PRIMEIRA EDIÇÃO DE 29-4-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
29 DE ABRIL DE 2016
Plano secreto do Planalto, ao qual esta coluna teve acesso, prevê uma manobra que obrigaria os cofres públicos a bancar o “governo paralelo” anunciado por Dilma após seu afastamento. A ideia é nomear ainda no governo atual, antes do dia 11 (data de votação do impeachment), os membros do futuro “governo paralelo”. Ao serem demitidos pelo novo governo, pedirão o “direito a quarentena remunerada” por 4 meses.
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República teria papel essencial para fazer os cofres públicos bancarem o “governo paralelo”.
O esquema prevê aprovação da “quarentena” pela Comissão de Ética Pública, alegando “inviabilidade” de os demitidos obterem empregos.
Quatro meses de “quarentena remunerada” serão suficientes para bancar o “governo paralelo”, avalia a cúpula do PT no Planalto.
Suspeito de corrupção no governo, ex-ministro Antonio Palocci obteve “quarentena remunerada” avalizada pela Comissão de Ética Pública.
Com a presidente Dilma dedicada exclusivamente a tentar salvar a própria pele, seu governo dá sinais de falência múltipla de órgãos: o próprio diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (DNIT), Valter Silveira, assina um documento em que propõe a paralisia de 61 importantes obras de construção rodoviária, além da suspensão de 40 contratos de supervisão. Tudo por falta de dinheiro.
O documento ‘Relato 123/2016’, do DNIT, mostra ser impossível pagar R$ 19 bilhões do custo das obras: dispõe apenas de R$ 6 bilhões.
A proposta de paralisação das 61 obras, obtida pela coluna, é assinada pelo diretor-geral Luiz Ehret Garcia, diretor de Infraestrutura do DNIT.
Ao DNIT coube propor a paralisia das obras e dos contratos, mas a palavra final será do Ministério dos Transportes.
Renan Calheiros contou a interlocutores que nada prometeu a Lula, ao ouvir o pedido para “virar votos” de senadores no impeachment. “Dilma conta comigo, mas sabe que há coisas que não posso fazer”, disse ele.
Com Dilma em baixa, já há apostas na sua reaproximação com o ex-namorado Carlos Nogueira, secretário nacional de Geologia. Ele rompeu uma semana antes de Dilma ser escolhida por Lula candidata a presidente, em 2010, ganhando o epíteto “Carlão, homem sem visão”.
É jovem o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, mas entende dos sinais do poder. Mostrou que mandava mesmo no ex-ministro da Saúde Marcelo Castro. Mandou inclusive que ele pedisse demissão.
Corajosa, como sempre, a jurista Janaína Paschoal usou de fina ironia para colocar a tropa de choque do PT no seu devido lugar: “A oposição fala que a nossa denúncia é golpe...”. A futura oposição, faltou dizer.
Rumores sobre a iminente prisão de Carolina, na Operação Acrônimo, teriam levado o governador mineiro Fernando Pimentel (PT) a nomear sua mulher secretária de Estado. O ato não se sustenta, por configurar nepotismo, mas foi uma emergência para garantir-lhe foro privilegiado.
O PSD pediu a Michel Temer o Ministério das Cidades, mas o vice-presidente prefere o PP, cuja bancada na Câmara tem 47 deputados. Mas o partido de Gilberto Kassab, que tem 36, será contemplado.
Hélio José (PMDB-DF) recolhe assinaturas para criação, no Senado, da CPI da Anatel, a Agência Nacional de Telecomunicações sempre boazinha com as empresas que deveria fiscalizar. Já tem 45 adesões.
Na comissão do impeachment, a “tropa de choque” governista repete a velha estratégia petista: em vez de discutir a denúncia de que é alvo, por mais grave que seja, prefere desqualificar e atacar o denunciante.
Só no Brasil o presidente de um banco retoma o comando da instituição financeira após passar uma temporada na cadeia...

