PRIMEIRA EDIÇÃO DE 08-6-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
08 DE JUNHO DE 2016
As empreiteiras da Lava Jato, investigadas por roubar a Petrobras, continuam faturando na União. Desde janeiro e até esta segunda-feira (6), embolsaram R$662,6 milhões, de acordo com dados do Siafi, Sistema Integrado de Administração Financeira, aos quais esta coluna teve acesso. Só este ano a Odebrecht, campeã no assalto aos cofres públicos e cujo ex-presidente está preso, recebeu R$ 377,5 milhões.
A empreiteira Queiroz Galvão S/A, cujos executivos foram condenados por corrupção, levou do Tesouro Nacional R$133 milhões, só este ano.
A Mendes Júnior, outra empreiteira cujo ex-presidente foi preso e até condenado na Lava Jato, já faturou R$ 101 milhões somente em 2016.
Também receberam pagamentos a Galvão Engenharia (R$21 milhões), a Engevix (R$15 milhões) e a Camargo Corrêa (R$3 milhões).
A OAS, outra cujo presidente executivo foi preso e fez acordo de delação, levou do governo R$890 mil até o dia 6 de junho neste ano.
O governo Michel Temer encontrou o caixa da Caixa dramaticamente afetado pelo aparelhamento do PT. Agora, só uma injeção de R$ 25 bilhões, no prazo de 12 a 18 meses, salvará a Caixa da falência, dizem especialistas. Além de negócios suspeitos, corrupção e uso das suas reservas nas criminosas pedaladas, a Caixa padece de inchaço, com dirigentes dos quais se exigia, no “currículo”, ser petista de carteirinha.
A Caixa tem 01 presidente, 12 vices e 19 diretores e boquinhas mil: antes era um superintendente para cada Estado, hoje são 70 em todo o País.
Mais R$29,8 milhões sumiram dos cofres da Caixa, nos primeiros três meses de 2016. A explicação oficial: “saques fraudulentos”. Ah, bom.
Por ordem de Lula, a Caixa bancou o estádio e deu patrocínio de R$40 milhões ao Corinthians para repatriar Pato, jogador que virou um mico.
Admiradores de Rodrigo Janot dão como certo seu ingresso na política. A ideia seria se aposentar, após sair da PGR, e em 2018 candidatar-se a deputado federal. Mas a meta seria o governo de Minas, em 2022. Amigos próximos de Janot se recusam a acreditar nessa possibilidade.
Lula anda meio borocoxô porque acha inevitável seu encontro com o Japonês da Federal. Uma das razões é a confirmação do empreiteiro Léo Pinheiro (OAS) de que o apartamento do Guarujá é mesmo dele.
Serviços de inteligência descobriram que o PT, CUT e MST planejam invadir o aeroporto do Recife, na visita do presidente Michel Temer, dia 14, para protestar contra “cortes em programas sociais”. É que secou o 'dinheiroduto' que bancava os “mortadelas”, nas manifestações petistas.
Senadores em cima do muro, em relação ao impeachment, tem sido chamados nas rodas políticas do Congresso de “senadores flex”. Eles seriam, por assim dizer, “flexíveis”.
Já são 127 os ex-auxiliares de Dilma agarrados às boquinhas da “quarentena”, concedidas gentilmente pela Comissão de Ética Pública nomeada por Dilma. Ficam sem trabalhar e ganhando os ricos salários.
Os 513 deputados federais gastaram, de janeiro a maio, R$9,27 milhões com passagens aéreas. Toda a dinheirama foi ressarcida pela verba denominada “Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar”.
O inferno astral de Renan Calheiros fez Brasília perguntar quem é seu primeiro suplente. Trata-se de Fábio Farias, político muito querido em Alagoas e chefe do Gabinete Civil do governo de Renan Filho.
O líder do PSOL, Ivan Valente, quer convocar o ministro Torquato Jardim (Transparência) para explicar por que acha partidos “centrais de negócios” que agem “em nome da corrupção e safadeza”.
O procurador-geral Rodrigo Janot vai pedir cadeia também para Dilma, que até nomeou ministro no STJ para livrar ladrões da Lava Jato, segundo denúncia da própria PGR?

