PRIMEIRA EDIÇÃO DE 16-01-2017 DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEGUNDA-FEIRA,16 DE JANEIRO DE 2017
Criada em 2004, a Força Nacional é só um engenhoso instrumento de propaganda do Governo Federal, que a utiliza para fingir que se importa. Trata-se de ação meramente cenográfica que, dizem especialistas, não faz diferença. Por exemplo: após anos de insistência e 39 presidiários esquartejados, o Governo enviou a Força Nacional para Roraima. Eram apenas 100 homens para o Estado cuja Policia Militar tem quase 1.600.
Patético, o Secretário de Segurança de Roraima celebrou. Disse que os gatos pingados “vão vigiar o presídio, Boa Vista, enfim, o Estado todo”.
Em 2015, com graves ameaças à segurança pública, o Piauí recebeu ridículos 90 soldados da Força Nacional. Sua PM tem 5.507 homens.
Na mais recente incursão em Brasília, a Força Nacional destacou 80 soldados. Não fez a mínima diferença onde a PM tem 16.000 homens.
Especialistas acham que os R$239,9 milhões anuais da Força Nacional teriam maior eficácia se fossem distribuídos aos Estados.
Instituído em dezembro de 2014, dois anos depois o e-Social continua incompreensível até para o pessoal da Receita Federal. Cidadãos em busca de ajuda para cumprir suas obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas ficam a ver navios até quando recorrem à Delegacia da Receita Federal em Brasília, por exemplo, onde poucos entendem do assunto. Na verdade, apenas um: “seu Aparecido”, que está de férias.
Quem vai à Receita em Brasília é avisado que “seu Aparecido” é o único por lá abalizado a decifrar o e-Social. Nas férias, dele, se vire.
Quem telefona para o número 146 descobre outra enganação: o serviço se restringe a insuficientes informações sobre restituição.
São imensas as dificuldades para o contribuinte cumprir as regras do e-Social, fazendo parecer que o propósito é prejudicar os empregadores.
O Palácio do Planalto tem recebido diariamente dezenas de denúncias de sabotagens de militantes do PT ainda ocupando cargos de confiança em órgãos como Caixa, Dataprev, Funai, INSS, Funasa etc.
O Deputado Rogério Rosso (PSD-DF) deve retirar a candidatura para Presidente da Câmara dos Deputados. Até o Ministro Gilberto Kassab, Presidente do PSD, abandonou seu correligionário.
Em público, o PT mostra divisão sobre acordo com Rodrigo Maia para comandar a Primeira Secretaria da Câmara. Nos bastidores, os petistas estão loucos para assumir as cobiçadas boquinhas da Secretaria.
Em vez de explicar o pagamento de aluguel de R$ 30 mil por imóvel de familiares de sua cunhada Sandra Frota Albuquerque Dino, o Governo de Flávio Dino explicou: “a família Sarney fazia o mesmo”. Ah, bom…
O menor orçamento da Esplanada dos Ministérios é do gabinete da Vice-Presidência da República, que está oficialmente vago desde a destituição de Dilma Rousseff e a posse de Michel Temer no Planalto.
O banco Bradesco estendeu o contrato de aluguel de dois andares em um dos mais prestigiados endereços do mundo, o 450 Park Av., em Nova York. O valor do contrato não foi revelado, mas o aluguel de um espaço de 2 mil m2 custa cerca de US$ 2,8 milhões por mês.
Diante das aspirações do ambicioso Ronaldo Caiado (DEM-GO), que pretende se lançar a Presidente, o Senador Agripino Maia (DEM-RN) descarta que o partido lançará candidatura para Presidente do Senado.
Os senadores da República têm motivo de sobra para comemorar. Em plena crise financeira, 39 dos 81 parlamentares têm apartamento funcional. Cada unidade custa, em média, R$ 2,2 milhões.
...operação Lava a Jato em banco público 'enCaixa' certinho.

