LEIA HOJE NA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
08 DE OUTUBRO DE 2015
Além das “pedaladas fiscais”, que configuram crime financeiro, as contas da presidente Dilma Rousseff revelaram, entre vários absurdos, a abertura de créditos suplementares por meio de decreto. Esse tipo de providência somente pode ser adotada com prévia aprovação do Congresso Nacional. O decreto deixa Dilma vulnerável à acusação de crime de responsabilidade por usurpar prerrogativas do Legislativo.
O decreto abrindo crédito suplementar também configura ofensa à Constituição, à legislação ordinária e à independência dos Poderes.
Além das “pedaladas”, operações de crédito, dívidas não autorizadas, omissão de despesas, etc podem inspirar pedidos de impeachment.
“Ela cai hoje”, afirmou ontem um conhecido jurista, antes do julgamento do TCU, perplexo com as barbaridades nas contas de Dilma.
O trabalho dedicado de 14 auditores do TCU apurou que o governo Dilma gastou como quis, sem amparo legal, mais de R$ 106 bilhões.
Dilma chegou bem disposta à abertura do Congresso da Abert, terça (6) à noite em Brasília, mas o sorriso sumiu quando, já no palco, um assessor se aproximou e contou ao seu ouvido que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia sacramentado a decisão de investigar a denúncia de dinheiro roubado da Petrobras em sua campanha. Ela desabou: empalideceu, abaixou a cabeça, fechou a cara e ficou meio aérea.
Chamada a discursar no evento da Abert, ainda desnorteada, Dilma fez discurso em que não disse coisa com coisa. Depois, bateu em retirada.
Como presidente, Dias Toffoli só precisava votar para desempatar, mas, na sessão de terça, fez questão de votar favorável à investigação.
Assessores dizem que Dilma “não aceita” o comportamento do ministro Dias Toffoli. É que o presidente do TSE anos atrás foi advogado do PT.
Dilma entrou esta semana em uma espiral descendente, imparável, que chegou a provocar pânico no Planalto e fez retornar a discussão sobre quanto tempo a presidente conseguirá permanecer no cargo.
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, precisou de apenas 8 páginas para reduzir a pó mais de 1.000 páginas do pedido da AGU para suspender o julgamento das contas do governo Dilma, no TCU.
Na derrota acachapante do governo, com a rejeição das contas de Dilma, destacaram-se as intervenções enfáticas e desassombradas dos ministros Bruno Dantas e Vital do Rêgo, recém-chegados ao TCU.
Chamou a atenção da Lava Jato a negociação de venda dos poços de petróleo, na África, do banco BTG, de André Esteves, para a petroleira nigeriana Oando. É que está lá um dos novos pontos de atenção do grupo de investigação, a partir dos depoimentos de colaboradores.
“Sou motorista”. Assim deputados ironizaram ontem o deputado Takayama (PSC-PR) que tomou um corretivo de Marcão, motorista gente boa do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), que reagiu à agressão do parlamentar. Delcídio agiu bem, defendendo o funcionário.
O líder do PMDB, Leonardo Picciani, diz que até tentou emplacar o deputado Manoel Júnior (PB) ministro da Saúde, incluindo seu nome em uma lista de sugestões, mas a escolha foi de Dilma. Dias antes, Manoel Júnior havia defendido a renúncia imediata da presidente.
O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) perdeu a linha, ontem, com a passagem da cantora/dançarina Valesca Popozuda na Câmara. Afirmou-se disposto até a se divorciar só para ganhar um abraço dela.
Faz 38 anos, nesta quinta (8), que Ernesto “Che” Guevara foi preso na aldeia boliviana de La Higuera. Seria assassinado em 9 de outubro de 1967. Deixou a frase famosa, usada hoje até em comerciais de perfumaria: “Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás”.
Pergunta que não sai da cabeça de quem frequenta a Praça dos Três Poderes: quem cai primeiro, Dilma ou o Vasco?

NO O ANTAGONISTA
Brasil 08.10.15 06:32 Comentários (8)
O operador do PMDB, João Augusto Henriques, preso pela Lava Jato, disse que depositou dinheiro na conta de Eduardo Cunha a pedido de um certo Felipe Diniz, não como propina, e sim como pagamento de comissão por um negócio fechado em Benim.
