PRIMEIRA EDIÇÃO DE 05-9-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEGUNDA-FEIRA, 05 DE SETEMBRO DE 2016
A realidade do desemprego para Dilma Rousseff será muito melhor que a maioria dos 12 milhões de brasileiros que seu governo deixou na rua da amargura. Com todas as despesas pagas pelo contribuinte, a petista teve a oportunidade de poupar os salários que recebeu desde sua posse na Presidência da República, em 2011. Até ser cassada, dia 31, Dilma acumulou mais de R$ 2 milhões somente com seus salários.
Como presidente, Dilma não gastou um só centavo com residência, transporte, gasolina, viagens e alimentação durante 65 meses.
Quando assumiu a Presidência, em 2011, o contracheque de Dilma era de R$ 26,7 mil. No segundo mandato, passou a R$ 30,9 mil.
Dois meses antes do início do impeachment, Dilma cortou em 10% o salário dela, do vice e dos ministros. Foi inútil.
Se manteve sua grana na poupança, Dilma terá rendimentos mensais de R$10 mil. Mais que o suficiente para se manter sem cargo público.
A Petrobras acha que atingiu a meta, com 11,7 mil adesões ao plano de demissão voluntária, investindo R$ 4 bilhões para economizar R$ 30 bilhões até 2020. Não basta, nem contando 30 mil terceirizados já demitidos. E o pior é que nada indica que os inscritos manterão a intenção de aderir. A Petrobras ainda pagará salários a 303.000 efetivos e terceirizados, número maior que os 262.000 empregados das gigantes e rivais Shell, Exxon e a British Petroleum (BP) somadas.
A Exxon emprega 83.500 pessoas em mais de cem países, e registrou lucro de US$ 32,5 bilhões em 2014, contra US$ 1 bilhão da Petrobras.
A petroleira Royal Dutch Shell paga salários a 94.000 funcionários nos 90 países onde opera, e lucrou US$ 14 bilhões também em 2014.
A Petrobras opera 7.000 postos no Brasil e em meia dúzia de países. A Royal Dutch Shell soma 44 mil postos mundo afora.
Novo dono de confortável boquinha na liderança da minoria no Senado, o ex-ministro petista Gilberto Carvalho, investigado no esquema bilionário no Carf, é dispensado de bater ponto para ganhar R$ 19 mil.
Na China, o chanceler José Serra conseguiu encabular o senador Renan Calheiros, ao elogiá-lo mais de uma vez e o chamar de “muito poderoso”. Não ficou claro se era bajulação ou gozação de tucano.
A interinidade de Rodrigo Maia no Planalto representou o retorno do DEM ao cargo 14 anos depois da posse do vice Marco Maciel na derradeira viagem oficial de FHC ao exterior, em dezembro de 2012.
Dilma vazou sua intenção de viver no Rio para testar a reação dos cariocas. Mas o teste que vale é pessoal e intransferível, com a desenvoltura de FHC, visto na cidade frequentando teatros e livrarias.
Funcionário na UFRJ e membro do grupo que definiu as medidas que custaram o mandato de Dilma, o ex-ministro da Fazenda, Nelson Barbosa cavou uma vaguinha na Universidade de Brasília (UnB).
O Comitê Rio2016 tratava com sindicalistas e não com a própria Receita Federal a liberação de equipamentos retidos na alfândega, desde os eventos-teste até a Olimpíada. O Comitê deveria relatar estas dificuldades em livro, até para ajudar o Brasil a superar suas mazelas.
Eduardo Cunha não quer perder a imunidade, pelo risco de prisão, mas ele já mandou avisar que topa a presepada que beneficiou Dilma: trocar a cassação pela preservação dos direitos políticos.
Além de livrar de processos Jean Wyllys (PSOL) e Jair Bolsonaro (PSC), ambos do Rio, o Conselho de Ética da Câmara deve arquivar os casos dos deputados Laerta Bessa (PR-DF) e Wladimir Costa (SD-PA).
...o ex-operário Lula, hoje milionário e investigado por corrupção, só dá entrevista a estrangeiros porque eles ainda levam a sério suas lorotas.

