PRIMEIRA EDIÇÃO DE 02-12-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEXTA-FEIRA, 02 DE DEZEMBRO DE 2016
Deputados do PMDB ligados a Lúcio Vieira Lima, irmão do ex-ministro Geddel, vão pedir à Polícia Federal para investigar as relações do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero com o banqueiro Eduardo Mariani. Insinuam que o banqueiro é o beneficiado pelo embargo do edifício La Vue, onde Geddel comprou apartamento. Depois de pronto, o prédio de 28 andares faria sombra ao Morro Mariani, propriedade do banqueiro.
Em dezembro de 2015, diz a denúncia, quando o embargo foi imposto, o banqueiro se reuniu com dirigentes do Iphan nacional e da Bahia.
O embargo na obra do prédio na Ladeira da Barra, em Salvador, é justificado por ofender sítio tombado como patrimônio histórico.
O presidente da CPI da Lei Rouanet, deputado Alberto Fraga (DEM-DF), acusa Marcelo Calero de fazer lobby contra sua instalação.
A cada dia que passa, com declarações cada vez mais políticas, o ex-ministro da Cultura deixa claro que pretende ser candidato em 2018.
Procuradores não podem “renunciar” à Lava Jato, quando protestaram contra o “pacote anticorrupção” desfigurado pela Câmara. Não há previsão legal para “renúncia”. As ações são vinculadas funcionalmente a eles, e não pessoalmente, lembra Roberto Tardelli, aposentado do Ministério Público de SP, em artigo reproduzido no site Diário do Poder. Só deixariam sob a autorização do procurador-geral, que a concedeu.
Se deixarem coletivamente a Lava Jato, os procuradores farão a alegria dos investigados pela operação. É tudo que desejam.
Saindo da Lava Jato, procuradores deixariam substitutos em situação ruim: eles teriam de “tomar pé” para dar continuidade ao trabalho.
Ameaçando sair da Lava Jato, procuradores passam a impressão de que subestimam colegas, como se apenas eles pudessem investigar.
Réu a 61 dias de acabar sua presidência no Senado, Renan Calheiros torce pela chegada do recesso do Judiciário, dia 15, antes de o STF concluir o julgamento que o afastaria da linha sucessória presidencial.
A exemplo do anterior, já afastado, o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas foi denunciado ao Conselho Nacional de Justiça por favorecer herdeiros do ex-deputado João Lyra em atos sobre sua massa falida. Os filhos tentam pôr a mão na herança com o pai vivo, lúcido e ativo.
Na rodoviária do Plano, em Brasília, o povão demonstrou apoio ao juiz Sérgio Moro. Enquanto ele discursava no Senado, os brasilienses paravam encantados, diante das TVs, para ouvi-lo.
Os deputados Marcus Pestana (MG), Jutahy Jr (BA) e Silvio Torres (SP) representam três caciques na batalha pela liderança do PSDB na Câmara. Por enquanto, a briga é cordial e civilizada. Por enquanto.
A Câmara promoveu licitação para o fornecimento de café em pó “categoria superior, pelo período de doze meses”. O cafezinho de suas excelências, que consomem 63 toneladas ao ano, custará R$689 mil.
Em Pernambuco, a aliança entre tucanos e socialistas anda cada vez mais difícil. De acordo com o deputado Betinho Gomes (PSDB-PE), "a aliança no Estado está atrelada às discussões no plano nacional".
Jerônimo Goergen (PP-RS) pediu a Rodrigo Maia a revogação da medalha do Mérito Legislativo ao sem-terra Guilherme Boulos. A honraria não pode ser concedida a quem promove desordem social.
Enquanto em Brasília 20 pessoas protestavam contra a vaquejada, o 14° Potro do Futuro e Campeonato Nacional ABQM de Vaquejada teve o recorde histórico de inscrições: 917. São 16,22% a mais que 2015.
A maldade circula nas redes sociais: “Cremado, Fidel finalmente conheceu uma urna.”