NO DIÁRIO DO PODER
LOBISTA DE LUXO
CEVERÓ ACUSA ROSSETTO DE OPERAR PARA A COPERSUCAR JUNTO A BR DISTRIBUIDORA
EX-MINISTRO DE DILMA E LULA ACUSADO DE MARACUTAIAS NA PETROBRAS
Publicado: 07 de junho de 2016 às 18:00 - Atualizado às 19:43
SEGUNDO CERVERÓ, ROSSETTO QUIS FAZER DA COPERSUCAR A ÚNICA FORNECEDORA DE ÁLCOOL PARA BR
O ex-diretor Internacional da Petrobras e da BR Distribuidora Nestor Cerveró afirmou em sua delação premiada que o ex-ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário, Trabalho e Previdência/governos Lula e Dilma) fez lobby para que a Copersucar S.A. se tornasse a única vendedora de álcool para a estatal.
"As propinas passariam todas a ser controladas pela Copersucar", afirmou Cerveró no termo de delação 19, prestado em dezembro e tornado público na semana passada. "A compra de álcool é um dos principais itens de arrecadação de propina na BR Distribuidora."
Os depoimentos de Cerveró foram gravados em áudio e vídeo pela força-tarefa da Operação Lava Jato na Procuradoria-Geral da República, a quem compete investigar políticos detentores de foro privilegiado, como deputados e senadores.
O ex-diretor da Petrobras disse que em 2013, o então presidente da BR Distribuidora, José de Lima Andrade Neto, o chamou para uma reunião informal para comunicá-lo que Rossetto, que era presidente da Petrobras Biocombustíveis - responsável por álcool e biocombustíveis da estatal - propôs que a Copersucar tivesse um contrato de exclusividade.
"No sentido de que a empresa fosse a única compradora de álcool para a BR, ou seja, a Copersucar seria uma intermediária, comprando o álcool (das usinas) para a BR, que depois faria o trabalho normal dela de distribuição", afirma Cerveró.
A Copersucar S.A. é a maior comercializadora global de açúcar e etanol integrada à produção e a maior exportadora brasileira desses produtos, com atuação nos principais mercados mundiais. A Copersucar atende a 12% da demanda mundial de etanol, segundo informações no site da companhia. No mercado de açúcar, responde por 12% do mercado livre da commodity. Sua plataforma logística tem abrangência global e entre seus clientes estão as principais companhias de petróleo, refinarias de açúcar e indústrias de alimentos do mundo.
Alerta
O delator disse que os integrantes da diretoria fizeram objeções e afirmaram que a ideia era "muito ruim, porque o negócio não seria bom para a BR e não faria sentido". Ele relatou que Lima defendeu a empreitada com "entusiasmo".
"Quem surgiu com essa ideia foi Miguel Rossetto, e Lima levou-a adiante. Alguém da Copersucar levou essa ideia para Miguel Rossetto. Se a ideia fosse implementada, as propinas relativas à compra de álcool seriam pagas pela Copersucar, não mais pela BR", afirmou Cerveró aos procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato.
"Acredito que haveria um negócio que o Rossetto participaria porque quem trouxe o negócios para o Lima foi ele e pelo entusiasmo que o Lima defendeu havia um interesse dos dois em fechar esse acordo com a Copersucar", respondeu, ao ser perguntado se acredita que o episódio envolveria propina.
"Para a BR não trazia benefício nenhum, isso só beneficiava a Copersucar que ganhava um poder de compra e de negociações, porque a transformava na maior compradora de álcool do Brasil. Esse tipo de coisa não acontece de graça."
O delator afirmou que os dois "grandes beneficiários da propina na BR" seriam Pedro Paulo Leoni Ramos, o PP, ex-ministro e operador do senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello, e o então senador Delcídio Amaral (ex-PT-MS). "PP e Delcídio ficaram muito irritados com essa ideia."
O delator diz que a subsidiária da Petrobras era dividida pelo PT, PMDB e PTB (na época, cota do senador Fernando Collor de Mello).
Rossetto não foi localizado para comentar o assunto. A Copersucar não respondeu aos questionamentos. (AE)

LAVA JATO
'BRINCADEIRA COM O STF', DIZ GILMAR SOBRE VAZAMENTO DE PEDIDOS DE PRISÃO
GILMAR MENDES DIZ QUE VAZAMENTO DOS PEDIDOS DE PRISÃO É CRIME
Publicado: 07 de junho de 2016 às 17:08 - Atualizado às 00:39
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez uma dura crítica ao vazamento da informação de que a Procuradoria-Geral da República havia pedido a prisão de integrantes da cúpula do PMDB. "Não se pode brincar com esse tipo de coisa. Tem-se um processo oculto, pede-se sigilo, mas divulga-se para a imprensa. Isso é algo grave, não se pode cometer esse tipo de coisa. Isso é uma brincadeira com o Supremo. É preciso repudiar isso de maneira muito clara", disse.
