PRIMEIRA EDIÇÃO DE 08-8-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEGUNDA-FEIRA, 08 DE AGOSTO DE 2016
A adesão ao impeachment é tão forte que até senadores petistas estavam inclinados a votar contra a presidente afastada Dilma Rousseff. Preocupados com a repercussão negativa nas eleições, os petistas só não votarão contra Dilma por causa do chamado voto aberto, que revela o posicionamento de cada parlamentar. A avaliação é que o ônus em defendê-la é muito maior do que o bônus.
Ao contrário do ex-presidente Lula, que jeitoso, Dilma trata aliados rispidamente, o que piora sua situação na votação do impeachment.
“Já contabilizamos 63 votos. Se a votação fosse secreta, nem o PT fecharia com Dilma”, confirma o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES).
Nos municípios, os petistas tentam se desvincular de Dilma. Os candidatos não querem a presidente afastada em seus palanques.
O PT está convencido de que sairá menor nas eleições, elegendo, no melhor cenário, metade (cerca de 300) dos atuais prefeitos.
A presidente afastada Dilma Rousseff, que será julgada pelo Senado no fim do mês, decidiu publicar um livro sobre seu governo, do tipo Diários da Presidência, de FHC, na primeira pessoa. Ela não confessaria os crimes que lhe são atribuídos, mas pretenderia relembrar fatos e personagens, aproveitando para se vingar sobretudo de políticos do seu círculo mais íntimo, e que hoje defendem seu impeachment.
Dilma, no livro, quer esmiuçar suas relações conflituosas com próceres do PMDB como Renan Calheiros, Michel Temer e Eduardo Cunha.
Quando souberam do projeto, amigos a convenceram a suspender o livro, para não complicar ainda mais a votação do impeachment.
Dilma escolheu o assessor Olímpio Cruz Neto como “ghost writter”, profissional que escreve para que outra pessoa assuma a autoria.
O PSDB consulta empresas citadas na CPI do CARF. Quer informações sobre tentativas de achaques para mudar o relatório que está preparando com as conclusões das investigações. Há vários relatos.
Nas visitas a Fortaleza, Natal e Recife, na tentativa de dar uma força nas candidaturas do PT, o ex-presidente não conseguiu reunir mais do que 3 mil pessoas somando as três capitais.
O presidente Michel Temer pediu a aliados foco nas votações do pré-sal, do limite dos gastos públicos e da renegociação das dívidas dos Estados. A prioridade, para ele, é clara: a economia voltar a crescer.
Está na mesa de Renan Calheiros pedido da Polícia Legislativa para comprar armamento pesado. Quer comprar até fuzil automático. A alegação é que os seguranças enfrentam “situações difíceis”.
O presidente da Anatel, João Resende, fez acordo com o ministro Gilberto Kassab (Comunicações) para renunciar em setembro. O mercado comemora. Seu mandato se encerraria em novembro.
Alessandro Molon (Rede-RJ), da bancada do holofote, juntou-se aos ex-correligionários para comemorar o adiamento da votação do projeto da renegociação das dívidas dos Estados. O PT nunca saiu dele.
O Palácio do Planalto conclui o mapeamento dos danos causados pela gestão de Dilma na economia. Os dados serão disponibilizados ao mercado financeiro na reta final do impeachment, em 29 de agosto.
O ministro Gilberto Kassab já não despacha no 9º andar do Ministério das Comunicações. Preferiu trabalhar em seu antigo gabinete, no extinto Ministério da Ciência e Tecnologia.
Se o ex-presidente Lula tem tanta certeza de que será preso, como dizem seus amigos, por que ele não se entrega de uma vez?

