SEGUNDA EDIÇÃO DE 13-9-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO BLOG DO FAUSTO MACEDO
Léo Pinheiro confessa crimes a Moro e implica governo Dilma na Lava Jato
Ex-presidente da OAS, réu por pagar propina ao ex-senador Gim Argello para que executivos do cartel envolvido em corrupção na Petrobras não fossem convocados em CPI do Congresso, pediu novo interrogatório, após Procuradoria encerrar negociação de delação
Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, Julia Affonso e Fausto Macedo
Terça-feira,13 Setembro 2016 | 16h31
O ex-presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, afirmou nesta terça-feira, 13, ao juiz federal Sérgio Moro, que o ex-ministro de Relações Institucionais do governo Dilma Rousseff, Ricardo Berzoini participou de reunião na casa do ex-senador Gim Argello (PTB-DF) em que foi tratado da blindagem ao Governo e às empreiteiras nas investigações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, em 2014. O empreiteiro teria pago propina no esquema.
“Eu queria agradecer ao senhor e ao Ministério Público a oportunidade para eu esclarecer, para falar a verdade, mesmo que esses fatos me incriminem. Eu cometi crimes e para o bem da Justiça do nosso País, para o bem da sociedade, estou aqui para falar a verdade, para falar tudo que eu sei.”
É a primeira vez que Léo Pinheiro, que perdeu no último mês sua negociação de delação premiada com o Ministério Público Federal, confessa crimes no esquema de cartel e corrupção na Petrobras. Ele foi interrogado por Moro em processo em que é réu por pagar propina de R$ 350 mil ao ex-senador Gim Argello, via doação a uma igreja.
Moro quis saber então se os crimes narrados pela força-tarefa da Lava Jato de propinas pagas para parlamentares para blindar investigados na CPMI, ele confirmou e citou a participação de outros executivos e de um ex-ministro do governo cassado.
“Fui convocado para um encontro na casa da senador Gim Argello e lá chegando estavam presentes o senador Vital do Rêgo e para minha surpresa estava presente o ministro das Relações Institucionais do governo Dilma, o ministro Ricardo Berzoini. Eu fiquei surpreso, eu não conhecia pessoalmente.”
Segundo Léo Pinheiro, em 2014, após ser deflagrada a Operação Lava Jato, ele foi chamado para um encontro na casa do ex-senador Gim Argello. No encontro, estava também o senador Vital do Rêgo. “Gim queria promover um almoço e estariam presentes outras empresas do setor, segundo ele, as cinco maiores do setor.” Léo Pinheiro confirmou terem participado executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, entre elas.
No segundo encontro, Léo Pinheiro diz que Berzoini já estava com os dois parlamentares quando ele chegou. “O ministro relatou que era uma preocupação muito grande do governo da presidente Dilma o desenrolar dessa CPMI e gostaria que as empresas pudessem colaborar, o quanto possível, para que essas investigações não tivessem uma coisa que prejudicasse o governo.”
Novo interrogatório 
O executivo Léo Pinheiro, da OAS, ficou em silêncio durante seu primeiro interrogatório como réu, antes de ele perder sua delação. Frente a frente com o juiz federal Sérgio Moro, o empreiteiro disse que ‘por orientação dos advogados’ não responderia a nenhuma pergunta.
Léo Pinheiro, condenado a 16 anos de reclusão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Lava Jato, teve a negociação de sua delação premiada suspensa pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A interrupção foi provocada pela divulgação de informações sobre o ministro Dias, Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. O ministro teria sido citado por Léo Pinheiro, o que é negado pelo procurador-geral.

Supremo põe na pauta denúncia contra Gleisi
Ministros da Segunda Turma da Corte julgam na próxima terça-feira, 20, acusação contra senadora petista, o marido Paulo Bernardo e um empresário de Curitiba por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Julia Affonso e Fausto Macedo
13 Setembro 2016 | 12h36
Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo. Foto: André Dusek/Estadão

A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) colocou em pauta o julgamento da denúncia contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), acusada de receber R$ 1 milhão do esquema de propinas instalado na Petrobras para sua campanha em 2010. Também são acusados de corrupção e lavagem de dinheiro o ex-ministro Paulo Bernardo (Governos Lula e Dilma) – marido de Gleisi – e o empresário Ernesto Kugler Rodrigues.
O julgamento foi marcado para o próximo dia 20 de setembro. A Corte já havia marcado o julgamento, mas adiou a sessão por causa do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT), no Senado.
Os ministro vão analisar a denúncia da Procuradoria-Geral da República. Se aceitarem a acusação, Gleisi, Paulo Bernardo e o empresário viram réus.
Paulo Bernardo já é réu em uma ação penal em curso na 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, por envolvimento no suposto esquema Consist – desvios de R$ 102 milhões em contratos de empréstimos consignados no âmbito do Ministério do Planejamento em sua gestão. O ex-ministro chegou a ser preso pela Polícia Federal, mas o ministro Dias Toffoli, do Supremo, mandou soltá-lo.
A acusação contra Gleisi, no STF, tem base nas delações premiadas do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. Eles revelaram que, em 2010, R$ 1 milhão do esquema de propinas da Petrobras foi destinado à campanha eleitoral da petista ao Senado.
A criminalista Verônica Sterman tem reiterado que a senadora Gleisi e Paulo Bernardo não receberam valores ilícitos nem na campanha de 2010 e nem no Esquema Consist.

