PRIMEIRA EDIÇÃO DE 30-3-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
30 DE MARÇO DE 2016
O impeachment da Presidente Dilma Rousseff será votado na Câmara dos Deputados no feriado de 21 de abril, uma quinta-feira, segundo garantem os principais líderes partidários. A intenção do Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), era pôr o assunto em votação no domingo 17 ou 24 de abril, com o povo na rua, mas a tendência é que seja realizado mesmo no Dia de Tiradentes. Com o povo na rua.
Como restam poucos dias, haverá intensificação dos conchavos para garantir votos pró-impeachment (e pró-governo Temer) ou pró-Dilma.
A vitória do impeachment ou de Dilma passará pelo entendimento com as bancadas de 140 votos do PP, PR, PSD e PRB, o fiel da balança.
O Planalto tenta convencer PP, PR, PSD e PRB a aceitarem a “herança” de sete Ministérios e 600 cargos abandonados pelo PMDB.
O Planalto quer pressa na votação do impeachment, temendo as articulações, já iniciadas, com vistas a eventual Governo Michel Temer.
Documento assinado por um terço dos deputados federais do PP, como mandam seus estatutos, convoca reunião da executiva nacional do partido para discutir o rompimento com o Governo Dilma. Mas faltou combinar com o Presidente do PP, Senador Ciro Nogueira (PI), que é quem marca a data da reunião. E isso não acontecerá nesta quarta-feira (30), como muitos imaginam.
Ciro Nogueira reafirma que o PP é aliado do Governo, mas admite que há dificuldades: boa parte da bancada na Câmara é hostil a Dilma.
O Senador Ciro Nogueira está convencido de que o PP estará no lado vencedor, seja qual for. “Eu não vou conduzir o PP à derrota”, avisa.
Ciro reconhece que se houver uma tendência nítida pelo impeachment ele não conseguirá garantir nem mesmo 5 votos pró-Dilma.
Em mensagem enviada a evento internacional de Direito em Portugal, o Vice Michel Temer deixou clara a estratégia de seu eventual Governo, ao afirmar que o Brasil passou por uma democracia liberal, uma social e é hora de viver a “democracia da eficiência”. Com ele na Presidência.
Prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT) disse ao Presidente estadual do partido, Osmar Dias, que o partido deve desembarcar do Governo Dilma. Se não adotar essa postura, ele vai se declarar independente.
Dos 49 deputados do PP, 30 defendem o impeachment. Outros acham que é a oportunidade de garantir no Governo cargos que “furem poço”, como definiu certa vez Severino Cavalcanti, antigo filiado ao partido.
O Senador Walter Pinheiro (BA) surpreendeu, desfiliando-se do PT, onde já não se sentia confortável após mais de 23 anos de militância. Como ele, outros deputados e senadores petistas devem “vazar”.
O depoimento de Renato Bayard, ex-Odebrecht, anda tirando sono no Palácio Alvorada. Ele atuou na Lei dos Portos, e testemunhou muita coisa. Sua filha, Julyana, também saiu do grupo, deixando a diretoria financeira da OTP, empresa da Odebrecht que controla a Embraport.
A oposição comemorou o rompimento do PMDB com o Governo. “O impeachment ganha força”, afirma o Presidente nacional do PPS, Deputado Roberto Freire (SP). A debandada deve se alastrar.
O Governo achou que está mesmo no fim diante da manifestação do Senador Valdir Raupp (PMDB-RO) apoiando o impeachment. Raupp é conhecido pelo estilo conciliador e de ser “extremamente governista”.
O Senador Lindbergh Farias (PT-RJ) tenta chamar a atenção pela agressão abaixo da linha de cintura. Chamou de “assaltante” o Vice Michel Temer. O tucano Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) lembrou que assalto foi o que os petistas fizeram na Petrobras. O tempo fechou.
...agora, mais que nunca, Dilma bem que precisava de marqueteiro.

