PRIMEIRA EDIÇÃO DE 09-6-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
09 DE JUNHO DE 2016
A força-tarefa da Lava Jato acha que Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira mais beneficiada pelo roubo à Petrobras, pode entregar muito mais do que tem feito, na negociação do acordo de delação premiada. Em especial sobre o envolvimento de Lula em negócios suspeitos, em troca de vantagens financeira indevidas, e no esquema que transferia dinheiro do Tesouro Nacional à Odebrecht, via BNDES, sem licitação, por meio de financiamento de obras no exterior.
No engenhoso esquema de Lula, obras eram financiadas pelo BNDES em ditaduras sem órgãos de controle, tampouco fiscalização.
Apesar de o dinheiro ser do BNDES, órgãos de controle brasileiros não podem auditar obras de Odebrecht no exterior.
Eram “secretos” o contrato do BNDES com a Odebrecht e os “acordos bilaterais” com países como Cuba, Venezuela, etc, que os autorizava.
Além da Lava Jato, Lula é investigado pela Operação Janus por tráfico internacional de influência, batalhando obras para a Odebrecht lá fora.
O deputado Eduardo Cunha usará uma declaração do presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), para denunciá-lo ao Supremo Tribunal Federal, com a mesma alegação que o afastou da Câmara. Nesta terça (7), Araújo confessou haver manobrado para adiar a votação do relatório da cassação por ser “clara a vitória” de Cunha, que teria 11 votos contra 9, placar suficiente para livrá-lo da cassação.
Eduardo Cunha acha que foi afastado apenas pela suposição de que poderia usar o cargo para se safar de punição no Conselho de Ética.
Agora, Cunha alega que o presidente do Conselho de Ética não apenas usou do cargo para manobrar contra ele, como até confessou isso.
Cunha alega que o presidente do Conselho de Ética é parcial, até já se declarou favorável à sua cassação, e por isso precisa ser afastado.
A Empresa Brasil de Serviços Hospitalares (EBSERH), do Ministério da Educação, custou R$831 milhões aos nossos bolsos, em 2016. Mais de 78% (R$ 648,71 milhões) só com salários. Com hospitais, quase nada.
O presidente Michel Temer deve afagar os governadores, nesta quinta (9), com medidas de alívio na dívida pública. É grave a crise: Alagoas, por exemplo, paga à União quase R$ 60 milhões por mês, só de juros.
Gleisi Hoffmann (PT-PR) reclamou do procurador Júlio de Oliveira, na comissão do impeachment: “ele não pode ler respostas!”. Ele apenas anotava as perguntas. Já ela própria leu todas as suas perguntas.
Interpelada pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) sobre seu twitter citando-o como “bandido”, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) pediu desculpas em particular pelo insulto público e culpou a assessoria.
A jurista Janaína Paschoal reapareceu toda arrumada à comissão do Impeachment, ontem. O cabelo escovado não resistiu muito, mas ela voltou a empolgar os defensores do afastamento definitivo de Dilma.
O Tribunal Superior Eleitoral definirá a redistribuição do tempo de TV e do fundo partidário. Discutirá a retirada do tempo do PMB (Partido da Mulher Brasileira), que tem apenas 1 deputado, mas 22 minutos na TV.
A Câmara instalou na entrada do Salão Verde um equipamento que identifica deputados e etc pelo rosto. A geringonça milionária vai substituir o bom e velho (e barato) crachá.
Acusada de integrar o cartel de empreiteiras que roubou a Petrobras, a Queiroz Galvão faturou R$133 milhões do governo federal, só este ano, mas não tem executivos condenados e sim investigados por corrupção.
As senadoras Gleisi Hoffmann e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) escureceram os cabelos para evitar piadas sobre serem louras?

