PRIMEIRA EDIÇÃO DE HOJE DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
04 DE FEVEREIRO DE 2016
A presidente Dilma faz da CPMF um “boi de piranha”: enquanto a oposição esbraveja contra a recriação do imposto do cheque, o governo aumenta sem alarde outros tributos. Aumentou o Imposto de Renda para pessoas físicas, dobrou o IOF para 3%, aumentou o PIS/Cofins sobre gasolina (R$ 0,22 por litro) e importados (9,2% para 11,7%) e decidiu reintroduzir a Cide, o “imposto do combustível”, na mais elevada carga tributária de um país não europeu: a brasileira.
No interior, um boi é sacrificado “distraindo” piranhas em um rio para que o resto da boiada o atravesse em segurança. É o “boi de piranha”.
Dilma aumentou impostos, deixou caducar isenções e promoveu tarifaços como o da energia elétrica, que aumentou mais de 50%.
Aumentando impostos e contribuições, o governo terá receita adicional de R$ 30 bilhões/ano. A receita da CPMF seria de R$ 80 bilhões anuais.
O corte de despesas promovido por Dilma com pompa, foi irrelevante para o equilíbrio das contas públicas: apenas R$ 200 milhões.
Na tentativa de se manter na presidência e de tentar escapar de punição da Câmara, no âmbito da Lava Jato, Eduardo Cunha (PMDB) decidiu dar um “agrado” aos deputados com dinheiro público: vai aumentar a chamada Cota de Atividade Parlamentar, o “cotão”, que acrescenta à remuneração dos parlamentares entre R$ 30,4 mil (pagos aos deputados de Brasília) e R$ 45,2 mil (aos de Roraima) mensais.
Com o aumento do “cotão”, Eduardo Cunha vai aumentar para mais de R$ 20,1 milhões os gastos mensais do “agrado” aos deputados.
No ano passado, a Câmara queimou R$ 241,2 milhões com a cota parlamentar usada como “ajuda de custo” dos 513 deputados federais.
O Congresso retoma as atividades após o recesso de dois meses. Cunha anda preocupado em perder apoio no retorno dos trabalhos.
O presidente da CPI da Funai e Incra, deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), deu prazo de dez dias ao Planalto para esclarecer sobre dinheiro público dado a assentamentos e a indígenas por meio de ONGs suspeitas. Ou sofrerá busca e apreensão e até condução coercitiva.
O senador Lindbergh Faria (PT-RJ) mostrou-se estranhamente trêmulo, ao defender Dilma, terça (2). É fervoroso governista, mas não quer nem ouvir falar em virar líder do PT – para ele, “um presente de grego”.
O Prêmio Petrobras de Jornalismo 2015, oferecido pela estatal a jornalistas que precisam se inscrever para serem reconhecidos, teve de ser prorrogado duas vezes por insuficiência de interessados.
A Secretaria de Planejamento do DF se esquiva de dar números à debandada de servidores que esvaziou Brasília. Só no dia 5 saberá, afinal, quem enforcou a semana anterior ao carnaval. E a seguinte.
O PT achou um substituto para o acreano Sibá Machado na liderança do partido na Câmara, disposto a defender o indefensável: o baiano Afonso Florence, que emergiu do baixo clero na CPI da Petrobras.
O Planalto se esforça para mostrar a “boa relação” entre Dilma e o vice Michel Temer, mas não conseguiu disfarçar o isolamento do vice no almoço servido ao presidente boliviano, Evo Morales, no Itamaraty.
Um requerimento de aditamento do PSOL à representação contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética deu mais vinte dias de prazo ao presidente da Câmara, afirma Marcos Rogério (PDT-RO).
Ao propósito da greve no setor aéreo, Jerônimo Goergen (PP-RS) lembra que a Secretaria de Aviação Civil está sem ministro desde dezembro. E o governo usa o cargo como barganha política.
