PRIMEIRA EDIÇÃO DE 06-9-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
06 DE SETEMBRO DE 2016
Ao ser destituída por 61 senadores representando mais de 83 milhões de votos, Dilma Rousseff perdeu o foro privilegiado e está sujeita agora ao juiz Sérgio Moro, até há pouco impedido de investigá-la. Dilma foi citada gravemente por 11 delatores da Lava Jato, incluindo seu ex-líder do Governo no Senado, Delcídio Amaral, que a denunciou por 72 vezes. Logo Dilma poderá não ter motivos para alegar que é “honesta”.
O artigo 86 da Constituição determina que só se pode investigar Presidente por crime cometido no mandato. Esse impedimento caiu.
Somente Lula, com 136 referências de delatores, é mais citado que Dilma na revelação das safadezas investigadas pela Lava Jato.
A ex-presidente foi denunciada por duas vezes, no Supremo Tribunal Federal, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Janot denunciou Dilma por obstrução à Justiça, ao nomear Lula e até um ministro para o STJ que livrasse da cadeia ladrões da Petrobras.
Líderes do Congresso acham que as investigações da Operação Greenfield chegarão a Lula. O ex-presidente se envolvia pessoalmente na definição de investimentos de fundos de pensão e até do BNDES. No governo Lula, fundos de pensão controlados por petistas, como o Previ (funcionários do Banco do Brasil), além do banco de fomento BNDES, viraram sócios de dezenas de empreendimentos privados.
O investimento garantia assento de indicados dos fundos de pensão, em geral petistas, nos conselhos de administração das empresas.
Lula e o PT chegaram a acomodar cerca de 300 petistas e amigos nos conselhos de administração de empresas com investimento de fundos.
Lula comemorou o fim da delação premiada de Léo Pinheiro. O ex-presidente da OAS era talvez a mais forte testemunha contra ele nos casos do tríplex, do sítio de Atibaia e outros negócios escusos.
Dilmistas distribuíram em São Paulo, domingo, adesivos pregando a “prisão de Moro”, juiz que prendeu os corruptos do PT. O mote do adesivo é de Lula, na tentativa de desmoralizar o juiz que deve julgá-lo.
Ir a loja comprar coisas de uso pessoal é uma das coisas que mais fazem falta a Michel Temer na rotina de presidente, como confessou a esta coluna. Ele se aborreceu quando soltou o salto do seu sapato, mas, feliz da vida, pôde ir a uma loja de Hangzhou comprar novo par.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) assistiu, no domingo (4) no Píer 21, em Brasília, ao filme “Café Society”, de Woody Allen. É um roteiro de traições. Saiu discretamente para não ser reconhecido.
O Tribunal Regional Eleitoral se posicionou favorável à posse de Eduardo Braga (PMDB) no governo do Amazonas. O governador José Melo (Pros) foi condenado por suposto esquema de compra de votos. Mas a briga está longe do fim.
Político experiente, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) minimiza a traição peemedebista que deu prêmio de consolo a Dilma no impeachment. “Não vamos fazer disso um cavalo de batalha”, diz.
Os 3 milhões de moradores de Brasília trabalham para pagar os salários do governo do DF: o orçamento anual de R$ 31 bilhões tem padrão suíço, mas menos de 1% são investidos para melhorar a vida de quem paga a conta. Os salários consomem R$ 26,5 bilhões.
Defensores do impeachment dizem que “golpista” é quem pretende retirar do vice a prerrogativa constitucional de assumir, no impedimento da titular. Os vices José Sarney e Itamar Franco assumiram.
Até agora a Rede tenta desfazer o mal-estar causado pelo senador Randolfe Rodrigues (AP), defensor do fatiamento do impeachment. Seu partido e Marina Silva são contra. Agora não se fala mais no assunto.
...”discutir a relação” é o que o eleitor está ansioso para fazer, nas eleições de outubro, com partidos que roubaram a Petrobras.