NO DIÁRIO DO PODER
DIGITAIS
DIRIGENTES DO PT SÃO SUSPEITOS DE COMANDAR BADERNAÇO DE BRASÍLIA
SUSPEITA É DE QUE DIRIGENTES DO PT CHEFIARAM ARRUAÇA EM BRASÍLIA
Publicado: quinta-feira, 01 de dezembro de 2016 às 10:48 - Atualizado às 17:53
Redação
O EX-DEPUTADO E SINDICALISTA POLICARPO (PT), À ESQUERDA, NO ESTACIONAMENTO DE UM MINISTÉRIO, NO MOMENTO DO BADERNAÇO: A SUSPEITA É QUE ELE FEZ PARTE DO COMANDO

Dirigentes do PT foram flagrados acompanhando e dando instruções a militantes, durante o badernaço realizado em Brasília na terça-feira (29), quando sete ministérios foram depredados, carros incendiados, pessoas agredidas, mobiliário urbano destruído, tudo a pretexto de "protestar" contra a PEC que limita os gastos públicos.
Servidores do Ministério das Relações Exteriores flagraram em seu estacionamento, a poucos metros da arruaça, um desses grupos de dirigentes petistas supostamente envolvidos. Foi fotografado em um desses grupos o ex-deputado e presidente do PT no Distrito Federal, Roberto Policarpo, que ganha a vida como sindicalista do setor público, dos mais beneficiados pelos gastos sem limites de governos petistas.
A suspeita é de que grande parte dos manifestantes recebeu cachê de entidades organizadoras, como a CUT, que também distribuiu lanches em vias paralelas à Esplanada dos Ministérios, onde começou a arruaça.
No vandalismo criminoso, o prédio do Ministério da Educação foi um dos mais atingidos: um grupo de bandidos invadiu o prédio, quebrou vidraças, câmeras de segurança, computadores, caixas eletrônicos, divisórias, etc, provocando pânico entre funcionários. 
NA VIA PARALELA À ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS, DISTRIBUIÇÃO DE LANCHES E CACHÊS

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Catador de Vigarices
Lula revela que "eles" também são inimigos de catadores de papel e empregadas domésticas
Por: Augusto Nunes 
Quinta-feira, 01/12/2016 às 21:12
“Eles cassaram a Dilma pelo que aconteceu com os catadores, com as empregadas domésticas, com o salário mínimo… Na cabeça deles, o filho de um catador de papel só pode ser catadorzinho de papelzinho. E nós queremos que ele seja doutor”. (Lula, repetindo a ladainha de sempre na Expocatadores, em Belo Horizonte, sem conseguir explicar por que, em vez de transformar os filhos dos catadores em “doutores”, quase conseguiu, em parceria com Dilma Rousseff, transformar todos os doutores, professores, profissionais liberais e donas de casa em catadores de papel)

NA VEJA.COM
STF torna Renan Calheiros réu por peculato
Ministros Edson Fachin, Luís Barroso, Luiz Fux, Teori Zavascki, Celso de Mello, Rosa Weber, Marco Aurélio e Cármen Lúcia aceitaram acusação da PGR
Quinta-feira,01 dez 2016, 19h17 - Atualizado em 01 dez 2016, 19h38
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira colocar no banco dos réus o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Oito dos onze ministros da Corte decidiram que o peemedebista deve ser julgado pelo crime de peculato, desvio de dinheiro público, por ter usado um lobista da empreiteira Mendes Júnior para pagar pensão a uma filha que teve fora do casamento.
Os ministros Edson Fachin, relator da matéria, Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Luiz Fux, Celso de Mello e a presidente do STF, Cármen Lúcia, aceitaram parcialmente denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República em 2013, apenas para o crime de peculato.
Os ministros Marco Aurélio Mello e Rosa Weber aceitaram integralmente a peça acusatória, que também atribui a Renan Calheiros os crimes de falsidade ideológica e uso de documento público falso.
Os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski rejeitaram a acusação da PGR integralmente.