Mentira...
Brasil 08.10.15 06:07 Comentários (25)
Eduardo Cunha tem 2,4 milhões de dólares no banco Julius Baer.
Segundo a Folha de S. Paulo, os dados foram passados pelo próprio banco às autoridades suíças...
Brasil 07.10.15 22:43 Comentários (12)
Luis Inácio Adams disse no julgamento de hoje que é "artificioso achar que as pedaladas são uma violação da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Lei de Diretrizes Orçamentárias"...
Brasil 07.10.15 22:28 Comentários (20)
Dilma poderia ter poupado Luis Inácio Adams de todo o ridículo jurídico que experimentou hoje publicamente. Ou melhor, Adams poderia ter se poupado de tamanha cena e pedido demissão semanas atrás...
Brasil 07.10.15 22:23 Comentários (40)
Movimentos de rua comemoraram a decisão do TCU.
Brasil 07.10.15 22:05 Comentários (35)
No seu parecer, Augusto Nardes mostrou que o governo deixou de contabilizar um passivo de 2,3 trilhões de reais na Previdência.
O governo de Dilma Rousseff é de uma sem-vergonhice astronômica.
Economia 07.10.15 21:42
Os brasileiros estão menos propensos a comprar qualquer coisa. É o que mostra a pesquisa de intenção de consumo das famílias, feita pela FecomercioSP. Em setembro, o indicador recuou 36% sobre o mesmo mês de 2014. As razões para a cautela são mais do que óbvias: quem faz dívidas, se não sabe se continuará tendo emprego, ou se o salário continuará mantendo seu nível de vida? Mas há quem demore para perceber a gravidade da crise. A presidente, por exemplo.
Economia 07.10.15 21:30
A esperança é a última que morre, inclusive entre os investidores. Nos últimos tempos, há um otimismo renovado com a Petrobras, expressa na disparada de 21% no preço de suas ações ordinárias e de 16% nas preferenciais nos últimos 5 dias. O problema é que se trata apenas de miopia do mercado, segundo os analistas mais cautelosos. A consultoria australiana Macquarie, em boletim aos clientes obtido com exclusividade por O Financista, afirma que o corte de investimentos e gastos é “pequeno” diante dos problemas financeiros. Sua solução ainda depende, sobretudo, da venda de ativos. E quem vai comprar?
Brasil 07.10.15 21:24 Comentários (16)
O presidente do DEM, senador José Agripino, responderá ao inquérito 4.141 no Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão, de hoje, é do ministro Luís Roberto Barroso. O pedido de abertura de investigação baseou-se em dados obtidos no escopo da Operação Lava Jato...
Brasil 07.10.15 21:17 Comentários (34)
Um dos momentos altos da sessão de hoje no TCU foi a fala do ministro-substituto André Luiz de Carvalho, sobre a entrevista coletiva de Luís Inácio Adams, José Eduardo Cardozo e Nelson Barbosa, no domingo...
Brasil 07.10.15 20:45 Comentários (115)
Sim, o governo ainda cogita recorrer ao STF, embora o parecer do TCU seja absolutamente técnico. Sim, Renan Calheiros não tem prazo para encaminhar o parecer ao Congresso. Sim, os políticos são uma corja. Mas...
Brasil 07.10.15 20:40 Comentários (44)
Júlio Marcelo de Oliveira falou ao Antagonista:
"A mensagem do TCU é clara: todos estão sujeitos às sanções legais e as mais altas autoridades devem ser as primeiras a dar exemplo de reverência às leis e à responsabilidade fiscal. A decisão de hoje consagra um trabalho bem feito do Ministério Público de Contas, dos auditores do TCU e de seus ministros."
Brasil 07.10.15 20:11 Comentários (231)
Júlio Marcelo de Oliveira, procurador de contas junto ao Tribunal de Contas da União, foi o descobridor das pedaladas fiscais. Coube a ele, principalmente, levar adiante, com perseverança e coragem, o processo que culminou com a rejeição das contas de Dilma Rousseff pelo TCU.
O Antagonista cumprimenta Júlio Marcelo de Oliveira e a sua brava equipe.