Questionado sobre quem teria vazado, o ministro evitou apontar culpados, mas afirmou que "quem está fazendo isso está cometendo crime".
Após fazer as declarações à imprensa, foi possível ouvir o ministro comentando o assunto, de maneira exaltada, com outros colegas antes do início da sessão da segunda turma do Supremo.
Nos documentos, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) devido à suspeita de que eles atuaram para atrapalhar o andamento da Operação Lava Jato.
Há também um pedido de prisão contra o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que, na avaliação da PGR, mesmo longe do cargo continuaria interferindo nos trabalhos da Casa.
O vazamento incomodou outros integrantes do Supremo, que viram no ato uma intenção de pressionar o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, a tomar um posicionamento.
Reservadamente, um ministro atentou para o fato de que os pedidos chegaram na Corte há algum tempo e até agora não há uma decisão sobre eles. Segundo a reportagem apurou, esses requerimentos teriam sido enviados ao Supremo há mais de duas semanas.
Nesse meio tempo, vieram a público gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que implicou a cúpula peemedebista na Lava Jato em sua delação premiada.

PAGUE A PASSAGEM, MADAME
DILMA PEDE AVIÃO PARA VIAJAR A CAMPINAS E TEMER NEGA
ELA QUERIA USAR DE NOVO UM JATO DA FAB, MAS O PLANALTO NEGOU
Publicado: 07 de junho de 2016 às 09:38 - Atualizado às 10:18
O governo do presidente em exercício Michel Temer negou à presidente afastada Dilma Rousseff pedido para providenciar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para ela e seu staff viajarem, para Campinas, em São Paulo, onde ela visitaria o Projeto Sírius, de construção de um acelerador de partículas e participaria de um encontro com intelectuais.
Essa é a primeira vez que o Planalto nega um pedido de avião feito pela petista, depois que a Subsecretaria de Assuntos Jurídicos (SAJ) da Casa Civil emitiu, na semana passada, um parecer regulamentando a decisão do Senado sobre os direitos de Dilma durante o afastamento. No item avião, ela tem direito apenas ao uso entre Brasília e Porto Alegre, onde reside sua família.
Na tarde desta segunda-feira, 6, a assessoria de Dilma encaminhou para o Gabinete de Segurança Institucional pedido da aeronave para a ida a Campinas, na quinta-feira (9). Apesar de já existir uma regra, o procedimento do GSI é consultar o jurídico a cada pedido que chega. O de ontem foi negado.
O governo entende que ela só teria direito a aeronave se fosse para eventos oficiais e este foi o motivo pelo qual, oficialmente, permitiu que Dilma fizesse as viagens anteriores, que poderiam estar previamente marcadas. Depois que se afastou, Dilma já usou o avião da FAB para ir para casa e para dois eventos considerados partidários, em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro.
Desde a semana passada, Temer decidiu partir para o confronto e enfrentar Dilma como adversária política. Além de cortar o avião para rodar o País, Temer restringiu o número de assessores e limitou o uso de Dilma ao Palácio da Alvorada, sem direito a usar, por exemplo, a Granja do Torto.
A assessoria da presidente afastada diz que ela "vai tomar as medidas necessárias para reverter os abusos cometidos pelo Palácio do Planalto, em todos os foros adequados".

CRIME ELEITORAL
STF ENVIA INQUÉRITO CONTRA MERCADANTE PARA JUSTIÇA PAULISTA
INVESTIGAÇÃO É DE CRIME ELEITORAL NA DISPUTA DO GOVERNO PAULISTA EM 2010
Publicado: 07 de junho de 2016 às 18:28
O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou o envio para a Justiça Eleitoral de São Paulo o inquérito que investiga o ex-ministro da educação Aloizio Mercadante por suspeita de crime durante a campanha dele ao governo de São Paulo em 2010.
Com o afastamento da presidente Dilma Rousseff pelo processo do impeachment, o petista foi exonerado do cargo no Executivo e perdeu o foro privilegiado. O inquérito foi aberto no STF em setembro do ano passado e o investiga por crime eleitoral, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
"Tendo em vista que cessou a investidura funcional do ora investigado em cargo que lhe assegurava prerrogativa de foro perante esta Corte, reconheço não mais subsistir, no caso, a competência originária do STF para prosseguir na apreciação deste procedimento de natureza penal", escreveu o ministro.
