PRIMEIRA EDIÇÃO DE 23-3-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
23 DE MARÇO DE 2016
À revelia dos diplomatas, que não concordariam em participar da armação, o Palácio do Planalto articula com governos da América do Sul, igualmente populistas, a “denúncia” de que “um golpe” estaria em curso, e não uma grande operação da Justiça Federal que investiga, processa e prende políticos corruptos que atuam à sombra do governo desde 2004, no primeiro Governo Lula. Foi tudo combinado. A senha foi da própria presidente Dilma, ao declarar que “há um golpe em curso”.
A “vitimização” foi definida diante da dificuldade de explicar no exterior a maior manifestação da História, dia 13, exigindo o impeachment.
O uruguaio Luis Almagro concordou em difundir a lorota de “golpe” para agradar Dilma, que apoiou sua eleição à Secretaria-Geral da OEA.
O Planalto pediu que governantes populistas e até a ingênua chanceler argentina ameaçassem com repreensão na Unasul e no Mercosul.
Governistas e petistas chamam de “golpe” a atuação da Justiça, que, lastreada em documentos, confissões e delações, prende-os um a um.
O Procurador João Pedro Saboia Bandeira Mello Filho esteve entre os membros do Ministério Público presentes na reunião partidária de juristas pró-Dilma, nesta terça (22). Foi ele quem abandonou a reunião da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, há dias, quando o ministro João Otávio de Noronha defendia a Corte, rebatendo insultos de Lula, o ex-Presidente. Atividade político-partidária é vedada a membro do MP.
Em telefonema gravado sob ordem judicial, Lula acusou o STJ e o Supremo de “acovardamento” em relação ao Juiz Federal Sergio Moro.
É a lei complementar nº 75/93 (inciso V do artigo 237) que proíbe membro do Ministério Público “exercer atividade político-partidária”.
A resolução nº 5, de 20 de março de 2006, do Conselho Nacional do Ministério Público, veda membro do MP em atividade político-partidária.
O Planalto fez as contas e percebeu que já não tem votos suficientes para impedir o impeachment de Dilma na Câmara. Por isso ela foi aconselhada a partir para o “tudo ou nada”, radicalizando seu discurso inclusive contra integrantes do Poder Judiciário.
Nem a chocante lista apontada pelo Tribunal de Contas da União, como as “pedaladas fiscais” caracterizando crimes de responsabilidade fiscal, fez cair a ficha em Dilma. Ela insiste que nada fez de mais.
A ordem no Governo é atacar para intimidar a Justiça, ameaçar a Polícia Federal para tentar imobilizá-la e, até, desqualificar o Ministério Público. Apesar das advertências ponderadas no PT sobre o risco de estimular iniciativas violentas contra representantes desses setores.
Vice-Presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o Deputado Laércio Oliveira (SD-SE) avalia que o empresariado só conta com uma solução para a crise política: “O impeachment de Dilma”.
Após prometer só voltar a Brasília com a definição do rompimento do PMDB com o Governo Dilma, o Vice Michel Temer retornou à cidade. Mas só para pegar o voo Brasília-Lisboa nesta quarta-feira (23).
O PP discute nesta quarta (23) se rompe com o Governo. O deputado Jerônimo Goergen (RS) é um dos autores da proposta. Metade da bancada na Câmara já não vota favorável a projetos governistas.
O Deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP) sugeriu o domingo (17) como a data para a Câmara votar o impeachment de Dilma: “Para derrubar o império petista, tem que ser no domingo, com povo na rua”.
Dilma vem encontrando dificuldade em conversar com os membros da comissão especial do impeachment. O Deputado Marco Feliciano (PSC-SP) avisou que não atenderá os insistentes telefonemas.
…golpe mesmo no Brasil, nos últimos tempos, foi aquele aplicado na Petrobras e nos cofres públicos, durante os governos Lula e Dilma.

NO DIÁRIO DO PODER
COLUNA CLAUDIO HUMBERTO HAVIA ANTECIPADO:
MARCELO ODEBRECHT E DEMAIS EXECUTIVOS SE DECIDEM PELA DELAÇÃO PREMIADA
DELAÇÃO DE EMPREITEIRO FOI ANTECIPADA NA COLUNA CLAUDIO HUMBERTO
Publicado: 22 de março de 2016 às 21:32 - Atualizado às 22:21
O empresário Marcelo Odebrecht, ex-Presidente da empreiteira, preso há mais de nove meses, oficializou a decisão de celebrar acordo de delação premiada. A coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder, havia revelado a negociação na edição de 7 de março. Essa decisão permite antever a definitiva deterioração do Governo Dilma Rousseff e principalmente do ex-Presidente Lula, que é suspeito de manter relações inapropriadas com a empreiteira. Lula é suspeito inclusive de tráfico internacional de influência, a serviço da empreiteira.