NO DIÁRIO DO PODER
ATÉ MORTO FEZ DOAÇÃO
TCU ENCONTRA INDÍCIOS DE IRREGULARIDADE EM 1 DE CADA 3 DOADORES DE CAMPANHA
LEVANTAMENTO ENCONTRA ATÉ PESSOAS REGISTRADAS COMO MORTAS
Publicado: segunda-feira, 05 de setembro de 2016 às 19:16
Um em cada três doadores que contribuíram para as campanhas municipais de outubro tem indício de irregularidade, segundo levantamento realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Técnicos do TCU identificaram irregularidades em 38.985 doadores, de um universo de 114.526, o que representa 34%. O levantamento também encontrou indícios de irregularidade em 1.426 de 60.952 fornecedoras (2,34%). 
Entre as principais suspeitas de irregularidade estão a contribuição feita por pessoas que aparecem registradas como mortas ou são beneficiárias do programa Bolsa Família. 
As informações foram geradas a partir do cruzamento de informações prestadas pelas campanhas dos candidatos e o banco de dados do Governo Federal, como o Sistema de Controle de Óbitos (Sisob) e o Cadastro Único. Os dados foram entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta segunda-feira, 5.
"Temos de acompanhar isso com muito rigor. Já tivemos no passado mortos que votavam, agora temos mortos que doam", disse o presidente do TSE, Gilmar Mendes, depois de receber o relatório das mãos do presidente do TCU, Aroldo Cedraz, em Brasília.
O TSE irá repassar agora as informações aos juízes eleitorais, que terão cinco dias para pedir diligências e aprofundar as investigações. Caso as irregularidades sejam confirmadas, elas podem eventualmente levar à impugnação de candidaturas.
"Mudamos o paradigma em termos de verificação; a prestação de contas vai deixar de ser um faz de contas", comentou Gilmar Mendes. Na avaliação do presidente da Corte Eleitoral, é "bem alto" o fato de 1 em cada 3 doadores apresentar indícios de irregularidades.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Valentina de Botas: Millôr Fernandes tinha razão
A Paulista vermelhinha confirmou o que disse o grande pensador: quando as ideologias ficam bem velhinhas, elas vêm morar no Brasil
Por: Augusto Nunes 
Segunda-feira, 05/09/2016 às 22:16
Neste domingo, 04, na Paulista toda vermelhinha em que as bandeiras da CUT, do MST (como esses caras ficaram pelo menos 13 anos no poder e continuam sem terras?) e de outras siglas vigaristas substituem a Bandeira do Brasil, o “Fora, Temer” pede a prisão do juiz Sérgio Moro, nada menos: coerência é isso aí, no faroeste esquerzoide, como diz o Augusto Nunes, o bandido prende o xerife.
Aliás, por falar em coerência, o Papa Francisco, que foi à Cuba tirânica e à Bolívia de Morales e cuja conversão ao Cristianismo ainda é esperada, não vem ao Brasil atendendo ao pedido da petista CNBB e certamente por intervenção de nossa senhora de forma geral, a santa de devoção eleitoreira da ex-presidente.
Democracias como Venezuela e Bolívia contam com a adesão da Igreja homófoba-patriarcal-machista à tese do golpe imaginário e hão de atrair a Coreia do Norte para lutar pela liberdade ao totalitarismo. Millôr Fernandes tinha razão, “quando as ideologias ficam bem velhinhas, elas vêm morar no Brasil”.

Napoleão de hospício
O pai do Brasil Maravilha agora acha que também produziu o Dia da Criação
Por: Augusto Nunes 
05/09/2016 às 19:15
“Necessário salientar que o peticionário não reconhece a competência do Juízo da 13ª Vara Criminal de Curitiba para a condução do presente feito”. (Roberto Teixeira, Cristiano Zanin Martins, José Roberto Batochio e Juarez Cirino dos Santos, advogados de Lula, ao informarem que seu cliente não reconhece a competência de Sérgio Moro na investigação sobre as 23 caixas com presentes recebidos pelo petista no período que ocupou a Presidência da República e que foram apreendidas pela Polícia Federal em março deste ano, confirmando que, se o ex-presidente ainda tinha alguma dúvida de que era Deus, ela acabou de acabar)

