janeiro de 2012, a Camargo Corrêa lhe propôs o encerramento da empresa. Simultaneamente, a construtora, segundo a testemunha, fez um depósito de US$ 200 milhões nos Estados Unidos, no Bank of América, em nome da Demoiselle. O dinheiro tinha por objetivo promover o produto no exterior e fechar parcerias com a Vale Fertilizantes, Alcoa, CCR, e outras empresas interessadas na expansão do negócio. A operação intrigou Davincci. Mas o pior ainda estaria por vir.
Acidente ou assassinato?
As negociatas também foram reveladas em depoimento ao promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, que ouviu Davincci em quatro oportunidades. Blat encaminhou os depoimentos à força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba. À ISTOÉ, o promotor disse acreditar que a Camargo Corrêa possa ter usado Davincci como “laranja”. Outro trecho bombástico da denúncia de Davincci à ISTOÉ, reiterado ao Ministério Público, remonta ao acidente fatal sofrido pelo empresário Fernando Botelho no dia 13 de abril de 2012, durante um voo de demonstração, a bordo de um T-28 da Segunda Guerra Mundial, a empresários africanos, com os quais o acionista da Camargo havia negociado o UV30 em viagem à África dias antes. Segundo Davincci, Botelho foi assassinado. O avião, de acordo com ele, foi sabotado numa trama arquitetada pelo brigadeiro Edgar de Oliveira Júnior, assessor da Camargo e um dos gestores das propriedades da empreiteira. Conforme o depoimento, convencido de que o brigadeiro havia lhe dado um aplique, depois de promover uma auditoria interna, Botelho o demitiu na manhã do acidente durante uma tensa reunião, regada a gritos, socos na mesa e bate-bocas ferozes, testemunhada por diretores da Camargo. “O Fernando foi assassinado e o crime tramado pelo brigadeiro Edgar. O avião foi sabotado”, assegura o químico.
Uma sucessão de estranhos acontecimentos que cercaram a tragédia chamou a atenção do Ministério Público. Por exemplo: o caminhão de bombeiros comprado por Botelho exatamente para atender a eventuais emergências no aeródromo de sua propriedade estava trancado no hangar. “Tive que jogar meu carro contra a porta para estourar os cadeados. Peguei o caminhão e fui para o local. Ao chegar lá, as chamas estavam tão altas que não pude chegar muito perto”, afirmou Davincci. Mas o então sócio de Arruda Botelho se aproximou o suficiente para conseguir resgatar o GPS, que havia se descolado da parte externa da aeronave. Porém, o aparelho, essencial para municiar as investigações com informações sobre o voo, não pôde ser conhecido pelas autoridades, segundo Davincci, a pedido do brigadeiro Edgar. “Ele tomou o aparelho das minhas mãos, dizendo que poderia ficar ruim para a família se entregássemos à investigação, e ainda me obrigou a mentir num primeiro depoimento à delegacia”. Com a morte de Fernando de Arruda Botelho, o brigadeiro acabou não tendo seu desligamento da empreiteira oficializado. Já o ex-sócio, desde então, enfrenta um calvário. “Sofri 11 ameaças de morte”, contou.
Motivado pelos depoimentos de Davincci, o caso que havia sido arquivado pela promotora Fernanda Amada Segato em março de 2013 foi reaberto em setembro do ano passado por ordem da promotora Fábia Caroline do Nascimento. As novas investigações estão a cargo do delegado José Francisco Minelli. “Estou na fase da oitiva das testemunhas”, disse à ISTOÉ o delegado. Dois dos quatro irmãos de Fernando de Arruda Botelho, Eduardo e José Augusto, suspeitam de que pode ter havido mais do que um acidente. “Vou ajudar a descobrir a verdade sobre o que aconteceu. Mas um conhecido ligado ao Exército procurou meu irmão (José Augusto) para dizer que estavam convencidos que não foi acidente”, disse Eduardo Botelho em mensagem, ao qual ISTOÉ teve acesso, enviada em janeiro para Davincci.