Além de Marcelo, os demais executivos da Odebrecht, presos na Operação Lava ato, também optaram pela delação premiada, assim como a empresa fará também acordo de leniência, pelo qual ganhará o direito de continuar prestando serviços ao Setor Público mediante pagamento de indenização, a ser definida, e entregar as autoridades que subornou. O acordo de leniência vem sendo tratado pela empresa com a Controladoria Geral da União (CGU) desde dezembro.
Em nota, a Odebrecht confirmou a decisão, chamando-a de "colaboração definitiva". Disse esperar que, com isso, que as revelações "contribuam com a Justiça Brasileira" e promete "adotar novas práticas de relacionamento com a esfera pública".
O pai de Marcelo, Emílio Odebrecht, que retornou à gestão do grupo, um dos maiores do Brasil, vinha atuando no sentido de convencer o filho a celebrar o acordo de delação. Marcelo começou a contar detalhes considerados devastadores pela força-tarefa da Lava Jato, até para convencer os procuradores do Ministério Público Federal de que suas revelações são efetivamente importantes para o esclarecimento de detalhes da investigação, principalmente os políticos e as autoridades que subornou.

INCOERÊNCIA
JURISTAS AGORA CHAMAM DE 'GOLPE' IMPEACHMENT QUE TENTARAM DUAS VEZES CONTRA FHC
JURISTAS DO PT MUDARAM DE OPINIÃO COM IMPEACHMENT DE DILMA
Publicado: 22 de março de 2016 às 22:30 - Atualizado às 23:40
Juristas que em 18 de maio de 2001 protocolaram na Câmara pedido de impeachment contra o então Presidente Fernando Henrique Cardoso, por “crime de responsabilidade”, fizeram parte do grupo de militantes petistas na área jurídica que nesta terça-feira (22) chamou o impeachment de Dilma “golpe”.
Em maio de 2001, esses juristas alegaram que o Governo liberou verbas orçamentárias para evitar a instalação da CPI da Corrupção no Congresso. Exatamente como o Governo Dilma Rousseff tem feito às vésperas de votações importantes no Legislativo.
Na época, 2001, os autores da denúncia, arquivada pelo então presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), foram Celso Bandeira de Mello, Dalmo de Abreu Dallari, Fábio Konder Comparato, Goffredo da Silva Telles e Paulo Bonavides – personagens que reapareceram no Palácio do Planalto bradando contra a proposta de impeachment sob análise da Câmara dos Deputados.
Em junho do ano 2000, a mesma turma, mobilizada pelo PT como hoje, já havia ingressado com outro pedido de impeachment, negado pelo então Presidente, deputado Michel Temer (PMDB-SP). 

INTERFERÊNCIA
STJ DÁ 72H PARA MINISTRO DA JUSTIÇA EXPLICAR AMEAÇAS À POLÍCIA FEDERAL
ARAGÃO DISSE QUE SE SENTISSE "CHEIRO DE VAZAMENTO" FARIA TROCAS NA LAVA JATO
Publicado: 22 de março de 2016 às 20:35 - Atualizado às 21:40
A Ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Assusete Magalhães pediu hoje (22) que o Ministro da Justiça, Eugênio Aragão, se manifeste sobre o pedido do PPS para evitar interferências na Polícia Federal. Ontem (21), o partido entrou com um mandado de segurança no Tribunal questionando declarações do Ministro.
De acordo com a decisão, Aragão terá 72 horas, após ser notificado, para se manifestar. No pedido, o PPS pretende impedir que o Ministro da Justiça afaste “qualquer delegado ou agente da Polícia Federal das atividades da investigação em que esteja envolvido, mesmo em caso de suspeita de vazamento de informações, senão após a instauração do competente processo administrativo disciplinar”.
No último sábado, 19, Aragão diz que não vai tolerar vazamentos em operações da PF. Segundo o Ministro, a substituição na equipe poderá ocorrer caso seja identificado “cheiro de vazamento”, mesmo sem a necessidade de provas, uma vez que a PF está sob sua supervisão.
Ontem, em nota, Aragão disse que a atual Diretoria da Polícia Federal tem sua “plena confiança” e que não está nos planos do Ministério a substituição do Diretor-Geral do órgão, Leandro Daiello.
