1ª EDIÇÃO DE HOJE DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO ESTADÃO
Carlos Habib Chater
PF cumpre 90 mandados por diamantes da Lava Jato
POR ANDREZA MATAIS, DE BRASÍLIA E MATEUS COUTINHO 08/12/2015, 08h39
Operação combate esquema de comercio e exploração ilegal de pedras preciosas em reserva indígena em Rondônia; investigação teve início a partir do rastreamento das atividades do doleiro Carlos Habib Chater, preso na Lava Jato
Foto: Divulgação
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 8, a operação Crátons, desmembramento da Lava Jato para combater a extração e comercialização ilegal de diamantes em terras dos índios cinta-larga, em Rondônia. Cerca de 220 policiais federais cumprem 90 mandados, sendo 11 de prisão preventiva, 41 de busca e apreensão, 35 de condução coercitiva, além de três intimações para depor. Os mandados estão sendo cumpridos no Distrito Federal, Rondônia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso e Pará.
A investigação é conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal em Rondônia, a partir de informações sobre a atuação do doleiro Carlos Habib Chater, preso no começo da Lava Jato em março de 2014.
As investigações, segundo a Polícia Federal, revelaram a existência de uma organização criminosa formada por empresários, comerciantes, garimpeiros, advogados e até indígenas acusados de financiar, gerir e promover a exploração de diamantes no chamado “Garimpo Lage”, localizado na reserva indígena Parque do Aripuanã, dos índios cinta larga. A PF também identificou a participação de uma cooperativa e uma associação indígena na extração ilegal das pedras preciosas. A Justiça Federal determinou o sequestro de um imóvel e de dinheiro encontrado nas contas de investigados para ressarcir os danos ambientais.
Os investigados vão responder pelos crimes de exploração ilegal de recursos naturais, dano a unidade de conservação, usurpação de bem da União, receptação, organização criminosa, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Posto da Torre 
Um dos alvos é o escritório Raul Canal & Advogados Associados, com sede em Brasília e representação em vários Estados. As investigações têm relação com os negócios do doleiro Carlos Habib Chater, o primeiro preso pela Lava Jato, em março de 2014, quando a Polícia Federal investigava uma rede de lavagem de dinheiro.
O doleiro era o dono do Posto da Torre, em Brasília, que era utilizado para lavagem de dinheiro e deu origem ao nome da operação Lava Jato. Além dele, os doleiros Alberto Youssef, Nelma Kodama e Raul Henrique Srour, todos presos posteriormente na Lava Jato, estabeleceram uma rede de lavagem de dinheiro que, no decorrer das investigações, descobriu-se que era utilizada para operacionalizar o pagamento de propinas a agentes públicos e políticos envolvendo contratos da Petrobrás.
Em 2013, Chater teve suas conversas telefônicas interceptadas pela Polícia Federal, quando surgiram indícios de que operava remessas de recursos para o exterior por meio da operação conhecida por dólar-cabo. Ele teria movimentado R$ 124 milhões. Segundo um gerente do Posto da Torre contou à PF, em depoimento no início da Lava Jato, políticos recebiam dinheiro em espécie no local.
Um laudo da Polícia Federal apontou que o posto movimentou R$ 10,8 milhões entre 2007 e 2014 por meio de 375 contas bancárias ainda sob investigação. Em setembro deste ano, o Tribunal Regional Federal da 4ªRegião manteve a condenação de Chater a cinco anos e cinco meses de prisão por lavagem de dinheiro, evasão de divisas e tráfico de drogas determinada em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
08 DE DEZEMBRO DE 2015
Um dos crimes graves apontados na denúncia do impeachment contra a presidente Dilma revela que ela autorizou gastos superiores a R$ 18,4 bilhões por meio de decretos ilegais, sem numeração, para dificultar a atuação de órgãos fiscalizadores. Essa prática, segundo a denúncia elaborada por três dos mais admirados juristas brasileiros, constitui crime contra a Lei Orçamentária (art. 10 da lei 1.070, de 1950).
