PRIMEIRA EDIÇÃO DE 18-11-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEXTA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO DE 2016
Além de ver seu ato de nomeação anulado, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), corre o risco de responder por obstrução à Justiça, caso confirme o ex-ministro Jaques Wagner (PT) como seu secretário. A malandragem é idêntica à nomeação de Lula ministro. Assim como anulou o ato de Dilma, diz um ministro do STF, se for provocado, o Supremo Tribunal Federal deve invalidar a nomeação de Wagner.
A manobra pode render ação penal por crime de obstrução, dos poucos que dão cadeia na certa, como no caso Delcídio Amaral (ex-PT-MS).
Com a nomeação, Jaques Wagner quer ganhar foro privilegiado para fugir do alcance do juiz federal Sérgio Moro, de primeira instância.
Como secretário de Estado, Jaques Wagner terá de ser processado e julgado no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Amigos de Rui Costa afirmam que o PT e o próprio Wagner, que o inventou como candidato a governador, pressionam pela nomeação.
Preso sob a acusação do Ministério Público Federal (MPF) de chefiar a quadrilha que roubou R$ 220 milhões dos cofres públicos do Rio de Janeiro, o ex-governador Sérgio Cabral não é o primeiro membro da família a ir em cana. Seu pai, também Sérgio Cabral, jornalista e compositor, passou dois meses preso, nos anos de chumbo: ele era da turma do semanário de humor Pasquim que desafiava o regime militar.
Tocando o Pasquim após a prisão dos colegas, o criativo Cabral pai irritou militares ao “revisitar” o Grito do Ipiranga na Semana da Pátria.
Cabral pai publicou na capa do Pasquim a imagem de Pedro I às margens do Ipiranga gritando: “Eu quero é mocotó!” Foi preso também.
Ao contrário do pai, um carioca boa praça, Sérgio Cabral Filho exerceu o poder com truculência e soberba. E fez do enriquecimento sua meta.
A avaliação no PT, escondida de Lula para não deixá-lo mais abatido, é que só os seus advogados ganham (notoriedade, claro) nas viagens ao exterior para falar mal da Justiça brasileira. A imagem de Lula só piora.
Em silêncio desde que a ANP encontrou 16 milhões de litros de etanol adulterado no Rio em tanques da Shell, Ipiranga e BR, o sindicato que agrupa essas e outras empresas, Sindicom, terá ótima chance de esclarecer a fraude: realiza nesta segunda (21), em São Paulo, o “Fórum Nacional do Direito do Consumidor de Combustíveis”.
Com toda a certeza, os invasores do plenário da Câmara, quarta (16), contaram com a ajuda de deputados. Servidores estranharam o acesso fácil ao Salão Verde de tantos visitantes agrupados, em dia de sessão.
O senador Eunício Oliveira saiu do jantar com Michel Temer convencido da necessidade de reforma da Previdência. Os dados apresentados pelo governo calaram fundo.
As prisões de Sérgio Cabral e Anthony Garotinho são vistas como prenúncio. Desesperado, o ex-presidente Lula sabe que sua hora está próxima e que poderá ser preso pela Lava Jato ainda neste ano.
As redes sociais não perdoam. O vascaíno Sérgio Cabral foi o segundo ex-governador do Rio preso pela Polícia Federal. A ironia fica por conta do Vasco, que sempre namora com a segunda colocação.
Às voltas com a Lava Jato, o PT difunde a fantasia de que a prisão de Sérgio Cabral acabará por derrubar o atual governo. Resta aos petistas alegar que há ladrões piores que os deles, na política brasileira.
Famoso por ter enfiado maços de dinheiro nas meias, o ex-deputado Leonardo Prudente (DF) encontrou outro réu, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), em restaurante na Casa Cor Brasília. Prudente tem filho deputado e Raupp filha decoradora, que assinou ambiente na mostra.
...US$10 milhões apareceram na Suíça, R$224 milhões sumiram dos cofres do Rio de Janeiro, mas não tem preço a prisão do trio Sérgio Cabral, Eduardo Cunha e Garotinho.

