PRIMEIRA EDIÇÃO DE 23-12-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEXTA-FEIRA, 23 DE DEZEMBRO DE 2016
A sofisticação do esquema de corrupção implantado pela Odebrecht espantou o FBI e as mais altas autoridades dos Estados Unidos, segundo relatório do Departamento de Justiça, incluindo a implantação do sistema Drousys, da Draft Systems, que garantia troca de e-mails e mensagens secretas da empreiteira em todo o mundo. Para o FBI, nem mesmo o tráfico de drogas desenvolveu esse nível de sofisticação.
Os servidores do Drousys eram localizados na Suíça por “motivos de segurança”. A Odebrecht era seu maior cliente.
A Odebrecht atuava em 70 países até a Lava Jato. E tinha ainda mais de R$ 17 bilhões em contratos diretos com o Governo brasileiro.
O esquema de distribuição de propinas em doze países, o maior de todos os tempos, movimentou US$ 800 milhões (R$ 2,8 bilhões).
O Departamento de Justiça dos EUA acusa a Odebrecht de corromper servidores, políticos e partidos em todo o mundo, nos últimos 15 anos.
O ex-Presidente Lula pretende usar a extinção da ação contra o controlador do Banco Safra, Joseph Safra, para se livrar das graves acusações na Operação Zelotes. Ele já foi denunciado pelo Ministério Público no esquema de favorecimento a sonegadores e na venda de medidas provisórias. Foi determinante na extinção da ação o fato de Safra não viver no Brasil há 15 anos. Não é o caso de Lula.
Lula foi acusado com o filho Luiz Cláudio (que “vazou” para o Uruguai) no esquema de venda de medidas provisórias beneficiando empresas.
Fontes da Polícia Federal acreditam que a Operação Zelotes tem elementos suficientes para prender Lula. Mais até que a Lava Jato.
O ex-Presidente Lula também é suspeito de receber vantagens na compra bilionária, pelo Brasil, de aviões de combate suecos Gripen.
Pesquisa do Instituto Paraná em Curitiba revela desaprovação de 70% de Michel Temer, mas a oposição não pode se animar: a rejeição do Presidente é uma das menores na “capital da Lava Jato”.
Há outro Teori, e louco para conhecer o homônimo famoso. É motorista de rádiotáxi e faz ponto no aeroporto de Congonhas, São Paulo. “Ainda vou dirigir para o Teori”, diz. Se o Ministro Teori quiser usar os serviços do Teori taxista, basta ligar para (11) 3146-4000 e pedir o prefixo 540.
O Deputado Beto Mansur (PRB-SP) desistiu da candidatura a Presidente da Câmara. “Resolvi ajudar o Rodrigo (Maia) para unir a base", diz. Isso enfraquece a candidatura de Rogério Rosso (PSD-DF).
Fontes ligadas ao Supremo Tribunal Federal recomendam que Rodrigo Maia, Presidente da Câmara, retire o cavalinho da chuva: provocado, o STF não aprovará sua reeleição. O ministro Celso de Mello é prevento e o processo, protocolado no Tribunal, vai direto para o seu gabinete.
O deputado Alexandre Baldy (GO) será o novo líder do ex-PTN (que vai mudar para “Podemos”) na Câmara. Em disputa acirrada, Baldy derrotou Aloysio Mendes (MA), aliado da ex-Presidente Dilma.
O Deputado João Henrique Caldas (PSB-AL), o JHC, voltou a coletar assinaturas para a criação de CPI do BTG-Pactual. Ele anda reticente sobre o avanço da criação da comissão. “Não há clima”, afirma.
O Deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) não usa dinheiro público com a consciência devida. Emite até seis passagens para o mesmo dia, para usar somente uma. Multas, além das passagens, nós pagamos.
Lula “denunciou” através do Twitter o antecessor FHC pelos R$ 10 milhões que o tucano arrecadou nos 18 meses após sair da presidência e abrir o Instituto FHC. Só empresas que roubaram a Petrobras transferiram R$ 35 milhões para o Instituto Lula, entre 2011 e 2014.