NO DIÁRIO DO PODER
NOVO VEXAME
MEDÍOCRE, SELEÇÃO BRASILEIRA DÁ NOVO VEXAME NO MANÉ GARRINCHA
CONTRA O IRAQUE, TIME MASCULINO MOSTRA TODA A SUA MEDIOCRIDADE
Publicado: Segunda-feira, 08 de agosto de 2016 às 00:13 - Atualizado às 00:39
Redação
A seleção brasileira masculina de futebol olímpico deu mais um vexame, na noite deste domingo (7), ao empatar em 0x0 com a fraquíssima seleção do Iraque, em jogo realizado no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Uma seleção de araque empatou com a seleção do Iraque.
Ao final do jogo, em que o juiz deu sete minutos de acréscimo, a torcida vaiou a seleção brasileira e aplaudiu o time iraquiano, até como sinal de protesto contra a má atuação dos jogadores que não honraram a camiseta penta-campeã mundial, representantes de uma das mais medíocres gerações de jogadores de futebol de todos os tempos, no Brasil.
No segundo tempo, ao perceberem que os jogadores brasileiros continuavam com desempenho fraco, perdendo bolas divididas, dando passes errados e errando chutes a gol, os mais de sessenta mil torcedores passaram a vaiar, primeiro, o jogador Renato Augusto, um dos principal representantes da mediocridade em campo, e em seguida todo o time.
Os torcedores de Brasília também gritaram refrões, afirmando que a jogadora Marta, da seleção feminina, é melhor que Neymar. Neste sábado, 06, no estádio do Engenhão, Rio de Janeiro, o time feminino encantou os mais de 43 mil torcedores, com direito a belos gols de bico de chuteira, de letra e de placa, marcado por Marta, na vitória por 5x1 contra a Suécia.
O treinador do time masculino chegou a afirmar aos jornalistas, neste sábado, que se a torcida vaiasse a seleção seria considerada "torcida adversária". A torcida gritou, incentivou os jogadores, até que, no segundo tempo, a paciência se esgotou.

LAVA JATO
ENQUANTO ROUBAVAM A PETROBRAS, EMPREITEIRAS DAVAM DINHEIRO A LULA
MPF: CARTEL DO 'PETROLÃO' DEU R$10 MILHÕES A (EMPRESA DE) LULA
Publicado: sábado, 06 de agosto de 2016 às 19:16 - Atualizado às 10:51
Enquanto roubavam a Petrobras, por meio de concorrências fraudulentas e contratos superfaturados, as empreiteiras Camargo Correa, Odebrecht, Queiroz Galvão, OAS, UTC e Andrade Gutierrez fizeram depósitos regulares nas contas da empresa pessoal do ex-presidente Lula, a LILS Palestras, Eventos e Publicações, entre os anos de 2011 e 2014. Somente nesse período, foram mais de R$10 milhões.
A informação consta no documento enviado à Justiça Federal esta semana para defender a competência do juiz federal Sergio Moro para julgar o petista. O ex-presidente vem fazendo um grande esforço para escapar do alcance do juiz titular da Vara Federal de Curitiba, e de caracterizar de alguma maneira uma suposta “questão pessoal” entre julgador e investigado.
Como sócio majoritário da LILS, Lula controla 98% da participação societária da empresa, por isso, segundo os procuradores da Lava Jato sustentam no documento à Justiça Federal, “não há como desassociar o fato de que os cinco maiores repassadores de dinheiro à LILS Palestras, Eventos e Publicações foram empreiteiras integrantes do cartel que fraudou, de forma bilionária, licitações em desfavor da Petrobras”.
O Ministério Público considera que cabe a Moro julgar Lula porque os crimes investigados relacionados a ele são de competência da esfera Federal, como lavagem de dinheiro contra a Petrobras, que é uma estatal. “A conexão dos fatos apurados com a Lava Jato [se dá] uma vez que presentes vários personagens em comum, como diversas das empreiteiras participantes do cartel e dois dos intermediários do pagamento de propina ao Partido dos Trabalhadores”.