Nove anos de investigações
Em junho de 2007, a jornalista Mônica Veloso, com quem Renan teve uma filha fora do casamento, revelou com exclusividade a VEJA que teve despesas pessoais pagas por Cláudio Gontijo, lobista da construtora Mendes Júnior. Segundo ela, os pagamentos eram realizados em dinheiro vivo e quase sempre feitos no escritório da empreiteira em Brasília.
Mônica contou que recebeu os valores de março de 2004 a novembro de 2005. Começou com 40.000 reais para pagar um ano de aluguel antecipadamente – na verdade, 43.200 reais, pagos em 15 de março de 2004, conforme recibo da imobiliária obtido por VEJA.
Além disso, ela recebeu pensão mensal de 8.000 reais e, de agosto de 2004 a março de 2005, mais 2.800 reais para pagar a empresa de segurança devido a ameaças de morte anônimas que teria recebido. De março de 2005 em diante, quando trocou a casa por outro apartamento, além da pensão de 8 000 reais, foram incorporados 4.000 reais para o aluguel, num total de 12.000 reais mensais.
Renan nega todas as acusações.
Réu na linha sucessória
Em novembro, seis dos oito ministros do STF votaram a favor da ação apresentada pelo partido Rede Sustentabilidade de que réus não poderão ocupar cargos na linha de sucessão presidencial, que inclui os presidentes da Câmara e do Senado.
A sessão, no entanto, foi suspensa após pedido de vistas do ministro Dias Toffoli. Na ocasião, os ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso não estavam presentes na sessão.

Odebrecht admite práticas impróprias e pede desculpas ao País
O grupo também anunciou medidas para manter a solidez financeira, incluindo a venda de 12 bilhões de reais em ativos até 2017
Por Da redação
Quinta-feira, 01 dez 2016, 20h19 - Atualizado em 01 dez 2016, 20h29
A empreiteira Odebrecht admitiu nesta quinta-feira que participou de práticas empresariais impróprias e anunciou uma série de medidas destinadas a melhorar a governança e a manter a solidez financeira do grupo que é um dos principais alvos do escândalo de corrupção investigado pela operação Lava Jato. Também nesta quinta-feira a empresa assinou acordo de leniência de R$ 6,7 bilhões com a Lava Jato.
“O que mais importa é que reconhecemos nosso envolvimento, fomos coniventes com tais práticas e não as combatemos como deveríamos”, diz o comunicado da empresa.
No documento, intitulado “Desculpe, a Odebrecht errou”, o grupo também anunciou medidas para manter a solidez financeira, incluindo a venda de 12 bilhões de reais em ativos até 2017.
Confira na íntegra o comunicado da empreiteira:
Desculpe, a Odebrecht errou
A Odebrecht reconhece que participou de práticas impróprias em sua atividade empresarial.
Não importa se cedemos a pressões externas. Tampouco se há vícios que precisam ser combatidos ou corrigidos no relacionamento entre empresas privadas e o setor público.
O que mais importa é que reconhecemos nosso envolvimento, fomos coniventes com tais práticas e não as combatemos como deveríamos.
Foi um grande erro, uma violação dos nossos próprios princípios, uma agressão a valores consagrados de honestidade e ética.
Não admitiremos que isso se repita.
Por isso, a Odebrecht pede desculpas, inclusive por não ter tomado antes esta iniciativa.
Com a capacidade de gestão e entrega da Odebrecht, reconhecida pelos clientes, a competência e comprometimento dos nossos profissionais e a qualidade dos nossos produtos e serviços, definitivamente, não precisávamos ter cometido esses desvios.
A Odebrecht aprendeu várias lições com os seus erros. E está evoluindo.
Estamos comprometidos, por convicção, a virar essa página.
Compromisso com o futuro
O Compromisso Odebrecht para uma atuação Ética, Íntegra e Transparente já está em vigor e será praticado de forma natural, convicta, responsável e irrestrita em todas as empresas da Odebrecht, sem exceções nem flexibilizações.
Não seremos complacentes.