Os decretos ilegais de Dilma são uma das provas mais contundentes dos crimes que dão substância ao pedido de impeachment em curso.
Dilma se utilizou dos decretos ilegais em 2014 e, segundo os auditores do Tribunal de Contas da União, reincidiu no crime em 2015.
Os decretos de Dilma criaram “excesso de arrecadação”, artificial, para simular superávit e escapar do rigor da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Os decretos foram publicados quando a Lei Orçamentária de 2015 já havia sido proposta. Segundo a denúncia, isso prova o dolo de Dilma.
O governo perdeu de goleada, nas redes sociais, nos primeiros dois dias após o anúncio do impeachment. Post favoráveis à destituição da presidente somaram 515.200 compartilhamentos, contra 112.450 de petistas, incluindo Dilma e Lula. Com 25.500 compartilhamentos, os post de Dilma perderam para o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), com 271.400. Os de Lula (8.700) repercutiram 11 vezes menos que os 96.400 do apresentador Danilo Gentilli, do SBT, pró-impeachment.
A repercussão dos post de Jean Willys (PSOL-RJ) contra impeachment foi menos da metade de Jair Bolsonaro (PP-RJ): 53.500 x 118.100.
Os post de um senador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), superam os de Lula em repercussão: 10.500 x 8.700 compartilhamentos.
São modestos os 4.100 compartilhamentos dos post do PSDB (o PT registra 12.500), mostrando que o impeachment não é coisa de tucano.
Onde aparece, o vice Michel Temer tem sido saudado de “presidente”. Ele pode até não pretender isso, mas a cada dia que passa chega à conclusão de que não é coisa de assessor querendo agradar.
Um ex-ministro filiado ao PMDB, muito ligado ao vice-presidente, avisa que agora não adianta mais bajular Michel Temer, depois de Dilma tratá-lo com desconfiança e grosserias durante anos.
José Eduardo Cardozo (Justiça) foi o único a perceber a mancada do jurista petista que, diante de Dilma, atacou o Congresso que vai julgá-la. Cardozo devorou quase todas unhas enquanto o jurista discursava.
Eduardo Cunha já enfrentava seu drama político quando a mulher, jornalista Cláudia Cruz, sofreu um sério acidente doméstico que lhe dilacerou um dedo do pé. Mas ela se recupera bem, até já caminha.
O garotão Leonardo Picciani (RJ), líder do PMDB, pode se dar mal por desafiar Eduardo Cunha. Empolgou-se com os tapinhas nas costas de Dilma, engoliu corda e enfrentou seu inventor. Pode virar ex-líder.
Segundo o Instituto Paraná Pesquisas, 82,8% dos pernambucanos rejeitam Dilma e 58,6% querem seu impeachment. Mas 26% votariam em Lula para presidente, seguido do tucano Aécio Neves (24,8%) e de Marina Silva (21,6%). Foram 1.350 entrevistas em 56 municípios.
O deputado Marcelo Aro (PHS-MG) foi expulso do grupo de articulação política. O ministro Ricardo Berzoini (Governo), não gostou de vê-lo de papagaio de pirata de Eduardo Cunha, no anúncio do impeachment.
São frequentes as queixas de pais, em São Paulo, contra sindicatos de professores e de outros categorias alheias à educação, que impediriam seus filhos de voltarem às aulas. A ideia dessas entidades, ligadas ao PT, é prolongar os protestos para “segurar” os atos pró-impeachment.
Era um tucano infiltrado o jurista petista que, ao discursar contra o impeachment, atacou o Congresso que poderá destituir Dilma?

NO DIÁRIO DO PODER
CRISE POLÍTICA
EM CARTA, MICHEL TEMER DEIXA CLARO SEU AFASTAMENTO DE DILMA
EM CARTA, ELE DEIXA CLARO QUE AFASTAMENTO É CAMINHO SEM VOLTA
Publicado: 07 de dezembro de 2015 às 23:48 - Atualizado às 00:51
O vice-presidente Michel Temer enviou a presidente Dilma Rousseff uma dura carta-desabafo, em que reclama do papel meramente decorativo que lhe foi imposto no governo, rejeita a cobrança para tornar pública sua lealdade e enumera as desfeitas de que foi vítima. 