NO DIÁRIO DO PODER
LAVA JATO
DELATOR REVELA AINDA MAIS DINHEIRO SUJO NA CAMPANHA DE DILMA
CAMPANHA DE DILMA GANHOU R$15 MILHÕES ROUBADOS DA PETROBRAS
Publicado: 08 de junho de 2016 às 21:24 - Atualizado às 21:41
A campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff embolsou US$4,5 milhões (mais de R$15 milhões) no caixa 2, em 2014, conforme revelou o engenheiro Zwi Skornicki, representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels. A suspeita é que originalmente o dinheiro saiu da Petrobras, da qual o estaleiro é fornecedor e parceiro. Realizado diretamente ao marqueteiro João Santana, o pagamento "por fora" não foi declarado à Justiça Eleitoral.
A confissão de Zwi Skornicki foi feita no âmbito de um acordo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato, ainda a ser homologado pelo juiz Sérgio Moro, titular da 13ª Vara da Justiça Federal, segundo reportagem do site do jornal O Globo. Os pagamentos foram realizados entre setembro de 2013 e novembro de 2014.
A mulher de João Santana, Mônica Moura, disse ao ser presa que os pagamentos recebidos de Zwi Skornicki estavam relacionados a contratos do estaleiro Keppel em Angola, país onde o casal Santana também prestou serviços para políticos. Mas Skornicki desmentiu essa versão e prometeu entregar aos procuradores registros de reuniões e encontros com João Vaccari, tesoureiro do PT, para tratar dos pagamentos à campanha de Dilma.
Zwi está preso na carceragem da Polícia Federal desde fevereiro acusado de intermediar propinas do esquema de corrupção na Petrobras. Na 23ª fase da Lava-Jato, batizada de “Acarajé”, os investigadores encontraram repasses no exterior de Zwi para o marqueteiro do PT, João Santana. A delação ainda terá que se homologada pela Justiça após a conclusão dos depoimentos à força tarefa da Lava-Jato.

LEITOR PETISTA DIZ QUE FOI ROUBADO
Percival Puggina (*)
O sujeito estava indignado. Havia sido roubado, segundo me escreveu. Teria sido vítima de uma “saidinha de banco”? Levaram-lhe o carro? Comigo, aliás, já aconteceu isso e pior. Mas não era essa sua queixa. Imaginei que lhe tivessem tomado o posto de trabalho ou o poder de compra, na mão grande da recessão e da inflação. Tampouco era daí que provinha sua ira. O que o incomodava pessoalmente ao ponto de sentar-se para escrever-me era a subtração de seu voto. “Roubaram-me o voto que dei na eleição de 2014”.
Parei para revirar os bolsos da minha cidadania. Percebi que graças a votos como esse, centenas de bilhões escoaram pelo ralo da irresponsabilidade fiscal. Outro tanto no petrolão e em obras de estatais. E a cada semana aumenta a lista de crimes e de criminosos nas confissões e delações da Lava Jato e congêneres.
Meu leitor era um fã incondicional de dona Dilma. Um dos remanescentes. Daqueles que, mesmo diante de tudo que se sabe e do quanto mais se possa supor sem recorrer a trovoadas da imaginação, não sentem o menor remorso do sufrágio que lhe deram na última eleição presidencial. Seus neurônios, porém, esbravejam contra um dado inquestionável: para que ela volte ao poder, basta que 28 (só isso!) entre os 81 senadores considerem que Dilma não cometeu crime de responsabilidade, ou entendam que ela deve continuar governando mesmo tendo cometido esse gravoso crime. Por quê? Porque é o que está na Constituição, que vem sendo cumprida e continuará sendo cumprida até o final desse processo. Duela a quién duela.
Ele considera seu voto em Dilma mais valioso do que o bem do país, mais significativo do que todos os bilhões roubados. Seu voto paira acima dos sucessivos tombos do PIB e da inflação de dois dígitos. Aquele voto dele despreza os 11 milhões de desempregados, o presente e o futuro sonegado a tantos numa conta sinistra que não para de crescer.
Vá que ele nunca tenha parado para pensar que presidencialismo sem impeachment é ditadura, mas como pode ele considerar que seu voto sozinho rasga a Constituição e anula o preceito do impeachment? Teria sido o caso de Fernando Collor uma pegadinha constitucional, para valer só uma vez?
Meu indignado leitor está irado, também, com algumas indicações políticas feitas por Temer. Nisso estamos de acordo, com duas enormes diferenças. 