PT SE AFUNDA
EX-PRESIDENTE LULA CULPA DILMA PELO SEU DECLÍNIO E A RUÍNA DO PT
LULA RESPONSABILIZA SUA CRIA PELA DECADÊNCIA POLÍTICA PETISTA
Publicado: domingo, 07 de agosto de 2016 às 00:00 - Atualizado às 00:31
O ex-presidente Lula se assustou com a queda de popularidade no Nordeste, onde reinava absoluto. Ele constatou isso durante visita recente a Fortaleza, Natal e Recife. Aceitou participar de encontros privados, como o almoço oferecido pelo governador do Ceará, Camilo Santana, e nessas ocasiões criticou Dilma Rousseff asperamente. “Foi uma c(*)da!”, penitenciou-se, referindo-se à escolhida como sucessora. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
A irritação de Lula com Dilma chega ao ponto de ele divertir os amigos, em conversas informais, com piadas grosseiras sobre a sucessora.
Lula pareceu “sobressaltado” no Nordeste, dizem os petistas. Várias vezes, à mesa, segredou a certeza de que será preso na Lava Jato.
Nas conversas com petistas do Nordeste, Lula também escolhe como alvo Sérgio Moro. Tentando desqualificá-lo, chama o juiz de “tucano”.
Dirigentes do PT que estiveram com Lula no Nordeste afirmam que o ex-presidente não explicou as graves denúncias que pesam contra ele.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
O quadrilheiro atômico que escapou de Curitiba aprendeu que os Sérgios Moros são cada vez mais numerosos
A pena aplicada ao ex-presidente da Eletronuclear por Marcelo Bretas, juiz federal no Rio, aconselha Lula a refazer o documento que encomendou para tapear a ONU
Por: Augusto Nunes 
Segunda-feira,  08/08/2016 às 5:44
O vice-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva é o recordista da Lava Jato

O início da Olimpíada comprimiu numa nesga do noticiário o recorde estabelecido pelo juiz da 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro horas antes da belíssima festa de abertura: Marcelo Costa Bretas sentenciou a 43 anos de prisão o vice-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, condenado por corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, organização criminosa e embaraço à investigação. É a maior de todas as penas impostas até agora aos delinquentes desmascarados pela Operação Lava Jato e seus desdobramentos.
Uma dessas ramificações derivou da descoberta da ladroagem que, paralelamente ao grande assalto à Petrobras, sangrou em muitos milhões de reais o setor de energia, sobretudo o projeto nuclear. O esquema corrupto forjado por Othon, uma tropa de larápios e empreiteiros que acabaram encalhando no pântano do Petrolão funcionou anos a fio — e foi mais lucrativo do que nunca enquanto manipulou as licitações das obras da usina Angra 3. A denúncia contra o ex-presidente da Eletronuclear e seus 13 comparsas foi aceita pelo juiz Sérgio Moro em 3 de setembro de 2015.
O gatuno atômico mal disfarçou o entusiasmo quando, em 30 de outubro de 2015, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, determinou a transferência do caso para a Justiça Federal no Rio. Longe da República de Curitiba, imaginou, as coisas decerto andariam mais lentamente. E talvez fosse julgado por um magistrado menos inclemente com meliantes cinco estrelas.
Errou feio. Já em 2 de dezembro de 2015, o juiz Bretas aceitou a denúncia contra os 14 acusados. E neste 4 de agosto, passados apenas oito meses, puniu com histórica severidade o comandante do bando e mais 12 envolvidos nas patifarias. Talvez fosse mais sensato ter continuado em Curitiba, aprendeu Othon: a maior pena aplicada por Sérgio Moro desde o começo da Lava Jato puniu José Dirceu com 20 anos e 10 meses de prisão. Metade do tempo de gaiola fixado pelo juiz federal do Rio.
Os Moros são muitos, constatou o post publicado pela coluna quando Lula, um dia depois de pedir socorro à ONU fantasiado de vítima da perseguição do juiz de Curitiba, foi transformado em réu pelo juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal em Brasília. Estão por toda parte, e o caso do vice-almirante informa que alguns podem ser mais rigorosos que o original. Esses presságios recomendam a Lula ordenar aos seus advogados que reescrevam o documento enviado à ONU.
