PRIMEIRA EDIÇÃO DE 12-5-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
12 DE MAIO DE 2016
Dilma Rousseff sempre alegou que presidente eleita com 54,4 milhões de votos não pode sofrer impeachment, como se reclamasse o “direito” de não ser investigada. Se é isso o que conta, os senadores que a destituíram somam número de votos quase duas vezes maior que o dela. Somente os 53 senadores que declararam apoio ao impeachment antes da sessão desta quarta-feira (11) tiveram 107.244.453 votos.
Os senadores que apoiaram o governo Dilma, na votação do impeachment, foram eleitos por um total 38,2 milhões de votos.
Os votos de Dilma em 2014 somados àqueles obtidos pelos senadores que votaram contra o impeachment, ontem, totalizam 92,6 milhões.
A soma de votos da chapa Dilma-Temer nas duas eleições é inferior à soma de eleitores dos senadores pró-impeachment: 102,1 milhões.
Em 2014, 141.824.607 de brasileiros votaram nas eleições; os votos dos senadores pró-impeachment representaram 75,6% dos eleitores.
A decisão do ministro Teori Zavascki, soterrando a manobra final do “advogado-geral de Dilma (AGD)”, José Eduardo Cardozo, enquadrou também Ricardo Lewandowski, que tem ameaçado fazer o Supremo Tribunal Federal examinar o impeachment em seu mérito e na “questão política”. Teori citou o art. 86 da Constituição segundo o qual o impeachment não é da competência do Judiciário, mas do Legislativo.
Teori mostrou que não há base constitucional para uma intervenção do Judiciário que importe no juízo de mérito sobre o impeachment.
Para Teori Zavascki, admitir o controle judicial do mérito da deliberação do impeachment no Senado transformaria o art. 86 em letra morta.
O julgamento, diz Zavascki, será por juízes na condição de políticos, inclusive inspirados em valores diferentes de membros do Judiciário.
O marqueteiro João Santana escreveu o roteiro de um documentário encomendado pela CUT, do PT, para difundir a lorota de “golpe”. Resta saber se o filme informará que seu criador está preso por corrupção.
Waldir Maranhão admite renunciar à vice-presidência da Câmara desde que escolha o sucessor. Para o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP, ele deveria ser grato por não perder o mandato.
Michel Temer foi aconselhado por experientes adversários do PT a demitir no primeiro minuto os ocupantes de cargos comissionados. Todos. Ou o seu governo será sabotado desde o primeiro minuto.
Renan Calheiros concedia entrevista quando de repente algo branco, como um dente, escapou-lhe entre os lábios. Lembrou a cena da ex-senadora Heloísa Helena perdendo dente durante um programa de TV.
O senador Blairo Maggi (PR-MT) será mesmo o ministro da Agricultura de Michel Temer. “Só entendo de gado e soja”, disse ele, ao admitir que não conhece demandas do Nordeste, onde só esteve uma vez.
Pernambuco caminha para ter ampla representação no governo Temer. São cotados Bruno Araújo (Cidades), Mendonça Filho (Educação), Raul Jungmann (Defesa) e Fernando Bezerra Filho (Integração).
Enquanto Dilma choramingava no gabinete, seus ministros se reuniam pela última vez sem ela. Para ouvir a ordem de boicote geral à equipe de Michel Temer e recomendar vigilância permanente ao novo governo.
Oficialmente, o governo velho negou a estratégia de “terra arrasada”, dando sumiço a projetos, estudos, registros, arquivos, tudo. Mas foi exatamente o que a dupla Dilma-Lula ordenou. E foi feito.
…pena que Dilma não quer fazer pronunciamento em rede nacional de TV: perderá a chance de despedir-se ouvindo a voz rouca das panelas.