NO DIÁRIO DO PODER
CHEQUINHO
GAROTINHO SE DESESPERA AO SER LEVADO DE HOSPITAL PARA BANGU
GAROTINHO REAGE NA TRANSFERÊNCIA PARA O PRESÍDIO; VEJA O VÍDEO
Publicado: sexta-feira,18 de novembro de 2016 às 00:06 - Atualizado às 00:37
Redação
GAROTINHO SE DESESPERA, QUANDO CHEGA À AMBULÂNCIA QUE O LEVARIA AO PRESÍDIO DE BANGU

O ex-governador do Rio de Janeiro reagiu, debatendo-se no momento em que era retirado de maca do hospital para ser colocado em uma ambulância, a fim de ser cumprida a determinação do juiz Glaucenir Silva de Oliveira, da 100º Zona Eleitoral do Rio de Janeiro, em Campos dos Goytacazes (norte fluminense). A ordem era para que ele fosse imediatamente transferido do Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro do Rio, para o presídio Frederico Marques, no complexo penitenciário de Bangu (zona oeste). Às 21h45 um oficial de justiça e policiais federais estavam no Hospital Souza Aguiar para iniciar a transferência de Garotinho, segundo o advogado dele, Fernando Fernandes.
Enquanto era imobilizado à força por vários policiais federais, a deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ), sua filha, gritava pedindo para que os policiais não o sufocassem, porque ele estava passando mal, e dizia querer ir com ele na ambulância. Clarissa gritou, chorando, quando o ex-governador tentou se levantar da maca, mas um dos policiais empurrou-lhe pelo pescoço, para forçar que continuasse deitado.
O juiz eleitoral, que na quarta-feira, 16 havia determinado a prisão de Garotinho sob acusação de comprar votos, escreveu na decisão dessa quinta-feira, 17, que tomou conhecimento de que o ex-governador "está recebendo diversas regalias no Hospital Souza Aguiar". Garotinho foi transferido para a unidade de saúde às 18h15 de quarta-feira após reclamar de crise hipertensiva enquanto aguardava, na sede da Polícia Federal (PF) no Rio, transferência para a PF em Campos.
"Nenhum preso tem direito a qualquer regalia ou tratamento diferenciado, seja em unidade prisional ou hospitalar, situação que, a par de ferir a isonomia constitucional constitui, em tese, crime para quem presta a referida regalia. Mostra-se imperioso fazer cessar quaisquer regalias que o réu possa estar recebendo", escreveu o juiz na decisão dessa quinta-feira.
Ao determinar a transferência para Bangu, Oliveira afirma que "o referido complexo penitenciário é provido de uma Unidade de Pronto Atendimento e, segundo foi informado pelo diretor do sistema penitenciário, naquela unidade prisional é possível realizar o tratamento adequado". No presídio Frederico Marques, o ex-governador deve ser submetido à dessensibilização, procedimento preparatório para outro exame, que será feito em um hospital público em data a ser agendada.
"Realizada a dessensibilização, o custodiado deve ser encaminhado ao Hospital Aloysio de Castro para que lá seja internado com objetivo de realizar o exame descrito. Com o resultado do exame, poderá ser proferida nova decisão decidindo o local onde o réu ficará custodiado", determinou o juiz. Aloysio de Castro é o nome oficial do Instituto Estadual de Cardiologia, situado no Humaitá (zona sul do Rio).
O advogado de Garotinho criticou o juiz pela ordem de transferência, feita, segundo ele, sem autorização dos médicos: "É lastimável um juiz ultrapassar protocolos médicos e usar a força para retirar um paciente de um hospital. Jamais se viu decisão tão prepotente, arbitrária e desumana", afirmou.
Garotinho foi preso às 10h30 de quarta-feira, 16, por policiais federais em um apartamento na Rua Senador Vergueiro, no Flamengo (zona sul do Rio). A prisão preventiva (sem data para terminar) foi parte da Operação Chequinho, que investiga o uso do programa Cheque Cidadão, do município de Campos, para obter apoio eleitoral. Garotinho é secretário de Governo de Campos, cidade governada pela mulher dele, a ex-governadora Rosinha Garotinho, também do PR. Antes da eleição de 2016, quase 20 mil moradores da cidade teriam ganho irregularmente o benefício, em troca de votos. Enquanto esperava a transferência para Campos, onde ficaria detido na sede da Polícia Federal, Garotinho afirmou estar com crise hipertensiva e acabou transferido para o Souza Aguiar.