Se os presídios são considerados “escolas do crime”, Eduardo Cunha vai assumir lugar de aluno, professor ou diretor pedagógico?

NO DIÁRIO DO PODER
FALTA UM NÚMERO
Carlos Chagas
Dias atrás a Odebrecht pediu homéricas desculpas ao público por haver distribuído propinas a políticos, partidos, governos e administradores do Brasil e de mais onze países das Américas e da África.
Foi preciso que esta semana o Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgasse o total do dinheiro podre destinado pela empreiteira a um monte de clientes nacionais e internacionais. Por enquanto, um bilhão de dólares reconhecidos.
Fica faltando o número-chave correspondente a esse que foi, segundo os americanos “o maior caso de pagamento de suborno da História”: quanto a Odebrecht lucrou com a distribuição do suborno?
Porque nem é preciso argumentar: toda empresa que investe, em especial ilicitamente, tem um único objetivo, o lucro. Se gastou um bilhão de dólares subornando todo tipo de agentes públicos, quanto terá faturado em contrapartida? Dois bilhões? Três ou quatro?
A essa trama agora revelada por completo falta o principal: a empreiteira, e outras também envolvidas na mesma prática, lucraram horrores. Onde estão esses recursos? Não terão saído pelo ralo aberto com as investigações e delações, pelo menos na sua totalidade. Em parte estarão aplicados, depositados ou rendendo juros e sucedâneos. Enriqueceram o patrimônio de seus dirigentes e responsáveis e não se tem notícia de devoluções.
As empreiteiras valeram-se de leis, medidas provisorias e toda sorte de instrumentos votados pelos beneficiários das propinas, parlamentares e políticos. Daí a origem de seus lucros ainda não contabilizados. Falta um número na relação criminosa.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
#SanatórioGeral: É campeão
Anthony Garotinho comemora o recesso do Judiciário ao lado dos companheiros da Lava Jato
Sexta-feira, 23 dez 2016, 00h05
“A partir de amanhã a turma envolvida no desvio de dinheiro da Petrobras vai dormir até mais tarde, sem se preocupar com a Polícia Federal batendo à porta por volta de 6 horas da manhã, pelo menos até 9 de janeiro. É que começou ontem o recesso da Justiça e Moro vai emendar com sua férias”
(Anthony Garotinho, ex-Governador do Rio de Janeiro, comemorando o fato de que poderá passar algumas semanas sem precisar treinar para a modalidade não-olímpica da qual se tornou campeão quando foi preso no mês passado pela Operação Chequinho: salto sobre maca de ambulância).

O direito de ampla defesa não inclui a licença para mentir
O jogo sujo dos bacharéis do Instituto Lula consolidou a certeza de que falta alguém em Curitiba
Quinta-feira, 22 dez 2016, 19h07 - Atualizado em 22 dez 2016, 19h17
Os advogados de Lula destacados para combater a Lava Jato na frente curitibana são capazes de ver com nitidez assombros inacessíveis ao olhar dos seres normais. Eles conseguem enxergar, por exemplo, a luz da compaixão na face oculta de um degolador do Estado Islâmico. Ou traços de doçura e tolerância na alma de um black-bloc. Ou, ainda, a marca da clemência no coração de um estuprador compulsivo. Em contrapartida, não conseguem enxergar os limites da desfaçatez, nem a linha divisória onde acaba a veemência e começa a boçalidade. É natural que gente assim imagine que o direito de ampla defesa inclui a licença para mentir.
Heráclito Fontoura Sobral Pinto ensinou que o advogado é o primeiro juiz da causa. Se o cliente matou alguém, o doutor que o defende não pode negar a existência do homicídio — tampouco alegar que o autor do crime, ao atirar no peito da vítima, no fundo pretendia explodir a própria testa. O papel reservado a advogados éticos, explicou o grande jurista, é a apresentação de atenuantes que abrandem a pena e, caso tornem justificável o assassinato, livrem o cliente da prisão. Os que exterminam a verdade não são mais que rábulas dispostos a tudo para impedir que se faça justiça. A essa linhagem pertencem os doutores a serviço do ex-Presidente metido (por enquanto) em cinco casos de polícia.