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
OPERAÇÃO GREENFIELD – A Conjuração dos Ladrões e os “petralhas burgueses”
Operação nos fundos de pensão demonstra a extensão e a profundidade da roubalheira do regime petista. Roubavam nosso dinheiro e queriam roubar também nossa democracia
Por: Reinaldo Azevedo 
Terça-feira, 06/09/2016 às 5:21
A Polícia Federal deflagrou uma megaoperação que tem como epicentro os maiores fundos de pensão das estatais: Previ, Funcef, Postalis e Petros. Dizer o quê? Recorram ao arquivo deste blog para saber como trato essas entidades desde que o blog existe — e já o fazia antes. Atenção! Eles eram — e, em certa medida, são ainda — um dos esteios do poder do PT.
Aliás, é curioso: enquanto o partido fazia, por exemplo, campanhas contra as privatizações do governo FHC, os fundos, já influenciados pelo PT, iam às compras. O petismo, diga-se, se sustenta em três pilares: aparelhamento do Estado, sindicalismo e fundos de pensão.
A coisa de agora é cabeluda e pode rivalizar, em prejuízo efetivo, com o Petrolão. Fazendo uma síntese: os indícios apontam para um conluio entre os fundos e algumas cabeças coroadas do empresariado — curiosamente, muitos deles se tornaram impressionantemente robustos durante o lulo-petismo — para fingir que o simples assalto aos cofres dessas entidades era… investimento! Esses fundos compravam, aponta a investigação, cotas em oito fundos de investimentos a preços superfaturados. Ainda que o investimento viesse a dar lucro depois, o prejuízo na largada, para as entidades, já estava garantido. Bem como o lucro dos larápios. Essa é, reitero, a acusação. Foi bloqueada a fabulosa quantia de R$ 8 bilhões.
Sabem o que impressiona nisso tudo? O fato de ninguém se impressionar. Nem no mercado. Todos esperavam, cedo ou tarde, uma devassa nesses entes. O que estarrece os que acompanham a coisa mais de perto, consta, é o grau do descaramento. E, ora vejam, lá está João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, como um dos investigados.
Chega a ser espantoso. Lembro-me aqui que, em 2010, a VEJA publicou uma reportagem com o depoimento de um sujeito chamado Gerardo Santiago, um ex-assessor do Previ. Ele revelou, então, a existência de um bunker naquele fundo só para produzir dossiês contra adversários do petismo.
Escrevi, então, que aquele bunker montado na Previ atentava diretamente contra os direitos fundamentais e políticos garantidos pela Constituição Brasileira. Era a Hidra de Lerna do Estado totalitário mostrando as suas muitas cabeças. Não estava mais no ovo. Já havia nascido. Pessoas estavam lá organizadas não para cuidar do fundo, de suas necessidades, etc, mas para atuar como uma espécie de polícia política do PT e do Governo de então. Ninguém estava fora de seu radar. Só na Previ? Santiago deu a entender que não.
A operação de agora, aguardem, vai evidenciar a profundidade alcançada pela “Conjuração dos Ladrões”.
Roubavam nosso dinheiro.
O objetivo era roubar também nossa Democracia.
E eles estão em marcha.
Ah, claro, o regime bolivariano criou os “boliburgueses”, os multimilionários e multibilionários do bolivarianismo. Tudo indica que, por aqui, formaram-se os “petralhas-burgueses”.
Mas não contem isso para alguns humoristas. Eles acham que essa crítica é coisa de radicais que não gostam do Chico Buarque, né, Marcelo Adnet?

NO BLOG DO JOSIAS
Sob a mira da PF, Funcef foi prometida ao PP
Josias de Souza
Terça-feira, 06/09/2016 02:39
O Ministério Público Federal não poderia ter escolhido hora mais apropriada para empurrar a Polícia Federal dentro dos fundos de pensão. A operação policial foi às ruas num instante em que o Planalto comprometeu-se a entregar ao PP a presidência do Funcef, que administra os milhões do fundo de aposentadoria dos funcionários da Caixa Econômica Federal.
Repetindo: sob Michel Temer, o Governo negocia com o Partido Progressista, campeão no ranking de enrolados da Lava Jato, a presidência de um fundo que frequenta as manchetes como um escândalo. Errar todos erram. É humano. Mas escolher um erro assim, de forma tão cuidadosa e suspeitamente negociada, não é para qualquer um. Exige método.