NO O ANTAGONISTA
Brasil 13.09.16 17:18
Assim como Gim Argello, Vital do Rêgo é católico praticante. Frequenta a missa todos os domingos em uma paróquia da Asa Sul, em Brasília, e têm ótima relação com o clero local.
No caso de Vitalzinho, não há registro de pagamentos de empreiteiras para a igreja preferida dele. Por enquanto.
Brasil 13.09.16 17:01
O depoimento de Léo Pinheiro é arrasador para Gim Argello, que chorou no depoimento a Sérgio Moro semanas atrás. Gim negou ter cobrado propina para proteger as empreiteiras na CPMI da Petrobras. As novas evidências desmontam seu teatro.
Pelo visto, Gim é apenas um bebê chorão mentiroso.
Brasil 13.09.16 16:57
Vital do Rêgo, delatado por Léo Pinheiro, perdeu todas as condições de permanecer no Tribunal de Contas da União. Segundo o empreiteiro, Vitalzinho exigiu ajuda financeira para sua campanha ao governo da Paraíba.
Léo disse ter pago R$ 1 milhão para o diretório nacional do PMDB e R$ 1,5 milhão no caixa 2.
Brasil 13.09.16 16:47
Como antecipamos, Léo Pinheiro também implodiu Marco Maia em seu depoimento a Sérgio Moro. Ele contou que foi procurado pelo então relator da CPMI da Petrobras, que lhe sugeriu um encontro numa mansão no Lago Sul, em Brasília...
O Financista 13.09.16 16:47
Enquanto governo e oposição travam, na Câmara, uma batalha em torno da CPI da Lei Rouanet, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou a aplicação dessa lei para captação de recursos para eventos culturais focados no turismo...
Brasil 13.09.16 16:19
Alberto Fraga, que deve ser confirmado presidente da CPI da Lei Rouanet, tem tudo para conseguir emplacar Domingos Sávio, do PSDB de Minas Gerais, como relator...
Brasil 13.09.16 16:25
Léo Pinheiro narrou diversos encontros com Gim Argello e Vital do Rêgo. Num deles, a dupla explicou como seria a CPI da Petrobras e o que teria de fazer para evitar que a OAS fosse investigada.
"Podemos ajudar e ajudar muito, mas o senhor vai ter que ajudar financeiramente. Vai ter que dar uma contribuição para o senador Vital do Rêgo, que será candidato a senador na Paraíba", disse Gim, segundo Léo...
O Financista 13.09.16 16:05
O plenário da Câmara aprovou, há pouco, a conversão de 10.462 cargos comissionados (os famigerados DAS) em cargos de acesso exclusivo a servidores concursados. Traduzindo: são dez mil boquinhas a menos...
Brasil 13.09.16 15:46
Cármen Lúcia autorizou o cerimonial do Supremo a convidar Lula para a sua posse, mas ele não foi o único. Foram convidados todos os ex-presidentes, mas só Lula e José Sarney compareceram.
O Financista 13.09.16 15:46
A Comissão Mista de Orçamento aprovou R$ 3 bilhões para o Brasil pagar o que deve a cerca de 50 organismos internacionais. Gente pouco influente e que nem repara, como a ONU, OEA e OMC...
Brasil 13.09.16 15:38
O petista Marco Maia, em 2011 e 2012, foi eleito por seus colegas “o parlamentar mais influente do Congresso Nacional”.
Ele era o xodó de Dilma Rousseff...
Brasil 13.09.16 14:06
O Ministério Público Federal em Curitiba acaba de oferecer a primeira denúncia de cartel e fraude à licitação da força-tarefa da Lava Jato. Os alvos são executivos da Queiroz Galvão e da IESA Óleo e Gás.
Estão na lista de denunciados Petrônio Braz Junior, André Gustavo de Farias Pereira, Othon Zanoide de Moraes Filho, Augusto Amorim Costa e Ildefonso Colares Filho, como representantes da empreiteira Queiroz Galvão, além de Rodolfo Andriani, Valdir Lima Carreira e Otto Garrido Sparenber, como representantes da IESA Óleo e Gás...

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