“O Ministério da Justiça informa que o Diretor-Geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, continua gozando de plena confiança por parte do Ministro da Justiça e não há nenhuma decisão sobre a sua substituição”, diz o texto divulgado pela assessoria da pasta. (ABr)

LULA AINDA ESTÁ SUSPENSO. E O STF ENTRA NA RODA
Tiago Vasconcelos (8)
É importante esclarecer que a decisão do Ministro Teori Zavascki de retirar das mãos do juiz Sérgio Moro a investigação da 24ª fase da Lava Jato faz apenas isso: leva a investigação da Polícia Federal, no âmbito desse processo*, para o Supremo. Lá será decidido se a ação vai ser desmembrada, devolvida, ampliada, anulada, etc. Também foi concedido sigilo nas gravações realizadas nas conversas entre Lula e autoridades nessa fase. É justamente o que fundamentou o pedido da Advocacia-Geral da União, acatado por Teori: o papo de Dilma, que tem foro especial, com um investigado pela PF.
Isso significa que Lula continua impedido de tomar posse como Ministro, obedecendo a decisão anterior do Ministro Gilmar Mendes. Portanto, o ex-Presidente continua desprovido do cobiçado foro privilegiado.
Dois problemas surgem da decisão: primeiro, Zavascki reformou, em parte, decisão monocrática de Ministro-Relator, em outra liminar, que proibiu a posse e manteve a investigação com Moro. Isso pode contrariar decisão que ele próprio, a maioria dos seus pares e até uma Súmula Vinculante previamente tomaram. Segundo, a decisão de Teori levou oficialmente para a boca do povo a politização da Corte Suprema. De um lado, os movimentos contrários a Dilma e Lula lembraram decisões polêmicas do Ministro no julgamento do Mensalão e do rito do impeachment. Do outro, defensores da dupla petista festejaram a vitória de Dilma e a “derrota de Moro”.
Piora 
Teori diz na liminar que a decisão da Justiça Federal de retirar o sigilo dos grampos em Lula deve ser suspensa para “evitar ou minimizar os potencialmente nefastos efeitos jurídicos… até mesmo quanto a eventuais consequências no plano da responsabilidade civil, disciplinar ou criminal”, em referência a Moro, o que pode aumentar a animosidade em relação ao Juiz. E, por consequência e inevitável equilíbrio, criar o outro lado: animosidade contra o STF.
O problema é que Ministros do Supremo – e até mesmo seu Presidente – vêm sendo citados em grampos da Lava Jato nos últimos meses, o que não passa despercebido. E vai caber ao STF dar ordem à bagunça institucional e jurídica criada nos últimos momentos do Governo insepulto de Dilma.
A ordem agora é nada de Política. Pelo menos por enquanto; a decisão fica para depois da Páscoa.
*o número do processo que sobe para o STF, segundo decisão de Teori, é o 5006617-29.2016.4.04.7000.
(*) Tiago de Vasconcelos é jornalista, Diretor de Redação do Diário do Poder e professor no Ibmec Brasília.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Entenda a decisão de Teori: ministro gritou: “Perigo de gol!”
Em liminar concedida a reclamação enviada pela AGU, ministro afirma que só o STF poderia decidir de quem era a competência para processar e julgar Lula uma vez que as gravações envolvem a presidente Dilma, que tem foro especial. Liminar contraria voto de mérito do próprio... Teori
Por: Reinaldo Azevedo 22/03/2016 às 22:57
Ai, ai… Vamos lá.
Teori Zavascki concedeu há pouco uma liminar a uma reclamação da Advocacia Geral da União para que o Juiz Sérgio Moro envie todo o processo que diz respeito a Lula ao Supremo. O Ministro também pôs sob sigilo todas as gravações que dizem respeito à Presidente Dilma.
Qual foi a argumentação da AGU, que, de forma impressionante, fez de Lula objeto de suas preocupações, embora ele não pertença ao Governo?
Teori concordou com a tese de que Moro deveria ter enviado ao Supremo as questões relativas a Lula, uma vez que elas acabaram envolvendo a Presidente Dilma, que tem foro especial. Ah, sim: o Ministro não alterou, nem poderia, a decisão de Gilmar Mendes, que suspendeu a nomeação de Lula para o Ministério da Casa Civil.
Vamos botar um pouco de ordem na bagunça:
1: Teori não está afirmando que a competência para cuidar do processo que envolve Lula seja do Supremo; ele o requisitou para o Tribunal, e a decisão ainda vai ser tomada;
2: a decisão de agora nada tem a ver com as outras ações da AGU, que também estão a cargo do Ministro, que cobram a suspensão de todas as investigações sobre Lula;
3: Teori não está contestando decisão nenhuma de Mendes. Este simplesmente observou que a competência no que diz respeito a Lula voltava para Moro porque, ao suspender a sua condição de Ministro, o petista perdia o foro especial.