A carta de Michel Temer deixa pouco espaço para o entendimento com a presidente e, na prática, representa um rompimento com Dilma. Ou no mínimo um afastamento sem volta. Na hipótese de o impeachment não passar, dificilmente haverá clima de convivência entre eles até o final do mandato.
Eis a íntegra da carta:
"Senhora Presidente,
'Verba volant, scripta manent'.
Por isso lhe escrevo. Muito a propósito do intenso noticiário destes últimos dias e de tudo que me chega aos ouvidos das conversas no Palácio. Esta é uma carta pessoal. É um desabafo que já deveria ter feito há muito tempo.
Desde logo lhe digo que não é preciso alardear publicamente a necessidade da minha lealdade. Tenho-a revelado ao longo destes cinco anos. Lealdade institucional pautada pelo art. 79 da Constituição Federal. Sei quais são as funções do Vice. À minha natural discrição conectei aquela derivada daquele dispositivo constitucional.
Entretanto, sempre tive ciência da absoluta desconfiança da senhora e do seu entorno em relação a mim e ao PMDB. Desconfiança incompatível com o que fizemos para manter o apoio pessoal e partidário ao seu governo. Basta ressaltar que na última convenção apenas 59,9% votaram pela aliança. E só o fizeram, ouso registrar, por que era eu o candidato à reeleição à Vice.
Tenho mantido a unidade do PMDB apoiando seu governo usando o prestígio político que tenho advindo da credibilidade e do respeito que granjeei no partido.
Isso tudo não gerou confiança em mim. Gera desconfiança e menosprezo do governo. Vamos aos fatos. Exemplifico alguns deles.
1. Passei os quatro primeiros anos de governo como vice decorativo. A Senhora sabe disso. Perdi todo protagonismo político que tivera no passado e que poderia ter sido usado pelo governo. Só era chamado para resolver as votações do PMDB e as crises políticas.
2. Jamais eu ou o PMDB fomos chamados para discutir formulações econômicas ou políticas do país; éramos meros acessórios, secundários, subsidiários.
3. A senhora, no segundo mandato, à última hora, não renovou o Ministério da Aviação Civil onde o Moreira Franco fez belíssimo trabalho elogiado durante a Copa do Mundo. Sabia que ele era uma indicação minha. Quis, portanto, desvalorizar-me. Cheguei a registrar este fato no dia seguinte, ao telefone.
4. No episódio Eliseu Padilha, mais recente, ele deixou o Ministério em razão de muitas "desfeitas", culminando com o que o governo fez a ele, Ministro, retirando sem nenhum aviso prévio, nome com perfil técnico que ele, Ministro da área, indicara para a ANAC. 
Alardeou-se a) que fora retaliação a mim; b) que ele saiu porque faz parte de uma suposta "conspiração".
5. Quando a senhora fez um apelo para que eu assumisse a coordenação política, no momento em que o governo estava muito desprestigiado, atendi e fizemos, eu e o Padilha, aprovar o ajuste fiscal. Tema difícil porque dizia respeito aos trabalhadores e aos empresários.
Não titubeamos. Estava em jogo o país. Quando se aprovou o ajuste, nada mais do que fazíamos tinha sequencia no governo. Os acordos assumidos no Parlamento não foram cumpridos. Realizamos mais de 60 reuniões de lideres e bancadas ao longo do tempo solicitando apoio com a nossa credibilidade. Fomos obrigados a deixar aquela coordenação.
6. De qualquer forma, sou Presidente do PMDB e a senhora resolveu ignorar-me chamando o líder Picciani e seu pai para fazer um acordo sem nenhuma comunicação ao seu Vice e Presidente do Partido. Os dois ministros, sabe a senhora, foram nomeados por ele. E a senhora não teve a menor preocupação em eliminar do governo o Deputado Edinho Araújo, deputado de São Paulo e a mim ligado.