Este Compromisso é uma demonstração da nossa determinação de mudança:
Combater e não tolerar a corrupção em quaisquer de suas formas, inclusive extorsão e suborno.
Dizer não, com firmeza e determinação, a oportunidades de negócio que conflitem com este Compromisso.
Adotar princípios éticos, íntegros e transparentes no relacionamento com agentes públicos e privados.
Jamais invocar condições culturais ou usuais do mercado como justificativa para ações indevidas.
Assegurar transparência nas informações sobre a Odebrecht, que devem ser precisas, abrangentes e acessíveis, e divulgadas de forma regular.
Ter consciência de que desvios de conduta, sejam por ação, omissão ou complacência, agridem a sociedade, ferem as leis e destroem a imagem e a reputação de toda a Odebrecht.
Garantir na Odebrecht e em toda a cadeia de valor dos Negócios a prática do Sistema de Conformidade, sempre atualizado com as melhores referências.
Contribuir individual e coletivamente para mudanças necessárias nos mercados e nos ambientes onde possa haver indução a desvios de conduta.
Incorporar nos Programas de Ação dos Integrantes avaliação de desempenho no cumprimento do Sistema de Conformidade.
Ter convicção de que este Compromisso nos manterá no rumo da Sobrevivência, do Crescimento e da Perpetuidade.
A sociedade quer elevar a qualidade das relações entre o poder público e as empresas privadas.
Nós queremos participar dessa ação, junto com outros setores, e mudar as práticas até então vigentes na relação público-privada, que são de conhecimento generalizado.
Apoiamos os que defendem mudanças estruturantes que levem governos e empresas a seguir, rigorosamente, padrões éticos e democráticos.
É o nosso Compromisso com o futuro.
É o caminho que escolhemos para voltar a merecer a sua confiança.
(Com Reuters)

NO BLOG DO JOSIAS
STF culpa Procuradoria por demora no julgamento dos políticos e autoridades
Josias de Souza
Sexta-feira, 02/12/2016 04:41
A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, encomendou um estudo que irá mapear a movimentação dos processos desde a fase de investigação até o julgamento. Será um “fluxograma”, na definição da ministra. O objetivo é demonstrar que o Supremo não é o principal responsável pela lentidão no julgamento de políticos e autoridades detentoras do chamado foro privilegiado. Nessa versão, a culpa é da Procuradoria-Geral da República e, subsidiariamente, da Polícia Federal.
Durante o julgamento que resultou na conversão de Renan Calheiros em réu, Cármen Lúcia reconheceu que o caso chama a atenção pela demora. Foram nove anos entre o início da investigação e a apreciação da denúncia. Houve prescrição de parte dos crimes. A ministra fez as contas. Disse que os fatos que encrencaram Renan ocorreram entre 2004 e 2007. “O caso ficou na Procuradoria-Geral da República de 2007 até 2013, quando chegou ao Supremo”, disse, isentando o Supremo de responsabilidade pela prescrição.
“O fluxograma servirá para que a sociedade entenda que o papel do Judiciário tem, sim, que ser mais rápido e célere. Todos nós estamos de acordo quanto a isso. Mas há uma dependência de órgãos e externos, […] que faz com que nós não possamos atuar.”
No caso que envolve Renan, fez questão de esclarecer Cármen Lúcia, “estamos agora em fase de recebimento da denúncia.” Abriu-se uma ação penal que vai durar mais alguns anos. “No Ministério Público, até chegar aqui e apresentar o inquérito foram seis anos. E aqui, entre a chegada dos documentos e este julgamento, foram 3 anos, aproximadamente, com um aditamento da denúncia.”
Hoje, o ministro que tem mais inquéritos sob sua responsabilidade é Teori Zavascki. Relator dos processos da Lava Jato, ele declarou: “Eu tenho no meu gabinete exatamente 100 inquéritos. Desses, 95 inquéritos (95%) não estão no meu gabinete. Estão na Procuradoria ou na Polícia Federal, para diligências. Tenho cinco processos no gabinete, que estão de passagem para alguma diligência. No meu gabinete, os processos não ficam parados. Tenho dois processos para examinar o recebimento da denúncia.”