Em vez de atribuir todas as estações do calvário que percorre a Sérgio Moro, deveria declarar-se perseguido por todos os juízes, todos os promotores, todos os procuradores, todos os delegados e todos os agentes da Polícia Federal — fora a imprensa reacionária, a elite golpista e os loiros de olhos azuis. E também não custa registrar já no primeiro parágrafo que, com exceção desses cruéis perseguidores, os demais brasileiros sabem que ninguém é mais honesto que ele, nem existe no Planeta viva alma tão pura.
O único risco é a comunidade internacional compreender que Lula sempre dividiu o mundo em duas tribos. Uma reúne os seus devotos. A outra é um bando de idiotas.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Novas denúncias não mudam voto no Senado. E Lindbergh, o cara pintada que virou cara de pau
Senador petista pede as cabeças de Serra e Padilha, mas quer nos dar Dilma de volta
Por: Reinaldo Azevedo 
Segunda-feira, 08/08/2016 às 4:50
A nova avalanche de denúncias não tem potencial para virar voto nenhum no Senado.
Não seria assim se a realidade obedecesse aos desejos do senador petista Lindbergh Farias (PT-RJ). Em muitos aspectos, ele é o político mais exótico que há em Brasília. Aos 46 anos, conserva a mesma retórica inflamada que tinha aos 22, quando Collor foi impichado.
A diferença é que, de lá pra cá, muito botox passou por baixo da ponte do bom senso. Lindbergh ganhou uma espécie de máscara. Diz barbaridades, e os músculos de seu rosto nem se mexem, como uma máscara de cera. Corar, então, lhe é mesmo tarefa impossível.
Por que escrevo isso? O homem diz que vai cobrar o afastamento dos ministros José Serra (Relações Exteriores) e Eliseu Padilha (Casa Civil). Reportagem da Folha de domingo, 07, informa que diretores da Odebrecht estariam dispostos a contar que a campanha do tucano recebeu, em 2010, R$ 23 milhões pelo caixa dois. Já reportagem da VEJA conta que a empreiteira informou à Força-Tarefa ter doado R$ 10 milhões ao PMDB em dinheiro vivo. O acerto teria sido feito no Palácio do Jaburu, nas presenças de Temer e Padilha. Todos negam irregularidades.
Ok. O senador é de oposição, não é? Compreende-se que tente maximizar o que atinge seus adversários. Mas Lindbergh não quer apenas fazer barulho: ele cobra agora a paralisação do processo de impeachment e diz que as denúncias podem ajudar a reverter votos no Senado.
Afirmou Lindbergh: “Esses novos fatos dão um discurso para a gente e fazem aumentar a chance de mudar o voto dos senadores”.
Acontece que outra reportagem da VEJA informa que o casal João Santana-Mônica Moura contou à Força-Tarefa que Dilma sabia do caixa dois de sua campanha. Mais do que isso: teria dito pessoalmente a Santana que Guido Mantega se encarregaria de fazer os contatos para conseguir o dinheiro ilegal.
Então Lindbergh pensa assim: as denúncias, por enquanto apenas presumidas, que atingem seus adversários devem afastá-los do governo; já a delação de ninguém menos do que o marqueteiro do PT, que atinge a testa de Dilma, deve devolvê-la ao trono presencial.
Eis por que costumo dizer que Lindbergh é o ex-cara pintada que virou cara de pau.