NO DIÁRIO DO PODER
TROCANDO SEIS POR MEIA DÚZIA
Carlos Chagas
Com o PMDB e penduricalhos caindo fora, a pergunta que se faz é como ficará o Governo do PT. Ainda mais se nesse curto espaço de tempo a Presidente Dilma vier a sofrer o impeachment. Há quem suponha o desmonte das estruturas que vinham até pouco sustentando os companheiros e seus cada vez mais diminutos aliados.
Existem momentos na vida das nações em que se torna necessário recomeçar. Este pode ser um deles. Adianta muito pouco, ou pode não adiantar nada, seguir com planos, projetos, ideias e pessoas que começaram a falhar faz muito, mas, de um dia para outro, desapareceram. Por onde anda a Presidente Dilma? E seu partido? Seus ministros, o gato comeu?
Até o Lula parece haver desaparecido. Um vazio sem limites cerca não apenas a Capital Federal, mas o País inteiro. Vale indagar onde se encontra o proletariado. As forças produtivas. A classe média. A juventude e a velhice?
Todos viram-se atingidos pelo desemprego, a alta do custo de vida, a inflação, a estagnação econômica e a falta de projetos de desenvolvimento. Os serviços públicos. Deixada sem passado, a Nação perdeu o futuro.
Não poderia dar em outra coisa: o vazio. A ausência de um roteiro capaz de preencher necessidades e sonhos. Nem eleições poderiam ocupar o espaço. Muito menos partidos. Sai Dilma, entra Temer. Equivale a trocar seis por meia dúzia.
A pergunta é sobre onde erramos, ainda que poucas vezes tenhamos acertado. Não se trata de encontrar ideologias, muito menos planos fantasiosos. Tanto faz esperar ilusões. O trabalho poderia suprir desilusões, se nele pudéssemos acreditar. Ciência e sabedoria passam ao largo.
Em suma, só e abandonada, tornamo-nos uma Nação sem ter no que e em quem acreditar. É o resultado da falta de homens e de ideias, do deserto que viramos.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Sanatório Geral
29/03/2016 às 23:03 
“Lula entrou e saiu da Presidência da República com o mesmo patrimônio que possuía adquirido em uma vida de trabalho desde a infância”.
Trecho da nota divulgada nesta terça-feira, 29, pelo Instituto Lula, ensinando que não fazem parte do patrimônio do ex-Presidente sítios que têm ‘laranjas’ como donos oficiais, imóveis presenteados por empreiteiras e apartamentos cedidos por amigo sem cobrança de aluguel.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
GERAL 30-3-2016 ÀS 6:06

GERAL 5:03

GERAL29/03/2016 ÀS 23:29

GERAL 29/03/2016 ÀS 23:06

GERAL 29/03/2016 ÀS 22:00

GERAL 29/03/2016 ÀS 19:43

GERAL 29/03/2016 ÀS 17:48

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza  
30/03/2016 05:07
Acossada pelo risco de impeachment e abandonada pelo PMDB, Dilma Rousseff vive um desses momentos em que a vida exige de um governante a tomada de decisões definitivas. São escolhas irreversíveis, que definem o que o resto do Governo dela será, dure o quanto durar.
Aconselhada por Lula, Dilma examinou as alternativas. E decidiu: eu quero que o meu Governo seja mais PP e mais PR. Mandou às favas o fato de o PP ser o partido mais enrolado no Petrolão. Deu de ombros para a evidência de que o PR é um cartório a serviço do mensaleiro Valdemar Costa Neto.
Se isso não for suficiente para deter o impeachment, Dilma deseja passar à História como a Presidente que rateou cargos e vendeu a alma para partidecos como Pros, PHS, PEN, PTdoB e PTN, transformando sua gestão numa espécie de Disneylandia do fisiologismo.
Dilma ainda dispõe da alternativa de desafiar Lula e dar um novo rumo à sua biografia. Isso poderia representar um suicídio político, apressando o impeachment. Mas uma morte com glória também pode ser o começo de uma redenção.
Por mal dos pecados, Dilma prefere ser Dilma. Já havia terceirizado a Presidência a Lula. Agora, deixa de ter aliados. Eles é que a possuem. Não é certo que consiga barrar o impeachment. Mas ninguém mais tem dúvidas sobre quem Dilma decidiu ser.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quarta-feira, 30 de março de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Simplesmente tirar Dilma Rousseff para botar o maçom irregular Michel Temer na Presidência da República é um dos golpes institucionais mais canalhas da História do Brasil. Se tal barbaridade se confirmar, como vem sendo cuidadosamente urdida, o PMDB continuará 31 anos no poder, de forma tão escrota e com risco de mais danos que os 13 de Perda Total (PT). A primeira vítima institucional, em aliança devidamente combinada com a cúpula do PSDB, é sabotar a Operação Lava Jato.
O plano básico e imediato, coordenado por Michel Temer e pelo jurista Nelson Jobim, é promover uma "grande conciliação pela governabilidade". Um dos pontos fundamentais do "pacto" é contar os efeitos da Lava Jato - com o argumento insustentável de que "a política judiciária de caças às bruxas prejudica a economia, pois alimenta a instabilidade política". No pragmatismo cínico dos peemedebostas e tucanalhas, que pode ter a adesão da desesperada cúpula da petelândia, o momento é de "conciliação e não de perseguição política".
É seriíssima a possibilidade de se costurar uma grande anistia para os políticos mais importantes, a partir de transações penais, sobretudo os acordos de leniência firmados com empresas que sempre atuaram no esquema político de corrupção ativa e passiva com o desgoverno do crime organizado. A Presidenta Dilma, se renunciar, será uma das maiores beneficiadas do "perdão" (que pode ser dado via Congresso Nacional ou por Decreto do futuro Presidente da República).
Juridicamente impossível e politicamente só pensável na cabeça dos loucos de Brasília, a anistia "ampla, geral e irrestrita" é um assunto tratado com a maior seriedade pelos que articulam o novo desenho de ocupação do "Condomínio" do Poder Federal. A suposta saída retórica do PMDB da base do Governo Dilma foi a manobra mais ilusória do século. O balcão de negociatas opera a pleno vapor...
Pedido de ajuda
Do Juiz federal Sérgio Moro, ontem, no evento " Combate à Corrupção: desafios e resultados, os casos Mãos Limpas e Lava Jato", no auditório da Procuradoria da República, em São Paulo:
"A Justiça tem papel relevante, mas não consegue resolver sozinha. É preciso que as outras instituições operem, os legisladores, a sociedade civil e que as próprias empresas se organizem para evitar pagamentos de propina. Se as empresas não pagarem, é um grande avanço'.
(...)