Ainda bem que Sobral Pinto não viveu para ver o Brasil degradado e envilecido por 13 anos de hegemonia do clube dos cafajestes. Certamente seria tratado como otário pela turma que se orienta nos tribunais pelo primeiro mandamento de todas as ramificações da imensa tribo dos canalhas: os fins justificam os meios. Manter Lula fora da gaiola é o fim que justifica mentiras, mistificações, chicanas, vigarices e todos os golpes abaixo da cintura do Juiz Sérgio Moro. O vale-tudo repulsivo, tramado há poucas semanas num jantar que reuniu sacerdotes da seita que tem como único deus o celebrante de missas negras, tem sido escancarado nas audiências presididas pelo Magistrado que personifica a Lava Jato.
Os bucaneiros escalados para o fuzilamento da Lei, da Ética, da Moral e dos Bons Costumes interrompem falas dos representantes do Ministério Público, dirigem-se aos gritos a Moro e, a cada dois minutos, exigem a submissão do juiz às quatro palavras mágicas: direito de ampla defesa. Conversa fiada. O pelotão dos data vênia sonha com a voz de prisão por desacato à autoridade que até agora não ouviu. Nem ouvirá, avisa quem conhece o alvo das provocações. Desprovido de argumentos, desculpas, pretextos ou explicações minimamente aceitáveis, que amparassem ao menos a montagem de um simulacro de defesa, Lula merece a presidência de honra do Movimento dos Sem-Álibi.
Uma a uma, as invencionices foram demolidas por provas e evidências contundentes. Lula se fantasiou de perseguido político. Sítios e apartamentos o devolveram à condição de criminoso comum. Fez-se de vítima de rancores de Moro. Virou réu em vários processos por decisão de outros magistrados. Denunciou uma trama arquitetada para liquidar o PT. A maluquice ruiu com as baixas feitas pela Lava Jato no PMDB e com a entrada de políticos do PSDB no pântano do Petrolão. A adoção da estratégia do jogo sujo só serviu para consolidar a certeza de que falta alguém em Curitiba.
Quem age assim não merece o benefício da dúvida. Nem precisa de julgamento: no Brasil democrático, nenhum inocente jamais fugiu do juiz.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Delação de Odebrecht prova a existência do “País dos Petralhas”
Quem leu “O País dos Petralhas I e II” sempre soube que o PT era mais do que um grupo de assalto aos cofres. Mas a comprovação choca ainda assim
Por Reinaldo Azevedo
Sexta-feira, 23 dez 2016, 03h29
O País dos Petralhas I e II: as delações só confirmaram o que já estava registrado ali, com todas as letras

Não há a menor dúvida, e nunca ninguém precisou de delações premiadas para chegar a esta conclusão, de que o PT não é o único partido do País a receber dinheiro de campanha pelo Caixa Dois. Pode-se ainda apimentar a coisa: não tem o monopólio no recebimento de propina. Da mesma sorte, os corruptos do País não estão todos abrigados na legenda. É claro que os há também nas demais.
Aliás, neste blog, que está no seu 11º ano, nunca se disse nada parecido. Uma coisa, no entanto, afirmo sobre o petismo desde sempre: os companheiros se organizaram, na verdade, para assaltar o Estado de Direito. O assalto aos cofres públicos era apenas um dos instrumentos para realizar tal intento. Outros foram empregados, como o uso, e nem faz tanto tempo assim, de setores da Polícia Federal para liquidar com os adversários do PT.
Pois bem. Os vazamentos das delações premiadas continuam. A Folha informa que, em sua depoimento, Marcelo Odebrecht revelou que aquela espécie de conta-correte que a empresa mantinha em nome de Lula, abrigada no tal Setor de Operações Estruturadas, buscava financiar operações que mantivessem o chefão petista como uma pessoa influente no Brasil e no mundo, mesmo estando fora do poder.
Bem, eu sempre soube disso sem saber, não é? Os textos que estão nos livros “O País dos Petralhas I e II” informam precisamente um conjunto de ações que buscavam fazer do PT um imperativo categórico da política e único partido com condições de conduzir o Governo Federal. Todo o resto estaria em sua órbita, inclusive os opositores.