4: Teori, considerado um Ministro frio, agiu com o fígado. Nos bastidores, ele estava agastado com Sérgio Moro. Considerou uma exorbitância a divulgação dos grampos envolvendo a Presidente;
5: é evidente que o Ministro dá uma liminar que contraria votações suas de mérito. É muito fácil explicar. Querem ver? O Ministro descartou a tese da contiguidade quando enviou, por exemplo, os processos envolvendo a mulher e a filha de Eduardo Cunha para a Justiça Comum.
Ora, se uma pessoa com foro especial confere foro especial às demais, isso deveria ter valido, então, para a família de Cunha. Mas não valeu. No caso do Petrolão, os Ministros decidiram fazer o contrário do que foi feito no Mensalão: fica no Supremo quem tem foro especial e vai para a Primeira Instância quem não tem.
Lula tem? Não tem! Logo, que fique na Primeira, ora essa! Mas Teori está irritado com Moro. Acha que este deveria ter enviado o pacote ao Supremo, que então se encarregaria de devolver para a Primeira Instância quem não tivesse foro especial.
Moro não foi dos mais ortodoxos, todo mundo sabe. Mas isso não é motivo para Teori jogar no lixo os votos de… Teori.
É notável! O Ministro não quis, até porque não podia, cassar os efeitos da liminar concedida por Gilmar Mendes, que suspendeu a posse de Lula. Surgiu, então a tese da usurpação de competência: segundo esta, Moro não poderia ter decidido o que caberia ao Supremo decidir.
Bem, digamos que assim seja… Não há outra saída, nessa ação ao menos, que não devolver a Moro o processo sobre Lula. É o que o Supremo fez em outros casos do Petrolão. Vamos ver se o Tribunal tem a coragem de criar um procedimento que só valha para Lula. Acho que não.
Teori sabe que essa sua decisão corresponde àquele momento em que um juiz paralisa o jogo apitando uma falta que não aconteceu. É o chamado “perigo de gol!”

A DELAÇÃO DA ODEBRECHT, o ladrão individual e os ladrões que integram um sistema
A máquina clandestina, tornada um verdadeiro governo paralelo, obedecia e obedece a uma centralidade: o PT. Aliás, é o que vaza da delação de Delcídio do Amaral. Todos sabiam de tudo!
Por: Reinaldo Azevedo 23/03/2016 às 5:38
O que dirão os diretores da Odebrecht, incluindo o Presidente do grupo, Marcelo, agora que todos decidiram fazer a delação premiada, chamada pela empresa de “colaboração”? Ninguém sabe. Em nota, a grupo diz que pretende colaborar com o Brasil e exibe seus propósitos de contribuir para a evolução institucional do País. Então tá.
Um trecho pode despertar calafrios em muita gente, a saber:
“Apesar de todas as dificuldades e da consciência de não termos responsabilidade dominante sobre os fatos apurados na Operação Lava Jato — que revela na verdade a existência de um sistema ilegal e ilegítimo de financiamento do sistema partidário-eleitoral do País —, seguimos acreditando no Brasil.”
Esta sequência — “sistema ilegal e ilegítimo de financiamento do sistema partidário eleitoral do País” —, como se nota, não tem alvo preciso. Pode abarcar, em tese todos os partidos. Notem: em boa medida, o futuro do Brasil depende dessas revelações.
Logo de cara, é preciso fazer uma distinção que talvez venha a fazer diferença no futuro. Que o PT não tenha inventado a corrupção, isso já se escreveu aqui muitas vezes. Eu até brinco que foi a serpente que iniciou tal prática, não é? Refiro-me àquela do Paraíso, não à nossa jararaca, cuja cabeça pode logo ser esmagada.
Tanto a Odebrecht como qualquer outra empreiteira podem ter feito doações ilegais ou pagado propina a membros de outras legendas, inclusive da oposição. E as pessoas que foram beneficiárias das práticas ilícitas terão de pagar por isso. Fim de papo. Não custa lembrar: quem tem bandidos pra chamar de seus, exaltando-os como “heróis do povo brasileiro”, é o PT. Nós, felizmente, não temos. Quem fez que pague.
Ocorre que o Petrolão não revelou apenas um sistema ilegal e ilegítimo de financiamento de campanha. Fez-se bem mais do que isso, não é mesmo?
Ainda que, inicialmente, a prática de, digamos, pegar uma percentagem do valor da obra tivesse o propósito de financiar campanhas, é evidente que assistimos ao nascimento de um método, de um modo de governar, de um jeito de entender o Estado brasileiro.
Não fazer essa distinção corresponde a negar a natureza daquilo que está em curso. Que políticos aqui e ali vivam recebendo dinheiro do caixa dois de empresas, convenham, todo mundo sabe. Que um ou outro não passem de meros lobistas informais a serviço de patrões ocultos, que não são exatamente o povo, idem. E nada disso, deixo claro, deve ser encarado como coisa normal, aceitável. Não é!