Seja lá o que aconteça em decorrência das denúncias, acontecerá com Dilma já impichada.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Domingo, agosto 07, 2016
Acima a ''favela olímpica" e abaixo o seu criador, o auto-intitulado "diretor de cinema", Fernando Meirelles, que deve ter sido regiamente remunerado para decorar o festival bundalelê politicamente correto que embalou a cerimônia de abertura das Olimpíadas

O texto que segue abaixo é de autoria do Leandro Ruschel, um brasileiro que vive em Miami, nos Estados Unidos há algum tempo. Ruschel é um operador de mercado e fundador da empresa Liberta Global. Além de operar no mercado, Leandro Ruschel é também um arguto observador e analista da cena política brasileira e em nível global e utiliza de forma intensiva as redes sociais comentando e analisando o que acontece. 
No texto que segue, postado na plataforma Medium, Ruschel comenta a respeito da cerimônia de abertura das Olimpíadas no Brasil. Está perfeito. Leiam:
Geralmente a propaganda marxista é produzida de forma sutil, mas não foi o caso aqui.
O próprio diretor da cerimônia, o cineasta Fernando Meirelles foi claro: “A cerimônia de hoje terá índios, empoderamento dos negros e das mulheres, transgêneros e um alerta contra os riscos do uso de petróleo”.
E emendou: “Bolsanaro vai odiar a cerimônia. Trump também. Pelo menos nisso acertamos”.
Por trás de lindos efeitos visuais, coreografias e fogos há uma mensagem, ou uma série de mensagens. Nesse caso:
1- Os índios são fundamentalmente bons e puros, foram massacrados por brancos malvados. A tese do bom selvagem prevalece, mesmo que ela seja absurda e não leva em conta o nível de violência e atraso que existe em muitas dessas comunidades até hoje.
2- Esses mesmos brancos malvados escravizaram os negros. Não foi apresentada uma única crítica sobre a escravidão de negros por negros na África e mesmo no Brasil, onde Zumbi era um dos grandes senhores de escravos.
3- Os negros carregam a alegria, a arte, a criatividade, enfim, a capacidade da expressão e são até hoje explorados pelo sistema.
4- A pobreza é algo bom. A favelização da cidade e mesmo da Cultura não deve ser combatida, deve ser festejada e incentivada.
5- A sociedade está dividida, e a paz só virá pela favelização do País.
6- O maior problema do mundo é o aquecimento global. Temos que salvar o Planeta em primeiro lugar. O ser humano tem importância secundária.
Poderia muito bem ser um programa do PT (comunismo gramsciano), ou do PCdoB (comunismo stalinista) ou do PSOL (comunismo chavista), talvez da REDE (comunismo verde), que tem entre seus quadros o próprio Fernando Meirelles.
Por que não foram apresentado outros aspectos da História e da Cultura brasileira? Por exemplo, os brancos que formam a maioria, 45,9% da população, foram praticamente ocultados da festa, tirando a apresentação da Gisele Bundchen, que reforçou a ideia do individualismo, já que ela foi apresentada sozinha no grande palco.
Não houve nenhuma menção sobre a Monarquia, que foi quem acabou com a escravidão, sobre os valores cristãos que formam a base da nossa sociedade, sobre a imigração de europeus que ajudaram a construir o País. Nada sobre o maior fenômeno sociocultural da últimas décadas, que foram os protestos de 2015 e 2016.
Para os criadores da apresentação, tudo isso não existiu. O que o Brasil criou de mais importante foi o funk e sua representação legítima, resumida pelo verso:
“Eu só quero é ser feliz/Andar tranquilamente na favela onde eu nasci/É… E poder me orgulhar/E ter a consciência que o pobre tem o seu lugar.”
Um país com esse lema tem alguma chance de dar certo?

NO BLOG ALERTA TOTAL
Segunda-feira, 8 de agosto de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Imagem patética do final de semana, digno de 'olim-piada'. Todos os jogadores da Seleção Brasileira de Futebol, com a bola olímpica murcha, porque não consegue fazer gols, resolveram imitar os políticos acusados de corrupção: os "craques" do nosso time de araque, após o empate com o Iraque, saíram de campo, vaiados, sem querer falar com a imprensa, em Brasília. O time brasileiro está igualzinho a Michel Temer na economia. Precisa mostrar resultado urgentemente, mas não consegue. Aumenta o risco de desclassificação... De ambos...