Essa conta-corrente, segundo os delatores, era operada por Antonio Palocci, que sempre foi o petista graúdo mais próximo de Lula. A compra do tal terreno que abrigaria o Instituto estava lançada nessa contabilidade. Tudo indica que também a ajuda que a empreiteira prestou a candidatos de esquerda da América Latina buscava, em última instância, fazer do petista o grande líder regional. Ou por outra: o Apedeuta não procurou consolidar essa liderança porque, afinal, o Brasil é o país mais rico, com o maior território e a economia mais diversificada… Nada disso! Segundo as delações, o Babalorixá de Banânia preferiu comprar essa liderança.
O exemplo mais claro dessa operação foi o dinheiro que a empreiteira repassou para a campanha de Maurício Funes, que se elegeu Presidente de El Salvador em 2009. A bolada de R$ 5,3 milhões, enviada pela Odebrecht, foi repassada por intermédio de “Feira”, codinome de João Santana, que foi marqueteiro de Funes. Nota: o dito-cujo pediu asilo à Nicarágua. Na verdade, fugiu. É acusado de corrupção e desvio de dinheiro público em seu país.
Bem, as respectivas defesas de Lula e Palocci negam as irregularidades e não comentam as delações, acusando os vazamentos de criminosos. Eu já escrevi aqui quinhentas vezes que vazamentos não são exatamente o melhor exemplo de republicanismo. Por isso mesmo, defendo que tudo seja tornado público, sem sigilo nenhum.
Mas parece difícil negar a evidência de que a empreiteira era a financiadora de uma personagem de aspirações globais chamada Lula. E a construção de tal figura se deu à custa da quebra de parâmetros legais, constitucionais, morais, éticos, econômicos e técnicos. Nada que a esquerda já não tenha feito antes. Nada que os leitores de “O País dos Petralhas I e II” já não soubessem.
Ainda assim, não deixa de ser chocante o depoimento de Marcelo Odebrecht.
Então era mesmo tudo verdade.
E agora me dou conta das vezes em que as pessoas chegavam para mim e diziam, em passado nem tão remoto assim: “Você não exagera quando aponta a vocação ditatorial do PT?”
Não! Eu não exagerava.

NO BLOG DO JOSIAS
Temer desliza para 2017 politicamente instável
Josias de Souza
Quinta-feira, 22/12/2016 23:30
Michel Temer chega às portas de 2017 mais frágil e impopular do que há sete meses, quando substituiu Dilma. Ele interrompeu o ciclo de insanidade fiscal da antecessora. Mas sua gestão ainda não foi capaz de retirar a economia da UTI. Para complicar, seu mandato, que já era tampão, está sitiado pela dúvida. Palavras como renúncia e cassação voltaram ao noticiário.
O maior trunfo de Temer continua sendo a maioria parlamentar que seu Governo ostenta no Congresso. Mas a fragilidade do Presidente, enrolado na Lava Jato e cercado de auxiliares suspeitos, conspira contra a retomada dos investimentos. E a ausência de prosperidade econômica tende a afastar os aliados. Não será fácil aprovar uma boa reforma da Previdência em 2017.
Em café da manhã oferecido aos jornalistas, Temer fez declarações que denunciam a instabilidade de sua Presidência. Ele disse que não pensa em renunciar. E afirmou que se o Tribunal Superior Eleitoral cassar o seu mandato, entrará com recursos e mais recursos na Justiça. Não são, convenhamos, palavras de um Presidente que se sente seguro no cargo. A boa notícia é que o Brasil continua sendo o país onde há a maior possibilidade de se criar um mundo inteiramente novo. Caos não falta.

Conheça a juíza que substituirá Moro nas férias
Josias de Souza
Quinta-feira, 22/12/2016 19:44
Ela se chama Gabriela Hardt. Pratica natação. Compete em provas de maratona aquática. Formou-se em Direito pela Universidade Federal do Paraná. Juíza substituta da 13ª Vara Federal de Curitiba, cobrirá as férias de Sergio Moro. Zelará pelo andamento da Operação Lava Jato até 20 de janeiro.