(...)

PETROLÃO
TEORI AUTORIZA AMIGO DE LULA A CUMPRIR PRISÃO DOMICILIAR
BUMLAI FOI PRESO EM NOVEMBRO DO ANO PASSADO NA LAVA JATO
Publicado: sexta-feira,18 de novembro de 2016 às 07:32
Redação
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki autorizou nessa quinta-feira (17) o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a cumprir prisão domiciliar.
Em parecer encaminhado ao STF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, havia defendido a manutenção da prisão preventiva do pecuarista. Bumlai foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a 9 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira e corrupção passiva no âmbito da Operação Lava Jato. Na avaliação de Janot, a prisão se justificava com intuito de evitar a continuidade das práticas criminosas.
Bumlai foi preso em novembro do ano passado. Ele chegou a permanecer em regime domiciliar por cerca de cinco meses por razões de saúde mas voltou à prisão após fim de tratamento médico. No dia 6 de setembro, o pecuarista apresentou-se à Polícia Federal, depois de estar em regime de prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica, para tratamento de um câncer na bexiga e de complicações cardíacas.
A defesa do pecuarista recorreu ao STF pedindo que ele permanecesse em recolhimento domiciliar, com tornozeleira eletrônica, até julgamento do mérito sobre a prisão. À época, Teori negou o pedido da defesa para que Bumlai continuasse a cumprir a pena em casa.
“Reconsidero a decisão agravada e defiro o pedido de liminar para, com base no art. 318, II, do Código de Processo Penal, substituir a prisão preventiva pelo recolhimento domiciliar, com as mesmas condições então impostas pelo juízo de primeira instância”, escreveu Teori em seu despacho.
O ministro pediu ainda que a 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba forneça ao STF informações sobre as condições de saúde de Bumlai. (AE)

CASSAÇÃO
GILMAR NEGA RECURSO A DILMA CONTRA INVESTIGAÇÃO DE CAMPANHA
PRESIDENTE DO TSE MANTÉM INVESTIGAÇÃO DE ATOS ILÍCITOS
Publicado: quinta-feira,17 de novembro de 2016 às 21:11 - Atualizado às 21:12
Redação
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, negou nesta quinta-feira, 17, um recurso apresentado pela defesa de Dilma Rousseff contra a decisão do ministro de pedir a investigação de suposta prática de atos ilícitos na campanha que reelegeu a petista em 2014.
As contas de campanha da presidente Dilma foram aprovadas com ressalvas pelo TSE em dezembro de 2014. A aprovação se deu na Corte após os ministros acompanharem o voto do relator, que foi o próprio Gilmar. Em agosto do ano passado, no entanto, o ministro pediu a investigação de suposta prática de atos ilícitos na campanha, alegando que apenas em 2015, com o aprofundamento das investigações da Lava Jato, vieram a público relatos sobre a "utilização de doação de campanha como subterfúgio para pagamento de propina". A defesa de Dilma alega que a reabertura do caso feriu a segurança jurídica.
À época, o ministro pediu que a Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral apurasse se houve descumprimento das leis eleitorais. Sob a relatoria do corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Herman Benjamin, o processo que pode levar à cassação de Dilma Rousseff e Michel Temer deverá ser julgado pelo plenário do TSE em 2017.
"Nada obstante, ao contrário do que alegado pela agravante, não se trata de reabertura do julgamento da prestação de contas. As contas apresentadas foram julgadas 'aprovadas com ressalvas' pela maioria deste Tribunal. Cuida-se, isto sim, de investigar indícios de irregularidades que, se comprovados, teriam o condão de atestar a ocorrência de fatos criminosos", justificou Gilmar Mendes, em despacho assinado nesta quinta-feira.

CABRAL QUEM?