Mas cabe a pergunta: foi à também nefasta corrupção à moda antiga, que remonta à serpente, que assistimos nos últimos anos? Não me parece! A máquina clandestina, tornada um verdadeiro governo paralelo, obedecia e obedece a uma centralidade: o PT. Aliás, é o que vaza da delação de Delcídio do Amaral. Todos por lá sabiam de tudo.
A evidência, aliás, de que a corrupção do PT não é de modo nenhum corriqueira está no fato de que os corruptos de agora têm entusiasmados defensores na sociedade e, muito especialmente, nos movimentos sociais e nos entes sindicais. Ou não é verdade que mil e poucos ditos artistas assinaram um manifesto contra o que chamam de “golpe” — vale dizer, pela conservação do status quo?
Essas franjas que se levantam em defesa do indefensável — o comprovado assalto multibilionário a entes estatais — estão justamente referendando a tese de que a “organização” responde por tudo — no caso, uma organização verdadeiramente criminosa.
Não sei o que vem na delação dos diretores da Odebrecht, mas uma coisa eu sei: há uma diferença, e todos merecem punição, entre o corrupto que atua porque encontra frestas no sistema legal para fazê-lo e aquele que corrompe o próprio sistema, fazendo dele um agente da degradação institucional.
Ou por outra: sem conhecer a delação dos diretores da Odebrecht, asseguro que nada é igual a PT porque o PT não é igual a nada que tenhamos visto antes.
Com o partido, a roubalheira, vamos dizer, romântica, também criminosa, chegou ao fim. Assistimos à profissionalização do assalto ao Estado — e também ao Estado de Direito.
Tomara que a delação do diretores da Odebrecht deixe isso muito claro!

Estimulado por Dilma, Boulos promete incendiar o País se houver impeachment
Então vamos lá! Ele sai com as suas milícias, e nós ficaremos com as leis e com a mansidão convicta. Vamos ver quem ganha
Por: Reinaldo Azevedo 23/03/2016 às 7:07
Ulalá!
Ao ler uma reportagem do Estadão desta quarta-feira, 23, fiquei com a impressão de que foram Dilma e as esquerdas que colocaram 3,5 milhões de pessoas nas ruas do domingo retrasado, 13.
Mais: fui apresentando a um País em estado pré-insurreição e aprendi que o líder da revolução se chama Guilherme Boulos, que, como antevi há tempos, usava o tal MTST apenas como plataforma inicial de sua carreira política. Agora ele é apresentando também como coordenador da Frente Povo Sem Medo.
Nem Marat, o porra-louca dos jacobinos da Revolução Francesa, se dizia “coordenador do povo”. Ele se contentava apenas em ser um “amigo”. Boulos é mais ambicioso.
Tanto esse coxinha vermelho como João Pedro Stedile, o burguês rural do capital alheio, que comanda o MST, prometem que o Brasil não terá sossego se houver impeachment. Boulos ameaça abertamente: “Este País vai ser incendiado por greves, por ocupações, mobilizações, travamentos. Se forem até as últimas consequências nisso, não haverá um dia de paz no Brasil.”
A ameaça, como se nota, tem um claro caráter terrorista. Boulos se acha acima da Constituição e das leis. Ou as instituições se vergam às suas vontades, ou ele promete tornar a nossa vida um inferno. Eu diria que o Brasil tem um sistema legal para colocá-lo sob controle. Ele nos ameaça com o terrorismo, e a gente o contém com a ordem institucional.
Para amanhã, as esquerdas prometem reunir 50 mil pessoas no Largo da Batata, em São Paulo, e depois marchar… até a Globo, é claro! Os aparelhos petistas prometem manifestações ainda em Brasília, Rio, Curitiba, Fortaleza, Recife e Uberlândia. E há, claro!, os tais manifestos de intelectuais.
É evidente que se trata de coisa de vigaristas. É impressionante a cara de pau dessa gente. Sem resposta para a roubalheira descarada; sem ter o que dizer diante do desastre econômico a que Dilma conduziu o país; apalermada pelas revelações estarrecedoras da Lava Jato, essa súcia faz o que a esquerda sempre fez ao longo da história: ignora seus próprios crimes e inventa uma tese contra “a direita” para unir os “progressistas”.
Conversa mole
Tudo isso constitui, é evidente, uma ameaça. E, no entanto, não passa de conversa mole. Já vimos esse filme.
Se preciso, a sociedade brasileira vai enfrentar Boulos e suas milícias nas ruas. Mas não vai ser no braço, não. Vai ser na lei.