NO DIÁRIO DO PODER
COM AS MÃOS ABANANDO
Carlos Chagas
Segunda-feira, 05-9-2016
Vem aí mais um Sete de Setembro. Não há certeza se Michel Temer desfilará de carro aberto pela Esplanada dos Ministérios antes de empoleirar-se no palanque das autoridades para assistir o desfile cívico militar comemorativo do Dia da Independência do Brasil. Mas não deixará de abanar as mãos para quantos consigam vê-lo das calçadas. A verdade é que receberá a continência das Forças Armadas, os cumprimentos de seus ministros e do corpo diplomático, ainda que povão, mesmo, só de longe e sem entusiasmo. 
O presidente está devendo sua identidade com o País. Aguarda-se um plano de governo. Pelo menos um elenco de reformas capazes de sensibilizar a opinião pública. Mesmo em se tratando de medidas de sacrifício, de cortes de gastos e de supressão de direitos sociais, seria bom que Sua Excelência passasse dos enunciados genéricos para o conteúdo prático.
Recomendou Maquiavel que o Príncipe anunciasse de uma vez todo o mal necessário à sua permanência no poder e depois, aos poucos, fizesse o bem. Ouve-se falar nas restrições às aposentadorias e pensões, na extinção de prerrogativas trabalhistas, no aumento de impostos, na compressão salarial e demais maldades. Nada a respeito da melhoria das condições de vida das massas e da redução de encargos de quem vive de salário, a começar pela vergonha de um salário mínimo que no próximo ano chegará aos 945 reais.
Fica difícil imaginar o novo governo conquistando apoio popular, mas o perigo é que perca o pouco que lhe resta de respeito. Em poucos meses faltarão condições a Temer para enfrentar o cidadão comum, caso não se decida a dizer a que veio. Equilibrar as finanças, iniciativa ainda em dúvida, não bastará para ser reconhecido como representante do povo. Logo a inércia popular se transformará em manifestações de protesto por onde passar. Legitimidade e representatividade não se conquistam sem resultados. Muito menos popularidade. Jamais com as mãos abanando, sem nada para oferecer.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Independentemente de recurso ao STF, TSE é que pode definir inelegibilidade de Dilma
Mesmo que Supremo mantenha a patuscada armada por Lewandowski, Dilma pode, sim, ter direitos políticos suspensos
Por: Reinaldo Azevedo 
Segunda-feira, 05/09/2016 às 6:43
Já é certo que Dilma vai conservar seus direitos políticos? Resposta: não! Ainda que o Supremo endosse a patuscada constitucional de Ricardo Lewandowski, existe a Justiça Eleitoral. E esta não é obrigada a seguir a decisão do Senado, é evidente. Há pelo menos duas ações importantes movidas pelo PSDB que poderiam resultar na cassação de Dilma e na sua inelegibilidade.
Muito bem! Se o Senado tivesse feito a sua parte, tudo restaria vencido. Ora, as ações permanecem porque, tudo o mais constante, Dilma continua elegível.
Mas não é só isso, não! As contas de 2015 do governo também estão na mira. O relator do caso no Tribunal de Contas da União, ministro José Múcio, já encontrou os mesmos vícios havidos nas de 2014: pedaladas e decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso. O julgamento deve ocorrer nos primeiros dias de outubro.
A Justiça Eleitoral atua quando provocada — e, no caso de Dilma, ela já foi. Afinal, as ações tramitam lá.
Há mais uma questão: embora a Lei da Ficha Limpa não trate do impedimento do chefe do Executivo por crime de responsabilidade, há lá, para Dilma, uma incômoda Alínea G, que diz o seguinte:
[são inelegíveis] “os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição;”
Bem, é evidente que, tendo as contas rejeitadas pelo TCU — e se a rejeição for endossada pelo Congresso —, o TSE poderá declarar Dilma inelegível.

Lewandowski foi promovido a panfleteiro do PT e a desordeiro do País
Decisão esdrúxula do ministro faz dele um mero esbirro das táticas do partido
Por: Reinaldo Azevedo 
Segunda-feira, 05/09/2016 às 6:33
Ricardo Lewandowski, ainda presidente do Supremo, deve estar muito contente com a sua obra, não é mesmo? A manifestação relativamente robusta deste domingo, 04, em São Paulo, que contou até a com a participação do investigado Lindbergh Farias (PT-RJ), certamente agregou alguns milhares depois que o preclaro, rasgando a Constituição, fatiou o julgamento. A decisão serviu para manter os direitos políticos de Dilma Rousseff.
Ora, para quem não conhece suficientemente o riscado, sobrou a seguinte constatação: “Se cassam a mulher, mas mantêm os seus direitos, então vai ver ela não cometeu o crime não é? Vai ver existe mesmo uma arquitetura golpista…”
O fatiamento serviu para alimentar a mentira de que Dilma não cometeu falta nenhuma e só foi derrubada “pelo conjunto da obra” — e não que o conjunto da obra não merecesse mesmo derrubá-la. Ocorre que isso é mentira. Ela caiu porque cometeu crime de responsabilidade, mas não é menos verdade que este, por si, seria incapaz de levá-la ao impeachment. Ele foi mandada pra casa também porque destroçou a economia do País.
É claro que o arranjo foi feito numa combinação entre PT, Lewandowski e setores do PMDB — que forneceu 10 votos (8 contrários à inabilitação de Dilma e 2 abstenções). Acho razoável que se infira que não havia como o presidente Michel Temer não saber. Afinal, quem é a figura hoje mais poderosa? O presidente ou Renan Calheiros, apontado como um dos principais operadores da maracutaia? Por que senadores serviriam a Renan, não a Temer?
As perguntas são boas, mas, até onde consegui saber, não há evidências de que Temer tenha participado da decisão. Até porque haveria de se perguntar por quê. O adensamento dos protestos, dado o novo fato, eram favas contadas, não é mesmo? Com essa nova realidade, as esquerdas podem tentar subestimar os crimes cometidos pelo governo petista, fazendo de conta que nunca existiram, e brincar de pobre perseguido pelo regime.
E, como já adverti aqui, cumpre ficar de olho em Lewandowski, sim! Afinal, José Eduardo Cardozo, em uma das ações contra o impeachment, o havia feito a autoridade impetrada — o que o impediria de julgar o caso mais tarde. Eis que o advogado de Dilma, do nada, retificou o documento e excluiu o nome do ministro. Vale dizer: se ele quiser, ele pode votar.
A gente já sabe que o homem não tem limites, certo?