SITUAÇÃO ESTÁ DE VACA DESCONHECER BEZERRO, E DILMA NEGA LIGAÇÃO A CABRAL
CONFUSÃO CONFIRMA O DITADO: DILMA RENEGA VELHO ALIADO CABRAL
Publicado: quinta-feira,17 de novembro de 2016 às 20:14 - Atualizado às 23:47
Redação
A prisão do ex-governador do Rio Sérgio Cabral deixou a classe política tão atordoada que a situação lembra o velho adágio popular, segundo o qual "a situação está de vaca não reconhecer bezerro". A ex-presidente Dilma Rousseff, por exemplo, mergulhou voluntariamente na confusão ao divulgar nota na tarde desta quinta-feira, 17, em que ela rechaça a associação de seu nome ao antigo aliado, preso por corrupção pela Polícia Federal.
Apesar de prestigiar durante anos o então governador fluminense e ser correspondida, Dilma chega a dizer que Cabral apoiou a eleição de senador Aécio Neves (PSDB-MG), na disputa presidencial em 2014.
"Sérgio Cabral Filho jamais foi aliado da ex-presidenta da República. Tanto é verdade que, nas eleições presidenciais, ele fez campanha para o principal adversário de Dilma nas eleições de 2014: o senador Aécio Neves (PSDB-MG). 
Diz a nota também que no processo de impeachment Cabral teria orientado seus liderados no PMDB a votarem favoravelmente ao afastamento dela da Presidência da República", conclui o texto, que não cita os supostos liderados do ex-governador pró-impeachment.

JUSTIÇA
BARROSO NEGA LIMINAR A PAULO HENRIQUE AMORIM, CONDENADO POR INJÚRIA RACIAL
A VÍTIMA DO CRIME FOI O JORNALISTA HERALDO PEREIRA, DA TV GLOBO
Publicado: quinta-feira,17 de novembro de 2016 às 23:12
Redação
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou liminar ao jornalista Paulo Henrique Amorim, condenado por crime de injúria racial. A defesa questionou a condenação pretendendo suspender a execução provisória da pena, já solicitada nas instâncias de origem.
Paulo Henrique Amorim foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) em razão de duas matérias publicadas em seu blog “Conversa Afiada”, em setembro de 2009 e março de 2010, contendo críticas à Rede Globo de Televisão e a jornalistas daquela emissora, entre eles Heraldo Pereira.
Na denúncia, o MPDFT afirma que Amorim ofendeu a honra subjetiva do jornalista por ter, em tese, “usado elementos referentes à sua raça e cor”.
Consta do RHC que Amorim foi acusado pela prática dos crimes de racismo e injúria racial. Na primeira instância, a imputação quanto à prática do delito de racismo foi desclassificada para o crime de injúria racial, com o reconhecimento da decadência. Em relação à segunda imputação de injúria racial, o jornalista foi absolvido por atipicidade da conduta.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), em exame de apelação interposta pela acusação, afastou a decadência quanto à primeira acusação e condenou-o à pena de 1 ano e 8 meses de reclusão, em regime aberto, substituída por pena restritiva de direitos.
A defesa de Paulo Henrique Amorim impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que rejeitou a impetração. Os advogados pediram liminar a fim de impedir a execução provisória da pena. O relator da matéria, ministro Luís Roberto Barroso, entendeu que o caso não é de concessão da liminar. Para ele, não há risco atual ou iminente à liberdade de locomoção do condenado, e os autos não evidenciam qualquer ilegalidade flagrante ou abuso de poder que autorize a concessão da medida. Ele determinou que se dê vista dos autos à Procuradoria Geral da República, para se manifestar sobre o caso, de forma a instruir o processo para julgamento definitivo.

JULGAMENTO
MINISTRO DO TSE NEGA ACESSO DE DILMA A DOCUMENTOS DE GRÁFICAS
MATERIAL SOMENTE SERÁ DISPONIBILIZADO APÓS CONCLUSÃO DA PF
Publicado: quinta-feira,17 de novembro de 2016 às 21:24 - Atualizado às 21:25
Redação
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Herman Benjamin, relator do processo que pode levar à cassação da chapa vitoriosa de Dilma Rousseff e Michel Temer nas eleições de 2014, negou nesta quinta-feira, 17, um pedido da defesa da petista para ter acesso imediato a documentos obtidos com a quebra de sigilo bancário das gráficas Red Seg Gráfica, Focal e Gráfica VTPB e de seus sócios.