O TCU tem o seu Sergio Moro

NO DIÁRIO DO PODER
DILMA AGORA É INELEGÍVEL
TCU REJEITA CONTAS DO GOVERNO DILMA EM 2014
TRIBUNAL CONFIRMA 'PEDALADAS FISCAIS' E IMPEACHMENT GANHA FORÇA
Publicado: 07 de outubro de 2015 às 19:56 - Atualizado às 01:32
Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) rejeitaram, por unanimidade, as contas do governo da presidente Dilma Rosseff em 2014. Todos os magistrados, incluindo os que foram nomeados por Dilma, acompanharam o voto do relator, Augusto Nardes, que comprovou a prática das 'pedaladas fiscais', além da concessão de crédito suplementar por meio de decreto, em clara violação à Lei de Responsabilidade Fiscal.
A decisão do TCU recomenda ao Congresso Nacional a rejeição das contas do governo Dilma Rousseff de 2014. Todos os sete membros da Corte com direito a voto acompanharam o parecer do relator Augusto Nardes, que considerou irregulares as chamadas "pedaladas fiscais", entre outras práticas.
As "pedaladas", que é um dos crimes apontados pelo TCU, consistem nos atrasos propositais do Tesouro Nacional no repasse de recursos aos bancos públicos, que foram forçados a usar dinheiro próprio para continuar pagando em dia programas sociais obrigatórios. O TCU entende que ao fazer isso, os bancos públicos financiaram seu controlador, o governo federal, o que é crime previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Se o Congresso adotar a recomendação do TCU, a oposição deve usar esse fato para pedir a abertura de um processo de impeachment contra Dilma Rousseff. A oposição e parte rebelada da base aliada espera o parecer pela rejeição das contas pelo TCU para iniciar, no Congresso, o processo formal de impedimento da presidente. Além disso, o próprio parecer da Corte de Contas tem, como consequência imediata, a inelegibilidade de Dilma.

LAVA JATO
JUSTIÇA NEGA HABEAS CORPUS E MANTÉM ODEBRECHT NA PRISÃO
ESSE FOI O SEGUNDO PEDIDO DE LIBERDADE NEGADO PARA ODEBRECHT
Publicado: 07 de outubro de 2015 às 19:00
A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) julgou nesta quarta-feira, 7, o mérito do segundo habeas corpus impetrado pela defesa do presidente da maior empreiteira do País, Marcelo Bahia Odebrecht, e manteve a ordem de prisão preventiva do empresário. Marcelo Odebrecht foi preso dia 19 de junho, durante a Operação Erga Omnes, 14ª fase da Lava Jato.
O primeiro habeas julgado pela 8ª Turma foi considerado prejudicado 'por perda do objeto' devido a novo decreto de prisão preventiva expedido pelo juiz federal Sérgio Moro no dia 7 de julho tendo por base novas provas acrescentadas pela investigação.
A defesa precisou impetrar novo habeas corpus, julgado nesta tarde, contestando os fatos apontados no segundo decreto prisional. Segundo a defesa, teria sido uma manobra de Moro para manter o empreiteiro preso. Os advogados de Odebrecht alegam que 'os fundamentos são insubsistentes e que a libertação do empresário não traria risco à ordem pública ou à instrução criminal'.
O desembargador federal João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato no TRF4, afirmou que a tentativa da defesa de classificar o segundo decreto prisional como artifício para impedir a liberdade de Marcelo carece de razoabilidade. O magistrado ressaltou que foi necessária a segunda decretação que incluísse os fatos novos apurados pela força-tarefa da Lava Jato, 'tornando possível ao preso apresentar sua defesa na totalidade'.
Após o primeiro decreto de prisão, foram agregados aos autos relatórios de movimentação bancária de contas no exterior, de quebras de sigilo telefônico, de dados da agenda telefônica do empresário, além do termo de delação premiadas de Dalton Avancini, que incluía a Eletronuclear no esquema de fraudes em licitações.
Gebran frisou que o presidente da Odebrecht aparece muito próximo aos fatos e que foram identificadas anotações suas com instruções aos executivos da empresa, Rogério Santos de Araújo e Márcio Faria da Silva, também presos, no sentido de eliminar provas e dificultar sua obtenção.