A investigação contra Mercadante foi instaurada com base na delação premiada do dono da UTC, Ricardo Pessoa, na Lava Jato. O empreiteiro disse que o petista presenciou um acerto de caixa dois para beneficiar a campanha dele ao governo de São Paulo.
Segundo Pessoa, o acordo da UTC era de repassar R$ 250 mil como doação oficial à campanha e outros R$ 250 mil, dados em espécie, de origem ilegal. Mercadante sustenta que recebeu R$ 500 mil em doação oficial declarada à Justiça Eleitoral e rechaça a tese de existência de caixa 2.
Outra delação premiada da Lava Jato, do diretor financeiro da UTC, Walmir Pinheiro, também integra o processo. Segundo Pinheiro, foram feitas três doações eleitorais de R$ 250 mil à campanha de Mercadante, uma pela UTC, a segunda pela Constran e a terceira "por fora".
O caso foi enviado primeiro ao relator da Lava Jato no STF, Teori Zavascki. Como não havia relação com o esquema de corrupção da Petrobras, ele foi sorteado ao ministro Celso de Mello. O processo tramitava de forma oculta na Corte a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

ENTRE A EXECRAÇÃO, O DESPREZO E A CADEIA
Carlos Chagas
Guardadas as proporções, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, aceitou os conselhos do “Garganta Profunda” que nos Estados Unidos atuou no processo contra o presidente Richard Nixon, levado a renunciar por interferir em eleições presidenciais naquele país. “Siga o dinheiro”, disse o então vice-diretor do FBI aos dois jornalistas do “Washington Post”, que seguiram e levaram Nixon a deixar a Casa Branca para não ir parar na prisão.
Agora, Renan Calheiros, Romero Jucá, José Sarney, Edison Lobão, Jader Barbalho, Eduardo Cunha e outros poderão perder cargos, mandatos e funções como, também, parar na cadeira. Exceção de José Sarney, que pela idade ganhará prisão domiciliar, com direito a tornozeleira.
Muitos nomes de senadores e políticos variados também poderão ser condenados por conta de roubalheira, fora os que já se encontram vendo o Sol nascer quadrado e os que estão perto.
Peça fundamental nesse capítulo da interminável novela de apropriação dos dinheiros públicos é o ex-senador e ex-diretor da Transpetro, Sérgio Machado, que delatou boa parte da roubalheira em favor de seus ex-sócios e ex-amigos. Para livrar-se de penas mais profundas, entregou o jogo ao Procurador Geral e à Justiça.
Em toda essa historia ainda inconclusa e repleta de acusações senso investigadas, sobressai a evidência de andar podre o universo das relações políticas e seus tentáculos administrativos, empresariais e governamentais. Quem está fora parece prestes a entrar e quem está dentro dificilmente sairá.
A pergunta que se faz é onde vão parar os envolvidos na ladroagem. Pelo menos nas colunas da execração pública. No desprezo nacional, sem dúvida.
“Siga o dinheiro” surge como grande conselho a todo investigador, demonstração de que a lei acaba sempre dando certo. Necessário se torna, como complemento, acionar mecanismos capazes de devolver ao tesouro nacional tudo o que foi roubado. Centenas de milhões, e até bilhões, sumiram dos cofres públicos, sem falar dos mandatos que vão sumir. Bem feito!

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Os holofotes logo voltarão a iluminar a face escura do criador e presidente vitalício do Bloco do Petrolão
As provas reunidas pela Lava Jato gritam que foi Lula o autor do enredo, o coreógrafo, o diretor de bateria e o mestre-sala do maior desfile de corruptos de todos os tempos
Por: Augusto Nunes 
07/06/2016 às 19:07
Como a devassa do assalto à Petrobras se tem concentrado, neste começo de junho, na ala do PMDB, a torcida do PT finge esquecer que foi Lula o criador do Bloco do Petrolão, que dirigiu com poderes de presidente vitalício até que a Operação Lava Jato entrasse na avenida e atravessasse o samba da bandidagem.
Foi Lula o autor do enredo, o coreógrafo, o diretor de bateria e o primeiro mestre-sala ─ que a partir de 2010 teve Dilma Rousseff como porta-bandeira. Foi Lula quem definiu os movimentos dos parceiros de delinquência, executados em perfeita sintonia por passistas de diferentes partidos.
