TERCEIRA EDIÇÃO DE 18-10-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO O ANTAGONISTA
STJ MANTÉM TRÊS SEM-TERRAS PRESOS, MAS LIVRA O LÍDER
Brasil Terça-feira,18.10.16 17:04
Por unanimidade, a Sexta Turma do STJ acaba de negar o pedido de liberdade de três integrantes do MST presos há mais de quatro meses com base na lei das organizações criminosas.
Os cinco ministros do colegiado entenderam que há "fundamentação suficiente para a manutenção da prisão dos militantes". Eles foram detidos durante a invasão de fazendas em Santa Helena de Goiás.
O líder José Valdir Misnerovicz, porém, terá a prisão preventiva substituída por medidas cautelares. No entender do STJ, não há menção a atos cometidos diretamente por ele.
Não houve conflito?
Brasil 18.10.16 16:58
A Secretaria de Segurança do Distrito Federal, em nota, informou que "não houve nenhum conflito registrado na manhã desta terça-feira pelo Movimento dos Acampados" -- a turma do "exército de Stédile" que se mudou para o gramado central da Esplanada dos Ministérios.
Vejam, por favor, a foto de O Globo -- os policiais reagiram após terem sido atacados com pedras:

1 bilhão para a Educação
Brasil 18.10.16 16:10
Após tentativa de obstrução da pauta, o Congresso acaba de aprovar, em sessão conjunta, mais de 1 bilhão de reais para o Ministério da Educação.
A maior parte dos recursos -- R$ 702,5 milhões -- será destinada ao Fies. O restante vai para o Enem.
Mendonça Filho acompanhou a votação no plenário.
'Paulinho Sindical'
Brasil 18.10.16 16:04
A turma do Paulinho da Força -- com quem o governo senta para negociar ministério e reforma da previdência -- está, de novo, provocando algazarra em São Paulo.
Michel Temer dá muita bola para esse sindicalista.
Quem deixou?
Brasil 18.10.16 15:52
Qualquer tipo de ocupação na Esplanada dos Ministérios sem a devida autorização é proibida.
Quem permitiu que o exército de Stédile se instalasse?

