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QUINTA EDIÇÃO DE 16-3-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA VEJA.COM
Lula teve telefone monitorado pela Lava-Jato
Por: Severino Motta 16/03/2016 às 18:15
Esse celular…
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve seu telefone monitorado pela Lava-Jato. As interceptações começaram em 19 de fevereiro.
Ou melhor, o seu não, o de seu assessor que, segundo investigadores, era usado frequentemente pelo ex-presidente.
Nas interceptações os investigadores chegam à conclusão que Lula sabia ou desconfiava que estava sendo monitorado, tendo até mesmo suspeitas da busca e apreensão que aconteceria em seus endereços.
Entre os interceptados está o advogado de Lula Roberto Teixeira, que já não é mais só defensor e passa a ser também investigado pela operação devido ao sítio de Atibaia.
Nos grampos há ainda conversas com diversas autoridades que detêm foro privilegiado e conversas que indicam tentativas de influenciar o Ministério Público e a Justiça, como o STF e a ministra Rosa Weber.
Os investigadores dizem, no entanto, que tais investidas não tiveram êxito.
O monitoramento ainda revela que o novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, era tratado como “nosso amigo” no grampo.

Fábio Luis, Okamoto, Marisa Letícia e Clara Ant também foram monitoradas
Por: Severino Motta 16/03/2016 às 18:23
Okamotto: telefone também grampeado
Os telefones de Fábio Luis Lula da Silva, Paulo Okamoto, Clara Ant, Roberto Teixeira, Fernando Bittar, do Instituto Lula, da LILS e de Marisa Letícia também foram monitorados pela Lava-Jato.
Num dos despachos, o juiz Sérgio Moro diz o seguinte:
“Foram ainda identificados diálogos que, em cognição sumária, reforçam a tese investigativa segundo a qual o sítio de Atibaia/SP pertenceria de fato aos familiares de Luiz Inácio Lula da Silva.”

Cunha convoca reunião extraordinária de líderes após diálogos de Lula e Dilma
Por: Vera Magalhães 16/03/2016 às 18:50
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), convocou uma reunião extraordinária para esta quarta-feira às 19h depois da divulgação do audio de um telefonema entre Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva combinando a nomeação de Lula para a Casa Civil caso ele fosse alvo de ação da Polícia Federal.
Conforme o Radar divulgou em primeira mão, Lula, familiares e assessores tiveram o sigilo telefônico quebrado e foram monitorados desde fevereiro.

STF pode manter investigação sobre Lula com Moro, avalia Mendes
Ministro pondera que, se provocada, corte pode analisar o caso. E lembra que jurisprudência pesa contra manobra do Planalto
Por: Laryssa Borges, de Brasília16/03/2016 às 16:38 - Atualizado em 16/03/2016 às 17:55
O juiz Sergio Moro levantou todo o sigilo da Operação Lava-Jato.
"É como nomear um empreiteiro para o Ministério dos Transportes." Foi com essa metáfora que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou nesta quarta-feira a escolha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil. Segundo ele, o tribunal já tem jurisprudência para rever o foro privilegiado em caso de tentativa de burlar à Justiça. Em outubro de 2010, às vésperas de ser julgado pelo plenário, o então deputado Natan Donadon renunciou ao mandato parlamentar para retirar a tramitação de seu caso do STF. Na época, porém, o Supremo reconheceu a clara tentativa do então parlamentar de enganar a Justiça e atrasar a conclusão do caso e manteve o processo no tribunal.
Na avaliação de Gilmar Mendes, o STF deve ser provocado para deliberar se a investigação contra o ex-presidente Lula na Operação Lava Jato pode ser mantida na primeira instância e sob responsabilidade do juiz Sergio Moro, mesmo com a nomeação de Lula para a Casa Civil. "Se o tribunal, numa questão de ordem, puder chegar à conclusão de que, para esses fins, a nomeação não é válida, mantém-se o processo no âmbito do primeiro grau", disse o ministro do STF.
"Acho que é um assunto digno de preocupação para o tribunal. Imaginem os senhores que daqui a pouco a presidente da República decida nomear um desses empreiteiros que estão presos em Curitiba como ministro do Transporte ou da Infraestrutura. Nós passamos a ter uma interferência muito grave no processo judicial. Precisamos meditar sobre isso", completou Mendes. "Se amanhã houvesse a designação de um empreiteiro como ministro do Transporte, um empreiteiro preso, teríamos a cessação da competência do juiz Moro? Essa é a pergunta que nós temos que nos fazer."
E prosseguiu: "[Lula] Vem para fugir da investigação que se faz em Curitiba, deixando este tribunal muito mal no contexto geral. É preciso muita desfaçatez para manobrar dessa forma as instituições. É preciso ter perdido aquele limite que distingue civilização de barbárie".
Tutor - No julgamento que a corte faz nesta quarta-feira, de recursos que contestam o rito de impeachment a ser seguido no processo contra a presidente Dilma Rousseff, Gilmar Mendes voltou a condenar, desta vez em plenário, a escolha do ex-presidente para o primeiro escalão do governo e disse que, com o agravamento da crise política no país, Dilma teve de recorrer a um "tutor" para governar em seu lugar.
Segundo o ministro, desde que o Supremo definiu, em dezembro, as regras para o rito de impeachment de Dilma, "a crise política só piorou" e "se agravou a ponto de a presidente buscar agora um tutor para colocar no seu lugar de presidente". "Ela assume aí outro papel. Eu disse naquele momento [no julgamento do rito de impeachment] que não se salva quem não merece ser salvo. [Lula] É um tutor que vem com problemas criminais muitos sérios, mudando inclusive a competência do Supremo Tribunal Federal, tema que vamos ter que discutir", declarou.


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