Em outubro, Herman determinou a quebra do sigilo bancário das gráficas e de seus sócios. O ministro também pediu que o Banco Central fornecesse as informações bancárias e movimentações das empresas e de seus proprietários ocorridas entre 1º de julho de 2014 e 30 de junho de 2015.
A defesa de Dilma solicitou acesso imediato aos documentos e dados encaminhados pelas instituições financeiras em razão da quebra do sigilo bancário, bem como o acompanhamento de todas as diligências e exames.
O ministro, no entanto, ponderou que a petista terá de aguardar a atuação da força-tarefa criada no âmbito do processo, formada por servidores da Polícia Federal, da Receita Federal, do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e do próprio TSE, que se debruçará sobre o material - formado por planilhas e extratos bancários.
"Todos os dados utilizados pela força-tarefa em sua análise (o nominado 'material bruto') estarão disponibilizados às partes quando concluídos os trabalhos daquela e iniciados os trabalhos periciais propriamente ditos", disse o ministro, em sua decisão.
Segundo Herman, a força-tarefa foi constituída para "a partir da expertise e dos recursos operacionais dos órgãos envolvidos, realizar a profunda análise e classificação dos dados bancários que, em estado bruto, nada contribuem para a elucidação do objeto litigioso".
Herman destacou que a perícia complementar será feita em um segundo momento, quando já estiverem disponíveis as informações obtidas com a atuação da força-tarefa. "Em tal ocasião, evidentemente, a legislação processual acerca da prova pericial será rigorosamente observada, oportunizando-se às partes o pleno acompanhamento de eventuais diligências e, também, o oferecimento de quesitos adicionais e pedidos de esclarecimento" ressaltou o ministro.
O ministro também agendou dois novos depoimentos de testemunhas de defesa de Dilma, marcados para a próxima segunda-feira, 21, às 10h, na sede do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. Serão ouvidos Vicente Jordão Jardim e Donisete Fernandes dos Santos.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Cabral é outro Lula em miniatura
A frase de Moro sobre a prisão do ex-governador vale para o ex-presidente
Por: Augusto Nunes 
Quinta-feira,17/11/2016 às 18:43
No despacho que autorizou a prisão do ex-governador Sérgio Cabral e uma penca de comparsas, o juiz Sérgio Moro acrescentou às justificativas jurídicas um oportuníssimo resumo da ópera dos malandros. Trecho:
“Constituiria afronta permitir que os investigados persistissem fruindo em liberdade do produto milionário dos seus crimes (…) enquanto, por conta da gestão governamental aparentemente comprometida por corrupção e inépcia, impõe-se à população daquele Estado tamanhos sacrifícios”. Perfeito.
Agora troque Rio por Brasil , produto milionário” por produto bilionário e Estado por País. Releia o que Moro escreveu e tente entender o que esperam os condutores da Operação Lava Jato para instalar o Chefe Supremo na merecidíssma gaiola. Cabral é outro Lula em miniatura.

NO BLOG DO JOSIAS
PMDB tornou-se uma superestrutura apodrecida
Josias de Souza
Quinta-feira, 17/11/2016 20:22
Em menos de 24 horas dois ex-governadores do Rio de Janeiro foram em cana. Isso é coisa para o livro dos recordes. O preso de hoje, Sérgio Cabral (PMDB), tem mais peso político do que o de ontem, Anthony Garotinho (PR). Isso porque o grupo de Cabral continua comandando o Rio, agora por meio do governador Luiz Fernando Pezão.
A primeira consequência prática da nova prisão é que Pezão terá ainda mais dificuldades para aprovar o seu pacote de maldades fiscais. Difícil exigir sacrifícios de uma sociedade que se sente assaltada por seus governantes. Para complicar, entre os presos está Hudson Braga, que foi coordenador da campanha de Pezão em 2014.
Presidente nacional do PMDB e líder do governo Temer no Senado, Romero Jucá disse que a prisão de Cabral não prejudica o partido. Para Jucá, o problema é só de Cabral. Avalia que a encrenca não interfere nem mesmo na rotina do governo do Rio. Então, tá! Quem quiser que acredite. Quem preferir pode prestar atenção na segunda consequência da prisão de Cabral.