Os encrencados não devem ter vida fácil. Gabriela é admiradora de Moro. Enxerga nele potencial para ocupar uma poltrona no Supremo Tribunal Federal. Ao compartilhar no seu Facebook, em 13 de outubro de 2014, uma nota de associações de juízes em defesa da Lava Jato, a Doutora anotou no preâmbulo:
“Compartilho abaixo a nota […] para ciência dos amigos e em homenagem ao Juiz Federal Sergio Moro, cuja retidão e dedicação me inspiram diariamente na atividade judicante. Nosso País terá muito a ganhar se ele um dia vier a integrar nossa Corte Suprema.”
O primeiro réu da Lava Jato a experimentar os rigores de Gabriela Hardt foi Paulo Ferreira, ex-Tesoureiro do PT. Num depoimento a Moro, em 14 de dezembro, o ex-coletor admitiu o ingresso de verbas de má origem nas arcas do PT. “Negar informalidades nos processos eleitorais brasileiros de todos os partidos é negar o óbvio”, disse ele, fulminando a retórica petista oficial, segundo a qual apenas dinheiro limpinho passou pela caixa registradora do PT.
Moro pediu ao depoente que explicasse a contradição entre seu depoimento e a versão do seu partido. Paulo Ferreira reiterou: “É um problema da cultura política nacional, Doutor Moro. Eu não estou aqui para mentir para ninguém. Estou aqui para ajustar alguma dívida que eu tenha, minha disposição aqui é essa.”
Sensibilizado, Moro autorizou o ex-Tesoureiro petista a deixar a cadeia. Entretanto, condicionou a libertação ao pagamento de uma fiança salgada: R$ 1 milhão. Por meio de seus advogados, Paulo Ferreira disse que não dispõe desse dinheiro. Pediu reconsideração. Moro indeferiu. A defesa reiterou o pedido. Dessa vez, a petição foi às mãos de Gabriela Hardt, que manteve a resposta negativa.
A substituta de Moro ofereceu como alternativa a hipótese de Paulo Ferreira oferecer um imóvel como caução, para assegurar o pagamento da fiança. “Caso o imóvel não pertença a Paulo Adalberto Alves Ferreira, deverá o proprietário apresentar termo oferecendo o bem em garantia”, ela escreveu em seu despacho.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Sexta-feira, dezembro 23, 2016
REPORTAGEM-BOMBA DE 'ISTOÉ': R$ 50 MILHÕES PARA DILMA; R$ 100 MILHÕES PARA PT. LULA AUTORIZOU ESQUEMA, SEGUNDO DELAÇÃO ÀS AUTORIDADES AMERICANAS
A edição da revista IstoÉ que chega às bancas nas vésperas deste Natal, traz em detalhes as revelações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre o acordo de delação premiada da Odebrecht que também foi firmado com as autoridades americanas. Os números são espantosos. Os sites noticiosos anunciaram a conta-gotas o teor desse verdadeiro petardo que espantou as autoridades americanas. A reportagem da revista IstoÉ faz um resumo organizado das intrincadas operações para efetivação da roubalheira.
A entidade norte-americana ficou impressionada com a prática criminosa da empreiteira. Em um comunicado, o Departamento de Justiça classificou de “maior caso de pagamento global de propina da História”. Lula, Dilma, o PT e seus sequazes estão envolvidos nesse mega escândalo. Não é à toa que o Brasil foi parar no fundo do poço. O mais incrível de tudo isso é que há ainda quem defenda esses demolidores do Brasil. A seguir, a parte inicial da reportagem:

PERPLEXIDADE MUNDIAL
Documentos do Departamento de Justiça dos Estados Unidos revelados na última quarta-feira 21, e que integram a papelada sobre o acordo de delação premiada da Odebrecht, causaram perplexidade mundial pela grandeza dos números. Segundo a papelada, o grupo Odebrecht pagou mais de US$ 1 bilhão (R$ 3,3 bilhões) em propinas a governantes e políticos de 12 países desde 2003. A maior parte desses subornos – US$ 599 milhões ou quase R$ 2 bilhões – foi repassada a autoridades brasileiras. O que mais chama a atenção, no entanto, é que entre os principais beneficiários estão a ex-Presidente Dilma Rousseff. Apesar da fartura de evidências, a mais importante delas as próprias delações dos executivos da empreiteira que já apontavam a sua participação direta nas negociações de propina e Caixa Dois, a petista insistia em vender uma imagem de política pura e imaculada. A investigação dos EUA ajuda a desmontar esse discurso. De acordo com a documentação em poder das autoridades norte-americanas, a campanha de Dilma em 2010 foi irrigada com R$ 50 milhões em propinas.