NO O ANTAGONISTA
Brasil 30.03.16 07:42
O Antagonista é um dos maiores veículos de imprensa do Brasil.
Ontem, pelos dados do Google Analytics, atingimos 200 milhões de páginas lidas por mês...
Brasil 30.03.16 07:40
De todos os grandes jornais, o mais desavergonhadamente governista é o Valor.
Nesta quarta-feira, 29. uma reportagem argumenta que Lula é movido apenas por bons propósitos...
Brasil 30.03.16 07:37
O PMDB dispensou Dilma Rousseff em apenas três minutos.
A votação do impeachment, porém, deve levar três dias...
Brasil 30.03.16 06:58
Nos últimos dias, O Antagonista debochou de Lula dizendo que, depois do desembarque do PMDB, ele se dedicaria a negociar cargos com Júnior Marreca, do PEN, e com Bacelar, do PTN.
Foi exatamente o que ocorreu...
Brasil 30.03.16 06:44
Lula mandou Nelson Barbosa obstruir o trabalho dos auditores da Receita Federal que investigavam seu enriquecimento ilícito.
Os grampos da Lava Jato não esclareceram se o Ministro da Fazenda cumpriu ou não a ordem de Lula...
Brasil 30.03.16 06:31
Elio Gaspari acusou o PMDB de “sair do Governo para continuar no poder”.
Mas há também aqueles que continuaram no Governo para continuar no poder...
Brasil 30.03.16 06:20
Lula quis “intimidar”, “obstruir” e “influenciar” a Lava Jato, segundo o Juiz Sergio Moro.
Apesar disso, Elio Gaspari teme que Michel Temer possa beneficiar “maganos”, “barões” e “marqueses” condenados em Curitiba...

Líder do financiamento à casa própria, a Caixa vai expulsar muita gente desse mercado ao aumentar os juros para perto dos 12%. O movimento deve ser seguido pelos outros bancos e aumentar ainda mais o número de imóveis novos encalhados - mais uma má notícia para o mercado de incorporação imobiliária.
Brasil 29.03.16 20:19
Sobre a interceptação de conversas com Roberto Teixeira, compadre e advogado de Lula, Sergio Moro explicou que ele é suspeito de encobrir a compra do sítio de Atibaia...
Brasil 29.03.16 20:15
Sergio Moro explicou ainda que há uma "quantidade bem maior de diálogos interceptados" que não foram divulgados e serão remetidos ao STF "em mãos e com as cautelas devidas"...
Brasil 29.03.16 20:05
No ofício ao STF, Sergio Moro disse que a divulgação dos áudios atendeu a pedido do MPF "para prevenir novas condutas" de Lula em sua tentativa de "obstruir a Justiça, influenciar indevidamente magistrados ou intimidar os responsáveis pelos processos atinentes ao esquema criminoso da Petrobrás"...
Brasil 29.03.16 19:47
Sérgio Moro enviou a Teori Zavascki explicações sobre a divulgação do grampo da conversa entre Lula e Dilma Rousseff. Em ofício de 31 páginas, Moro disse que a divulgação dos áudios de Lula não teve viés "político-partidário"...
Brasil 29.03.16 19:34
Está cada vez mais caro convencer a militância lulopetista a apoiar o Governo Dilma Rousseff...
Brasil 29.03.16 19:05
Ao convocar manifestação em defesa do Governo Dilma para a próxima quinta-feira 31, em Brasília, a Frente Brasil Popular distribui o panfleto abaixo repleto de mentiras e agressões...

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