TERCEIRA EDIÇÃO DE 05-9-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA VEJA.COM
Léo Pinheiro é ‘criminoso habitual’, diz MP
Ministério Público alega que empreiteiro continuou a praticar crimes mesmo depois de ter saído da cadeia e de ter deixado o controle da OAS
Por Laryssa Borges
Segunda-feira, 05 set 2016, 12h40 - Atualizado em 5 set 2016, 14h21
Léo Pinheiro da OAS chega a sede da PF em São Paulo por condução coercitiva, em nova operação da Polícia Federal chamada de 'Operação Greenfield' - 05/09/2016 (Danilo Verpa/Folhapress)
Nem mesmo o avanço da Operação a Lava Jato e o afastamento da presidência da construtora OAS foram capazes de impedir que o empreiteiro Léo Pinheiro continuasse a cometer crimes e pagar propina para manter seus interesses longe do crivo da Lei. As conclusões são do Ministério Público Federal, que pediu ao juiz Sergio Moro nova prisão preventiva do empresário. Pinheiro foi levado para prestar depoimento nesta segunda-feira e depois será levado a Curitiba. Ele é um dos alvos da Operação Greenfield, deflagrada hoje. Conforme revelou VEJA, Pinheiro negociava um acordo de delação premiada que atingiria em cheio políticos do calibre dos petistas Lula, Dilma Rousseff e dos tucanos Aécio Neves e José Serra. Uma menção ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, no entanto, levou o procurador-geral da República Rodrigo Janot a anular o acordo com o empreiteiro.
Os procuradores da força-tarefa da Lava a Jato dizem que, mesmo após a condenação imposta a Pinheiro, ele continuou a praticar crimes para além do pagamento de propina em obras ligadas à Petrobras e a outras empresas. A atuação dele na distribuição de dinheiro sujo e no cartel de empreiteiras conhecido como Clube do Bilhão já havia lhe garantido pena de mais de 16 anos de prisão. Desde abril de 2015, no entanto, ele cumpria prisão domiciliar por ordem do ministro Teori Zavascki, relator de um habeas corpus dele e de outros oito empreiteiros detidos na 7ª fase da Operação Lava Jato.
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“As evidências revelam que Léo Pinheiro, já condenado por esse juízo [Sergio Moro] é um criminoso habitual e, concretamente, seus delitos não ficaram circunscritos. (…) Apurou-se, com boa prova de materialidade, que Léo Pinheiro reiteradamente pratica graves crimes de corrupção e lavagem de ativos em largo espectro”, disse o MP ao sustentar, junto a Moro, uma nova prisão do empresário. “O grau de participação, controle e ingerência de Léo Pinheiro nesses delitos é muito maior do que se imaginava à época”, completam os procuradores.
Ao longo das investigações, os delatores Roberto Trombeta e Rodrigo Morales apontaram a atuação criminosa da OAS na distribuição de propinas, com a lavagem de cerca de 28 milhões de reais por meio de contratos falsos de obras como projetos de linhas do Metrô de São Paulo e a construção do Estádio Fonte Nova, em Salvador. Os tentáculos da OAS, informaram Trombeta e Morales, envolviam também lavagem de dinheiro em contas no exterior. E mais: Léo Pinheiro é um dos empresários que pagou propina ao então senador Gim Argello (PTB-DF) para evitar que as investigações de duas CPIs da Petrobras no Congresso chegassem até ele e sua empresa.
“O escárnio com as instituições da República se exaspera também pelos pagamentos de propina, articulado pelo representado Léo Pinheiro, já no calor da Lava a Jato, destinadas ao então Senador Gim Argello. O objetivo desta propina era sufocar e embaraçar as investigações de Comissões Parlamentares de Inquérito instaladas no Congresso Nacional relacionadas às irregularidades na Petrobras”, relata o Ministério Público no pedido de prisão. “Nem mesmo o afastamento do representado [Pinheiro] da Construtora OAS abala a necessidade da prisão cautelar, pois o alto poder econômico e o grau de relacionamento do representado com autoridades, revelados publicamente em mensagens de seus celulares, potencializa o risco de captura do Estado pelo representado”, completa.
Desde a prisão de Argello, em abril, os investigadores haviam concluído que no caso da OAS, foram detectados repasses de 350.000 reais em propina para o ex-senador. Ele utilizou uma conta bancária de uma paróquia no Distrito Federal para receber o dinheiro sujo. A prova são mensagens no celular de Léo Pinheiro. Em maio de 2014, data da instalação da CPI da Petrobras no Senado, Pinheiro solicita que seja feito pagamento de 350.000 reais à conta da paróquia. A empreiteira anotou como centro de custo do repasse de dinheiro uma obra da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
Agora, as conclusões são de que o empreiteiro está envolvido em uma esquema que perdurou pelo menos até janeiro deste ano e extrapolam irregularidades na Petrobras. “Há fortes indicativos de que esse grupo empresarial também praticou delitos em contratações públicas de outros órgãos no território nacional e também no exterior. A OAS, sob a coordenação de Léo Pinheiro, lançou mão aos serviços de diversos outros profissionais do ramo da lavagem de capitais ou operadores financeiros”, acusa o MP.