Teori acrescentou: “Vejo que se critica muito a demora [do Supremo] em função de ser o foro privilegiado. Não sou defensor do foro privilegiado da forma como está hoje. Agora, não se pode culpar o Supremo Tribunal Federal pela demora na investigação.”
Nas palavras de Teori, “quem realmente investiga é a Polícia Federal e o Ministério Público.” Assim, “a maior parte do tempo, esses inquéritos permanecem junto às autoridades que fazem a investigação. O Supremo é juiz, não é para investigar. Não é ele que busca a prova. O Supremo julga. Eventualmente, o Supremo defere ou indefere algumas diligências que envolvem reserva de jurisdição. Como é o caso de busca e apreensão, etc.”
Deve-se o incômodo dos magistrados do Supremo à comparação que se faz, no âmbito da Lava Jato, entre o desempenho do juiz Sergio Moro, que toca a operação na primeira instância, e a Suprema Corte, onde são processados os políticos com mandato e autoridades como ministros de Estado.
Sabe-se que a analogia não é perfeita. Juízes como Sergio Moro julgam sozinhos — monocraticamente, como se diz. E os ministros do Supremo tomam decisões colegiadas. O processo decisório é mais complexo. Mas é impossível ignorar os dados.
Em dois anos e meio de Operação Lava Jato, Moro já proferiu 118 condenações. Juntas, somam 1.256 anos, 6 meses e 1 dia de prisão. No Supremo não há vestígio de sentença condenatória. A comparação é mesmo constrangedora.
Renan responde a 12 processos no Supremo, oito dos quais relacionados à Lava Jato. Este caso em que o senador virou réu nada tem a ver com a operação de Curitiba. Refere-se a um escândalo bem anterior — aquele em que Renan foi acusado de receber propinas da empreiteira Mendes Júnior, para pagar pensão à filha que teve num relacionamento extraconjugal com a jornalista Monica Veloso.
O ministro Ricardo Lewasndowski foi o primeiro relator do processo contra Renan, hoje tocado pelo colega Edson Fachin. Munido de dados colecionados por sua assessoria, Lewandowski atrasou o relógio. “Somente na Procuradoria-Geral da República, entre manifestações e intimações, o processo ficou um total de 1.235 dias. Ou seja: 3 anos, 4 meses, 2 semanas e 6 dias.”
Lewandowski prosseguiu: “No Instituto Nacional de Criminalística, para realização de perícias, foram 120 dias —ou 4 meses. Depois, eu dei uma decisão monocrática, em que procurei separar o joio do trigo, dizendo que eu refutava determinadas imputações, aceitava outras. […] Houve insurgência contra a minha decisão, mediante um agravo regimental. Que aguardou a inclusão em pauta por exatos 210 dias. Depois de 7 meses, esse agravo regimental foi improvido.”
Um pouco mais de Lewandowski: “Depois, o processo foi à sessão de composição e controle de acórdãos, onde ficou por 63 dias ou 2 meses e 3 dias. Na Secretaria Judiciária —órgão que é o órgão que movimenta o processo para cumprimento de despachos e decisões —, o processo transitou durante 547 dias, o que dá um ano, 6 meses e 2 dias.''
Lewandowski passou a régua: “Fora do tribunal, o processo ficou 2.175 dias, ou seja, 5 anos, 11 meses e 20 dias. No meu gabinete, ficou apenas 697 dias (um ano e oito meses). Sendo 11 meses quando eu já estava na presidência, aguardando a nomeação do novo relator do processo, que tardou.''

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Quinta-feira, dezembro 01, 2016
REAÇÃO POPULAR AOS DEPUTADOS GOLPISTAS COMEÇA COM TOMATADA NO AEROPORTO
Deputados que votaram contra a Lava Jato começam a levar tomadas. Vídeo postado no Youtube que viraliza nas redes sociais revela que as reações aos golpistas da Câmara dos Deputados já começaram.