NO DIÁRIO DO PODER
IMPEACHMENT
JURISTA REAFIRMA E EXPLICA CRIME DE RESPONSABILIDADE DE DILMA
JANAINA PASCHOAL EXPLICA COMO DILMA LESOU O ORÇAMENTO E O DECORO
Publicado: 28 de abril de 2016 às 22:33 - Atualizado às 00:26
A JURISTA JANAINA PASCHOAL É CO-AUTORA DO PEDIDO DE IMPEACHMENT SOB EXAME. (FOTO: ANDRÉ DUSEK/AE)
Convidada para falar na Comissão Especial do Impeachment nesta quinta-feira, 28, a advogada Janaina Paschoal, que é uma das autoras do pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff, disse que o governo sabia que as pedaladas fiscais eram ilícitas e por isso as escondeu. "A prova do dolo é que o governo escondeu a manobra, porque sabia que era ilícita", disse.
Falando de maneira didática, firme, desassombrada, a jurista empolgou ainda mais os defensores do impeachment. "Ela deu show!", admitiu um senador do PDT ainda relutante quanto ao julgamento final da presidente. "Ela matou a pau", reconheceu uma colunista de emissora de TV.
O discurso de Janaina se arrastou por quase uma hora até que ela chegasse aos pormenores da denúncia acolhida pelo Congresso Nacional para afastar a presidente Dilma Rousseff. Ela falou sobre sua trajetória profissional, sobre seu estado de saúde, sobre e-mails que recebe da população e só ao final se dedicou às pedaladas fiscais.
Segundo ela, o governo tomou empréstimos em uma operação de crédito por antecipação, algo que afrontaria a Lei de Responsabilidade Fiscal. "Foi lesão ao orçamento e ao decoro. E ela é inocente?", questionou, já rouca.
Em resposta ao líder do PT, Humberto Costa (PE), que afirmou que Janaina Paschoal prega "discurso de ódio e discurso político", a professora da Universidade de São Paulo, fez questão de salientar: "Vossas excelências [do PT] vêm há décadas dividindo o país, eu proponho união. Isso é discurso político? Sim. Mas não é partidário." O senador petista, ao final da sua fala, levantou a bola da "eleição direta", ao defender uma PEC para adiantar o pleito presidencial, e acusou a advogada de ser contra o voto direto: "Eu nunca falei contra eleição direta. Falo de eleição antecipada. Não há previsão constitucional para eleição antecipada. Para impeachment tem," concluiu.
O senador Romário (PSB-RJ), um dos últimos a tomar a palavra na comissão, surpreendeu ao anunciar apoio ao impeachment de Dilma, mas também ironizou o horário avançado da reunião: "Já que é sexta-feira, bom dia presidente, bom dia a todos", disse, arrancando gargalhadas. O senador, ex-craque da Seleção Brasileira, elogiou muito a advogada e disse: "Você me lembra muito um ex-jogador da Seleção, camisa 11, que não se deixava intimidar com o tamanho dos zagueiros". Janaina Paschoal se mostrou fã do ex-jogador, "independente de qualquer time"; retribuiu os elogios e agradeceu o apoio de Romário.

COMISSÃO DO IMPEACHMENT
NUNCA VI UM CRIME COM TANTA IMPRESSÃO DIGITAL, DIZ REALE JR.
JURISTA DISSE QUE AUTORIZAÇÃO DO CONGRESSO VEIO DEPOIS DO CRIME COMETIDO
Publicado: 28 de abril de 2016 às 20:22
Questionado sobre questões técnicas em seu discurso de acusação, um dos autores do impeachment, Miguel Reale Jr., afirmou que há muito clareza na responsabilidade da presidente na edição de créditos suplementares.
"Nunca vi um crime com tanta impressão digital", afirmou Reale. O jurista alegou que é evidente que não havia autorização para que a presidente editasse os decretos de créditos suplementares. "Pode haver autorização legislativa, e se houver, pode-se editar o decreto. Mas não houve. Por que não? Por que realizar decretos passando por cima da Casa Legislativa?", indagou.
Em defesa da presidente, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) argumentou que havia, sim, autorização para os decretos. "Fica autorizada a abertura de créditos suplementares, desde que sejam compatíveis com a meta fiscal. Tem um princípio da anualidade", argumentou.
Reale rebateu afirmando que a prova de que não havia autorização do Legislativo é a edição dos créditos por decreto pela presidente.

TEMER NA CAVERNA DOS HORRORES
Carlos Chagas
Enganou-se quem quis. Ao lançar a tal ponte para o futuro, meses atrás, o PMDB aderiu à conspiração não propriamente contra a presidente Dilma, apesar dela constituir-se no alvo ostensivo. A trama visava substituí-la por Michel Temer, mas se fosse o João da Silva seria a mesma coisa.
O que os conspiradores planejaram e estão conseguindo é desmoralizar e demolir a política social que vem dos tempos de Getúlio Vargas, João Goulart, um pouco o Lula e até um pouquinho a Dilma. Pretendiam, e agora comprovam, restabelecer o regime de prevalência do capital e suas benesses, revogando as conquistas do trabalho e suas necessidades.
Da caverna do Jaburu começam a surgir as evidências, tanto pelos nomes sugeridos para o ministério quanto pelas já anunciadas iniciativas do novo governo.
O que pretendem os conspiradores? Impor uma fajuta reforma trabalhista para revogar a Consolidação das Leis do Trabalho e substituí-la pela livre negociação entre patrões e empregados, ou seja, entre a guilhotina e o pescoço. Vão desaparecer montes de direitos trabalhistas, em nome da modernidade ou que outro nome tenha essa patifaria. Também querem a reforma da Previdência Social para reduzir as aposentadorias e pensões, logo limitando-as ao salário mínimo, além de ampliar para 65 anos o limite mínimo para gozá-las, tanto homens como mulheres.
Já anunciam, também, a desvinculação do salário mínimo. Assim como a diminuição dos encargos e tributos das empresas, sem estender o benefício aos assalariados.
Tem mais horrores na caverna, sendo revelados à medida em que são conhecidos os novos ministros, todos oriundos do neoliberalismo. Michel será apenas o porta-estandarte, obediente à política que domina nossas elites. Faltava o Brasil, até agora aferrado a princípios sociais. Hoje não falta mais, quando se aproxima a data do impeachment.
A vitória parece do retrocesso, ao tempo em que a derrota sabemos onde vai cair. O governo do PT não percebeu a arapuca para onde estava sendo empurrado. Certamente por ignorância, característica da qual não se livrou a presidente Dilma, com um pouquinho de responsabilidade para o Lula.
Esse esbulho não pode mais ser evitado, até por omissão das centrais sindicais e dos raros partidos ditos de esquerda. Basta reler a chamada ponte para o futuro, na verdade uma pinguela para a caverna do Juburu.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