1a) Eu sempre estive indignado. Nunca chamei nenhum sacripanta de herói do povo brasileiro. Minha indignação moral não é seletiva.
2ª) Sob o governo Temer, uma certeza eu tenho e espero que seja suficientemente majoritária ao término do julgamento em curso no Senado: a área financeira de seu governo não dorme de touca nem fecha os olhinhos quando bilhões somem do erário e das estatais.
Eles não precisam posar de 'gerentões' ou faxineiros para fazer a limpeza que a Nação - legítima soberana da democracia - exigiu nas ruas.

(*) Percival Puggina, membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas Contra o Totalitarismo; Cuba, A Tragédia da Utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. É integrante do grupo Pensar+.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
E Janot continua tentando controlar o STF. Ou: Por que ele não pediu as prisões de Lula e Mercadante?
Setores do Ministério Público Federal não estão percebendo que o clima de pega-pra-capar depõe contra a Lava-Jato, não a favor 
Por: Reinaldo Azevedo
Quinta-feira - 09/06/2016 às 6:07 
As coisas continuam malparadas, e a Procuradoria-Geral da República insiste em trabalhar com a política do fato consumado, atuando em atalhos legais. Vamos ver. Manchete da Folha desta quinta informa que, no pedido de prisão de Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney encaminhado a Teori Zavascki, Rodrigo Janot afirma que:
a: os três buscavam costurar as respectivas defesas para…;
b: impedir Sérgio Machado de fazer acordo de delação premiada;
c: haveria indícios de que “seriam” produzidos documentos para tentar maquiar as operações ilegais.
Então vamos pensar. Caiu muito mal no Supremo e no meio jurídico o vazamento dos pedidos de prisão. E um dos mais agastados com a coisa é justamente Teori Zavascki, o relator do petrolão. Não obstante, notem, o Supremo e o ministro em particular continuam a ser pressionados.
Zavascki não vazou nem os pedidos nem parte do seu conteúdo.
Sigamos pensando. Que três pessoas sob investigação tentem, em conversas privadas, costurar suas respectivas defesas, vamos convir, é parte do jogo. É preciso que se aponte onde está o crime que justifique o pedido de prisão preventiva ou provisória.
Da mesma sorte, não há crime quando se tenta convencer alguém a não fazer um acordo de delação premiada. Claro! Tudo depende do que se propõe em troca. Pergunta incômoda: por que Rodrigo Janot não pediu a prisão de Aloizio Mercadante quando este tentou impedir a delação de Delcídio do Amaral, oferecendo à família ajuda financeira? Que se note, hein: DELCÍDIO JÁ ESTAVA PRESO QUANDO O ENTÃO MINISTRO MANTEVE AQUELA CONVERSA COM UM ASSESSOR SEU. Não estava ali caracterizada a tentativa de obstrução da investigação?
Grave, aí sim, é a história da produção de documentos. Cabe indagar: tomaram-se providências efetivas para criar os ditos-cujos? Como era Machado que gravava as conversas — e consta que nem todas foram vazadas —, havia uma espécie de indução?
Olhem, meus caros, nessas horas, é muito fácil escolher o caminho da estridência, da gritaria, do “prendam-se todos”, deixando de lado as devidas formalidades legais, sem as quais não existe democracia.
Não estou gostando nada do rumo que as coisas estão tomando nesse caso. Vejo uma reiteração de erros. É bem possível que existam motivos de sobra para prender o trio. Mas, então, que eles sejam devidamente expostos e que se respeitem os ritos.
Nas falas que vieram a público — vamos ver o que há nas que não vieram —, não existem razões que justifiquem o pedido de prisão. Parece que Janot está se esforçando para justificar, a posteriori, seu próprio açodamento. Há muita desinformação nesse imbróglio.
Uma das razões apontadas para pedir a prisão do Renan dos 11 inquéritos é ele ter manifestado a intenção de apresentar um projeto para mudar a delação premiada. E daí? Nesse caso, o Renan dos 11 inquéritos — nunca denunciado por Janot —, não cometeu crime nenhum.