Irmão de Botelho atesta relato
Por telefone, de sua fazenda em Itirapina, Eduardo Botelho revelou à reportagem de ISTOÉ comungar dos indícios apontados pelo ex-sócio do irmão morto em 2012. “O nível de nojeira da equipe que comandava os negócios do meu irmão era muito grande. Tudo o que aconteceu naquele dia do acidente aéreo foi estranhíssimo. Meu irmão estava sendo roubado. Como ele não tinha controle do que acontecia com o avião, ele pode ter sido sabotado, sim. Era fácil sabotar o avião. Ele era da Segunda Guerra. Podem ter mexido no avião no dia da queda”, disse Eduardo Botelho. “Se ele não tivesse morrido naquele dia, iria fazer uma limpeza gigantesca nas fazendas da Camargo”, asseverou o irmão, que rompeu relações com Rosana Camargo, a viúva, há algum tempo. “Uma máfia cercava meu irmão. Como pode um gerente de fazenda que ganha R$ 4 mil comprar quatro casas num condomínio fechado em São Carlos?”, perguntou Eduardo. Sobre Davincci, confirmou que ele e seu irmão eram realmente muito próximos e que, desde a morte de Fernando de Arruda Botelho, os antigos sócios dedicam-se a tentar tomar a empresa dele. “Ele (Davincci) morou na minha casa aqui na fazenda. Meu irmão dizia que eles iriam fazer chover dinheiro com o produto. Depois que meu irmão morreu, tentaram quebrar a patente, criaram outras empresas similares à Demoiselle. Tudo para tirá-lo da jogada”, confirmou.
Uma das empresas às quais o irmão do ex-acionista da Camargo se refere está sediada em São Paulo. No endereço mora Rosana, a bilionária herdeira da segunda maior construtora do País, que, por meio de seus advogados, se disse alvo de “crimes de calúnia, difamação e injúria por parte de Davincci”. “Ele responde a diversas ações judiciais, já tendo sido obrigado pela Justiça a cessar a divulgação de ameaças”, afirmou o advogado Celso Vilardi. A Muniz e Advogados Associados, que também representa a Camargo Corrêa, diz que Edgard de Oliveira Júnior, em razão dos desentendimentos entre os sócios, deixou espontaneamente a sociedade que mantinha com Davincci. “A empresa foi dissolvida, liquidada e a patente colocada à disposição”, afirma. Procurada para confirmar a negociação intermediada por Lula, conforme depoimento de Davincci, no valor de R$ 100 milhões, a Petrobras não respondeu até o fechamento desta edição. William Steinmeyer, da Morro Vermelho, confirma que conhece Davincci (“um cara excêntrico”), mas jura que não recebeu qualquer encomenda dele.
ACROBACIAS INTERROMPIDAS: FERNANDO BOTELHO PILOTAVA SEU AVIÃO DA SEGUNDA GUERRA QUANDO BATEU NUM BARRANCO E EXPLODIU

Desde o último mês, a empreiteira se prepara para incrementar sua delação premiada ao Ministério Público Federal. As novas – e graves – revelações, trazidas à baila por ISTOÉ, deverão integrar o glossário de questionamentos aos executivos da empreiteira pelos procuradores da Lava Jato.


OPERAÇÃO LAVA JATO
FACHIN LIBERA DENÚNCIA CONTRA RAUPP PARA JULGAMENTO NO SUPREMO
SENADOR É ACUSADO DE TER RECEBIDO R$ 500 MIL PARA A SUA CAMPANHA EM 2010
Publicado: sexta-feira,17 de fevereiro de 2017 às 17:46 - Atualizado às 18:53
Redação
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou para julgamento a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato.
O senador é acusado de ter recebido R$ 500 mil para a sua campanha ao Senado em 2010, que teriam sido desviados do esquema de corrupção instalado na Petrobras. Ele nega irregularidades.
A denúncia será julgada pelos cinco ministros que compõem a Segunda Turma do STF: Fachin, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Celso de Mello. A data do julgamento ainda não foi definida.
Raupp é próximo do presidente Michel Temer e já ocupou a presidência do PMDB.