Exclusivo: delator entrega Fernando Sarney
Brasil 18.10.16 15:40
O Antagonista apurou que a delação do executivo Paulo Gazani Jr. abre uma nova frente de investigação da Operação Custo Brasil na área de energia e nos fundos de pensão.
Nesse contexto, Gazani entregou detalhes de negócios bilionários capitaneados por Fernando Sarney.
Querendo ou não, vamos pagar mais essa
O Financista 18.10.16 15:39
A entrevista de Gilberto Occhi, presidente da Caixa, ao Wall Street Journal pode ser resumida assim: ou o governo usará nosso dinheiro para socorrer a Caixa em 2018; ou usará nosso dinheiro para não socorrer a Caixa em 2018.
Explica-se: se o governo fizer questão de receber dividendos do banco para cobrir o rombo fiscal, a Caixa provavelmente pedirá uma injeção de capital da União em 2018.
Se o governo abrir mão desses dividendos, o banco não precisará de dinheiro. Em compensação, a União buscará fontes alternativas para suprir os recursos que receberia da instituição, a fim de cobrir o buraco fiscal.
Propina nos trilhos
Brasil 18.10.16 14:54
Valdemar Costa Neto e seu comparsa Juquinha das Neves, presidente da Valec, receberam 5% do valor dos contratos da Ferrovia Norte-Sul.
A propina foi delatada por um dos diretores da Andrade Gutierrez, Rogério Nora de Sá.
Cheque sem fundos
Brasil 18.10.16 14:16
O PT deu 2,7 milhões de reais do fundo partidário a João Santana, disse o UOL.
Isso ocorreu em 2015, quando o marqueteiro já era investigado pela Lava Jato.
O UOL descobriu também que o dinheiro do fundo partidário foi desviado para pagar uma viagem do séquito de Lula, composto por Ricardo Stuckert, Gabriela Gualberto e José Chrispiniano.
A "Lava Jato suíça" também avança
Brasil 18.10.16 14:04
As investigações da bilionária corrupção na Petrobras também avançam na Suíça. Promotores federais suíços informaram que, somente neste ano, já pediram às autoridades brasileiras documentos referentes a mais de mil contas, distribuídas por cerca de 40 bancos.
Segundo a Procuradoria Geral suíça, as contas pertencem a “altos executivos da Petrobras e de duas fornecedoras, intermediários financeiros, políticos brasileiros e empresas brasileiras e estrangeiras.”
Desde que começou a investigar a corrupção na Petrobras, em 2014, a Justiça suíça afirmou ter recebido, do Brasil, dados sobre cerca de 340 movimentações bancárias suspeitas. Também já foram abertos 60 inquéritos e congelados US$ 800 milhões.
Exclusivo: sócio de Chambinho vira delator
Brasil 18.10.16 12:51
O Antagonista apurou que o empresário Paulo Gazani Jr., sócio de Alexandre Romano na VIS Investimentos, virou delator na Operação Custo Brasil.
A delação já foi homologada - ela atinge em cheio um importante grupo econômico e o filho de um velho cacique político.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
José Casado: O Público e o Privado
Há dois meses o governo tenta localizar 4.564 bens que desapareceram da Presidência — de forma “absolutamente inexplicável” na avaliação de auditores do TCU
Por: Augusto Nunes 
Terça-feira, 18/10/2016 às 15:51
Publicado no O Globo
Michel Temer vai informar a Lula e Dilma que todo o acervo presidencial levado quando deixaram o poder está embargado, pelo menos até a conclusão do inquérito para identificação, origem, natureza (se os bens são públicos ou privados) e eventual incorporação ao patrimônio da União.
O aviso para que se “abstenham de vendê-los ou doá-los” deverá ser encaminhado pelo gabinete pessoal de Temer — informou o Tribunal de Contas em correspondência enviada na tarde de sexta-feira passada ao Palácio do Planalto, ao responder um pedido de “esclarecimentos” da Secretaria de Governo.
Há dois meses o governo tenta localizar 4.564 bens que desapareceram da Presidência — de forma “absolutamente inexplicável” na avaliação de auditores do TCU. Entre 2010 e 2016, a cada 24 horas sumiram dois bens do registro do patrimônio presidencial.
Estavam sob a guarda e responsabilidade dos gestores de 24 unidades e órgãos, entre eles, os palácios do Planalto e da Alvorada, a residência oficial da Granja do Torto, ministérios e secretarias como Casa Civil, Assuntos Estratégicos, Portos, Aviação, Imprensa, Mulheres, Igualdade Racial.
Não se conhece a listagem do que sumiu. Auxiliares de Temer resolveram mantê-la sob sigilo, apesar da posição contrária do Tribunal. Sabe-se que dela constam seis obras de arte da Presidência e uma do Museu de Belas Artes (Rio).
Sabe-se, também, que Lula e Dilma guardam 697 peças classificadas como “acervos de natureza museológica e bibliográfica”, recebidas como presentes em reuniões com chefes de Estado e de governo. Lula ficou com 80%, como “mero guardião”, alegam seus advogados, ciente de que o proprietário é “o povo” e sua conservação e preservação “cabe ao poder público”.
Em março passado, ele disse à Polícia não saber o valor e a exata localização dos bens:
— Acho que (está) no sindicato nosso, dos metalúrgicos (de São Bernardo-SP). Tem coisa de valor que deve estar guardada em banco… Eu já tomei uma decisão, terminada essa porra desse processo, eu vou entregar isso para o Ministério Público. Vou levar lá e vou falar: “Janot, está aqui, olha, isso aqui te incomodou? Um picareta de Manaus entrou com um processo pra você investigar as coisas que eu ganhei, então você toma conta”.
O delegado insistiu:
— O senhor disse que no sítio (de Atibaia-SP) foi colocada parte dos bens que foram retirados no fim do mandato…
— Eu falei tralhas, que eu nem sei o que é, mas é tralha — retrucou Lula.
— O senhor disse que tem coisa valiosa.
— Eu não sei onde está, mas tem muita coisa valiosa. Tem muita coisa valiosa…
Parte do acervo mantido por Lula já foi mapeado pela Polícia. Duas semanas atrás, o juiz Sérgio Moro autorizou uma comissão governamental a catalogar as peças encontradas num cofre do Banco do Brasil, em São Paulo.
O roteiro escrito no Planalto prevê que até janeiro se conclua a “minuciosa identificação dos bens” no cofre do banco. Idêntico procedimento seria adotado sobre o acervo mantido pela ex-presidente Dilma.
Permanecem desaparecidas outras 3.868 peças do patrimônio da Presidência. Ajudam a compor o retrato da resiliência de costumes arcaicos na política, cuja melhor síntese foi feita pelo Barão de Itararé, nos anos 40: “No Brasil, a vida pública é, muitas vezes, a continuação da privada”.

NO BLOG DO JOSIAS
Renan faz pose de patrono da renovação política
Josias de Souza
Terça-feira, 18/10/2016 15:56
Nesta terça-feira, Renan Calheiros fez uma pose inusitada. Apresentou-se diante dos refletores como patrono da renovação política. “A reforma política precisa ser feita no Brasil”, disse o presidente do Senado. “Há uma necessidade”, enfatizou. “Esse sistema político envelheceu, precisa ser substituído”, acrescentou, sem se dar conta de que as palavras saltavam de seus lábios enrugadas.
Renan deseja incluir a reforma política num balaio com outros dois temas. “Entendo que a oportunidade é conjugar, ao mesmo tempo, reforma política, combate à corrupção e lei de abuso de autoridade”, disse o encrencado senador, protagonista de uma denúncia e nove inquéritos no Supremo Tribunal Federal.
“Acho que esse aperfeiçoamento mais do que nunca se faz necessário no Brasil”, prosseguiu Renan. “Se fizermos essa conjunção para votarmos essas propostas, estaremos aperfeiçoando o Brasil e, consequentemente, suas instituições.”
O cotidiano do político é uma sucessão de poses. O político é viciado em pose. Cada gesto, cada palavra do político é uma pose. Mas o que Renan não percebeu é que um político não pode ser feito apenas de pose. É preciso que por trás da pose exista uma noção qualquer de ética.


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