7. Democrata que sou, converso, sim, senhora Presidente, com a oposição. Sempre o fiz, pelos 24 anos que passei no Parlamento. Aliás, a primeira medida provisória do ajuste foi aprovada graças aos 8 (oito) votos do DEM, 6 (seis) do PSB e 3 do PV, recordando que foi aprovado por apenas 22 votos. Sou criticado por isso, numa visão equivocada do nosso sistema. E não foi sem razão que em duas oportunidades ressaltei que deveríamos reunificar o país. O Palácio resolveu difundir e criticar.
8. Recordo, ainda, que a senhora, na posse, manteve reunião de duas horas com o Vice Presidente Joe Biden - com quem construí boa amizade - sem convidar-me o que gerou em seus assessores a pergunta: o que é que houve que numa reunião com o Vice Presidente dos Estados Unidos, o do Brasil não se faz presente? Antes, no episódio da "espionagem" americana, quando as conversar começaram a ser retomadas, a senhora mandava o Ministro da Justiça, para conversar com o Vice Presidente dos Estados Unidos. Tudo isso tem significado absoluta falta de confiança;
9. Mais recentemente, conversa nossa (das duas maiores autoridades do país) foi divulgada e de maneira inverídica sem nenhuma conexão com o teor da conversa.
10. Até o programa "Uma Ponte para o Futuro", aplaudido pela sociedade, cujas propostas poderiam ser utilizadas para recuperar a economia e resgatar a confiança foi tido como manobra desleal.
11. PMDB tem ciência de que o governo busca promover a sua divisão, o que já tentou no passado, sem sucesso. A senhora sabe que, como Presidente do PMDB, devo manter cauteloso silencio com o objetivo de procurar o que sempre fiz: a unidade partidária.
Passados estes momentos críticos, tenho certeza de que o País terá tranquilidade para crescer e consolidar as conquistas sociais. Finalmente, sei que a senhora não tem confiança em mim e no PMDB, hoje, e não terá amanhã.
Lamento, mas esta é a minha convicção.
Respeitosamente, 
Michel Temer
A Sua Excelência a Senhora
Doutora DILMA ROUSSEFF
DO. Presidente da República do Brasil
Palácio do Planalto
Brasília, D.F."

CONFIANÇA, O PRODUTO MAIS EM FALTA
Carlos Chagas
Na questão do impeachment, não há terceira via nem jeitinho: ou Dilma consegue 173 votos de deputados, mínimo para mantê-la no poder, ou Michel assume.
Na primeira hipótese, Madame precisará reformular suas diretrizes de governo e mudar o ministério, sabendo não poder contar com os grupos do PMDB e de outros partidos que terão votado contra ela, mesmo os hesitantes da base oficial. Caso a votação aconteça em fevereiro, melhor para a presidente, abrindo-se a oportunidade de inaugurar uma nova fase e tentar superar a crise econômica. Não vai dar para sugerir a união nacional. Precisará apoiar-se nas próprias forças, com o PT à frente.
No reverso da medalha, se tiver sido afastada pela maioria da Câmara e, depois, condenada pelo Senado, presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, a presidente sairá da História. Caberá ao vice Miguel Temer recompor os cacos da louça quebrada, aí sim apelando para a união nacional. Mesmo os deputados que terão se pronunciado pela permanência de Dilma serão chamados a participar de um ministério chamado de “coração de mãe”, onde sempre caberá mais um. Prevê-se que o então novo presidente apele para a formação de um programa de governo capaz de reunir o mínimo de opiniões convergentes, missão difícil mas não impossível. Com certeza o PT ficará de fora, sob a liderança do Lula, já que Dilma terá mergulhado no esquecimento. Michel, no palácio do Planalto, não contará com a simpatia da população, mas, ao menos, receberá uma espécie de moratória positiva, de alguns meses onde ficará sendo observado. Quebrará a cara, se limitar-se às diretrizes do documento divulgado dias atrás pelo PMDB, a tal “ponte para o futuro”. Para governar, necessitará muito mais do que pedir sacrifícios à Nação. No caso, de algum antídoto contra o desemprego, os impostos e a alta do custo de vida.