DIRETO AO PONTO 28/04/2016 ÀS 22:40

SANATÓRIO GERAL 28/04/2016 ÀS 22:06

DIRETO AO PONTO 28/04/2016 ÀS 19:40

SANATÓRIO GERAL 28/04/2016 ÀS 19:35

FEIRA LIVRE 28/04/2016 ÀS 16:45


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
GERAL 29-4-2016 ÀS  4:25

GERAL3:56

GERAL 3:17

GERAL 3:07

GERAL 28/04/2016 ÀS 22:45

GERAL 28/04/2016 ÀS 21:15


NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 29/04/2016 04:25
(Continue lendo clicando no título da matéria)

Josias de Souza - 28/04/2016 21:03
(Continue lendo clicando no título da matéria)

Josias de Souza - 28/04/2016 19:36
(Continue lendo clicando no título da matéria)

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Sexta-feira, abril 29, 2016
(Continue lendo clicando no título da matéria)

NO O ANTAGONISTA
Brasil 29.04.16 07:12
Fábio Cleto, da Caixa Econômica Federal, confirmou os pagamentos de propina a Eduardo Cunha, segundo a Folha de S. Paulo.
Foram 52 milhões de reais em troca da liberação de verbas do FGTS para o Porto Maravilha...
Brasil 29.04.16 07:06
Michel Temer convidou José Serra para o Itamaraty, disse Jorge Bastos Moreno.
Se ele aceitar o convite, vai cuidar também do comércio exterior...
Brasil 29.04.16 06:52
Um email de João Santana a Rui Falcão, revelado pela Lava Jato, dá o nome dos autores dos discursos de Lula: Franklin Martins, Ricardo Amaral, Luiz Dulci, Clara Ant...
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Enquanto o Senado debatia o impeachment, a Lava Jato demonstrava que Dilma Rousseff foi eleita com dinheiro roubado da Petrobras...
Brasil 29.04.16 06:29
O powerpoint de Deltan Dallagnol é mais demolidor do que qualquer discurso.
Ontem ele provou que o PT saqueou a Petrobras para se perpetuar no poder. E que a Odebrecht pagou propina ao PT para perpetuar o saque à Petrobras...
Brasil 29.04.16 06:21
Janaina Paschoal é nosso José de Abreu.
Eu, Diogo, vou fazer de conta que não vi seu teatro na comissão do impeachment.
Brasil 28.04.16 22:16
Gleisi Hoffmann disse que o civismo de Janaína Paschoal é "seletivo"...
Brasil 28.04.16 22:07
Michel Temer disse ao Jornal do SBT que não será candidato e que é pelo fim da reeleição.
Não ser candidato foi uma das condições para obter o apoio do PSDB ao impeachment.
Brasil 28.04.16 21:43
Por falar em Geraldo Alckmin, hoje saiu publicado que Gilberto Kassab estava querendo compor uma nova chapa para as eleições municipais em São Paulo...
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Depois do encontro com Aécio Neves, o governador Geraldo Alckmin disse o seguinte sobre a participação dos tucanos no governo Temer...
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Janaína Paschoal:
"Depois da minha fala no Largo São Francisco, jornalistas estrangeiros me perguntam se sou pastora ou mãe-de-santo...
Brasil 28.04.16 19:59
Janaína Paschoal:
"Eu sou brasileira. Esse é o meu partido."
Brasil 28.04.16 19:42
Deltan Dallagnol disse que a propina era o modelo de negócio da Odebrecht.
A propina era igualmente o modelo de negócio do PT.
Brasil 28.04.16 19:35
Janaína Paschoal diz aos senadores que eles são soberanos para julgar o pedido de impeachment na íntegra...
Brasil 28.04.16 19:28
Os pilares da denúncia que derrubará Dilma, elencados por Janaína Paschoal:
1. Petrolão;
2. Pedaladas;
3. Decretos ilegais.



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