Finalmente, observo que o discurso irresponsável feito por Dilma nesta terça, 22, estimula esse tipo de retórica inflamada. Eles querem sangue. Nós os enfrentaremos com uma arma invencível: a mansidão convicta.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 23/03/2016 04:56
Na nota que a Odebrecht divulgou para anunciar que seus executivos suarão o dedo na Lava Jato, o caminho da pólvora está esboçado em dois trechos. Num, a empreiteira informa que proporcionará aos investigadores uma “colaboração definitiva”. Noutro, insinua que ajudará a escancarar “a existência de um sistema ilegal e ilegítimo de financiamento do sistema partidário-eleitoral do País.” Se a maior construtora do País estiver falando sério, o Planalto Central está na bica de virar uma espécie de Papuda hipertrofiada.
A delação coletiva da Odebrecht deveria começar por um pedido de desculpas individual do seu Presidente, Marcelo Odebrecht. Em outubro de 2013, quando a construtora foi jogada no ventilador da Lava Jato pela primeira vez, o príncipe da construção pesada divulgou uma nota. Nela, fez pose de vítima.
Marcelo Odebrecht escreveu: “Neste cenário nada democrático, fala-se o que se quer, sem as devidas comprovações, e alguns veículos da mídia acabam por apoiar o vazamento de informação protegida por lei, tratando como verdadeira a eventual denúncia vazia de um criminoso confesso que é 'premiado' por denunciar a maior quantidade possível de empresas e pessoas.''
O tempo passou. Oito meses depois, Marcelo Odebrecht estava preso em Curitiba. Acomodado no banco da CPI da Petrobras, foi tratado pelos parlamentares com uma fidalguia cúmplice. Sentiu-se à vontade para desafiar a paciência alheia. Disse que jamais seria um delator porque não tinha o que delatar.
Diante das câmeras, Marcelo Odebrecht evocou suas duas filhas para manifestar a aversão que nutre (ou nutria) pelo papel de dedo-duro. “Se elas brigassem, eu perguntasse quem começou, e uma dedurasse a outra, eu talvez brigasse mais com quem dedurou do que com aquela que fez o fato.”
Agora, cercado pela força-tarefa da Lava Jato e já condenado pelo juiz Sérgio Moro a 19 anos de cana, Marcelo Odebrecht, como o sapo de Guimarães Rosa — que pula por precisão, não por boniteza — percebeu que era hora de exercitar o dedo. Sob pena de repetir no Petrolão o drama vivido no Mensalão pela banqueira Kátia Rabelo e pelo operador de arcas clandestinas Marcos Valério, que foram enviados à cadeia pelo STF com as maiores penas .
O problema é que a Odebrecht achega-se ao guarda-chuva da delação com grande atraso. Os investigadores já apalparam até as provas da existência de um departamento de propinas na construtora. Avisam que, para obter benefícios judiciais, os executivos da Odebrecht terão de contar coisas que a Polícia Federal e a Procuradoria ainda não saibam.
Um dos integrantes da força-tarefa da Lava Jato disse ao blog que estranhou o trecho da nota da Odebrecht em que a construtora anuncia seu interesse em colaborar a despeito de não ter “responsabilidade dominante sobre os fatos apurados na Operação Lava Jato.” É como se repetisse, com outras palavras, a tese segundo a qual as empreiteiras não são corruptoras, mas vítimas de extorsão praticada por prepostos que os políticos acomodam na engrenagem do Estado. “Se vierem com essa conversa fiada, não tem acordo”, diz o investigador.
Dependendo do que Marcelo Odebrecht e seus executivos disserem, os depoimentos podem deslocar pedaços da investigação de Curitiba para Brasília. Espera-se que pinguem dos seus lábios, por exemplo, detalhes sobre as conexões monetárias da Construtora com as arcas do comitê Dilma-2014, com o Instituto Lula, com a empresa de palestras do ex-Presidente petista e com o célebre sítio de Atibaia.
De resto, flutuam na atmosfera tensa de Brasília um lote de perguntas: a Odebrecht jogará a oposição na frigideira? E quanto ao PMDB do Vice-Presidente Michel Temer? Logo, logo o País saberá até onde a Odebrecht está disposta a deixar o melado escorrer.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quarta-feira, 23 de março de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Qual será a próxima indignidade cometida na verdadeira suruba institucional brasileira? Já não basta assistir ao discurso ideologicamente pornográfico da petelândia, repetindo a mentira de que o Brasil vive uma "ditadura jurídica", quando, na verdade, vivemos sob a evidente ditadura do crime politicamente organizado. Ou corremos o risco de o Supremo Tribunal Federal capitular diante das armações de um desgoverno desmoralizado que resolveu partir para a guerra deixando de lado a Política e partindo para a descarada judicialização da politicagem?