... faltam só um ‘Gaúcho’ ou um ‘Carioca’ para os processos contra Fernando Baiano e Ricardo Pernambuco virarem escalação de futebol.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
04/02/2016 às 6:13 \ Opinião
VALENTINA DE BOTAS
No país do Carnaval em que uma nação perambula em busca de si, inexiste o risco de os farsantes renunciarem à farsa: o jeca continuará dizendo que não tem o triplex que é dele e que não é dono do sítio que possui; Dilma Rousseff visita o Congresso que despreza, como a qualquer instituto da democracia, fingindo que a tragédia brasileira que patrocina resulta do triunfo da opinião sobre os dados.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
GERAL  04-02-2016 ÀS 7:08
GERAL 5:58
GERAL 5:39
GERAL 4:42
GERAL 0:23

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 04/02/2016 04:00
O STF se equipa para analisar denúncias da Procuradoria contra Renan Calheiros e Eduardo Cunha. Planeja fazê-lo entre o fim deste mês de fevereiro e os primeiros dias de março. Guiando-se pela lógica, os ministros da Suprema Corte acolherão as denúncias, convertendo-as em ações penais. Quando isso acontecer, as duas Casas do Legislativo brasileiro passarão a ser presididas por excentíssimos réus. E o vexame se converterá em escárnio.
Renan e Cunha não pensam em se afastar voluntariamente dos cargos. Seus poucos rivais não reúnem forças para arrancá-los da poltrona. “Já dei todas as explicações”, minimizou Renan, ao comentar a denúncia de que usou verbas de uma empreiteira para pagar a pensão de uma filha que teve fora do casamento, em 2007. “O fato de aceitar a denúncia não significa que eu sou condenado”, deu de ombros Cunha, ao se referir às evidências de que recebeu petropropinas. “Vou continuar em qualquer circunstância.”
Os mandachuvas do Legislativo são protótipos do patrimonialismo brasileiro. Ambos trazem implantada na alma a convicção de que não é o Congresso que tem um par de presidentes; são os presidentes do Senado e da Câmara que têm o Congresso. Os dois não se sentem como pessoas públicas. O país é que atrapalha suas vidas privadas.
Renan e Cunha são como o Aedes aegypt. Desenvolveram-se nas águas paradas do Congresso. Sugaram o sangue do Tesouro Nacional. E transmitem um vírus que causa microcefalia coletiva em seus pares, desobrigando-os de refletir. Os 38 congressistas investigados na Lava Jato —14 senadores e 24 deputados— dão aos outros 556 parlamentares uma péssima fama. Mas a democracia brasileira ainda não desenvolveu uma vacina capaz de imunizar o país contra zikas como Renan e Cunha.

Josias de Souza - 03/02/2016 19:40
A perspectiva de conversão de Renan Calheiros em réu no STF levou preocupação ao Palácio do Planalto. Hoje, o presidente do Senado é o principal aliado do governo no Congresso. É visto por Dilma Rousseff e seus operadores políticos como uma espécie de anteparo contra investidas de Eduardo Cunha, o presidente da Câmara. O governo receia que a mudança do status judicial de Renan lhe altere o comportamento, como já ocorreu em outras oportunidades.
Deve-se o desassossego à decisão do ministro Luiz Edson Fachin, do STF, de liberar para julgamento a denúncia em que a Procuradoria da República acusa Renan de receber propinas da empreiteira Mendes Júnior para pagar a pensão de uma filha que teve fora do casamento. Conforme noticiado aqui, a denúncia contra Renan estava engavetada no Supremo havia três anos. Tempo suficiente para que o personagem se envolvesse noutro escândalo, o petrolão.
Além de contar com Renan para ajudar a aprovar projetos duros de roer, como a emenda que recria a CPMF, o Planalto considera que o senador tornou-se peça vital na estratégia do governo para sepultar o pedido de impeachment contra Dilma. Sobretudo depois que o STF decidiu que o Senado pode rever eventual decisão da Câmara favorável à abertura do processo de impedimento.