Para o magistrado, a tentativa de interferir na instrução processual justifica a prisão cautelar. "Embora sejam muitos os envolvidos, alguns soltos e outros presos, a cessação das atividades ilícitas somente ocorrerá com a segregação dos principais atores. O papel de proeminência dentro do grupo criminoso tem sido um dos critérios adotados pelo juiz de primeiro grau, o qual merece ser privilegiado por esta corte regional", afirmou Gebran em liminar anteriormente proferida, entendimento validado hoje pela 8ª Turma. (AE)

NÃO PODE FALAR MAL DELES
CCJ APROVA LEI DO ESQUECIMENTO, A FAVOR DE POLÍTICOS
PROJETO PERMITE RETIRAR DA INTERNET CRÍTICAS A POLÍTICOS
Publicado: 07 de outubro de 2015 às 17:41
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou na última terça-feira, 6, parecer favorável a um projeto de lei que permite o "direito ao esquecimento", proposta que obriga a retirar e apagar de páginas da internet conteúdos que associem o nome de qualquer pessoa a fato calunioso, difamatório, injurioso ou a um crime do qual ela tenha sido absolvida e sobre o qual não haja mais possibilidade de recurso.
A proposta é apoiada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que garantiu a aceleração da tramitação do projeto.
O texto seguiu direto para a CCJ, dispensando que passasse por comissões temáticas para avaliação do mérito. O Conselho de Comunicação Social (CCS) do Congresso Nacional aprovou no início desta semana parecer pela rejeição da exclusão de informações pessoais da internet. Se aprovado em plenário, o texto ainda segue para o Senado. (AE)





À ESPERA DE NOVA REFORMA DO MINISTÉRIO
Carlos Chagas
Quantos ministros a presidente Dilma nomeou e demitiu, desde que assumiu o governo? Entre permanentes e interinos, 157. Como ainda dispõe de três anos e três meses de mandato, se não for surpreendida pelo impeachment, tudo indica que chegará aos 200. A gente fica pensando se a maioria dos ministros dispensados fracassou. Claro que muitos viram-se nomeados sem ter a menor relação com os ministérios que assumiram, mas será exagero supor um conjunto de incompetentes. Melhor olhar para a outra ponta da equação. Ainda que a presidente tenha sido forçada a escolher montes de ministros que não queria ou deles nem cogitava, a verdade é que esse festival de nomeações e demissões deve-se à sua incapacidade de escolher. Parece deficiência dela selecionar os melhores para cada setor, ora privilegiando nulidades, ora obrigada a ceder a pressões fisiológicas. Nesse particular, acrescente-se também a obsessão do Lula, do PT, do PMDB e demais partidos da base oficial de ocupar espaços de poder sem o menor compromisso com a eficiência administrativa. E a política também.
O resultado aí está: dois dias depois de empossado o novo ministério, o governo colheu o primeiro revés. Suas bancadas na Câmara não conseguiram número para abrir a sessão que examinaria os vetos de Madame a uma série de projetos por ela considerados prejudiciais ao ajuste fiscal. Também não pode evitar que o Tribunal de Contas da União rejeitasse as contas de 2014. Para encerrar a primeira semana de derrotas, vem o Tribunal Superior Eleitoral e decide investigar o uso de dinheiro podre na recente campanha presidencial.
Para cada lado que Dilma se volte surgem dificuldades, para não falar na vertiginosa queda de sua popularidade, nos 28 milhões de desempregados, na elevação de impostos, na onda de greves e outros tantos obstáculos que o governo atual não consegue ultrapassar.
Mesmo que a presidente supere o impeachment, fica a dúvida se conseguirá chegar ao final do mandato. Reconhecem 88% dos brasileiros ter sido um erro a reeleição de Dilma. Por isso as especulações se multiplicam, avançando além da ortodoxia político-partidária. A dicotomia entre o Lula e Aécio Neves já não contém o vento de outras opções. José Serra no PMDB passa a ser alternativa para a derrota de Michel Temer. Marina Silva afinal conseguiu um partido dela, sem empecilhos. Joaquim Barbosa não deixa ninguém esquecer sua aura moralizante, através das redes sociais. Ciro Gomes ressurge mais experiente e cheio de propostas. Álvaro Dias decidiu buscar outro ninho longe dos tucanos.