Foi ele o puxador do maior desfile de corruptos da História da Humanidade, que juntou o que há de pior no PT, no PMDB, no PP e em gangues menos numerosas da base alugada. Comparados ao protagonista ainda em liberdade, todos os outros gatunos não passam de coadjuvantes esforçados.
O Brasil decente sabe que o Petrolão é coisa de Lula. Amparada nas incontáveis provas e evidências reunidas pelos condutores da Lava Jato, a Justiça saberá o que fazer. O carnaval da União dos Larápios acabou.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
E não é que Janot permite que o Renan dos 11 inquéritos lhe dê uma lição de moral democrática?
Fique certo, leitor amigo: sempre que você confere a alguém habitualmente errado a chance de dizer a coisa certa, é sinal de que algum erro você cometeu
Por: Reinaldo Azevedo 
08/06/2016 às 6:00
Fique certo, leitor amigo: sempre que você confere a alguém habitualmente errado a chance de dizer a coisa certa, é sinal de que algum erro você cometeu. É o que me ocorre dizer ao considerar a reação de Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado — e do Congresso —, aos pedidos de prisão encaminhados por Rodrigo Janot, procurador-geral da República, que vazaram para a imprensa.
Antes de se pronunciar em plenário a respeito, Renan divulgou a nota que segue abaixo. Leiam. Volto em seguida.
"Apesar de não ter tido acesso aos fundamentos que embasaram os pedidos, o presidente do Congresso Nacional reitera seu respeito à dignidade e autoridade do Supremo Tribunal Federal e a todas às instituições democráticas do País. O presidente do Senado está sereno e seguro de que a Nação pode seguir confiando nos Poderes da República.
O presidente reafirma que não praticou nenhum ato concreto que pudesse ser interpretado como suposta tentativa de obstrução à Justiça, já que nunca agiu, nem agiria, para evitar a aplicação da lei. O senador relembra que já prestou os esclarecimentos que lhe foram demandados e continua com a postura colaborativa para quaisquer novas informações.
Por essas razões, o presidente considera tal iniciativa, com o devido respeito, desarrazoada, desproporcional e abusiva. Todas as instituições estão sujeitas ao sistema de freios e contrapesos e, portanto, ao controle de legalidade. O Senado Federal tem se comportado com a isenção que a crise exige e atento à estabilidade institucional do País.
A Nação passa por um período delicado de sua História, que impõe a todos, especialmente aos homens públicos, serenidade, equilíbrio, bom-senso, responsabilidade e, sobretudo, respeito à Constituição Federal.
As instituições devem guardar seus limites. Valores absolutos e sagrados do Estado Democrático de Direito, como a independência dos poderes, as garantias individuais e coletivas, a liberdade de expressão e a presunção da inocência, conquistados tão dolorosamente, mais do que nunca, precisam ser reiterados."
Retomo
Já em plenário, o presidente do Senado afirmou, depois de ouvir do senador Romero Jucá (PMDB-RR) uma manifestação de inconformismo com o pedido de prisão:
“E queria dizer ao senador Romero Jucá que nós não devemos ter preocupação com os excessos que cometem contra a gente. Eu, como presidente do Senado, toda vez que cometem excessos contra os senadores, eu fico preocupado. Preocupado, sobretudo, com a soberania dos mandatos dos senadores. Mas isso não importa, não precisamos ter tanta preocupação. Temos de ter, sim, preocupação é quando cometem excessos contra a instituição. Porque aí não haverá quem corrija esse excesso”.
Por incrível que possa parecer, caros leitores — e o arquivo está à disposição para que vocês saibam o que penso sobre Renan —, a fala está correta. Notem: Renan é investigado em 11 inquéritos, nove deles dizem respeito à Lava-Jato. É figura carimbada de várias delações premiadas, ainda que, até agora, Rodrigo Janot não tenha oferecido denúncia contra ele.
Ora, permitir que uma personagem com esse perfil dê lições sobre institucionalidade dá conta do tamanho do erro cometido por Janot — um erro, acho, ao qual foi induzido pela soberba e pela arrogância. E, de certo modo, pelo espírito de reformadores do mundo que, tudo indica, tomou contra dos membros da Lava-Jato. É bom que baixem um pouco a bola da autossuficiência para não perder o foco.
Num particular, Renan está coberto de razão: uma coisa é tomar providências para meter em cana personagens que degradam as instituições; outra, distinta, é ignorar as fronteiras dessas instituições. Isso é sinal de perda de rumo.