NO BLOG DO JOSIAS
Temer brinca com fogo e PT flerta com baderna
Josias de Souza
Segunda-feira, 05/09/2016 03:13
Decidido a demonstrar que falta combustível à oposição petista, Michel Temer adotou uma tática perigosa: riscou um palito de fósforo no interior do tanque de gasolina. Perguntaram-lhe se as manifestações de rua não deslustram o início do seu governo. E Temer: ''As 40 pessoas que quebram carro? Precisa perguntar para os 204 milhões de brasileiros e para os membros do Congresso Nacional que resolveram decretar o impeachment.''
Pois bem, neste domingo, 04, com o fogo subindo-lhe pelas meias, Temer foi informado, na China, de que o asfalto ardeu mais forte. Sob o patrocínio de engrenagens como CUT e MTST, a turma do ‘fora Temer’ encheu pelo menos oito quadras da Avenida Paulista. Os fortões da quebradeira também estavam lá. E não se tem notícia de manifestação do PT condenando a baderna.
Nesse ritmo, Temer ateará fogo às próprias vestes e o petismo, com seu silêncio, acabará confundido com os black blocs — eufemismo para bandido. Se tiverem juízo, Temer fecha a boca e o PT abre o olho.

NO O ANTAGONISTA
Brasil 05.09.16 07:17
O nome da operação contra dos Fundos de Pensão é Greenfield.
Segundo o Jota, os investigadores apuram fraudes contra FUNCEF, PETROS, PREVI e POSTALIS...
Brasil 05.09.16 07:12
Na operação contra os Fundos de Pensão, a Justiça Federal decretou o sequestro de bens e ativos no valor de oito bilhões de reais.
É uma rapina imensa.
Brasil 05.09.16 06:57
A PF está nas ruas "com cerca de 600 policiais para combater atos ilícitos em fundos de pensão", segundo Bárbara Lobato, do Jota.
Isso mesmo: 600 policiais.
Brasil 05.09.16 06:47
A rádio Bandeirantes diz que a PF está na JBS, em São Paulo.
"A PF confirma que há uma operação em andamento".
Brasil 05.09.16 06:45
As falanges petistas foram à Avenida Paulista preparadas para a batalha.
Durante o quebra-quebra, segundo o G1, “mascarados jogaram coquetéis molotov em direção aos PMs”...
Brasil 05.09.16 06:33
A BBC Brasil arrumou um mártir.
Um repórter do site disse ter sido agredido por policiais durante a cobertura do quebra-quebra de ontem.
De acordo com ele, “a intenção do MTST era evitar que ocorressem atos de vandalismo”...
Brasil 05.09.16 06:04
As falanges petistas, que provocaram mais um quebra-quebra ontem à noite, foram destrinchadas por Vinicius Mota, colunista da Folha de S. Paulo:
“A esquerda brasileira, da velha e da nova geração, não sepultou a violência política...
Brasil 04.09.16 22:00
A PM paulista dispersou no início da noite o protesto contra Michel Temer - que começou na Avenida Paulista e terminou no Largo da Batata -, depois que um grupo de black blocs tentou depredar a área...
Brasil 04.09.16 21:45
Além de ser perseguido pelos venezuelanos, Nicolás Maduro foi recebido com panelaço na ilha de Margarita.
Dilma conhece bem esse som.
Brasil 04.09.16 21:10
Nicolás Maduro foi perseguido ontem por uma multidão de venezuelanos durante um ato oficial na ilha de Margarita. Na quinta-feira, 1 milhão foram às ruas de Caracas num protesto histórico.
A companhia Aerolíneas Argentinas acaba de suspender voos de Buenos Aires a Caracas por causa da instabilidade política.
Brasil 04.09.16 20:02
O Estadão informa que José Eduardo Cardozo entrará com novo mandado de segurança no STF...
Brasil 04.09.16 19:40
O Antagonista lembra que a Igreja foi sócia do doleiro Alberto Youssef no Web Hotel, em Aparecida...
Mundo 04.09.16 18:43
Bolívia, Venezuela, Vaticano: o eixo do mal bolivariano.
Brasil 04.09.16 18:27
Ao cancelar a sua visita ao Brasil, no ano que vem, o papa Francisco deu ouvidos à CNBB petista.
O papa Francisco é mais um idiota latino-americano.

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