O Ministério Público Federal precisa tomar cuidado para não se encantar com a própria retórica e não se deixar levar pela fantasia do poder absoluto — até porque deve ter claro que não é uma alternativa de poder. Seus bravos rapazes já estão escrevendo até projetos de lei de inciativa popular, o que, convenham, não lhes cabe, por melhores que sejam as intenções.
O açodamento pode acabar dando um tiro no pé da operação e em área bem mais sensível do próprio País. Sabem quem andou procurando Renan Calheiros para oferecer a sua solidariedade? Luiz Inácio Lula da Silva. Ele ainda não desistiu de sabotar a investigação, o que deixou claro nas gravações. Ou ele não disse que era o único que, uma vez ministro, teria condições de pôr os homens da Lava-Jato no seu devido lugar?
Como estava sendo feito ministro por vontade de Dilma e como era inequívoco o seu intento, cumpre indagar por que Janot não pediu a prisão de Lula, ora…
Vamos botar logo essa bola no chão. O clima de bagunça só interessa àqueles que lucram com ela: hoje em dia, o 'baguncismo' é o sonho dourado do PT. Por isso Lula já sai oferecendo o seu ombro amigo…

Dilma, a Xerxes de bucho cheio, é servida por uma corte de 36 eunucos
Presidente Michel Temer manda acelerar a demissão de petistas do segundo e terceiro escalões. Ainda bem! Já não era sem tempo 
Por: Reinaldo Azevedo 
Quarta-feira -  08/06/2016 às 22:30 
Já temos o nosso imperador persa no Planalto, ao menos no que respeita aos eunucos: chama-se Dilma Rousseff. A Afastada, desocupada e, em breve, desempregada teve o topete de requisitar, atenção!, 36 funcionários para “trabalhar” com ela no Palácio da Alvorada, sendo 31 do gabinete da Presidência da República, e nada menos do que cinco ajudantes de ordem. Dilma é a nossa Xerxes do bucho cheio.
Para que tanta gente, meu Deus? Resposta: pra nada! Qual é hoje o trabalho daquela senhora? Sair por aí berrando que foi vítima de um golpe. Conceder entrevistas para difamar o Brasil. Mobilizar governos estrangeiros para ver se eles retaliam o País por ter cumprido a Constituição.
É um acinte e um disparate. Dá para entender por que a dita “presidenta” elevou seus ministérios a 39 e, com esse exército, conduziu o País à bancarrota.
A coisa é tão estúpida que o atual presidente, Michel Temer, está sem espaço para nomear os seus assessores. Dos 31 cargos que Dilma sequestrou, 16 estão no topo da pirâmide salarial.
E os eunucos da Xerxes do Cerrado ainda reclamam. Dizem que a Casa Civil se negou a pagar a hospedagem da turma que acompanha a Presidenta Desocupada. Ora, não me digam… Os dilmistas também não se conformam que aviões da FAB estejam liberados agora apenas para conduzir a Sem-Nada-Para-Fazer a Porto Alegre. Para deitar proselitismo em Campinas, por exemplo, Dilma teve de alugar um jatinho, pago pelo PT.
Bucho cheio
É preciso pôr logo um ponto final a essa história. Conforme informou o Painel, da Folha, de janeiro a maio, Dilma gastou R$ 280 mil, em seu cartão de suprimentos, com despesas para alimentação — R$ 62 mil por mês.
“Ah, coitada, recebia muita gente… Sabem cumé…” Ora vejam: de 13 a 31 de maio, já afastada, a “presidenta” torrou R$ 54 mil para abastecer o Alvorada. A assessoria da petista soltou uma nota furiosa contra o vazamento de dados, mas não contestou os números.
Como é que uma presidente afastada, sem agenda, consegue gastar R$ 54 mil em alimentação em uma quinzena?
Despetização
A Folha informa que Michel Temer determinou que sejam aceleradas as demissões dos quadros petistas que ainda ocupam cargos de segundo e terceiro escalões. Daqui a pouco, as esquerdas já estarão chorando por aí, dizendo-se perseguidas…
Que fique claro: trata-se de cargos de confiança. Até que não sejam extintos, é evidente que os, digamos, “agentes” do governo anterior têm de ser ao menos substituídos.