NO O ANTAGONISTA
O Financista 05.09.16 15:27
Um sinal claro de que lojistas e prestadores de serviço acreditam que o pior já passou: 84% deles não pretendem demitir mais ninguém neste ano. Em abril, o percentual era de 75%...
Brasil 05.09.16 13:53
A Polícia Federal também esteve na Rio Bravo Investimentos, de Gustavo Franco, em busca de documentos sobre o fundo imobiliário criado para financiar o Estaleiro Rio Grande...
Brasil 05.09.16 13:30
Sérgio Rosa, ex-presidente da Previ, foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento na Polícia Federal.
Rosa terá de explicar a sociedade da Previ com a OAS na Invepar e os R$ 600 mil que recebeu de Léo Pinheiro por 'consultorias'.
Brasil 05.09.16 13:15
Os aposentados da Funcef estão em êxtase com a prisão do ex-presidente da Funcef Carlos Alberto Caser, além do diretor Maurício Marcellini Pereira e dos ex-diretores Carlos Augusto Borges e Demósthenes Marques.
Economia 05.09.16 13:11
O Painel da Folha noticia que a PEC do teto de gastos públicos já está cheia de pedidos de "flexibilização"...
Brasil 05.09.16 13:07
O grupo Brookfield, que finaliza as negociações para a compra da rede de gasodutos da Petrobras, também é alvo da Operação Greenfield.
Brasil 05.09.16 12:58
Bradesco e Santander estão entre os investigados da operação Greenfield, informa o Valor.
Brasil 05.09.16 12:26
Bateram a carteira de Eduardo Suplicy na manifestação contra o impeachment de ontem.
Brasil 05.09.16 11:55
Ontem à noite, uma vizinha de Michel Temer, em São Paulo, teve o carro incendiado por um coquetel molotov lançado contra a sua casa.
É preciso dar um basta nessa escumalha.
Brasil 05.09.16 11:48
Em 2002, Eugênio Staub declarou que Lula era um "estadista".
Agora se vê por quê.
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Um dos alvos da Operação Greenfield, o fundo Global Equity Properties obteve junto a diversos fundos de pensão cerca de R$ 800 milhões. Da noite para o dia, toda essa dinheirama desapareceu.
Brasil 05.09.16 11:41
Lauro Jardim informa que a PF também está no encalço do ex-presidente da Petros, Carlos Fernando Costa, um companheiro dos tempos petistas.
Ele deve ser levado coercitivamente para dizer o que sabe.
Brasil 05.09.16 11:40
Valter Torre, dono da Construtora WTorre, foi conduzido coercitivamente pela Polícia Federal na Operação Greenfield. De novo.
Brasil 05.09.16 11:39
Renata Maroto, conselheira fiscal do Fundo de Combate à Pobreza (Funcep), também foi alvo de um mandado de busca em São Paulo na Operação Greenfield.
Brasil 05.09.16 11:35
A Operação Greenfield sequestrou 90 imóveis, 139 automóveis, uma aeronave, além de valores em contas bancárias, cotas e ações de empresas, títulos mobiliários e outros bens e ativos de 103 pessoas físicas e jurídicas - até o limite de R$ 8 bilhões.
Brasil 05.09.16 11:23
A Operação Greenfield está à procura de Eugênio Staub, dono da Gradiente, que deverá ser conduzido coercitivamente para depor, segundo Lauro Jardim...
Brasil 05.09.16 11:23
O Antagonista foi informado de que a Polícia Federal também cumpre mandados de busca e apreensão na Caixa, mais especificamente na SUFES - Superintendência Nacional de Fundos Especiais, responsável pela gestão de Fundos como o FI-FGTS, FIP OAS e FIP Sondas/Sete Brasil.
Brasil 05.09.16 11:13
O Antagonista apurou que o ex-presidente da Sete Brasil João Carlos Ferraz foi conduzido coercitivamente pela Polícia Federal, que também cumpriu mandado de busca e apreensão em sua casa.
Brasil 05.09.16 11:06
Ontem, O Antagonista mostrou a influência da JBS nas nomeações no Banco do Brasil e na Previ, fundo de pensão dos servidores do BB. Hoje, a Polícia Federal cumpre mandados de busca e condução coercitiva contra os irmãos Batista.
Paulo Caffarelli parece que gosta do perigo.
Brasil 05.09.16 10:23
O Antagonista apurou que a Polícia Federal também cumpre mandado de busca e apreensão na casa de José Antunes Sobrinho, ex-diretor da Engevix.
Sobrinho também foi conduzido coercitivamente para depor na PF.

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