NO DIÁRIO DO PODER
OBSTÁCULOS INTRANSPONÍVEIS
Carlos Chagas
Segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
Salvo algum inusitado, Rodrigo Maia e Eunício Oliveira serão eleitos Presidentes da Câmara e do Senado. Nada melhor para o Presidente Michel Temer. Os três conduzirão a reforma política de comum acordo, começando pela extinção do princípio da reeleição para presidente da República, governador e prefeito. Nos Estados e nos Municípios, manterão a prerrogativa de disputar o segundo mandato no exercício do primeiro aqueles que tiverem sido eleitos em 2014. Pairam dúvidas a respeito da duração de seus mandatos, hoje fixados em quatro anos. Poderão ser cinco para presidente da República, governador, prefeito e deputado, a partir de 2018, ainda que para senador não há certeza. Dez anos seria demais. Oito, como agora, determinaria a descoincidência com as demais eleições, e cinco seria impossível.
Eis o primeiro obstáculo ao fim da reeleição. Os 61 senadores votarão pelos dez anos, mas os 513 deputados, contra. Por conta do impasse, vem aparecendo partidários de deixar tudo como está, inclusive a reeleição.
Outro risco refere-se ao número de partidos. Hoje são 35, um absurdo, o ideal seriam quatro ou cinco, mas quais? Junto com os chamados partidos de aluguel existem os partidos históricos ou ideológicos. Como distingui-los? A cláusula de barreira ou de desempenho causará injustiças, além de se constituir num fator de desentendimento entre as legendas, internamente. O tempo das sublegendas não deixou saudades. Melhor então não mexer? Seria o caso de pelo menos acabar com o fundo partidário? Só que a corrupção se multiplicaria.
Em suma, até as reformas que de início parecem unanimidade esbarram em obstáculos intransponíveis.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Vencendo um aneurisma ao cair de 2016. Ou: Feliz 2017!
Havia um aneurisma no meu cérebro. Sim, era grave. Sim, era urgente. Sim, era preciso fazer uma cirurgia. Mas quando? Que tal amanhã, ao raiar do dia?
Por Reinaldo Azevedo
Segunda-feira, 16 jan 2017, 03h54 - Atualizado em 16 jan 2017, 07h36
Caras e caros,
Estou de volta ao blog e ao conjunto da obra. Nesta segunda, já faço comentários no “Jornal da Manhã”, da Jovem Pan, e ancoro “Os Pingos nos Is”, também na emissora, entre 18h e 19h. Na terça, retomo os comentários no “RedeTV!News”. Na sexta, volta a coluna na Folha, e, na segunda seguinte, recomeça a minha participação da TVeja. Tudo ao menos como era antes, com prováveis novidades, que virão a seu tempo.
Vivi um fim de ano invulgar — e como!
Na madrugada do dia 23 de dezembro, durante um difícil exercício de esforço, tive uma dor de cabeça brutal, desmoralizante, que se repetiu, embora com menor intensidade, na madrugada e na noite do dia 24, véspera do Natal. Liguei, então, para o neurologista Marcos Augusto Stavale, cujos trabalho e reputação mundo afora não podem ser sumarizados num texto como este. A Internet está aí. É também meu amigo querido há mais de dez anos, desde quando, em fevereiro de 2006, extraiu dois tumores do meu crânio — hemangiomas ósseos.
Com a lhaneza e a firmeza habituais, Marcos me fez ver a urgência de fazer uma ressonância do cérebro e angiografia das artérias (Angio-RM). Deixou claro que eram para ontem… Quando eu o procurei, estava a poucas horas da noite de Natal, com suas luzes a conspirar simbolismos. Com seus gestos largos a expressar delicadezas mesmo que temporãs.
No dia 26, lá estava eu naquela máquina, com seus barulhos assimétricos, inorgânicos, frios. Com a cabeça presa numa espécie de gaiola. “Uma obra de John Cage só pra mim”, forcei a mão na graça sem graça. E certo de que a estrovenga barulhenta não se deixaria distrair por um chiste besta.
E não se deixou.
No dia seguinte, 27 de dezembro, Marcos me telefonou. Eu estava, mera coincidência, perto do seu consultório, que fica em frente ao Sírio. “Vamos conversar?” É claro que vamos.
Então ele me contou. Havia um aneurisma no meu cérebro. Sim, era grave. Sim, era urgente. Sim, era preciso fazer uma cirurgia. Mas quando? Que tal amanhã, ao raiar do dia?
Em 2006, descobri os dois tumores do meu crânio em razão de exames feitos em decorrência de uma labirintite, que nada tinha a ver com os ditos-cujos. Desta feita, tive a chamada “dor sentinela”, evento raro que anuncia o risco de rompimento de um aneurisma. Triplamente raro, um tanto vulgarizado no meu caso: não tive uma, mas três.
Deus rivalizava com Roberto Carlos: “Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser/ mas é assim que eu sei te amar”.
Então tá. Que me ame.
Na quarta-feira, 28 de dezembro, mal rompia a manhã, o neurocirurgião Michel Frudit, mobilizado que fora por Stavale, introduzia um cateter na minha virilha direita para chegar ao cérebro, aquela massa que, para os adversários, não passa de uma vasta solidão. Os que me amam dão-me ao menos a vantagem da suspeita do sublime.
Michel e Marcos chegariam ao “é” da coisa, o que lhes daria uma imagem tridimensional do Oitavo Passageiro. Uma vez lá, eles decidiriam se seria uma cirurgia com crânio aberto ou fechado — a chamada embolização. Esta se mostrava inicialmente imprópria para o caso, a não ser que se tentasse um procedimento nem tão corriqueiro…
Bem, assim se fez. Se não sabem, a embolização leva até o aneurisma pequena molas metálicas, bem fininhas e delicadas, que se enrolam no interior do monstrengo. Essas molinhas se chamam GDC (Guglielmi Detachable Coils), ou “espiral descartável de Guglielmi”, numa referência ao médico de origem italiana Guido Guglielmi, que desenvolveu essas micropeças.
Estamos falando de artérias de alguns milímetros, onde passeia um cateter, por intermédio do qual essas microespirais de platina são introduzidas para tirar o inimigo de combate. Pronto. Ele ficará lá para sempre, em silêncio eterno.
Deixei o hospital na sexta-feira, dia 30 de dezembro, a tempo de assistir de casa ao raiar de 2017, em companhia da minha mulher.
Quando entrei na máquina, no dia 26, recitei em silêncio: “Esforce-se para entrar pela porta estreita”.
Quando Marcos anunciou o diagnóstico, recitei em silêncio: “Esforce-se para entrar pela porta estreita”.
Quando percebi que vinha a anestesia, recitei em silêncio: “Esforce-se para entrar pela porta estreita”.
Sou profundamente grato ao Hospital Sírio-Libanês.
Essa gratidão abraça a competência e o rigor técnico de Michel Frudit e do doutor Fábio Santana Machado, o meu Virgílio da UTI.
E o que dizer de Marcos Augusto Stavale, a pessoa que sabe mais do que ninguém neutralizar na minha cabeça o que não presta? Meu guia, meu irmão.
Sim, foi tudo arriscado e muito perigoso. Como disse Guimarães Rosa, “viver é muito perigoso”.
Mas passei pela porta estreita, como a fala de Cristo em São Lucas.
Marcos, meu caro, tudo farei para um 2026 sem surpresas.
Aos leitores, um Feliz Ano Novo!
Eu voltei.