Essa patuscada já foi longe demais. O Brasil precisa saber, sim, qual é o custo da “resistência” de Dilma, aquela que insiste em ficar torrando dinheiro público, mesmo afastada de suas funções, depois de quebrar o País.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza
09/06/2016 04:24
Auxiliares de Michel Temer avaliam que o Supremo Tribunal Federal deve indeferir os pedidos de prisão formulados por Rodrigo Janot, procurador-geral da República, contra Renan Calheiros, José Sarney, Romero Jucá e Eduardo Cunha. Em privado, as autoridades do Planalto enxergam açodamento nas petições do chefe do Ministério Público Federal.
Em relação a Renan, Sarney e Jucá, os pedidos de prisão escoram-se na delação premiada de Sérgio Machado, preposto do PMDB na presidência da Transpetro por 12 anos. O material inclui gravações de conversas feitas por Machado. Para o procurador-geral, esses diálogos revelam a existência de um complô para obstruir a Lava Jato, inclusive por meio de aprovação de projetos de lei.
Na visão dos auxiliares de Temer, a tese de obstrução da Justiça não se sustenta. Recorda-se que, pela Constituição, parlamentares só podem ser presos em flagrante. Em novembro de 2015, ao ordenar a prisão do então senador petista Delcídio Amaral (MS), o Supremo aceitou a tese segundo a qual a ação de uma organização criminosa para obstruir a Justiça constitui “um flagrante permanente.”
Para o Planalto não há como comparar as gravações feitas por Sérgio Machado com as outras. Delcídio soou numa fita oferecendo vantagens financeiras e meios de fuga para que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró não aderisse à delação premiada da Lava Jato.
Além das gravações, a Procuradoria dispõe de depoimentos e dados fornecidos por Sérgio Machado. Mesmo assim, o staff de Temer descrê da hipótese de prisão. Nas palavras de um dos auxiliares do presidente interino, ainda que a Procuradoria tenha provas de que Sérgio Machado repassou R$ 70 milhões aos líderes do PMDB, isso justificaria um pedido de inquérito ou até a formulação de uma denúncia, não a prisão cautelar.
O maior receio do Planalto é que o STF atenda a um outro pedido de Janot: o afastamento de Renan do exercício do mandato e da presidência do Senado — exatamente como já sucedeu com Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara. Para Temer e sua equipe, a eventual suspensão de Renan causaria transtornos num instante em que os senadores se preparam para julgar o impeachment de Dilma.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quinta-feira, 9 de junho de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O mundo político tupiniquim tende a vir abaixo assim que o juiz Sérgio Fernando Moro homologar a delação premiada que vai confirmar que a Lava Jato irrigou a reeleição de 2014 com recursos ilegais - gerando as provas objetivas para que a chapa Dilma Rousseff/Michel Temer termine impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral. Quem pode contribuir para essa "microexplosão" é um engenheiro que injetou milhões no caixa dois das campanhas petistas. O jornal O Globo detona uma reportagem sobre mais esta "megasacanagem".
O homem bomba tem um nome difícil de pronunciar. O engenheiro Zwi Skornicki, representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels revelou à Força Tarefa da Lava Jato que o então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, lhe pediu US$ 4,5 milhões (R$ 15,2 milhões) para ajudar a financiar a campanha pela reeleição de Dilma Rousseff, em 2014. Zwi confidenciou que pagamento foi feito diretamente em uma conta do marqueteiro João Santana na Suíça, e não foi declarado à Justiça Eleitoral. Tudo ocorreu nos meses próximos às eleições de 2014, entre setembro de 2013 e novembro de 2014.
A delação de Zwi não envolve o nome de políticos com foro privilegiado. Por isso, será submetida para homologação em Curitiba, e não no Supremo Tribunal Federal (STF). O delator revelou que uma de suas empresas. a offshore Deep Sea Oil Corp, sediada nas Ilhas Virgens Britânicas, fez nove repasses (de US$ 500 mil cada) para a conta suíça da offshore Shellbil Finance S/A, registrada na República Dominicana e pertencente a João Santana e à mulher dele, Mônica Moura. O estaleiro Keppel Fels foi fornecedor e parceiro da Petrobras em contratos que envolveram US$ 3 bilhões, das plataformas P-52, P-56, P-51 e P-58.