Na época em que a PGR ofereceu a denúncia, o senador disse que o Ministério Público apresentava uma "equivocada interpretação dos fatos" e que aguardava "serenamente a instrução do processo, certo de que a fragilidade das provas e dos argumentos apresentados conduzirão à sua absolvição".(AE)

DENÚNCIA DE CERVERÓ
STF MANDA ARQUIVAR INQUÉRITO CONTRA COLLOR NA LAVA JATO
ARQUIVAMENTO FOI DETERMINADO PELO MINISTRO LUIZ EDSON FACHIN
Publicado: sexta-feira,17 de fevereiro de 2017 às 14:40 - Atualizado às 16:01
Redação
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou inquérito instaurado contra o senador Fernando Collor (PTC-AL) no âmbito da Operação Lava Jato. O inquérito apurava acusações do ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, que apontou envolvimento de Collor em esquema de corrupção de agentes públicos e lavagem de dinheiro relacionado à BR Distribuidora.
O caso em questão girava em torno da construção de um prédio do escritório da BR Distribuidora na Bahia. De acordo com Cerveró, foi negociada propina em troca de aprovação do negócio pela diretoria da BR Distribuidora, porém, o negócio não se concretizou por força do desencadeamento da Operação Lava Jato.
Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não foram verificados “elementos suficientes que possam fundamentar a continuidade do inquérito e, por mais forte razão, a propositura de uma ação penal”.
“Embora, por meio desse dispositivo, a legislação somente exija provas de corroboração ou confirmação para fundamentar um decreto condenatório, seria temerário o oferecimento de uma denúncia com base apenas em declarações de um colaborador, principalmente em hipóteses como a dos autos, em que os elementos de prova reunidos parecem infirmar as genéricas palavras de tal agente”, escreveu Janot.
Na avaliação de Fachin, à exceção das hipóteses em que o procurador-geral da República formula pedido de arquivamento de inquérito sob o fundamento da atipicidade da conduta ou da extinção da punibilidade, “é pacífico o entendimento jurisprudencial desta Corte considerando obrigatório o deferimento da pretensão, independentemente da análise das razões invocadas”.
“Trata-se de decorrência da atribuição constitucional ao Procurador-Geral da República da titularidade exclusiva da opinio delicti a ser apresentada perante o Supremo Tribunal Federal”, ressaltou Fachin.
O senador é alvo de investigação em outros inquéritos que tramitam no STF. Em um outro caso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) já ofereceu denúncia contra o ex-presidente, acusado de ter recebido ao menos R$ 29 milhões em propinas entre 2010 e 2014 referentes a contratos da BR Distribuidora.

NA VEJA.COM
Humberto Costa: é hora de assumir a corrupção do PT
Senador é o primeiro petista do núcleo duro do partido a vir a público dizer que chegou o momento de o PT admitir a corrupção e pedir desculpas
Por Marcela Mattos, Thiago Bronzatto
Sábado,18 fev 2017, 08h05
O senador Humberto Costa (PT-­PE) foi ministro da Saúde do governo Lula, esteve no olho do furacão durante a prisão de Delcídio do Amaral, o ex-petista preso tentando obstruir a Lava-Jato, e durante o traumático processo de impeachment da correligionária Dilma Rousseff. Atuou na linha de frente para amparar o que restou do PT e era o líder do partido no Senado até duas semanas atrás. É, portanto, um petista do núcleo duro da legenda — e, também, a primeira voz autorizada a dizer publicamente, como fez em entrevista a VEJA, que chegou a hora de o PT admitir que se envolveu em corrupção, pedir desculpas à sociedade pelos erros que cometeu, abandonar o discurso de “denúncia do golpe” e apresentar propostas econômicas para tirar o país do atoleiro. “A autocrítica é necessária, essencial, mas não é suficiente”, afirma.

NO O ANTAGONISTA
A mais completa denúncia contra Lula
Brasil Sábado,18.02.17 11:03
A denúncia contra Lula pelo sítio em Atibaia será uma das mais completas da Lava Jato, segundo a Época.
