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MP vai investigar compra de 10 toneladas de café no Banco do Nordeste
Para chegar aos 10 mil quilos previstos pela estatal, é necessário que o consumo de café seja de cerca de 5500 xícaras por dia
Por Tribuna do Ceará em Jornal Jangadeiro 1º edição
Sexta-feira,16 de setembro de 2016 às 10:03
BNB prevê consumo de 10 toneladas de café em um ano. (Foto: Marcos Santos/ USP Imagens)
Uma licitação do Banco do Nordeste (BNB) para a compra de 10 toneladas de café deve ser investigada pelo Ministério Público do Estado do Ceará. O certame prevê contrato de um ano, durante o qual o Centro Administrativo do BNB, no bairro Passaré, em Fortaleza, será abastecido com cerca de 833 quilos mensais de café torrado e moído. Até agora, a menor proposta para atender o pedido foi no valor de R$ 135 mil. A reportagem é da TV Jangadeiro.
Um quilo de café moído rende, em média, 200 xícaras de 50 ml. Para chegar aos 10 mil quilos previstos pela estatal, é necessário que o consumo seja de cerca de 5.500 xícaras por dia, considerando finais de semana e feriados, que não são dias úteis.
O número chamou a atenção do Ministério Público do Estado que pediu abertura de um procedimento para o que o banco dê explicações num prazo de 15 dias após receber o documento. O promotor de Justiça Ricardo Rocha pontua que a quantidade seria suficiente para abastecer a repartição por dois anos.
“Pela quantidade de servidores que existe no Passaré, para que esse consumo acontecesse era necessário que cada servidor consumisse seis xícaras de café, o que é realmente absurdo e não acontece. O cálculo foi feito em cima da quantidade de servidores e do consumo que é considerado normal durante o ano”, destacou Rocha.
Em nota, o Banco do Nordeste afirma que cerca de três mil pessoas circulam em média pelo Centro Administrativo do Passaré, entre funcionários, colaboradores e visitantes. A afirmação do banco é de que adotou um cálculo de duas xícaras e meia por dia para cada pessoa. Além disso, apesar de a licitação estimar um consumo mensal de 833 quilos de café por mês, a nota do banco diz que a instituição não tem a obrigação de comprar todo o volume licitado.
Assembleia Legislativa
Um caso semelhante já aconteceu na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE). Em 2015, a Casa fez uma licitação para comprar itens como cafés, achocolatados e açúcar que pode chegar a R$ 129 mil, caso todos os itens sejam adquiridos.
Em nota, a Assembleia Legislativa pontuou que a compra dos produtos é destinada ao consumo básico das pessoas que cumprem jornada de trabalho na Casa, além dos visitantes. Ressaltou também que faz as compras por um valor unitário fixo, de acordo com a demanda, sem a obrigatoriedade de fazer o gasto total previsto na licitação.
NO O ANTAGONISTA
Parabéns, Marco Aurélio
Brasil 17.09.16 10:42
Marcelo Odebrecht e mais três ex-executivos da empreiteira pediram ao STF que seus bens sejam desbloqueados, o que revogaria decisão do TCU, informa O Globo.
Eles tentam levar o Supremo a estender a decisão de Marco Aurélio Mello que reverteu ato do TCU, liberando recursos da Odebrecht e da OAS.
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