Ao enviar Sérgio Cabral para a cadeia, a Lava Jato potencializa a impressão, já bem disseminada, de que o PMDB é uma superestrutura apodrecida. A situação é de uma simplicidade estarrecedora. Os principais caciques do partido do presidente da República Michel Temer pisam distraídos nos interesses da República, atormentados pela sensação de que a qualquer momento um pedaço de investigação pode cair sobre suas cabeças. O único consolo dos caciques é que o caso do PMDB não é único. A podridão é um fenômeno suprapartidário no Brasil.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Sexta-feira, 18 de novembro de 2016
Cabralzinho e Garotinho em Bangu; Bumlai e Youssef, em casa; e como ficam 500 mil presos comuns?
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Olha o retrato de um novo Brasil, no qual os políticos corruptos perdem sua arrogância de outrora "intocáveis" e o verdadeiro inimigo, o Sistema, começa a ser questionado em protestos nas ruas e nas redes sociais. Agora fica até menos complicado entender porque alguns tomam até coragem para protestos mais contundentes, como a recente invasão do plenário da Câmara dos Deputados por manifestantes que exigiam "Intervenção Militar". Também é fácil entender porque a cúpula da politicagem, sobretudo o PMDB no poder, teme um "Efeito Orloff" com a prisão de quem, até outro dia, se julgava acima do bem, do mal e da lei.
O agora pobre Sérgio Cabral - que não tem como justificar a fortuna que acumulou apenas com o salário de político profissional - foi recebido ontem no Presídio de Bangu 8, com o povo soltando fogos de artifício e ironizando com goladas de champanhe. Nesta sexta-feira, depois da inesquecível primeira noite na cadeia, Cabralzinho tomará seu primeiro café com leite e pão com manteiga, daquela que promete ser uma longa temporada no cárcere que deixará na poeira as luxuosas noitadas em Paris ou Mônaco.
O Globo caprichou na ironia de sua manchete: "Cabral descoberto". Tudo indica que irão longe as descobertas sobre aquele que até outro dia era um "parceirão" de Luiz Inácio Lula da Silva. A novidade é que, Adriana Ancelmo, praticamente ex-mulher de Serginho, é suspeita pela Lava Jato de ter usado seu escritório de advocacia para receber propinas milionárias. Começa a se materializar a vingança do ex-amigo e delator premiado, Fernando Cavendish, dono da construtora Delta que comprou aquele anelzinho de R$ 800 mil que Cabralzinho deu de presentinho para a então esposa, durante um principesco jantarzinho no paraíso fiscal de Mônaco.
O Estado do Rio de Janeiro falido, porém com dois ex-governadores presos, é o retrato de um Brasil em mudanças - mesmo que lentamente. Ontem à noite, Anthony Garotinho fez o maior teatrinho na saída do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Rio de Janeiro. O paciente deu um ataque de faniquitos e acabou amarrado na maca da ambulância do Samu, tentando reagir à ordem do juiz Glaucenir de Oliveira que o mandou para o complexo de Bangu. Preso sob acusação de corrupção eleitoral, Garotinho deve ser submetido a um cateterismo semana que vem, porque estaria com as artérias entupidas. Já passou uma noite tão infernal quanto a do Cabral, com direito ao despertar com cafezinho, pãozinho & manteiguinha dos presos comuns.
Vida menos dura teve um dos mais ilustres delatores premiados da Lava Jato. O doleiro Alberto Youssef, que deixou ontem a cadeia curitibana, passou sua primeira noite em prisão domiciliar no flat alugado por sua família em uma das áreas mais nobres de São Paulo - a Vila Nova Conceição, região onde residem grandes banqueiros e outros ricaços. Usando tornozeleira eletrônica, "Beto" será rigorosamente monitorado. Não pode nem sair à rua. No máximo, tem autorização judicial e médica para usar a academia do condomínio. Se permanecer comportadinho durante quatro meses, Beto poderá ser premiado, em breve, com o regime prisional aberto. Em casa, a liberdade restrita parece menos pior que na cadeia... 
Outro beneficiado com o "cárcere caseiro" é um ex-amigão do ex-Presidente Lula. O pecuarista José Carlos Bumlai ganhou o direito à prisão domiciliar. O supremo magistrado Teori Zavascki aceitou o argumento médico de que Bumlai sofre de doença grave, e não pode ficar em cadeia comum. Detido desde novembro de 2015, no Complexo Médico Penal de Pinhais (na Grande Curitiba), Bumlai se trata contra um câncer na bexiga. Doença mais grave que esta só a cancerosa corrupção...