Além de envolver os pagamentos de propina das empreiteiras Odebrecht e OAS, envolve também o esquema de Lulinha, com seus operadores Jonas Suassuna e Fernando Bittar.
Não vai sobrar nada dessa gente.
Filho de Eike é acusado de desviar US$ 100 mi
Brasil 18.02.17 09:41
Thor Batista, filho de Eike, aparece como cúmplice do pai em uma ação nos EUA em um caso de desvio de dinheiro.
No total, US$ 572 milhões teriam sido desviados do Grupo EBX para uso pessoal.
Thor seria responsável por movimentar US$ 100 milhões desse total, segundo o Radar da Veja.
Família de Eduardo Cunha em petição de miséria
Brasil 18.02.17 08:33
Com os bens bloqueados há nove meses, a família de Eduardo Cunha está mobilizando os últimos aliados para uma vaquinha para bancar o dia a dia, segundo a Folha.
Sugestão: que tal montar um brechó para vender algumas das peças de grife de Cláudia Cruz, compradas nas milionárias viagens à Europa?
Doleiros de Cabral querem R$ 34 milhões
Brasil 18.02.17 08:20
Renato e Marcelo Chebar, os doleiros de Sérgio Cabral que entregaram seu esquema em delação premiada, pediram ao Ministério Público Federal para ficar com R$ 34 milhões depositados em uma conta utilizada pelo ex-governador em Luxemburgo.
Alegam que o dinheiro lhes pertence.
Fux e Maia fecham acordo sobre as Dez Medidas
Brasil 18.02.17 07:31
Depois de acusar a Câmara de desfigurar as Dez Medidas, em uma tramitação questionável na calada da noite, e de ordenar que os senadores as devolvessem aos deputados para reavaliação, Luiz Fux resolveu deixar tudo isso pra lá.
Fechou um acordo com Rodrigo Maia que culminará, na prática, com o envio de parte do texto desfigurado para o Senado. Além disso, extinguiu a ação de Eduardo Bolsonaro, que questionava a tramitação.
Lula é um iogurte
Brasil 18.02.17 06:34
Lula vai mofar.
O governo, segundo o Estadão, “avalia que o crescimento de Luiz Inácio Lula da Silva, apontado pelas pesquisas de intenção de voto, tem prazo de validade”.
De acordo com a turma de Michel Temer, os depoimentos da Odebrecht, na Lava Jato, “poderão trazer mais acusações contra o candidato petista e desgastá-lo politicamente”.
Lula, no mês que vem, terá de ser jogado fora.
J&F pagou R$ 600 mil para operador de Cunha
Brasil 17.02.17 22:13
A Época teve acesso a um processo da Lava Jato que mostra que a J&F, dona das marcas Friboi e JBS, depositou R$ 600 mil na conta de Lúcio Funaro, operador financeiro de Eduardo Cunha.
O depósito foi feito três dias depois de a delação de Fábio Cleto, vice-presidente de Participações e Loterias da Caixa Econômica, vir a público.
A vice-presidência de Participações e Loterias é um feudo de influência do PMDB dentro da Caixa. É também a área responsável pela administração do FI-FGTS, um fundo criado com recursos do FGTS, com poder de investir bilhões de reais em empresas.
A J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, foi uma das empresas escolhidas para receber recursos do FI-FGTS. Tudo dentro da política dos campeões nacionais instituída pelos governos petistas.
Pois bem, em sua delação, Cleto revelou que Joesley Batista fazia negócios com Eduardo Cunha, por intermédio de Lúcio Funaro.
Aí os pontos começam a se ligar.
Mr. Samsung, o Odebrecht coreano
Mundo Sexta-feira,16.02.17 20:01
O Valor noticia que um tribunal sul-coreano aprovou na manhã desta sexta-feira (horário local) um mandado de prisão de Lee Jae-yong, herdeiro e executivo do conglomerado Samsung.
Lee é acusado de participar de esquema de corrupção que abalou a estrutura política e corporativa da Coreia do Sul e levou ao impeachment da presidente do país.
A Samsung é um conglomerado que vai da produção de produção celulares a plataformas de petróleo.

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