NA VEJA.COM
Fraude em fundos de pensão teria contado com influência política
Investigadores da Operação Greenfield suspeitam que autoridades políticas tinham “clara ascendência” sobre fundações que sofreram um prejuízo bilionário
Por Thiago Bronzatto e Hugo Marques
Segunda-feira, 5 set 2016, 21h55 - Atualizado em 5 set 2016, 22h23
A organização criminosa que gerou um rombo de mais de 8 bilhões de reais nos maiores fundos de pensão do Brasil contou com a participação de um núcleo político, segundo suspeitam os investigadores da Operação Greenfield. Em seu pedido de busca e apreensão, realizada nesta segunda-feira, o Ministério Público Federal relata que em oito dos dez casos de investimentos fraudulentos o “modus operandi encontrado é praticamente idêntico”. No esquema delineado por procuradores e policiais federais, o apoio de “autoridades políticas” era crucial, já que tinham “clara ascendência sobre os diretores dos fundos de pensão que são indicados pelas entidades patrocinadoras (Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Petrobras e Correios)”.
Segundo o MPF e a PF, a sangria dos fundos de pensão Funcef (dos funcionários da Caixa Econômica Federal), Petros (Petrobras), Postalis (Correios) e Previ (Banco do Brasil) ocorreu por meio dos fundos de investimento em participações (FIP), que injetaram recursos em negócios de alto risco. A engrenagem da fraude entrava em operação quando o “núcleo empresarial” buscava dinheiro no mercado para tirar os seus projetos do papel. Esse grupo do setor privado se reunia com o núcleo “dirigente de fundos de pensão”, formado por diretores das entidades, e também com o “núcleo político”, que tinham ingerência nas indicações dos cargos das estatais. Após esses encontros, o dinheiro era liberado por um valor superior ao do custo real do projeto. O suposto envolvimento de parlamentares nesse esquema não foi aprofundado nesta primeira fase da Operação Greenfield, que tem como foco investigados sem foro privilegiado.
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Alguns suspeitos, que foram conduzidos pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos aos investigadores têm ligações com o PMDB e PT. Nos últimos anos, os dois partidos lotearam as diretorias dos fundos de pensão com apaniguados políticos. Entre eles, está Humberto Pires Grault Vianna de Lima, “um dos principais personagens do esquema criminoso” que atuava na Petros e na Funcef, segundo o MPF. Até a deflagração da operação nesta manhã, Grault exercia a função de gerente de Participações da Funcef, sendo responsável pelo acompanhamento de todos os investimentos estruturados da fundação. A investigação revelou que Grault, indicado pelo PT, detinha o monopólio do processo decisório interno da Funcef, ignorando completamente quaisquer pareceres contrários das demais áreas do fundo. “Tal conduta contou com a conivência clara especialmente dos então diretores Carlos Caser e Carlos Augusto Borges”, diz a representação do MPF.
Outro investigado na Operação Greenfield é Alexej Predtechensky, ex-diretor-presidente do Postalis e membro do Comitê de investimentos do fundo. Conhecido como “Russo”, Alexej é apontado pela Polícia Federal como “um dos principais responsáveis pelos crimes cometidos contra o Postalis”. As operações fraudulentas que esvaziaram o fundo dos Correios causaram um rombo superior a 5 bilhões de reais, um prejuízo que pesou no bolso dos carteiros. Alexej, que mantinha uma boa relação com peemedebistas, teria sido indicado para comandar o Postalis pelo senador Edison Lobão (PMDB-MA).

NO O ANTAGONISTA
O Financista 06.09.16 07:17
O Estadão mostra que a economia do governo federal com a revisão de benefícios previdenciários por incapacidade pode superar os R$ 6 bilhões...
Brasil 06.09.16 06:56
Lula foi bem tratado pelos fundos de pensão.
A Oi, bancada por Previ e Funcef, comprou a empresa de fundo de quintal de Lulinha...
Brasil 06.09.16 06:22
O trio petista dos fundos de pensão, que atuava sob o comando de Lula e Luiz Gushiken, era formado por Guilherme Lacerda (Funcef), Sergio Rosa (Previ) e Wagner Pinheiro (Petros).
Os três foram pegos pela operação Greenfield...
Brasil 06.09.16 05:04
Guilherme Lacerda foi preso ontem.
Nomeado por Lula e Luiz Gushiken para presidir o FUNCEF, ele está metido nos maiores escândalos do PT, da batalha pelo controle da Brasil Telecom, que gerou a Oi, até a propina do BNDES...
Brasil 05.09.16 22:42
O Globo informa que a juíza Marianna Medina Teixeira, da 4ª Vara Cível de Nova Iguaçu, decretou a indisponibilidade dos bens de Lindbergh Farias...
Brasil 05.09.16 22:17
A Polícia Federal informa que foram apreendidos cerca de 350 mil reais, 100 mil dólares e 50 mil euros, além de obras de arte, joias e veículos de luxo...
Brasil 05.09.16 20:27
No relatório da Operação Greenfield, obtido por O Antagonista, os procuradores dizem que há "indícios de existência de uma organização criminosa (formada por dezenas de pessoas) infiltrada em diversos Fundos de Pensão"...


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