A ex-Presidente é descrita nos documentos americanos como a “Brazilian Official 2”. O texto do acordo com a Odebrecht mostra que a fortuna foi negociada pelo então Presidente Lula em 2009 junto a Alexandrino Alencar, na época diretor do grupo. Lula, identificado na papelada como “Brazilian Official 1”, autorizou que Alexandrino acertasse com o Ministro da Fazenda Guido Mantega, que nos documentos dos EUA é conhecido como “Brazilian Official 4”, a concessão de benesses para a petroquímica Braskem. A empresa integra o grupo Odebrecht. Mantega, segundo a papelada, disse que atenderia a petroquímica em troca de propina para a campanha de Dilma. O valor negociado ficou registrado num pedaço de papel: R$ 50 milhões. Os diretores da empresa fizeram os repasses por meio do já proverbial “departamento de propinas” do grupo.
MEA CULPA Diretor jurídico da Odebrecht, Adriano Juca, deixa Tribunal em Nova Iorque, onde confessou que a empreiteira pagou US$ 1 bi em propinas. Foto: IstoÉ

R$ 100 MILHÕES PARA O PT
O objetivo da Braskem era “assegurar uma vantagem imprópria para obter e manter seus negócios”. O órgão também calcula que a Odebrecht se beneficiou em US$ 1,9 bilhão como resultado dos pagamentos de subornos. Segundo o Departamento de Justiça, a “negociação espúria” deu certo e o Governo implantou um programa que permitiu à Braskem continuar tendo abatimentos em impostos. A partir de 2006, estava em discussão a mudança no sistema de tributos de empresa. Por isso, a Braskem procurou integrantes do Governo Lula para negociar uma legislação que não prejudicasse o grupo. E isso custou à Braskem a contribuição para a campanha de Dilma.
Em outro trecho do documento, os americanos dizem que o “Brazilian Official 4” (Mantega) negociou com a Braskem o pagamento de propinas no total de R$ 100 milhões para diversos candidatos petistas em 2014, incluindo Dilma Rousseff, candidata à reeleição. Antes de liberar os R$ 100 milhões para o PT, a Braskem iniciou uma tentativa de convencer o Governo Federal em 2011 a implantar mudanças tributárias que beneficiaram o setor petroquímico. A legislação foi apresentada no Congresso Nacional em 2013, mas enfrentou resistências dos parlamentares e acabou sendo paralisada por causa disso. “A Braskem precisou pagar quantias significativas para vários membros do Congresso para manter a tramitação do projeto”, diz o documento. Depois disso, a legislação foi aprovada. “A Braskem foi solicitada para pagar um adicional de R$ 100 milhões além do que o Empregado da Braskem 1 havia previamente acordado com o ‘Brazilian Official 1’ (Lula) para pagar ao partido político e aos membros do Governo Federal. Este acréscimo foi negociado pelo ‘Brazilian Official 4” (Mantega) e foi pago por doações a integrantes do partido nas eleições de 2014”, descreve o documento.

MAIOR PROPINA DO MUNDO
Os dados foram divulgados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, órgão com o qual a Odebrecht assinou, em conjunto com Brasil e Suíça, seu acordo de leniência –tipo de delação premiada para empresas. A entidade norte-americana ficou impressionada com a prática criminosa da empreiteira. Em um comunicado, o Departamento de Justiça classificou de “maior caso de pagamento global de propina da História”. De acordo com a documentação, houve pagamentos de propina relacionados a mais de cem projetos da Odebrecht nesses 12 países: Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru, República Dominicana e Venezuela. A documentação divulgada contém um panorama geral das revelações feitas na delação premiada, mas não identifica os nomes dos funcionários da Odebrecht nem dos políticos envolvidos. Suas identidades até então são mantidas sob sigilo. Clique AQUI para ler e ver MAIS


NO BLOG ALERTA TOTAL
Quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
Por que o temerário Temer não cairá?