Renan mantém com o governo um relacionamento pragmático. Só é bom se lhe rende dividendos. Um correligionário do senador diz, por exemplo, que ele esperava que o Planalto tivesse força para manter na gaveta a denúncia envolvendo a Mendes Júnior. O relator Fachin chegou ao STF por indicação de Dilma. Mas não parece ser o tipo de magistrado que agradece com a toga.
Ao tratar Renan como heroi da resistência do seu governo, Dilma torna-se uma personagem paradoxal. Ela costuma vangloriar-se de sua retidão. Há três meses e meio, fronte alta, a presidente indagou: “Quem tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa suficientes para atacar a minha honra?” O conceito que Dilma faz de si mesma não orna com a biografia de Renan, um réu esperando para acontecer.

NO BLOG DO ALUIZIO NUNES
Quinta-feira, fevereiro 04, 2016
A partir de uma entrevista fajuta eivada de desinformação que o sociólogo José de Souza Martins, 77, concedeu à revista Veja desta semana, o grupo Terça Livre editou este hangout que está no vídeo acima e que tem apenas 30 minutos. Vale muito a pena assistir. Encareço aos estimados leitores que vejam e ouçam com atenção. É uma verdadeira aula de política no seu sentido mais exato.
A apresentação é do Allan dos Santos e do Ítalo Lorenzon. De forma sintética e objetiva eles oferecem uma análise muito especial do que realmente está rolando na política brasileira e as reais manobras do PT e demais partidos esquerdistas que neste momento se lançam a uma nova empreitada pela manutenção do poder. Lembrem-se antes de tudo que a política, como tão bem assinalou Max Weber, é a luta pelo poder e/ou a luta pela manutenção do poder. 
Ao mesmo tempo constatarão que o grosso da crônica política do jornalismo da grande mídia passa muito longe daquilo que é essencial ao sonegar o que realmente contribui para a compreensão de todo o processo político. Neste caso, leitores e telespectadores recebem doses diárias e cavalares de pura “desinformação”. É exatamente por isso que as pessoas em sua maioria esboçam, com razão, um cansaço, reclamando que nada muda, que não acontece nada e por aí vai.
Se vocês, caros leitores, ouvirem com atenção este hangout ao final passarão a contar com informações lhes permitirão fazer uma nova leitura do contexto político e social brasileiro. Descobrirão imediatamente aquilo que está sendo tramado no breu das tocas e que os jornalistas a soldo da bandalha comunista escamoteiam em proveito de um diabólico projeto de poder perpétuo que neste momento passa por um processo de transformação para não morrer. Já está agonizando. Falta apenas sacar aquele tubo que ainda lhe passa os nutrientes.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

NO O ANTAGONISTA
Brasil 04.02.16 08:27 Comentários (1)
José Carlos Bumlai, interrogado pela Lava Jato, negou conhecer o arquiteto Igenes Irigaray Neto, contratado para reformar o sítio de Lula.
A Folha de S. Paulo foi a Dourados e descobriu que, além de ter executado três projetos para as usinas de Bumlai, na mesma época da reforma do sítio de Lula, Igenes Irigaray Neto também construiu uma creche e uma capela encomendadas pelo operador do PT...
Brasil 04.02.16 07:45 Comentários (30)
O cartel da Petrobras, em outubro de 2010, assumiu a reforma do sítio de Lula.
A Folha de S. Paulo, hoje, revela o que cada empreiteira fez...
Brasil 04.02.16 07:18 Comentários (28)
A Lava Jato quer saber se, ao sair de Brasília, em 31 de dezembro de 2010, Lula se mudou para sua casa de campo em Atibaia, reformada pela OAS e pela Odebrecht...
Brasil 04.02.16 07:08 Comentários (54)
Gilberto Carvalho disse à Folha de S. Paulo:
"É a coisa mais natural do mundo que você possa ter empresas contribuindo com essa ou com aquela pessoa. Estando fora da Presidência, Lula pode receber [presente], qualquer pessoa pode dar o presente que quiser dar a ele"...
Brasil 04.02.16 06:53 Comentários (35)
Os lulistas já desistiram de ocultar as propriedades ocultas de Lula.