Os dias ou semanas que precedem a votação do impeachment serão tensos e marcados pelo acirramento dos ânimos. Dilma e o PT contam em receber mais do que os 172 votos de deputados em favor de sua permanência, mas, se brincarem em serviço, arriscam-se a ser postos para fora. A opinião pública não confia no partido nem na presidente, como também olha de viés para o atual vice-presidente. O produto mais em falta nas prateleiras do país chama-se “confiança”, que Michel reconheceu não dispor, seja da parte de Dilma, seja do cidadão comum.
Em suma, melhor seria que tudo se resolvesse ainda este ano, ou no máximo nos primeiros dias de janeiro, mas imaginar Suas Excelências abrindo mão das férias, só por milagre.

NO BLOG DO CORONEL
SEGUNDA-FEIRA, 7 DE DEZEMBRO DE 2015 ÀS 19:33:00
Informações obtidas no âmbito da Operação Lava Jato foram encaminhadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e juntadas à ação de investigação da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff. A Corte eleitoral recebeu documentos da 13ª Vara...

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
07/12/2015 às 23:47 \ Opinião
REYNALDO ROCHA
“Menino, não mexe com quem está quieto”. É um dos conselhos de avós que um dia todos escutamos. Dilma e seus assessores desastrados avaliaram que o melhor a fazer era mexer com Michel Temer. Que estava quieto como vice-presidente, cargo que se notabiliza não por ter poder, mas pela expectativa do poder. Vice só entra em campo se o titular está machucado. Ou tomou cartão vermelho.

07/12/2015 às 19:32 \ Direto ao Ponto
A oposição venezuelana não foi derrotada pelo chavismo, constatou um post aqui publicado em abril de 2013. Perdeu a eleição para a coação brutal, para a fraude escancarada ─ e ainda assim por uma diferença vexatória para os vigaristas no poder. Os 49,07% do total de votos atribuídos a Henrique Capriles informaram que a vitória formal de Nicolás Maduro só havia prorrogado a sobrevida da ditadura envergonhada instituída por Hugo Chávez a partir de 1999. O bolivarianismo era apenas um cadáver adiado.
Passados menos de três anos, o resultado das eleições parlamentares promovidas neste domingo, 06 decretou o início do velório. Prisões e assassinatos de oposicionistas, cassações de mandatos, a utilização obscena da máquina de propaganda oficial, a transformação do leviatã estatal num onipresente e onipotente pai-patrão, a ativação da fábrica federal de infâmias, a compra de gratidão com dinheiro do petróleo ─ nada disso impediu o fiasco monumental. A oposição vai assumir em janeiro o controle do Congresso. A chegada ao comando do Executivo é questão de tempo.
Em 2013, Lula voltou a atropelar fronteiras geopolíticas e regras diplomáticas elementares para virar cabo eleitoral do herdeiro de Chávez. “Não quero interferir nos assuntos internos da Venezuela”, prometeu o palanque ambulante numa mensagem gravada em vídeo. Em seguida, fez exatamente o contrário: “Uma frase resume tudo que sinto: Maduro presidente é a Venezuela que Hugo Chávez sonhou”. Se país nenhum merece ser dirigido por gente assim, as proezas da trinca atestam que essa gente decididamente se merece.
No campo da morbidez, por exemplo, Chávez inventou o governo do Além, Maduro inventou o ofício de zelador de cadáver bom de voto e Lula, para instalar um poste no Planalto, transformou até câncer em instrumento de caça ao voto. Brincar com a morte é perigoso. O primeiro, hoje visita o sucessor em forma de passarinho. O segundo desgoverna um país sem papel higiênico. O terceiro faz o diabo para impedir que a afilhada seja despejada do Planalto três anos antes do que imaginava. Os três serão lembrados como evidências de que, no começo do século 21, boa parte da América do Sul perdeu o juízo.