E Renan prosseguiu com a sua aulinha:
“Queria dizer aos senadores e às senadoras: temos a mais aberta compreensão da separação dos Poderes. Mais do que nunca, é preciso exercitar a separação dos poderes, mais do que nunca, e aguardar com tranquilidade, com serenidade, com responsabilidade a decisão da Suprema Corte. Qualquer movimento que fizermos a mais parecerá que estamos danificando a separação dos Poderes, que é fundamental para o equilíbrio nesse momento dramático da vida nacional. Mais do que nunca, é preciso falar pelo silêncio. Eu acabei de dizer pra imprensa que o meu silêncio será uma manifestação retumbante. Eu falarei pelo meu silêncio. E aguardarei a manifestação do Supremo”.
Se Renan fez um décimo, ou ainda menos, do que lhe atribuem os delatores, seu lugar é a cadeia. No caso em questão, no entanto, Rodrigo Janot lhe deu a oportunidade de dizer a coisa certa.
Logo, adivinhem se Janot acertou ou errou.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza
08/06/2016 04:58
O presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo (PR-BA), cancelou a sessão que seria realizada nesta quarta-feira, 08. Fez isso depois que farejou a perspectiva de rejeição do relatório que pede a cassação do mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Nos subterrâneos, Araújo acusa o Planalto de agir para salvar o mandato do presidente afastado da Câmara, conquistando para ele o voto da deputada Tia Eron (PRB-BA), considerado decisivo no conselho.
Mestre dos dribles e das mumunhas regimentais, Eduardo Cunha dessa vez escalou o palco em posição inversa. Chamou o adiamento de “manobra espúria”. E bateu bumbo:
“Inúmeras vezes o presidente do Conselho me acusou de protelação, inclusive com representação ao Ministério Público Federal, citando adiamentos das sessões. Agora, ficou claro que estas manobras são de autoria do próprio presidente, que age para manter o processo indefinido e, assim, continuar na mídia. Além de buscar ter o resultado que almeja.''
Estima-se para terça-feira da semana que vem a votação do relatório que pede a interrupção do mandato de Cunha. A esperança dos partidários da causa é que Tia Eron, hostilizada nas redes sociais por faltar à sessão do Conselho de Ética nesta terça-feira, 07 recobre o juízo no final de semana.

Josias de Souza
08/06/2016 02:16
Após restringir as viagens aéreas de Dilma Rousseff, o Planalto analisa a hipótese de trocar sua equipe de assessores. Alega-se que a presidente afastada levou para o “exílio” do Alvorada cerca de 15 servidores que fazem falta ao staff de Michel Temer.
A Presidência deseja reaver os cargos, para preenchê-los com pessoal da confiança do presidente interino. Nesta quarta-feira (8), o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) discute com o Ministério do Planejamento saídas para o impasse. Dilma não deve receber a novidade pacificamente.

Josias de Souza
07/06/2016 20:17
Após analisar com auxiliares as consequências do pedido de prisão dos cardeais do PMDB, Michel Temer decidiu que o melhor a fazer por enquanto é não comentar o tema. Convém dar ouvidos a esse silêncio do presidente interino.
 Até os surdos conseguem ouvir a eloquência da mudez de Temer.
Há pragmatismo no silêncio de Temer. Se subisse no caixote para fazer barulho contra os candidatos a presidiário Renan Calheiros, Eduardo Cunha, José Sarney e Romero Jucá, o substituto de Dilma viraria um presidente popular. As palavras não-ditas gritam que Temer não tem condições de se dissociar do lixão.
Há utilidade no silêncio do Temer. Ele facilita a audição dos delatores. Muito já foi dito sobre os métodos dos caciques do PMDB. Mas nada soou tão desconcertante quanto as vozes da conspiração contra a Lava Jato nas gravações de Sérgio Machado, o Silvério da Transpetro. A certa altura, o delator disse a Sarney: “Eu contribuí para o Temer…”
Há higiene no silêncio de Temer. Em vez de reclamar do odor, Temer confraterniza com o lixo, entrega o comando do PMDB ao lixo, coloca o preposto do lixo na liderança do governo na Câmara, confia nos votos do lixo para aprovar as reformas. O apreço de Temer pelo lixo aguça a fome de limpeza da sociedade. Viva o silêncio de Michel Temer.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Terça-feira, junho 07, 2016
A coluna Radar do site de Veja revela que mesmo afastada do cargo Dilma Rousseff mantém espiões dentro do Palácio do Planalto. E isso dá uma ideia do nível de aparelhamento de todas as instâncias da administração pública pelo PT. Há uma versão da KGB em todos os órgãos públicos e que continua em ação não só no Palácio do Planalto, como também em outros órgãos e empresas estatais, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Correios, Petrobras, enfim, todas as instâncias da administração pública. E vamos dar o nome aos bois: isto é espionagem comunista. Se a grande mídia sente pruridos em falar em comunismo, eu falo e denuncio. Ou o PT não é um partido comunista?