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
As poderosas forças econômicas, que comandam o Brasil de fora para dentro, não têm interesse que Michel Temer sofra impedimento ou tenha cassada sua chapa (com Dilma). Por isso, apesar das bombásticas revelações das delações premiadas da Lava Jato (principalmente as da Odebrecht), o plano é “suportar” Temer até o término de seu mandato. O mesmo jogo também interessa à maioria da classe política – que já sabe que está programada para sangrar, mas que tem sempre chances de se manter no poder.
A impopularidade de Temer dificilmente será revertida. Para as forçar que lhe sustentam, tal detalhe pouco importa. Na visão do mercado, mais importante que Temer é Henrique Meirelles. O Presidente Paralelo tem missões a cumprir a qualquer custo. A agendinha prioritária dele é preservar a hegemonia do sistema financeiro. Por isso, os juros só vão cair muito lentamente. A brutal recessão já começa a segurar a “inflação”. Até porque os preços relativos no Brasil são coisa de hospício. Assim, seguimos em ritmo de estagflação.
A sociedade arca com o altíssimo custo de baixo consumo, quebradeira de empresas e absurdo desemprego estrutural. No entanto, a economia informal segura a onda da maioria das pessoas – que sobrevivem do jeito que podem. Empresários reclamam muito, mas seguem fazendo o jogo de escravidão imposto pelo Estado Ladrão. Os brasileiros demonstram baixíssimo poder de reação contra os seus inimigos reais no desgoverno do Crime Institucionalizado. Apesar das Lava Jatos da vida, continua intacta a estrutura que mantém a corrupção sistêmica. 
É por isso que o Presidente Meirelles seguirá com sua agendinha - apenas de vez em quando prejudicada por alguma decisão corporativista tomada pelos deputados e senadores. O Governo fará suas reforminhas de mentirinha. O teto de gastos e as mudanças previdenciárias-trabalhistas são mera enganação. Nada se altera de verdade na estrutura estatal baseada nos juros altos que dão lucros aos banqueiros nacionais e internacionais, enquanto sustentam a perdulária máquina estatal.
Nesse cenário, Temer ficará do jeito que conseguir ficar. O ano de 2017 tem chances de repetir 2016, mas com perspectiva de “ ilusória melhora” do paciente canceroso a partir do quarto trimestre. Mudanças de verdade só ocorrerão se houver uma explosão de violência – gerada por fatores que fujam ao controle de quem tem a hegemonia financeira. Infelizmente, só o imponderável pode melhorar a situação do Brasil. A maioria dos brasileiros é muito bunda mole para enfrentar a estrutura criminosa. Os segmentos esclarecidos da sociedade seguem reféns da armadilha ideológica que impede a união em torno de propostas e soluções reais para definir um rumo estratégico para o País.
Temer só cairá por milagre. Se cair, nada vai mudar, porque o golpe da eleição indireta colocará na Presidência qualquer outro fantoche para cumprir a missão pré-definida pelos controladores financeiros transnacionais e seus agentes locais. A maioria dos brasileiros espera por milagres no curto prazo. Apostam em “salvador da Pátria”, que pode ser um político ou um general, tanto faz... Quem é refém dessa mentalidade rentista, que odeia o longo prazo, seguirá “pastando”, emburrecendo e empobrecendo.
Infelizmente, não estão maduras (ainda) as pré-condições históricas para uma Intervenção Cívica Constitucional – a solução efetiva que demandaria alta responsabilidade do cidadão. Assim, seguimos nossa vidinha como uma União Soviética do Atlântico Sul, nos embalos capimunistas rentistas... Vamos enxugar nosso gelo, porque o verão chegou com tudo...
(...)