Os benefícios a Beto Youssef, Bumlai e outros poderosos que conseguem contratar gigantescas bancas de advocacia chamam a atenção de presos comuns, em situações parecidas, mas que não têm a mesma condição econômica para se defenderem. O Brasil possui quase 60 mil pessoas presas por crimes de pequeno potencial ofensivo e que poderiam estar cumprindo penas alternativas. Dos 515 mil presos no Brasil em 2012, 61% eram condenados e 38% estavam presos provisoriamente à espera de julgamento. O menos de 1% restante cumpria medida de segurança
Eis as conclusões do recém divulgado "Mapa do Encarceramento: Os Jovens do Brasil". Dos presos condenados brasileiros, 69% estão no regime fechado, 24% no regime semiaberto e 7% no regime aberto. "Num sistema superlotado, 18,7% dos presos não precisariam estar presos, pois estão no perfil para o qual o Código de Processo Penal prevê cumprimento de penas alternativas". Ou seja, a esmagadora maioria dos presos comuns não tem a mesma oportunidade dada a "presos ilustres". 
Fica a evidência de que o atendimento do Judiciário aos bandidos ilustres ou ilustres bandidos é bem diferente da atenção dada aos demais cidadãos. Não houve atraso na liberação do bilionário doleiro em nenhum dia. O negócio funcionou como um relógio suíço. Já para os 19% dos presos que já poderiam receber penas alternativas, parece que os procedimentos judiciais pararam no tempo... Além de cega, parece que a tal "Justiça" também é inoperante para o andar de baixo...
O velho Capitão Nascimento, das duas edições do filme Tropa de Elite, tem inteira razão: "O verdadeiro inimigo é mesmo o Sistema"...
Só uma inédita Intervenção Cívica Constitucional pode mudar o Brasil de verdade. 
Faltando um...
Comentário de um magistrado muito próximo da República de Curitiba:
"Agora, para o Moro ser 10, só falta prender o 9"...
Crime compensa mesmo
Comentário de leitor do jornal O Globo, viralizado no zap-zap...

Tamanho da Lavagem
A lavagem de dinheiro movimenta de R$ 6 bilhões a R$ 15 bilhões todos os anos no Brasil.
No mundo, são lavados cerca de US$ 1 trilhão anualmente - em torno de 2% a 5% do PIB mundial.
Os números foram apresentados pelo diretor de Cidadania do Banco Central, Isaac Sidney Ferreira, em recente encontro contra Corrupção promovido pela autoridade monetária brasileira.
O BC do B lista as consequências econômicas da lavagem de dinheiro: prejuízo ao setor privado (de imagem e concorrência); à integridade dos mercados financeiros (insegurança jurídica e imagem); perda do controle da política econômica (economias menores) e instabilidade (distorções econômicas e volatilidade).
Alivium
O Presidente Michel Temer já respira mais aliviado.
Otávio Marques de Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, mudou a versão de que teria doado R$ 1 milhão oriundo de propina para a campanha de 2014 da chapa Dilma-Temer.
O equívoco enfraquece a acusação, apurada pelo TSE, de que a campanha presidencial vencedora se valeu de recursos desviados da Petrobras - o que poderia levar ao impedimento de Temer.
Festança em Bangu

Chora, Garotinho

Salvo por enquanto


NO O ANTAGONISTA
O "Trem" da vez
Brasil 18.11.16 09:16
Para o Palácio do Planalto, “o PMDB virou a bola da vez da Lava Jato, depois do PT”.
É o que diz o Estadão.
E mais:
“O receio do governo é mais com o que está por vir - na esteira da delação do empresário Marcelo Odebrecht, preso desde junho de 2015 em Curitiba - do que com o que foi revelado até hoje pelos investigadores”.
Michel Temer, codinome “Trem”, nem se preocupa mais em esconder o jogo: ele topa qualquer artimanha para enterrar a Lava Jato antes dos depoimentos da Odebrecht.