O pragmatismo cínico nos tempos Pós-Lava Jato gera cenas e situações inimagináveis. Exatamente no dia em que a Força Tarefa deflagra a Operação Xepa (restos baratos do final da feira), demonstrando que a Odebrecht tinha um departamento oculto apenas para cuidar da contabilidade e pagamento de propinas em obras públicas, o grupo Odebrecht toma a tardia decisão para seus executivos fazerem uma "colaboração definitiva" com o Judiciário. Mais hilário é o maior grupo transnacional brasileiro soltar uma nota oficial de imprensa com o título: "Compromisso com o Brasil".
Fica no ar uma impressão fortíssima de que um grande acordo pode ter sido costurado com o desgoverno nazicomunopetralha. O acordo da Odebrecht com a Lava Jato vem no momento exato em que o Presidente bicéfalo Luladilma (tudo junto e misturado) parte para uma guerra aberta contra o Judiciário, aproveitando para destruir, no meio do caminho, seus principais inimigos políticos. A delação da Odebrecht, principalmente do arredio Marcelo, é estratégica, porque os petistas não serão os únicos alvos. Os políticos da "oposição" têm alto risco de dançar. Por isso, ninguém se surpreenda se, nos bastidores dos Acarajés, tenha sido fechado um grande acordo baiano para a Odebrecht jogar azeite de dendê ultra-apimentado no ventilador... Jaques Wagner é craque nessas armações...
Como era previsto, o coelhinho que não bota ovo aprontou das suas antes da Páscoa. Foi nada surpreendente a decisão do Ministro Teori Zavascki de retirar da boca do Sérgio Moro o amargo chocolate de cuidar das investigações sobre Lula - que não tem foro privilegiado, mas tenta arrumar um com a casuística nomeação para a Casa Covil (lugar ideal para a Jararaca trabalhar, conspirar e deitar e rolar). Teori apenas jogou uma responsabilidade gigantesca no colo do Plenário do Supremo Tribunal Federal, cujos 11 magistrados voltam a se reunir em Plenário na semana que vem, depois do feriadinho.
Depois de achincalhado publicamente pelo Presidentro, se o STF jogar a favor de Lula ficará com a imagem manchada perante a opinião pública. Já estão pegando pessimamente as recentes decisões de Luís Roberto Barroso, aceitando o "Indulto de Natalino da Dilma" para os condenados no Mensalão... Aquele crime, na prática, compensou. Os condenados estão perdoados. Agora são pessoas normais, como outras quaisquer, exceto pela imagem queimada e pelos milhões que devem ter guardados...
Vale repetir por 13 x 13 até cansar: a presente guerra do fim dos imundos, de todos contra todos nos podres poderes de uma república que não foi implantada de verdade no Brasil, nos oferece a oportunidade histórica única de passar o País a limpo, refundando o Brasil em bases democráticas, sob o império da segurança do Direito e do pleno exercício da cidadania, permitindo um controle das pessoas, da sociedade, sobre os aparelhos da máquina estatal. 
Nada vai se resolver com golpe militar. Também nada vai acabar bem com os seguidos golpes dados pelo desgoverno do crime organizado. Os segmentos esclarecidos da sociedade brasileira não podem se acovardar. Como bem definiu o advogado paulista Raphael Acácio, "a corrupção e o abuso de poder são a nova modalidade de escravidão no Brasil". Por isso, sejamos, cada um de nós, os libertadores da Nação.
Está muito caro este raio de suruba institucional, em ritmo de ruptura violenta ou conchavo canalha de sempre (só Deus sabe qual será o final): 277 indústria fechadas em 2016, milhões de desempregados, recessão, inflação e aumento do curto de vida, enquanto o desgoverno do crime só pensa em aumentar impostos para sustentar as sacanagens. As pessoas de bem não aguentam mais! Os "deuses" do STF deveriam saber disto...
Juízes contra a corrupção
Vídeo de Laercio Laurelli promove um duríssimo ataque ao governo do crime organizado, em solidariedade ao Juiz Sérgio Fernando Moro.
Bateu no governo e morreu a facadas
A violenta imagem acima não vem do bolivarianismo na Venezuela, mas do Brasil desgovernado pelo mais bárbaro crime organizado.
A Polícia investiga e a OAB promete acompanhar o estranho assassinato do advogado criminalista Leandro Balcone Pereira, no centro de Guarulhos, na Grande São Paulo.
Recentemente, o falecido denunciou o Prefeito do PT, Sebastião Almeida, de ser dono de um shopping em Campinas.