NO DIÁRIO DO PODER
#TCHAUQUERIDA
SENADO APROVA IMPEACHMENT DE DILMA POR 55 X 22, COM DUAS AUSÊNCIAS
SENADO APROVA PEDIDO DE IMPEACHMENT DE DILMA POR 55 X 22 VOTOS
Publicado: 12 de maio de 2016 às 06:40 - Atualizado às 07:03
O Senado aprovou às 6h39 desta quinta-feira (12), por 55 votos a 22 a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma, em uma sessão que durou mais de vinte horas. Ouvem-se fogos de artifício em Brasília. Com a aprovação, Dilma foi afastada do cargo por até 180 dias, enquanto é julgado o mérito do processo; o conteúdo da ação.
A presidente afastada Dilma Rousseff continuará morando no Palácio da Alvorada, com direito a usar jatinhos da Força Aérea Brasileira (FAB) e usufruir de uma equipe de 20 assessores e mais 80 auxiliares, entre copeiras, garçons, faxineiras etc. Mas o salário de Dilma será reduzido pela metade, como manda a Lei 1.079/50, a Lei do Impeachment.
Com o ministério montado, o vice-presidente Michel Temer ocupará, nesta quinta-feira (12), a Presidência da República. O maior desafio do presidente interino será recuperar a economia brasileira. Para tanto, já definiu o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles como ministro da Fazenda.
Dilma responderá pelo crime de responsabilidade em decorrência das pedaladas fiscais comprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e, uma vez condenada no Senado, responderá a ação penal no Supremo Tribunal Federal.

MANOBRA PETISTA
BARROSO REJEITA TENTATIVA DE IMPEDIR TEMER DE NOMEAR MINISTROS
STF NEGA AÇÃO DO PT QUE PRETENDIA IMPEDIR NOMEAÇÕES DE TEMER
Publicado: 11 de maio de 2016 às 22:32 - Atualizado às 00:12
O ministro Roberto Barroso negou nesta quarta-feira, 11, uma ação de um diretório municipal do PT que tentava impedir que o vice-presidente Michel Temer nomeie ministros de Estado caso assuma a presidência da República após o eventual afastamento da titular, Dilma Rousseff. O ministro defendeu que o chefe do Executivo, mesmo que em exercício, tem prerrogativa para escolher quem deverá ocupar os cargos no governo.
Se o Senado aprovar o afastamento de Dilma, o processo do impeachment é oficialmente aberto e a Casa terá 180 dias para julgar a petista. Temer assume, então, a presidência da República. De acordo com o ministro do STF, se o peemedebista ficasse impedido de exercer as funções privativas do cargo, o País ficaria "virtualmente acéfalo".
Portanto, além de nomear e exonerar ministros, Barroso reconhece que, se substituir Dilma, Temer, além de poder nomear e exonerar ministros, será responsável por sancionar e vetar leis, celebrar tratados, comandar as Forças Armadas e editar medidas provisórias, conforme prevê a Constituição.
"O prazo de 180 dias de afastamento do presidente da República corresponde a um lapso razoável para a conclusão do processo por crime comum ou de responsabilidade. Pela tese da inicial, o País ficaria virtualmente paralisado, já que não poderia ser administrado nem pelo Presidente afastado, nem pelo Vice-Presidente. De resto, a pretensão do impetrante significaria dar uma espécie de estabilidade aos atuais Ministros de Estado, que eles não teriam na hipótese de não afastamento da Chefe do Poder Executivo", escreve o ministro.
Barroso também afirma que a interferência excessiva do direito e do Poder Judiciário na política pode prejudicar a separação dos poderes e o funcionamento da democracia. "Agrega-se ao dia a dia político um elemento de insegurança, consistente em saber como o Judiciário se pronunciará sobre os mais variados atos praticados pelo Executivo e pelo Legislativo, inclusive aqueles eminentemente internos, como os atos de nomeação e exoneração de Ministro de Estado".
Na ação, um mandado de segurança com pedido de liminar, o diretório do PT de Cidade Ocidental, município de Goiás que fica no entorno do Distrito Federal, alega que, mesmo afastada, Dilma continua sendo presidente até que seja finalmente julgada pelo Senado. Segundo o documento, os atos de Temer no cargo não teriam segurança jurídica.