O lobista sem publicidade
Brasil 18.11.16 08:30
Michel Temer encarregou o lobista Sandro Mabel de costurar uma lei de leniência favorável às empreiteiras que saquearam a Petrobras.
Segundo a Folha de S. Paulo, ele atua como “agente colaborador eventual” do presidente da República, e “o convite aconteceu por meio de um ofício encaminhado diretamente a ele, que não teve publicidade”.
"A lei está na mão das pessoas que serão punidas"
Brasil 18.11.16 08:10
Deltan Dallagnol, entrevistado pelo Estadão, atacou o plano dos criminosos eleitos para o Congresso Nacional que querem anistiar o Caixa Dois e assegurar a própria impunidade:
“Existem grandes acordos de colaboração e de leniência em andamento há mais de ano. Isso gera um temor concreto por pessoas que sabem que receberam recursos espúrios, especialmente de corrupção e de lavagem de dinheiro, de que sejam atingidos pela investigação. Em decorrência dessa perspectiva de ser atingido e de um sentimento de auto-preservação essas pessoas estão reagindo com os instrumentos que têm à sua disposição. E quando essas pessoas potencialmente investigadas são parlamentares, os instrumentos à sua disposição são muito poderosos, os instrumentos legislativos. A Lava Jato está buscando punir pessoas poderosas, inclusive quem fez a lei, com a própria lei. O detalhe é que a lei está na mão dessas pessoas que serão punidas. E a possibilidade é que essas pessoas usem a lei para punir quem investiga, para reagir a quem investiga, punindo e garantindo a sua própria impunidade”.
Não vai pegar bem, Temer. De novo
Economia 18.11.16 08:05
Vinicius Torres Freire escreve, na Folha, sobre a intenção de Michel Temer em socorrer os Estados falidos.
Leiam, por favor:
"Quanto dinheiro? Cerca de R$ 4 bilhões. Nem de longe resolve as catástrofes estaduais. Os Estados estão com infecções brabas; o Rio, com septicemia. Essa antecipação de receita é um antitérmico para baixar a febre, evitar que a tensão nas ruas se espalhe. Uma dipirona política.
De onde vai sair o dinheiro? Do futuro, para variar. Caso seja aprovada a segunda rodada de "repatriação" de dinheiro ilegal no exterior, parte da arrecadação de multas e impostos sobre recursos declarados vai para os Estados, talvez prefeituras. Isto é, na verdade o governo federal vai adiantar esse dinheiro para os governadores, cobrindo o seu próprio buraco depois."
E mais:
"Paga-se o 13º salário. E daí? A luta e o rombo continuam. Estados permanecerão quebrados, em colapso, talvez convulsão. Até agora, não há solução ordenada nem para o médio prazo. Os governadores pedem, levam e não se emendam, como fizeram na renegociação e moratória parcial de suas dívidas com a União, vitória quase sem contrapartidas.
Não vai pegar bem. De novo."
Otávio Azevedo tem de voltar para a cadeia
Brasil 18.11.16 07:02
Se o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, mentiu em seus depoimentos sobre a campanha de Dilma Rousseff e Michel Temer, ele tem de ser preso novamente.
As mentiras dos delatores podem arruinar a Lava Jato.
"Clientes em comum"
Brasil 18.11.16 06:41
O Globo publicou um quadro com os contratos da mulher de Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo.
Em primeiro lugar, está a Telemar.
A Telemar pertencia à Andrade Gutierrez, que delatou Sérgio Cabral.
Foi a Telemar que comprou a empresa de fundo de quintal de Lulinha. E foi a Telemar que mais tarde, com uma canetada de Lula, transformou-se em Oi, atualmente tão quebrada quanto o Rio de Janeiro.
A Lava Jato revelou os pagamentos de propina da Andrade Gutierrez pelos contratos na Petrobras, em Belo Monte, em Angra 3. Faltou revelar os pagamentos de propina da mesma empreiteira no setor de telefonia.
Moro intima Lula
Brasil Quinta-feira,17.11.16 22:40
Sérgio Moro intimou Lula a comparecer à sede da Justiça Federal em Curitiba para audiências nos dias 21, 23 e 25 deste mês no âmbito da ação penal que responde por recebimento de propina no caso do triplex do Guarujá.
Serão ouvidas as testemunhas de acusação.


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