NO O ANTAGONISTA
O maior traficante de influência da História
Brasil Sexta-feira, 23.12.16 08:25
A planilha “Amigo” chegou à Folha de S. Paulo.
Mas chegou da maneira errada.
Ao contrário do que diz a reportagem, a Odebrecht não pretendia “manter a influência” de Lula, e sim comprar o tráfico de influência praticado por Lula.
Os pagamentos eram feitos pelo departamento de propinas da empresa porque recompensavam atos criminosos do “Amigo”, tanto no Brasil quanto no exterior.
Pior ainda: a conta não era “financiada pelo Setor de Operações Estruturadas” – ela era financiada com dinheiro roubado da Petrobras e lavada pelo Setor de Operações Estruturadas.
Lula recebeu dinheiro sujo da Odebrecht.
A acusação mais grave contra ele, porém, é outra. Ele montou junto com a Odebrecht e as demais empreiteiras do cartel “o maior esquema de suborno da História”.
A conta corrente da propina amiga
Brasil 23.12.16 08:16
A conta corrente de Lula no departamento de propinas da Odebrecht, contabilizada na planilha “Amigo”, chegou à Folha de S. Paulo.
Diz a reportagem:
“Marcelo Odebrecht relatou a procuradores da Lava Jato que uma espécie de conta que a empresa mantinha em nome de Luiz Inácio Lula da Silva tinha o objetivo de manter o petista influente depois que saísse da Presidência da República”.
E também:
“Segundo ele e outros funcionários da empreiteira, foi criada uma ‘conta’ financiada pela área da empresa denominado Setor de Operações Estruturadas, a responsável pelo pagamento de propinas e de Caixa Dois.
A conta, conforme os delatores, era gerenciada pelo ex-Ministro Antonio Palocci (…).
Batizada de ‘amigo’, termo usado pelos funcionários da empresa para se referirem a Lula devido à relação dele com Emílio Odebrecht, dono do grupo e pai de Marcelo, a ‘conta’ foi usada para financiar projetos como a compra de um terreno em São Paulo que deveria abrigar a sede do Instituto Lula”.
A planilha "Amigo" na Folha de S. Paulo
Brasil 23.12.16 07:30
Lula tinha uma conta corrente no departamento de propinas da Odebrecht.
O Antagonista revelou esse fato em 2 de outubro.
Hoje ele chegou à Folha de S. Paulo.
Bem-vindos.
Codinome "Friend"
Brasil 23.12.16 06:32
Lula contestou a reportagem do Jornal Nacional sobre o esquema de propinas da Braskem, revelado pelas autoridades dos Estados Unidos:
"A reportagem levada ao ar hoje em telejornal da TV Globo repete as mesmas ilações e falsas denúncias que vêm sendo feitas contra Lula ao longo dos últimos dois anos, agora a partir de textos escritos em idioma inglês. Mas uma mentira será sempre uma mentira, seja em português ou em inglês...
A Lava Jato não conseguiu sustentar seu claro objetivo político e agora apela a uma estranha parceria com procuradores de um país estrangeiro, na tentativa desesperada de obter alguma credibilidade. Mas voltará a fracassar, já que nem no Brasil nem em qualquer país do mundo existem provas, testemunhos ou sequer indícios de envolvimento do ex-Presidente Lula em desvio de dinheiro, pois ele sempre agiu dentro da lei".
Em breve, "os procuradores do país estrangeiro" vão pedir sua prisão.
Exclusivo: O delator que vai prender Renan
Brasil Quinta-feira, 22.12.16 18:58
Renan Calheiros está morto. O Antagonista soube que o lobista Milton Lyra negocia um acordo de delação premiada e não entregará apenas o Presidente do Senado.
PRC E JANENE, NUMBERS 5 AND 6
Brasil 22.12.16 18:09
O Antagonista desvendou os números que faltavam. Paulo Roberto Costa e o ex-Deputado José Janene (falecido) são identificados como "Brazilian Official 5" e "Brazilian Official 6" no relatório do Departamento de Justiça americano.
Ambos são citados em várias operações, inclusive na negociação sobre o preço da Nafta.




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