ITINERÁRIO DA INSENSATEZ
Carlos Chagas
O sentimento que por muitas semanas dominou o governo Dilma foi de revolta. Agora mudou: é de desespero, porque a partir de hoje não há mais governo Dilma. Assumiu o governo Temer.
Como imaginar de outra forma os recursos impetrados por Madame na Corte Interamericana de Direitos Humanos e na Organização dos Estados Americanos? Pura insensatez levar para foros que por sinal nada representam diante de nossa soberania, imaginando que qualquer decisão alienígena poderá afetar nossas instituições? A briga teria que ser desenvolvida no âmbito do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. Apelar para bandos de desocupados só pode mesmo ser desespero.
Até uma parte do PT pensa assim. Nem nos referimos às causas que conduziram o governo a sofrer o impeachment já caracterizado e à espera do golpe de graça nos próximos 180 dias. Não há como eximir Dilma da responsabilidade maior. Em vez de governar, enrolou-se na própria incompetência. Desde o primeiro mandato ela espalhou arrogância, cercando-se mal e atuando pior ainda. Agora, acaba de colher as consequências. O País transformou-se num aglomerado de frustrações. Do empresariado aos trabalhadores, das corporações à classe média, dos políticos à inteligência nacional – a Nação rejeitou o grupo encastelado no poder. Claro que as organizações sindicais protestaram, mas vão durar pouco as manifestações de protesto. Quando esgotado o combustível oriundo dos cofres públicos, perceberão a inutilidade de apoiar os artífices do caos. Não deixarão de reivindicar direitos e necessidades, ainda mais diante do retrocesso social que deverá marcar o Governo Temer. Só que sem a farsa de seus falsos representantes. Possivelmente o inconformismo vai aumentar, a agitação se multiplicará, mas jamais respaldando o fracasso de Dilma e seu grupo. Talvez aflorem movimentos mais sinceros e por isso mais violentos, à medida em que o novo Governo desenvolva iniciativas elitistas e contrárias aos interesses das massas. Nada, porém, saudosista e lamentando o que acaba de passar.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
FEIRA LIVRE 12/5/2016 ÀS 7:30

DIRETO AO PONTO À 1:17


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
GERAL 12/5/2016 ÀS 7:44

GERAL ÀS 6:45
GERAL ÀS 6:22

GERAL À 0:08


NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza 
12/05/2016 07:02
Os partidários do impeachment precisavam de maioria simples dos votos — 39 dos 77 votantes — para afastar Dilma da Presidência da República por até seis meses. Levaram ao painel eletrônico do Senado 55 votos, um além dos 54 exigidos para interromper o mandato da presidente definitivamente, na fase do julgamento. O placar folgado potencializa o esfarelamento do governo petista. Mas não facilita a vida do substituto Michel Temer.
Temer não terá os cem dias de tolerância a que todo novo governo tem direito, segundo uma lei não escrita mas geralmente respeitada na política. A deferência lhe será negada por duas razões: 1) seu governo não é novo. Além de ser sócio do fiasco petista, o PMDB manteve no primeiro escalão o mesmo centrão partidário que vendeu sua fidelidade a Lula e Dilma nos últimos 13 anos; 2) Temer chega ao Planalto sem votos e com uma crise econômica por debelar. Precisa mostrar resultados rapidamente.
Temer é tão impopular quanto Dilma. Segundo o Datafolha mais recente, 60% dos brasileiros queriam que ambos fossem impedidos. Para assegurar apoio congressual, o agora presidente em exercício compôs um ministério convencional e loteado. Mas terá de obter alguma simpatia do asfalto para evitar que os supostos aliados o traiam, como fizeram com Dilma. Não será simples. A crise econômica exige a adoção de medidas impopulares. São duras de roer e demoram a surtir efeito. E não há popularidade sem prosperidade. No caso de Temer, a lua-de-mel começa com um curto-circuito na suíte nupcial.