Eles agora tentam demonstrar que se trata de uma questão menor - um presente das empreiteiras, como uma gravata, e não uma propina...
Brasil 04.02.16 06:50 Comentários (41)
O Antagonista comemorou a reportagem do Jornal Nacional sobre as cozinhas de Lula.
O único erro foi atribuir a notícia ao Estadão, e não nosso site...
Brasil 04.02.16 06:16 Comentários (25)
O Antagonista publicou a primeira reportagem sobre as cozinhas de Lula, pagas pela OAS, em 15 de janeiro. 
Vinte dias depois, os advogados de Lula ainda não sabem o que dizer...
Brasil 04.02.16 06:13 Comentários (22)
O Jornal Nacional teve acesso às notas fiscais das cozinhas de Lula.
As duas cozinhas: a do triplex no Guarujá e a do sítio em Atibaia...
Brasil 03.02.16 21:47 Comentários (64)
Por meio da sua assessora de imprensa, Roberto Teixeira, o advogado de Lula, enviou a O Antagonista uma "nota de repúdio" a uma reportagem que o Estadão está produzindo sobre as suas ligações com o petista...
Brasil 03.02.16 21:09 Comentários (154)
Surgiram na TV as notas fiscais das compras das cozinhas Kitchens para o triplex do Solaris e o sítio de Atibaia, ambas pagas pela OAS. Toda a história das cozinhas foi revelada por O Antagonista em 15 de janeiro...
Brasil 03.02.16 20:28 Comentários (256)
Dilma Rousseff na TV e os paulistanos batendo panela.
Brasil 03.02.16 20:00 Comentários (59)
João Vaccari Neto ficou em silêncio na CPI dos Fundos de Pensão, mas os deputados não perderam a chance de questioná-lo. Paulo Azi, do DEM, trouxe à baila a relação do ex-tesoureiro do PT com o ex-presidente da Previ Ricardo Flores...
Brasil 03.02.16 19:34 Comentários (83)
Sérgio Moro encerrou o depoimento de Fernando Moura com um alerta: "Sua credibilidade ficou bastante complicada."...
Brasil 03.02.16 19:28 Comentários (39)
Raul Jungmann, do PPS, entrou hoje no STF com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) contra a MP da Leniência, editada especialmente para livrar a cara das empreiteiras do petrolão. A relatora do processo será a ministra Rosa Weber...
Brasil 03.02.16 18:25 Comentários (167)
Fernando Moura afirmou que Renato Duque era o responsável pela distribuição da propina -- era quem indicava quanto e para quem deveria ser entregue...
Brasil 03.02.16 18:12 Comentários (29)
Fernando Moura disse a Sérgio Moro que recebeu R$ 2,3 milhões em propina de um contrato da Camargo Corrêa com a Petrobras. José Dirceu, segundo ele, ganhou o dobro...
Brasil 03.02.16 18:10 Comentários (25)
Fernando Moura detalhou ainda os percentuais da propina de contratos com a Petrobras antes de 2005, Segundo ele, foram negociadas comissões com a UTC, Camargo Corrêa, Engevix, GDK e Hope...
Brasil 03.02.16 17:44 Comentários (72)
Luiz Fux acaba de submeter a Dias Toffoli a representação 846, uma das três ações que correm contra Dilma Rousseff no TSE...ver mais
Brasil 03.02.16 17:40 Comentários (59)
Fernando Moura reiterou ao juiz Sérgio Moro a sua versão da indicação de Renato Duque para a Diretoria de Serviços da Petrobras. Desta vez, o delator disse que conversou sobre isso diretamente com José Dirceu e Silvio Pereira.
Ao dar detalhes do episódio, Moura parece descrever cena de filme da máfia...
Brasil 03.02.16 17:15 Comentários (124)
A nova audiência de Fernando Moura com Sérgio Moro é hilária e preocupante. O juiz abre o interrogatório provocando o réu de forma dura e o diálogo que se segue é espantoso...

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