Cabe ao Presidente Michel Temer a tarefa de fazer uma imediata limpeza geral. Se não der para exonerá-los e/ou simplesmente demiti-los, é melhor que Temer conceda férias compulsórias para esses espiões comunistas, enquanto as áreas administrativas desses órgãos públicos vão tomando as providência legais para afastá-los para sempre. Lembrando sempre que ações como sabotagem, contra-informação e espionagem por parte de agentes públicos são motivos suficientes para exonerá-los sem maiores delongas.
O Brasil decente exige uma limpeza geral. 
Eis a nota da coluna Radar:
"O Palácio do Planalto ainda luta para exonerar ou transferir servidores ligados à administração passada que atuam como espiões na nova gestão.
Além de passar informações de bastidores do Palácio, a equipe de Michel Temer descobriu que até cópias do clipping de notícias estavam sendo repassadas para Dilma Rousseff poder se informar sobre as notícias publicadas pelos principais jornais a respeito do governo."

NO BLOG ALERTA TOTAL
Terça-feira, 7 de junho de 2016
2a Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A guerra de todos contra todos, que no Brasil merece ser chamada de "Fim dos Imundos", promete um capitulo de truculência política. Aliados dos poderosos José Sarney, Renan Calheiros, Romero Jucá e Eduardo Cunha estudam uma fórmula jurídica e um motivo plausível para abrir um processo de impedimento contra o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, que pediu a prisão do quarteto fantástico do PMDB - responsável por cuidar da derrubada final da Dilma Rousseff e pela sustentação inicial do governo provisório de Michel Temer. O problema é só achar uma razão forte para detonar Janot, antes que o Procurador acabe politicamente com eles, e o Supremo Tribunal Federal não decrete uma prisão dada como favas contadas, por isonomia com o episódio Delcídio do Amaral.
O Congresso Nacional acorda para uma realidade implacável. A classe política brasileira definitivamente não pode continuar sendo a mesma depois dos ousados lances do Ministério Público e do Judiciário na conjuntura pós-Lava Jato. Tornar-se-á (Temer, me empresta sua mesóclise, por favor) urgente uma profunda revolução política. Uma mera reforma não bastará. Será necessário mexer na estrutura. A solução é: voto Distrital com Distrital Misto, tendo eleições eletrônicas que permitam recontagem por voto impresso, com a redução drástica no número de partidos e a possibilidade de candidaturas avulsas, além do fim do voto obrigatório que só alimenta os velhos currais eleitorais. A atividade Política, fundamental para a Democracia, não pode ser sinônimo de organização criminosa.
Não vale a pena dar ouvidos a interpretações apressadas de que uma eventual ação de Rodrigo Janot contra a cúpula do PMDB tem apenas o objetivo de ajudar Dilma Rousseff a se salvar do impeachment, com o petista Jorge Viana assumindo a presidência do Senado se a prisão de Renan Calheiros for decretada pelo STF. Dilma não tem mais a menor condição política de retorno, ainda mais depois da delação premiada e dos depoimentos de Nestor Cerveró - hoje um dos homens de maior visão destrutiva contra o PT. Dilma e Lula estão prestes a se tornarem réus em processos no Brasil e no Exterior. A operação de limpeza contra outras dezenas (ou serão centenas) de políticos é irreversível. Trata-se de uma exigência da maioria da sociedade brasileira, que o Poder Judiciário não deseja contrariar.
O caminho é sem volta. Temos mais de 300 políticos no Congresso, nos Estados e nos Municípios envolvidos em grandes falcatruas contra a administração e o interesse públicos. Além de punir os infratores com rigor, que é missão do Ministério Público denunciar e do Judiciário julgar e punir, se for o caso, é fundamental partirmos para uma mudança profunda da estrutura estatal brasileira. Mesmo tendo provas objetivas de que o fisiologismo e o patrimonialismo estão arraigados na cultura política brasileira, é preciso avançar institucionalmente na criação de mecanismos de controle do cidadão sobre os entes estatais. Temos de criar Controladorias e Ouvidorias públicas, com conselheiros e técnicos que tenham mandato eletivo, escolhidos entre os eleitores qualificados para a missão de zelar pela ética, probidade e qualidade dos serviços públicos.