Ex-funcionário da Petrobras e representante comercial no Brasil do estaleiro Keppel Fels, o engenheiro polonês Zwi Skornicki, de 66 anos, está preso na carceragem da PF em Curitiba desde fevereiro deste ano, acusado de intermediar propinas do esquema de corrupção na Petrobras. Na 23ª fase da Lava-Jato, batizada de “Acarajé”, os investigadores encontraram repasses no exterior para João Santana, por meio da conta suíça da Shellbil. Santana, Mônica e Zwi foram denunciados à Justiça em abril deste ano por corrupção e lavagem de dinheiro.
As inconfidências de Zwi podem trazer mais problemas para a petelândia e sua cúpula de corruptos. O engenheiro teria relação forte com negócios angolanos. Futuras revelações dele podem lançar luzes sobre a conexão entre políticos, empreiteiros e banqueiros brasileiros com bilionários esquemas de corrupção com membros do governo e parentes do presidente de Angola, José Eduardo dos Santos. Quem recebeu dinheiro sujo ou diamantes angolanos por participações nas negociatas deve estar apertadinho com as bombas do Zwi...
Novas revelações da Lava Jato, divulgadas ou não seletivamente, ainda provocarão estragos inimagináveis no pornográfico e corrupto cenário da politicagem brasileira. Combinando tanta sacanagem vinda à tona com a maior crise econômica nunca antes vista, deixando a maioria da população ainda mais revoltada, temos o ingrediente social perfeito para mudanças profundas no Brasil dos Canalhas. Calma, que a novela está apenas no começo...
Corruptos, unidos, começam a ser batidos... O processo ainda é lento, porém é irreversível... Definitivamente, o Brasil nunca mais será o mesmo depois da Lava Jato - que está apenas no comecinho da limpeza institucional que precisa ser feita. Por enquanto, o placar é de 105 condenações pelo juiz Sérgio Moro e zero pelo Supremo Tribunal Federal. Quando o time do STF começar a reagir, porque não terá outro jeito, o "campeonato" vai ficar mais interessante...
Prender o "Japonês da Federal" e ganhar de sete do Haiti é fácil... Difícil é tomar banho frio em Curitiba, baixar os juros, diminuir a inflação e reduzir a desonestidade no País dos Corruptos...
(...)

NO O ANTAGONISTA
Brasil 09.06.16 07:00
O plenário do TSE julga hoje o recurso de Michel Temer para separar as contas de sua campanha daquelas de Dilma Rousseff.
O esquema revelado pelo delator Zwi Skornicki deve facilitar a tarefa...
Brasil 09.06.16 06:57
Dilma Rousseff se danou de uma vez por todas.
O depoimento de Zwi Skornicki, que confessou o pagamento de 4,5 milhões de dólares em propina para a campanha de 2014, enterra qualquer fantasia de seu retorno ao Palácio do Planalto...
Brasil 09.06.16 06:22
É uma pena que ninguém esteja gravando as conversas entre Lula e Renan Calheiros.
Segundo a Folha de S. Paulo, antes de ontem Lula telefonou a Renan Calheiros para prestar-lhe “solidariedade”...
Brasil 09.06.16 06:04
O STF se irritou com os vazamentos da PGR para a imprensa.
E o que fez a PGR para tentar se explicar? Vazou ainda mais material...
Economia 08.06.16 21:35
Alexandre Tombini foi um tarefeiro nos cinco anos em que esteve à frente do BC...
Brasil 08.06.16 21:31
A Folha informa que o TRE de São Paulo aprovou as contas de campanha de Andrés Sanchez...
Sociedade 08.06.16 21:12
Cerca de 160 professores da associação de docentes da Universidade de Brasília (UnB) decidiram hoje, em assembleia, aprovar um indicativo de greve em apoio a Dilma Rousseff...

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