A direção dos ventos foi enfim invertida. Depois da Argentina, a Venezuela recuperou a sensatez perdida. Lula perdeu mais uma antes da derrota final: o próximo a abandonar o clube dos populistas cafajestes é o Brasil.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
GERAL08-12-2015 ÀS 8:37
GERAL8:04
GERAL7:01
GERAL5:12
GERAL2:12
GERAL1:03
GERAL0:57

NO O ANTAGONISTA
Brasil 08.12.15 09:13 Comentários (0)
A PF deflagrou nesta terça-feira uma operação "filhote da Lava Jato", disse o Estadão.
Um dos alvos é o escritório Raul Canal & Advogados Associados. Ainda não há detalhes da operação, apenas que tem relação com o início das investigações da Lava Jato e com negócios do doleiro Carlos Habib Charter.
Brasil 08.12.15 08:48 Comentários (16)
A Época disse que um dos juristas convocados ontem à tarde para defender Dilma Rousseff do pedido de impeachment, Marthius Lobato, é amigo de Delúbio Soares e de José Dirceu...
Brasil 08.12.15 08:28 Comentários (20)
O rompimento entre Michel Temer e Dilma Rousseff acabou deixando em segundo plano uma notícia igualmente importante: Sergio Moro autorizou o compartilhamento de informações da Lava Jato com o TSE.
Se Dilma Rousseff conseguir sobreviver ao impeachment, portanto, ela será cassada...
Brasil 08.12.15 08:12 Comentários (31)
Michel Temer disse a Gerson Camarotti que estava “estarrecido com o vazamento" de sua carta a Dilma Rousseff.
O vazamento é mais importante do que a própria carta, porque prova a deslealdade de Dilma Rousseff e impede qualquer tentativa de acordo entre os dois.
Brasil 08.12.15 08:06 Comentários (17)
Além da nota de Michel Temer, Jorge Bastos Moreno publicou também que Nelson Jobim “interrompeu seu descanso numa fazenda e já está em São Paulo. Ultimamente, ele está muito ligado a Temer”.
Traduzindo: Lula vai derrubar Dilma.
Brasil 08.12.15 07:39 Comentários (20)
A coluna Radar, da Veja, publicou que ontem, à meia noite, Dilma Rousseff “enviou Luís Inácio Adams como emissário de uma missão de paz” com Michel Temer...
Brasil 08.12.15 07:21 Comentários (27)
A nota que Michel Temer enviou a Jorge Bastos Moreno é muito mais explosiva do que a carta que ele enviou a Dilma Rousseff.
A partir de hoje, Michel Temer se apresenta claramente como uma alternativa de poder – a única alternativa de poder...
Brasil 08.12.15 06:49 Comentários (71)
Michel Temer, em sua nota a Jorge Bastos Moreno, não se limitou a acusar Dilma Rousseff de deslealdade, por ter vazado uma carta confidencial.
Ele também entrou no debate sobre o impeachment e, ao contrário do que disseram os esbirros convocados ontem à tarde pelos advogados do PT, defendeu a legitimidade do processo...
Brasil 08.12.15 06:48 Comentários (37)
Michel Temer, ontem à noite, disse a Jorge Bastos Moreno, de O Globo, que Dilma Rousseff vazou deslealmente sua carta à imprensa.
Ele foi extremamente duro:
“Escrevi uma carta confidencial e pessoal à presidente da República. Tive o cuidado de mandar pessoalmente a minha chefe de gabinete entregá-la. Mais uma vez avaliei mal...
Brasil 08.12.15 06:36 Comentários (22)
A segunda-feira foi instrutiva para o Brasil.
Deu para fazer um paralelo entre Dilma Rousseff e Michel Temer...
Brasil 08.12.15 06:29 Comentários (34)
A coluna Painel, da Folha de S. Paulo, disse:
“Dilma Rousseff parece ter caído numa armadilha. Ao invés de seguir brigando com Eduardo Cunha, um oponente até aqui fácil de golpear, a petista acabou no ringue com Michel Temer...
Brasil 08.12.15 06:26 Comentários (37)
Aumentaram em 300% as chances de Geraldo Alckmin se suicidar politicamente para salvar Dilma Rousseff.