Líder de manifestações contra o desgoverno federal, Balcone também filmou uma ambulância da Prefeitura transportando pessoas da CUT para a recente manifestação da Avenida Paulista.
O assassino levou documentos e computadores do escritório da vítima.
Balcone Pereira será sepultado às 9h30min no Cemitério Primavera, em Guarulhos.
Bem colocado
Do craque Merval Pereira, colunista de O Globo, refutando a tese golpista do desgoverno na guerra aberta contra o Judiciário:
"Não tem nenhum sentido falar que o Brasil vive sob uma ditadura jurídica, como afirmaram os juristas que defendem a Presidente Dilma. Até agora, nenhuma ação do Juiz Sergio Moro foi recusada pelo STF e em nenhum momento o Supremo acusou-o de estar abusando da lei. São juristas governistas, que usaram essa retórica política e resolveram levantar essa tese. É um absurdo afirmar isso".
(...)

NO O ANTAGONISTA
Brasil 23.03.16 08:09
O Itamaraty está tomado por aloprados.
Na última sexta-feira, segundo O Globo, o Ministro Milton Rondó Filho disparou telegramas para todas as sedes diplomáticas alertando contra um golpe em andamento no Brasil...
Economia 23.03.16 08:05
“Armínio Fraga e Henrique Meirelles são os nomes preferidos de Michel Temer para o Ministério da Fazenda”, diz a Folha de S. Paulo...
Brasil 23.03.16 07:59
Lula foi tentar comprar Renan Calheiros.
Depois de uma reunião de duas horas na casa de José Sarney, ele não obteve praticamente nada...
Brasil 23.03.16 07:42
A coluna de Sonia Racy, no Estadão, lembra que cinco juristas pediram, em 2001, o impeachment de Fernando Henrique Cardoso...
Brasil 23.03.16 07:25
Teori Zavascki, depois de reclamar do protagonismo de Sergio Moro, decidiu se tornar – ele próprio – protagonista.
O protagonista de uma degradante marmelada...
Brasil 22.03.16 22:55
O Brasil é um país moralmente subdesenvolvido.
Os criminosos pegos em flagrante são blindados e o Juiz que os flagrou é que tem de dar explicações.
Brasil 22.03.16 22:50
A decisão de Teori Zavascki é temporária, mas já tem o efeito prático de evitar que Lula seja preso antes da Páscoa.
Brasil 22.03.16 22:18
Teori, Teori, veja lá o que está fazendo...
O Brasil está de olho.
Brasil 22.03.16 21:28
Acredita-se que a "colaboração definitiva" de Marcelo Odebrecht fará tremer não apenas o PT, mas todos os grandes partidos...
Brasil 22.03.16 21:25
Não havia mais caminho para a Odebrecht, a não ser a delação premiada de todos os seus executivos, depois de revelada a existência de um setor dentro da empresa especializado em distribuir propinas.
A Lava Jato venceu.
Brasil 22.03.16 20:14
A nova investigação do MP de São Paulo sobre a Bancoop foi deflagrada após o depoimento bombástico de Sandra Aparecida Gomes.
Sandra conta que foi convidada em fevereiro de 2007 por Miriam Regina de Freitas, proprietária da Embrick Corporation e ligada ao PT, para ser executiva do projeto Minha Casa Minha Vida...
Brasil 22.03.16 19:49
Como O Antagonista revelou, a nova investigação do MP de São Paulo mira imóveis da Bancoop que foram entregues a dirigentes petistas...
Brasil 22.03.16 19:31
O MP de São Paulo abriu nova investigação como desdobramento da denúncia contra Lula no caso do triplex.
Os promotores Cassio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique suspeitam da concessão ilícita de imóveis da Bancoop para Rosemary Noronha e outros petistas do núcleo de Lula...
Brasil 22.03.16 19:02
Eva Chiavon, braço-direito de Jaques Wagner, responderá interinamente pelo Ministério mais importante da Esplanada...
Brasil 22.03.16 18:56
Depois de publicarmos mais cedo que o nome de Lula aparecia no Diário Oficial da União como Ministro da Casa Civil, o Governo emitiu nota afirmando que a falha será corrigida na edição de amanhã...
Brasil 22.03.16 17:10
Além de negar acesso às procurações de Lula e família, o 23o Tabelionato de Notas não cadastrou no sistema de consulta online o nome do beneficiário de uma escritura outorgada por Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha...

Brasil 22.03.16 16:57
O Antagonista levantou no sistema de consulta online do 23o Tabelionato de Notas de São Paulo duas procurações passadas por Lula, Marisa e Luís Cláudio a Roberto Teixeira e familiares em 13 de novembro de 2015...

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