NA VEJA.COM
Catador de lixo é aplaudido no ‘JN’
A história de um pernambucano foi reconhecida por jornalistas da TV Globo
Por Da Redação
Domingo,15 jan 2017, 11h20 - Atualizado em 15 jan 2017, 11h41
Chico Pinheiro encerrou a edição deste sábado (14) do "Jornal Nacional" batendo palmas (TV Globo/Reprodução)

O jornalista Chico Pinheiro finalizou a edição deste sábado, 14, do “Jornal Nacional” com uma salva de palmas para a trajetória de um senhor de 72 anos, catador de lixo, que é pai de sete filhos e mora na cidade de Olinda (PE).
Sebastião Pereira Duque puxa uma carroça em busca de material reciclável há 24 anos e, mesmo com o pouco que ganha, ele ajudou a construir uma escola que mantém 75 crianças entre 2 e 6 anos de idade. Ele também ajudou a levantar barracos para pessoas que não tinham onde morar.
Ao fim da reportagem, os dois apresentadores do “Jornal Nacional” parabenizaram Sebastião pelo exemplo de solidariedade.
“Está aí, uma aula de sabedoria, de honestidade, para autoridades, políticos, para todos nós”, disse Chico Pinheiro.

NO BLOG DO JOSIAS
Cúmplice, o PT silencia sobre Cunha e Geddel
Josias de Souza
Segunda-feira,16/01/2017 04:57
Um dirigente do PT tocou o telefone para parlamentares do partido, no final de semana, para sugerir o uso das revelações mais recentes da Lava a Jato como munição na guerra política contra “o governo golpista” de Michel Temer. Classificou de “bombástica” a acusação de que Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima, íntimos de Temer, trocavam empréstimos da Caixa Econômica por propina. Um dos destinatários da sugestão indagou: “A farra ocorreu na gestão da Dilma, esqueceu?”
Os petistas sentem um prazer quase orgástico cada vez que a Polícia Federal e a Procuradoria penduram um amigo de Temer nas manchetes de ponta-cabeça. Mas a maioria silencia para não passar a vergonha de ter de explicar por que os inimigos de hoje plantaram bananeira dentro dos cofres públicos durante os governos do PT. A Lava a Jato tornou a corrupção um fenômeno tão abrangente que a ética virou um valor órfão na política.
Nunca um escândalo teve tantos cúmplices. Considerando-se tudo o que os investigadores já jogaram no ventilador, a desfaçatez foi generalizada. Tudo muito deplorável. Mas quase ninguém no universo da política pode dizer isso sem ruborizar a face. Não há mais inocentes em Brasília, só comparsas.

NO O ANTAGONISTA
Brasil 16.01.17 08:11
Os melhores quadros do PT estão elaborando os documentos que serão apresentados no 6° Congresso do partido.
Um desses melhores quadros é Breno Altman, acusado pela Lava Jato de ter negociado a propina de 12 milhões de reais para Ronan Maria Pinto...
Brasil 16.01.17 08:08
Valter Pomar quer que o 6° Congresso do PT instaure um “tribunal de honra formado por personalidades da esquerda, no qual nomes como José Dirceu e Antonio Palocci seriam julgados internamente”...
Economia 16.01.17 08:02
É o tamanho da dívida do Governo do Rio com a UERJ, registra o Valor.
Com salários atrasados e sem condições de continuar funcionando...
Economia 16.01.17 06:51
“Certamente, o pior na economia já passou”.
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Dilma Rousseff quebrou o Brasil.
Segundo Henrique Meirelles, porém, já não há mais risco de uma moratória...
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O chefe da FDN, Zé Roberto da Compensa, prometeu cem mil votos para o Governador do Amazonas, José Melo.
A Veja, em 2014, reproduziu sua conversa com o emissário de José Melo.
Ontem o Fantástico mostrou mais trechos da conversa...
Brasil Domingo,15.01.17 16:23
A PF apreendeu os telefones de Geddel Vieira Lima...
Brasil 15.01.17 13:56
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