Foi mais ou menos o que disse Monica Bergamo...
Brasil 08.12.15 01:23 Comentários (16)
O Antagonista conversou com o alto tucanato, que garante ter sido pego de surpresa pela carta de Michel Temer a Dilma Rousseff. "É um fato inusitado na política brasileira, ainda mais quando se leva em conta a personalidade do Michel", disse um dos caciques do PSDB...
Brasil 08.12.15 00:29 Comentários (6)
A carta de Michel Temer a Dilma Rousseff contém uma mensagem bíblica aos peemedebistas: quem não é comigo, é contra mim.
É um chamamento à unidade feito pelo homem que preside o PMDB há mais de uma década.
Brasil 08.12.15 00:23 Comentários (6)
Na Cúria Romana, os mandamentos são os seguintes:
a) Não pense;
b) Se pensar, não fale;
c) Se falar, não escreva;
d) Se escrever, não assine;
e) Se assinar, não se arrependa
Michel Temer escreveu e assinou.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Terça-feira, 8 de dezembro de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Mais previsível que o fato de Michel Temer chutar o balde em cima da Dilma Rousseff, rompendo politicamente com quem nunca teve uma boa relação pessoal e política, é a guerra que os petistas irão declarar contra ele. Todo mundo sabia que Temer estava armando por trás, inclusive conchavando com os tucanos, para a eventual e desejada ocupação do lugar de Dilma, assim que ela cair da Presidência. A dura cartinha escrita por ele, que o 'Palhasso' do Planalto vazou maldosamente, é apenas o começo de um confronto que promete ser sangrento.
"As palavras voam, mas o escrito fica". Esta frase de inspiração maçônica que abre a cartinha natalina de Temer para Dilma foi o recado de que o vice queria deixar bem documentado o seu rompimento político. Depois, o fingimento de lamentar seu vazamento (em plena Era espetaculosa das Redes Sociais), é apenas parte da encenação da guerra: "Escrevi uma carta confidencial e pessoal à presidente da República. Tive o cuidado de mandar pessoalmente a minha chefe de gabinete entregá-la. Mais uma vez avaliei mal. Desembarquei em Brasília agora à noite e me surpreendi com o fato gravíssimo de o palácio ter divulgado uma carta confidencial. Eu já tinha me decepcionado quando os ministros Edinho Silva (Comunicação Social) e Jaques Wagner (Casa Civil) divulgaram versões equivocadas do meu último encontro com a presidente, me deixando mal jurídica e politicamente".
Temer e seu grupo, com apoio da cúpula dos tucanos, conspira a favor do impeachment - que tem toda base jurídica, embora o 'Palhasso' do Planalto tenha armado um cirquinho de juristas para defenderem o contrário. O PMDB, se quiser, tem todo peso para derrubar Dilma. Politicamente, a Presidenta não tem mais salvação. Sua impopularidade não tem reversão. O problema é que tirá-la tem tudo até para ser pior ainda. Trocar Dilma pelo mesmo desgoverno que está aí, com a permanente parceria do mesmo PMDB que fundou a Nova República e afundou o Brasil, é dar sequência ao mesmo modelo e estrutura estatal capimunista - que não muda.
A Petelândia vem para cima de Michel Temer. Dossiês contra ele (verdadeiros ou falsos) vão vazar na mídia amestrada. O maior ódio dos petistas é que Temer age em conjunto com o senador tucano José Serra e com o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso. Ontem se comentava entre lobistas que a carta que reclama de "desconfiança e menosprezo" de Temer a Dilma fora escrita a várias mãos com tucanos, tendo redação final do próprio Temer e de seu amigo, o psicanalista Jacob Goldberg.
A carta pode ser lida abaixo. O vice decorativo agora quer tomar o lugar da Dilma. Se vai conseguir, vai depender do que a Petelândia promete fazer de maldades... O mais engraçado é que a assessoria dele ainda insiste que ele não declarou rompimento com Dilma e seu desgoverno...
A guerra de todos contra todos está apenas começando... 
(...)

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