LULA À ESPERA DO JAPONÊS DA P.F.

Quinta-feira, 14 de janeiro de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Luiz Inácio Lula da Silva deve se preparar, psicologicamente, para o dissabor de ser tirado da cama bem cedinho pelo agente Newton Ishii - o lendário "Japonês da Federal". Embora o oficialismo jurídico insista que "Lula não é investigado na Lava Jato" (certamente por seu poder nada divino de saber de tudo sobre todos nos quatro poderes), o Grupo Globo (que também sabe de tudo, mas quase sempre informa nada) emitiu ontem um sinal claro de que tem uma cama de gato sendo armada para $talinácio.
O Bom Dia Brasil, o Jornal Hoje, o Jornal Nacional, o Jornal da Globo, quatro telejornais da GloboNews, o jornal impresso O Globo e as diversas emissoras do Sistema Globo de rádio, repetiram, durante o 13 de janeiro, uma mesma "marretada editorial" contra Lula. O texto, idêntico em várias edições, proclamava:
"O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, citou o ex-presidente Lula como responsável pela indicação de Nestor Cerveró para a Br Distribuidora. Janot também afirmou que Lula deu poder ao senador Fernando Collor na empresa, em troca de apoio político. Na denúncia contra o deputado Vander Loubet, do PT de Mato Grosso do Sul, o procurador Rodrigo Janot afirmou que foi criada na BR Distribuidora uma organização criminosa preordenada principalmente ao desvio de recursos públicos em proveito particular. Janot também falou sobre a influência política do senador Fernando Collor, do PTB, na empresa e citou o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (13) pelos jornais Folha de São Paulo e O Globo. A TV Globo teve acesso ao documento. Nele, Rodrigo Janot afirma que, em troca de apoio à base governista no Congresso, Fernando Collor obteve do então presidente da República "ascendência" sobre a BR Distribuidora. As investigações mostram que Collor indicou os nomes para as diretorias de rede de postos de serviços e de operações e logística. A contrapartida: favorecer empresas apontadas por Collor e por seu operador particular, Pedro Paulo Leoni Ramos, ex-ministro do governo Collor. Na denúncia, Janot usou parte do depoimento de dois delatores da Lava Jato, o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, e o operador Fernando Baiano. Os dois citaram o ex-presidente Lula como responsável pela indicação de Cerveró para a BR Distribuidora. Segundo Cerveró, teria sido um gesto de gratidão por ele ter viabilizado a contratação da empresa Schahin como operadora da sonda vitória 10 mil, quando era diretor da área internacional da Petrobras. A contratação, afirmou Cerveró, tinha como objetivo quitar um empréstimo do PT perante o Banco Schahin. Na delação Baiano também disse que Cerveró foi indicado para diretoria internacional por causa do contrato com a Schahin. E que subentendeu ser uma retribuição que teria sido tratada com o presidente Lula. Na denúncia, Janot disse que Nestor Cerveró foi politicamente indicado para o cargo por intervenção direta da Presidência da República".
Em nome da pretensa objetividade jornalística (que finge ouvir o outro lado), a Globo veiculou as desculpinhas de todos que conseguiu contactar: "O Instituto Lula reafirmou que o ex-presidente não tem relação com os fatos descritos pelo procurador, tanto assim que não é parte desta ação penal. Lula já esclareceu, em depoimento à Polícia Federal, que nunca teve relação pessoal com Nestor Cerveró, muito menos gratidão, e que desconhece supostos benefícios que estão sendo investigados. Lula disse que sempre atuou dentro da lei. O senador Fernando Collor disse que não é acusado na denúncia, não é parte do processo, e que não vai comentar o que chamou de especulações de Rodrigo Janot. O PMDB afirmou jamais ter tido qualquer operador e que o próprio Fernando Baiano negou ter operado para o partido. O deputado Vander Loubet afirmou que só vai se manifestar depois de ter acesso à denúncia. A BR Distribuidora, o Partido dos Trabalhadores e Pedro Paulo Leoni Ramos não quiseram comentar".
Terminado todo o papo furado, vamos aos fatos e objetivos que o Grupo Globo (em indesculpável desconhecimento) preferiu "omitir", sem questionar, na marretada que deu no decadente $talinácio: 1) Por que Luiz Inácio Lula da Silva não pode ser investigado como uma pessoa qualquer?; 2) Por que o Procurador Geral Janot arquivou uma ação movida por um investidor da Petrobras que relatava toda a safadeza que o governo federal armou, desde a gestão presidencial de Lula, com Dilma Rousseff na presidência do Conselho de Administração da Petrobras, fechando o capital da Br Distribuidora, para encobrir falcatruas e impedir fiscalizações externas?; 3) Por que o caso Rosemery (lembram dela?) corre em segredinho de Justiça? 
Quando as duas perguntinhas forem respondidas, de forma clara e republicana, o Brasil vai, realmente, começar a ser passado a limpo ou lavado a jato de verdade. Por enquanto, um certo rigor seletivo tem encoberto muitos crimes, vários bandidos e, principalmente, o poderoso chefão da organização criminosa (que, se não for o Pai da novela "A Regra do Jogo", deve ser o avô dele).
Até agora, só ficou evidente que Collor e Lula podem ser "Presidentes Gêmeos"... Derrotado por ambos na eleição de 1989, o eterno Leonel de Moura Brizola, recém-promovido a "Herói Nacional" pela Dilma, deve estar rolando em seu túmulo...
(...)

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