O primeiro a levar um tomatada foi o deputado Weverton Rocha, do PDT do Maranhão que responde a dois inquéritos no STF, por peculado, corrupção e fraude em licitação.
Esse parlamentar foi o autor da emenda que desfigurou a Lava Jato. Como se nota, a reação popular aos golpistas está apenas começando. Esses ‘nobres’ deputados já correm da própria sombra.

NO O ANTAGONISTA
OAB quer afastamento imediato de Renan
Brasil 02.12.16 08:08
Claudio Lamachia, presidente da OAB, defendeu o afastamento imediato do presidente do Senado.
Ele disse ao Estadão:
"Não se trata aqui de fazer juízo de valor quanto à culpabilidade do senador Renan Calheiros. Trata-se de zelo pelas instituições da República".
E também:
“Com a decisão tomada pelo STF de tornar o presidente do Senado réu em processo sobre peculato, é necessário que ele se afaste imediatamente de suas funções de presidente do Senado e do Congresso Nacional para que possa bem exercer seu direito de defesa sem comprometer as instituições que representa".
A depressão vem aí
Economia 02.12.16 08:03
O mercado sabe que a responsabilidade pelo fracasso da economia é daqueles que querem sabotar a Lava Jato.
Diz Vinicius Torres Freire, da Folha de S. Paulo:
“Com a baderna nojenta e revoltante de irresponsável em Brasília, há risco extra de recaída, de fim da despiora modesta, de depressão, palavra sinistra que passou a circular por aí”.
ORCRIM vai às compras
Brasil 02.12.16 07:53
A fritura de Henrique Meirelles está também na Folha de S. Paulo:
“O ministro tornou a virar alvo de críticas. A pressão para que a equipe econômica tire da cartola medidas para retomar o crescimento ganhou força após o decepcionante recuo de 0,8% do PIB no terceiro trimestre. Os investimentos caíram e provocaram uma onda de queixas ao presidente. Cobra-se mais criatividade da Fazenda. Uma frase resume o sentimento geral em Brasília: ‘A equipe dos sonhos não está conseguindo entregar os sonhos da equipe’”.
A ORCRIM quer distribuir dinheiro à vontade para calar a Lava Jato e sedar a sociedade.
É a tática Lula.
Os sabotadores da Lava Jato sabotam Meirelles
Brasil 02.12.16 07:36
De madrugada, Rodrigo Maia prepara o golpe para salvar a ORCRIM. Durante o dia, ele frita Henrique Meirelles.
Ele e seu sogro, Moreira Franco.
Essa é a prova de que a economia não tem a menor chance de se salvar enquanto não cessarem as manobras para sabotar a Lava Jato.
Temer frita Meirelles
Economia 02.12.16 07:32
Estão fritando Henrique Meirelles.
Um auxiliar de Michel Temer disse a O Globo:
“Meirelles era a âncora do governo, mas começa a perder substância porque as medidas implementadas até agora não surtiram efeito”.
O governo, de acordo com a reportagem, agora vai recorrer a Armínio Fraga.
Michel Temer não entendeu que a economia não tem a menor chance de se recuperar enquanto a ORCRIM estiver no comando do Congresso Nacional, sabotando a Lava Jato.
Juízes e procuradores nas ruas
Brasil 02.12.16 07:09
Hoje tem ato público em apoio aos juízes e procuradores às 14 horas no Fórum Federal Pedro Lessa, na esquina da avenida Paulista com a Peixoto Gomide.
Além disso, diz o Estadão, “juízes, promotores e procuradores confirmaram presença no protesto marcado para este domingo (04), na avenida Paulista.
Eles vão participar do ato que terá entre suas pautas o repúdio à aprovação pela Câmara dos Deputados do pacote de medidas anticorrupção e à possibilidade de enquadrar servidores do Judiciário no crime de responsabilidade”.
Carta branca para contar o que sabem
Brasil 02.12.16 06:53
A Odebrecht “decidiu fazer um acordo de delação de alto padrão”, diz O Globo.