Esse é o grande desafio (encarar um debate sério) que o Brasil tem a obrigação de enfrentar daqui para frente. Temos de reinventar uma nação em novas bases estruturais democráticas, com plena segurança do Direito, pleno exercício da cidadania, liberdade responsável de expressão e total respeito ao indivíduo. A Constituição Brasileira precisa apenas sofrer um enxugamento, com alguns aprimoramentos, para cumprir e fazer cumprir tais missões fundamentais que criam as bases para um País que queira promover o pleno desenvolvimento de seus fatores culturais, produtivos e civilizatórios. 
A pergunta do título foi só para provocar e chamar a atenção. O Brasil não aguenta mais a turma da Chapeuzinho Vermelho. Mas também não suporta as sacanagens infindáveis dos Lobos Maus. Já passou da hora de reescrevermos nossa História em moldes dignos, realmente democráticos, após um amplo debate nacional que pode resultar, inclusive, de embates que podem conter graus de violência. Todas as nações desenvolvidas passaram por tal processo de depuração, decantação e muita discussão até atingir um nível civilizatório e produtivo satisfatório.
O Brasil terá de se submeter ao processo de Intervenção Cívica Constitucional, para o efetivo aprimoramento de suas instituições. Não tem mágica, nem jogo de sedução ou enganação. Mudar é preciso. Só temos que debater exaustivamente e definir, urgentemente, que Brasil queremos, desejamos e podemos fazer, no curto, médio e longo prazos. 
Reveja a primeira edição desta terça-feira: "Microexplosões" atingem políticos em Brasília
Leia também a análise de Merval Pereira: O fim está próximo
E, para finalizar, uma perguntinha: quando é que a Procuradoria Geral da República mandará pedir a prisão de tantos outros bandidos da politicagem brasileira?
Vinho da Dilma é falso
Em nossa primeira edição, veiculamos uma nota fiscal sobre uma despesa caríssima de vinhos que a Presidenta Dilma teria feito em suas viagens pelo mundo afora.
Chega a confirmação de que a nota é tão falsa quando a honestidade da maioria da cúpula da petelândia.
De toda forma, é preciso realizar um pente-finíssimo nos gastos dos Cartões de Crédito Corporativos da Presidência da República, bem como nas tais "despesas secretas" - feitas sempre em nome da tal "segurança nacional" - usando o mesmo "dinheiro de plástico" bancado pelo "contribuinte" brasileiro.
Já que o gasto com vinho da Dilma é falso, sugerimos aos leitores uma experimentação nestes tempos gelados - ou em que os políticos ladrões começam a entrar em uma fria...
(...)

NO O ANTAGONISTA
Brasil 08.06.16 07:04
Quando Sérgio Machado divulgou as conversas gravadas com Romero Jucá, Jandira Feghali comentou:
"Arrancaram a presidenta Dilma da forma mais violenta possível para evitar a investigação da corrupção pela Lava Jato...
Brasil 08.06.16 06:38
Jandira Feghali embolsou os pixulecos de Sérgio Machado.
De acordo com Lauro Jardim, de O Globo, a deputada do PCdoB aparece na delação do operador de Renan Calheiros "como uma das recebedoras de recursos captados junto a empresas fornecedoras da Transpetro"...
"Manda enfiar o processo no c*"
Brasil 08.06.16 06:15
Os pelegos da CUT protestaram contra o ministro do Trabalho na ONU.
Jadil Chade, do Estadão, informou que eles foram imediatamente retirados da sala...
Brasil 08.06.16 06:04
No lugar do anúncio da Petrobras, há uma tarja branca.
No lugar do anúncio da Caixa, há um pedido de esmola...
Uns trocados, por favor
Brasil 07.06.16 21:56
José Eduardo Cardozo terá de se contentar com a inclusão dos áudios de Sérgio Machado na interpelação de Dilma Rousseff no Supremo...
Brasil 07.06.16 21:49
O Conselho de Ética desmarcou a sessão de amanhã que analisaria o relatório de Marcos Rogério pela cassação do mandato de Eduardo Cunha. A votação deve ficar para quinta-feira ou para a próxima semana...

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