No futebol da politicagem, quem tomará uma goleada no Senado é Dilma Rousseff. Pelo menos 44 dos 81 senadores já garantiram que, nesta terça-feira, 09, votam a favor do relatório da comissão especial do impeachment. A sessão que decidirá a pronúncia contra Dilma será presidida pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal. Moralmente, Dilma fica ainda mais insustentável porque o TSE descobriu que a campanha da petista repassou R$ 133 milhões a 40 empresas que não possuíam sequer um funcionário registrado em 2014. Desse grupo, 11 fornecedores concentraram 95% dos repasses - ou R$ 126 milhões... 
É fim de papo para Dilma, antecipadamente... Nem o mais otimista membro da petelândia acredita que as menções a Michel Temer, nas delações premiadas da Odebrecht, possam salvar a situação da Presidenta. A situação de Temer, no entanto, também se complica. Mas a confusão fica para depois do impedimento final da Dilma. A "colaboração" dos empreiteiros só deve ser homologada mês que vem. Assim, com a caneta mágica do Diário Oficial na mão, a crença é que Temer consiga ter força para sobreviver politicamente. Tudo, na verdade, depende do sucesso econômico - missão complicada no curto prazo.
Temer foi obrigado a admitir à revista Veja, em nota, que jantou com Marcelo Odebrecht em maio de 2014. O vice da Dilma reconheceu que ele e o empresário conversaram “sobre auxílio financeiro da construtora Odebrecht a campanhas eleitorais do PMDB, em absoluto acordo com a legislação eleitoral em vigor e conforme foi depois declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”. Na campanha citada, a Odebrecht doou ao PMDB R$ 11,3 milhões. O perigo é se a grana veio do criminoso caixa paralelo da empreiteira baiana...
Pouco tempo atrás, Michel Temer já tinha sido forçado a negar outra reunião para arrecadação de recursos de campanha, com Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro. Em 2012, de acordo com delação premiada de Machado, ele e Temer se encontraram na Base Aérea de Brasília. Temer teria pedido ajuda para a campanha de Gabriel Chalita, candidato do PMDB a prefeito de São Paulo. A ajuda de R$ 1,5 milhão foi dada pela empreiteira Queiroz Galvão, outra enrolada na roubalheira contra a Petrobras.
Além da cúpula do PT e de Temer, as delações premiadas na Lava Jato não poupam ninguém. Lula, Temer, José Serra, Aécio Neves, Antônio Anastasia e por aí vai... Engraçado é ouvir que o senador petista Lindbergh Farias - cotadíssimo para ser alvejado por denúncias na Lava Jato - exige o afastamento imediato dos ministros José Serra (Relações Exteriores) e Eliseu Padilha (Casa Civil). Só falta mesmo é o marketeiro João Santana confirmar que Dilma participava pessoalmente das articulações para captação de grana na campanha...
A situação política fica pra lá de insustentável. Já tem gente falando sério sobre o "Fora, Temer". Como nada acontece este ano, uma eventual mudança de Presidente seria decidida no Congresso Nacional em 2017. A Constituição prevê "eleição indireta", depois de cumpridos dois anos de mandato...
A pergunta fatal é: combalida do jeito como nunca esteve, a economia brasileira vai aguentar tanto tempo de espera na incerteza política?
Como a provável resposta é negativa, o caos gerado tem tudo para forçar mudanças reais no Brasil, mesmo contra a vontade dos pizzaiolos de plantão... 
Com uma defesa dessas...

Indefensável Anta

Michel Ligeirinho


NO O ANTAGONISTA
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A Folha informa que a juíza federal Maria Cristina de Luca Barongeno, da 23ª Vara Cível de São Paulo, foi condenada a seis anos e oito meses de prisão e pagamento de multa, além da perda do cargo, por corrupção...
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