“Ou seja, seus executivos receberão carta branca para contar tudo que sabem, sem qualquer restrição ou filtro de ordem política, ideológica ou pessoal”.
O objetivo, continua a reportagem, é evitar vexames como o do presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, que poupou um monte de gente e pode ser mandado de volta para a cadeia.
O Antagonista aceita pedido de desculpa da Odebrecht
Brasil 02.12.16 06:14
O Antagonista nasceu em 1º de janeiro de 2015.
Nasceu pedindo o impeachment de Dilma Rousseff. E nasceu também pedindo a prisão de Marcelo Odebrecht.
A empreiteira, em dois anos, mandou dezenas de notas ao site, que desmentiam categoricamente o conteúdo de nossas reportagens.
Agora, publicamos seu pedido de desculpa, “inclusive por não ter tomado antes esta iniciativa”.
O Antagonista aceita o pedido de desculpa.
Desde que a Odebrecht repita em seus depoimentos tudo o que já contou sobre Lula e seus comparsas.
Porque O Antagonista nasceu igualmente pedindo a prisão do “amigo” da Odebrecht.
O antes e o depois da Odebrecht
Brasil Quinta-feira, 01.12.16 20:42
Embora a Odebrecht admita agora que corrompeu agentes públicos e financiou ilegalmente políticos, até pouco tempo atrás usava notas públicas para desancar a Lava Jato e negar qualquer prática ilegal.
Quando seus executivos foram presos, por exemplo, o grupo se disse "indignado" e que suas contribuições a campanhas eleitorais era todas "dentro dos parâmetros legais". "Uma ação democrática, transparente, legal e legítima de se relacionar com o poder público.
Hoje, fala em "vícios que precisam ser combatidos ou corrigidos no relacionamento entre empresas privadas e o setor público".
Antes...
...Depois
Renan: "suposições sem provas"
Brasil 01.12.16 20:21
Tornado réu pelo STF por crime de peculato, Renan Calheiros se manifestou por meio de nota divulgada pela assessoria de imprensa do Senado. Segundo o comunicado: "Não há prova contra o Senador, nem mesmo probabilidades, apenas suposição."
Eis a íntegra da nota:
"O Senador Renan Calheiros recebeu com tranquilidade a decisão do STF e permanece confiante na Justiça. A aceitação da denúncia, ainda que parcial, não antecipa juízo de condenação. Ao contrário, o debate entre os ministros evidenciou divisão e dúvidas quanto a consistência dos indícios do Ministério Público, qualificados como precários por vários deles, inclusive por alguns que aceitaram a denúncia. Não há prova contra o Senador, nem mesmo probabilidades, apenas suposição.
Na instrução, o Senador comprovará, como já comprovou, com documentos periciados, sua inocência quanto a única denúncia aceita. Os serviços foram prestados e pagos em espécie, o que é legal. O Senador lembra que a legislação obriga o Ministério Público a comprovar, o que não fez em 9 anos com todos sigilos quebrados. A investigação está recheada de falhas.
A decisão do STF, ao receber parcialmente a denúncia, também ajuda a implodir inverdades que perduraram por anos e foram se transformando, entre elas a de corrupção, de que o Senador recorreu a uma empreiteira para pagar suas despesas. Ou seja, o Senador respondeu publicamente por uma década sobre crime inexistente, sequer objeto da denúncia."
E agora 'Réunan'?
Brasil 01.12.16 20:01
Agora que virou réu, Renan Calheiros terá topete para votar os projetos salva-ladrão (AI5 da Orcrim) e de abuso de poder? Quem vai seguir o réu?
Renan se precipitou
Brasil 01.12.16 19:11
Renan Calheiros deve estar arrependido de ter forçado ontem a aprovação da urgência do projeto salva-ladrão que pune juízes e membros do MP.
Sua atitude azedou os ânimos no STF, revertendo a tendência que existia de arquivamento da denúncia do caso Mônica Velloso. O clima piorou ainda mais após a audiência da manhã, em que defendeu a aprovação do projeto de abuso de poder.

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