Em suma, enquanto não vem nova reforma do ministério, as agruras do governo Dilma contam-se como o general João Figueiredo contava os dias até o final de seu mandato: riscando as baias com canivete para saber que faltava pouco.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
07/10/2015 às 21:36 \ Direto ao Ponto
Neste 7 de outubro, o governo presidido por Dilma e chefiado por Lula viveu uma quarta-feira de cinzas fora de época. Foi muita derrota para um dia só. O Congresso se recusou a fazer a vontade do Planalto. O Tribunal Superior Eleitoral decidiu investigar as suspeitíssimas contas das campanhas de Dilma.O Supremo Tribunal Federal sepultou a tentativa de adiar mais uma vez o julgamento das pedaladas fiscais pelo Tribunal de Contas da União.
O TCU não se dobrou à ofensiva totalitária e sepultou a manobra concebida para afastar do caso o relator Augusto Nardes. As contas redesenhadas por pedaladas criminosas não escaparam da reprovação unânime e inédita. Os tiros no pé desferidos pelos bucaneiros trapalhões acabaram concluindo a pavimentação da estrada que conduz ao impeachment.
Como constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, o padrinho e a afilhada resolveram desviar-se da rota do naufrágio recorrendo a barganhas, pressões, chicanas e outras espertezas que, sabe-se agora, ultrapassaram o prazo de validade. Somados, os fiascos deste 7 de outubro informam que, se os dois continuam os mesmos, o País do Carnaval mudou. A crise econômica e a Operação Lava Jato abriram os olhos do Brasil.
Até recentemente, Lula era visto por milhões de crédulos profissionais como um intuitivo genial. Hoje, até antigos devotos só conseguem enxergar um fabricante de ideias de jerico. A supergerente de araque também sucumbiu à força dos fatos. Hoje, Dilma Rousseff é o nome da crise. É a maior das pedras que obstruem a trilha que leva do primitivismo à modernidade.
A remoção do trambolho ficou bem mais fácil depois da primeira quarta-feira de cinzas acontecida na primavera.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
08/10/2015 às 3:45

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 08/10/2015 04:31
Dilma Rousseff envelheceu os métodos clássicos de fazer política. Criou um modelo próprio, baseado num tipo revolucionário de irresponsabilidade. Sua prioridade é a autodesconstrução. A estratégia é revelar as armadilhas que montou no primeiro mandato caindo em todas elas nesta segunda gestão.
Dilma deixa os governistas indignados e os oposicionistas perplexos. Por um lado, tornou-se uma caricatura que fugiu do controle do Lula. Por outro, faz questão de produzir as crises que podem asfixiá-la, dispensando seus antagonistas do trabalho. A História fará justiça a Dilma. Ela se tornou um fator de progresso. Revitaliza as instituições nacionais.
Na noite desta quarta-feira, Dilma refundou o Tribunal de Contas da União. FHC dera suas pedaladas. Lula também acionara os pedais. Mas foi Dilma quem desvendou o crime cometendo-o em proporções amazônicas. Preparou o terreno para que os auditores a flagrassem. Graças ao desejo inconsciente de Dilma de ser desmascarada, o TCU, antes um tribunal de faz de conta, teve sua noite de glória.
Em sessão apinhada, transmitida ao vivo, os ministros do TCU reprovaram por unanimidade as contas do governo Dilma referentes a 2014. Coisa semelhante não sucedia havia 78 anos. O último presidente a ter as contas rejeitadas fora Getúlio Vargas, em 1937. Orçado pelos auditores em R$ 106 bilhões, o desprezo de Dilma pelo rigor orçamentário fez renascer a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Na véspera, a inviabilidade de Dilma já havia prestado outro inestimável serviço à democracia brasileira ao arrancar da letargia o Tribunal Superior Eleitoral. Pela primeira vez na história, o TSE abriu um processo que tem como objetivo a cassação de uma chapa presidencial — a titular e o vice. Antes, os comitês fingiam prestar contas e a Justiça Eleitoral fazia de conta que auditava.
Com o auxílio luxuoso da dicotomia de Dilma, produziram-se em volume jamais visto as pistas que podem derrubá-la. A roubalheira político-empresarial nunca mais será a mesma. No seu esforço secreto para ser descoberta, Dilma percorreu distraída os dois lados do balcão. Na presidência do conselho da Petrobras, conviveu com as más companhias. No comitê eleitoral, beneficiou-se da verba suja.