Josias de Souza
12/05/2016 04:49
Atenção! Durante a madrugada, enquanto você dormia, suas coordenadas mudaram. Situe-se. Convém acionar o GPS. Não tem? Então, você precisa de ajuda. Vamos lá.
Você está no Brasil, América do Sul, Terra, fundos. O país migrou da barbárie petista para a decadência peemedebista sem um estágio intermediário de algo para chamar de bons tempos.
O PT amanheceu na oposição, mas continua morando no Alvorada. O PMDB ainda habita o Jaburu, mas passou a controlar as chaves do Planalto. E o PSDB trocou o trono de líder da oposição por duas cadeiras de ministro.
O país agora é pós-freudiano. Mas continua pré-falimentar. Dispõe de dois presidentes. Mas não tem nenhum. Dilma é presidente afastada. E Temer é presidente em exercício. Mas o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é do Lula.
O ministério sofreu uma reforma. No entanto, com raras exceções, não houve propriamente uma mudança de ministros. Trocaram-se os cúmplices. Os nomes são outros, mas os PPs, os PRs e os inquéritos da Lava Jato são os mesmos.
Fixadas essas novas coordenadas, situe-se como indivíduo. Pegue o seu RG. Confira a foto. Verifique se a assinatura confere. Pegue também o CPF. Recite o número. Repita três vezes, para ter certeza de que você continua sendo você mesmo e não um impostor.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quinta-feira, 12 de maio de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
(Clique no título para ler a matéria completa)

NO O ANTAGONISTA
Brasil 12.05.16 08:27
Henrique Meirelles na Fazenda é um bom nome. Mansueto de Almeida como secretário do Tesouro é melhor ainda.
Ilan Goldfjan no Banco Central é o melhor nome possível. José Serra no Itamaraty também...
Brasil 12.05.16 07:41
A presidente da República afastada (como é mesmo o nome dela?) descerá a rampa do Palácio do Planalto às 10 horas.
O Antagonista prepara os rojões.
Brasil 12.05.16 07:35
O Antagonista registra os 22 senadores que votaram contra o afastamento de Dilma Rousseff e contra a libertação do país...
Brasil 12.05.16 07:35
O Antagonista comemorou a escolha de Márcio Freitas para a SECOM...
Brasil 12.05.16 07:33
Benedito de Lira, Edison Lobão e Fernando Collor, os três indecisos publicamente, votaram pelo impeachment de Dilma.
De resto, com exceção do vira-casaca Elmano Férrer, sem surpresas.
Brasil 12.05.16 07:21
Alexandre de Moraes, segundo o Valor, “deve ser a estrela da constelação de direita que começará a governar o país a partir de hoje”.
Ele foi escolhido por Michel Temer para o ministério da Justiça porque, “com Guilherme Boulos (MTST) e João Pedro Stédile (MST) a queimar pneus país afora, Moraes encarnará o vozeirão da ordem...
Brasil 12.05.16 07:19
Na votação do impeachment de Dilma Rousseff no plenário do Senado, das 27 unidades da Federação, Dilma só venceu em seis: Amapá, Bahia, Pernambuco, Piauí, Paraná e Roraima...
Brasil 12.05.16 07:18
A base de Dilma no Senado definhou junto com o país...
Brasil 12.05.16 07:02
O Diário Oficial registra a demissão de todos os ministros de Dilma Rousseff.
Lula é o primeiro...
Brasil 12.05.16 06:43
Dilma Rousseff teve o voto de 27% dos senadores, assim como teve o voto de 27% dos deputados...
Brasil 12.05.16 06:41
Mais de dois terços dos senadores votaram pela admissibilidade do impeachment.
Os 55 votos liquidaram a fatura.
Dilma só voltará como pesadelo.
Brasil 12.05.16 06:39
Dilma Rousseff foi afastada do Palácio do Planalto.
Mas ela pode se consolar com o avião da FAB, que Renan Calheiros deu-lhe de presente.
Brasil 12.05.16 06:38
Renan Calheiros acaba de ler o texto de citação de Dilma Rousseff, informando-a da necessidade de deixar o cargo e das prerrogativas que manterá.
A petista terá até jatinho.

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