Na economia, Dilma já havia se rendido ao programa do adversário. Joaquim Levy percorre Brasília como uma espécie de denúncia ambulante do desmantelo fiscal e monetário que madame legou a si mesma.
Na política, a recente conversão de Leonardo Picciani em herói da resistência escancara o desejo de Dilma de se autoflagelar, expondo sob a luz do Sol transações que exigiriam luzes apagadas. Personagem complexa, Dilma luta para barrar o impeachment ao mesmo tempo que empurra seu governo para o beco-sem-saída. O grande acerto de Dilma é a revelação dos seus erros.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quinta-feira, 8 de outubro de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
"Estou convencido de que no mal aparecerá a luz e que o bem vai prevalecer". Essas belas palavras proferidas ontem pelo Mestre Maçom Joseph Blatter, recém-afastado do Conselho de Ética da Fifa (transnacional que preside), cairiam de forma justa e perfeita na boca da ciclista Dilma Rousseff - prontinha para ser tirada da Presidência da República. Os malandros da oligarquia criminosa só não definiram se ela cairá por renúncia (nada provável) impeachment (pouco provável) ou cassação da chapa Dilma-Temer (cenário que começa a interessar até ao Presidentro Lula da Silva, que deseja ser candidato, o quanto antes, ao Palácio do Planalto).
Embora a petelândia pareça "caidaça", ainda mais depois da goleada unânime sofrida ontem com a rejeição das contas de 2014 pelo Tribunal de Contas da União (que nem tribunal é no sentido judiciário do termo), o braço ideológico do desgoverno do crime organizado arma, como nunca, para não perder o poder. Por isso, já começa a executar a "pedalada judiciária" - muito mais ameaçadora que as pedaladas fiscais e fisiológicas. A prioridade é radicalizar o aparalhamento das instâncias superiores do poder Judiciário, nomeando "gente de confiança" nas novas vagas que forem abertas por aposentadorias no Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça e no Superior Tribunal Militar.
As forças ocultas da vanguarda do atraso, lideradas por verdadeiras organizações criminosas e congregando a turma bolivariana do Foro de São Paulo e seus comparsas de outros partidos, definiram como meta estratégica principal aplicar o perigoso golpe do aparelhamento completo das instâncias superiores do Judiciário. Movimento semelhante (muito bem sucedido) já ocorreu na Venezuela (de forma radical) e na Argentina (de forma menos violenta, porém também agressiva ao estado democrático de direito). Tais manobras só agravam o processo de ruptura institucional em curso.
Em condições institucionais normais, Dilma já deveria ter caído. Os advogados Hélio Bicudo e Janaina Conceição Paschoal defendem a tese de que “o princípio da presunção de inocência vale na esfera penal, não na administração pública”. Pelo raciocínio jurídico deles, a presidente Dilma Rousseff, com base na tal presunção de inocência, não afastou as pessoas que hoje são acusadas de envolvimento no esquema de propinas nos contratos da Petrobras - evidenciados, com provas, nos processos da Lava Jato. Como Dilma se recusou a afastar os envolvidos em crime, a Presidenta incorreu em flagrante crime de responsabilidade, conforme a prevê lei 1.079/1950.
A turma do Foro de São Paulo joga, direitinho, o xadrez do poder, sempre muitos passos adiante dos adversários políticos que fracassam na ação oposicionista - por ingenuidade ou incompetência. Junto com o aparelhamento ou cooptação da cúpula do judiciário, prosseguem na desmoralização das forças armadas e na consolidação do emprego da máquina estatal para triturar inimigos e neutralizar pessoas ainda com capacidade de reação. Se não forem parados, eles vencerão a guerra.
Filme queimado
Foi-se
Kamarada Historiador Carlos I. S. Azambuja faz a lembrança importante da data:
"Em 8/10/1967, em La Higuera/Bolívia, Che Guevara se fue"...
O problema é que eficiente propaganda ideológica da esquerda conseguiu transformar o assassino sanguinário Che em um fenômeno endeusado, capaz de iludir jovens que usam camisetas com fotos dele - o falso herói pré-fabricado.
(...)

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