LEIA HOJE NA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
22 DE SETEMBRO DE 2015
A prisão do lobista João Augusto Rezende Henriques, no Rio, confirma a advertência da 19ª fase da Lava Jato, batizada de “Nessun dorma” (“ninguém durma”, em português). Essa prisão fecha o cerco à direção do PMDB, já atônita com a delação premiada de outro lobista, Fernando Baiano. Ambos têm o poder de implodir a cúpula do PMDB, para a qual trabalhavam, caso confessem tudo o que sabem e fizeram.
São tão graves as prisões de Henrique e Baiano que a delação dessa dupla pode significar uma implosão no PMDB tal como o é atualmente.
Se a força-tarefa for rápida, o congresso do PMDB, em 15 de novembro, poderá ser obrigado a promover renovação em toda a cúpula dirigente.
O PMDB da Câmara está em pânico. A prisão do lobista aflige a cúpula do partido no Legislativo, lideranças, o vice Michel Temer etc.
Políticos do PMDB são investigados em separado e em grupo, por ordem do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal.
Após o anúncio do “pacote de maldades” do governo Dilma, propondo aumentar impostos e promover cortes, como cancelar concursos, o Banco Central (BC) ligou o alarme. Impedido de contratar concursados, o BC deve perder até o final do ano quase 43% dos funcionários, número que deve passar dos 45% até o fim de 2016. Existem 6.470 postos de trabalho no BC, dos quais 2.206 estão atualmente vagos.
De 2008 a 2015, o BC perdeu 20% dos servidores, por aposentadoria. O Brasil está entre as maiores economias, e o BC é o 171º do mundo.
O Banco Central brasileiro é proporcionalmente o órgão financeiro estatal com menor número funcionários de toda América Latina.
Em comparação com outros bancos centrais do Brics (Rússia, Índia China e África do Sul) o BC do Brasil tem 40% da força de trabalho.
Falam mal de Dilma até nos corredores do Planalto. Há dias, o aspone para assuntos internacionais aleatórios, Marco Aurélio 'Top-Top' Garcia, chocou um interlocutor com o seguinte veneno: “A Dilma comprou uma Cartilha dos Burros e está lendo e cumprindo todos os preceitos”.
Kátia Abreu cresceu forte no cenário político, disso não há dúvida. Tudo a ver: saiu da oposição para virar ministra da Agricultura e depois “conselheira” da presidente, cada vez mais confusa. Pudera.
Eduardo Cunha e a mulher, jornalista Cláudia Cruz, chegaram pelas 22h30 ao Rock in Rio, domingo, 20, no camarote onde havia 4 mil pessoas. Não houve vaia, nem insultos. Pareciam respeitar sua coragem de encarar os bêbados. E admitiu que “dois petistas” o tenham xingado.
Há semanas a Polícia Federal faz cópia, na Câmara, das notas fiscais do deputado Eduardo Cunha. Parece procurar agulha em palheiro. O sistema de digitalização das notas é recente, implantado há dois anos.
Assessores do ministro Henrique Alves (Turismo) acharam que ele ontem parecia “muito apreensivo” com a prisão do lobista João Augusto Rezende Henriques, na 19ª fase da Lava Jato.
Antes feudo do PMDB da Câmara de Eduardo Cunha, a Funasa agora é do Senado de Renan Calheiros. Dono da “capitania”, João Alberto (MA), presidente do conselho de ética do Senado, substitui técnicos com 20 anos de experiência em saneamento básico por novatos.
O filme “Olhar de Nise”, de Jorge Oliveira e Pedro Zoca, foi aplaudido de pé no 48º Festival de Cinema de Brasília. A história da psiquiatra alagoana Nise da Silveira, que revolucionou o tratamento da doença mental por meio da arte-terapia, emocionou aos que lotaram o cinema.
Chamou atenção uma emenda do deputado Fábio Faria (PSD-RN) que destinou R$ 150 mil para a Saúde em São Paulo. Fábio atendia pedido do ministro Gilberto Kassab, mas enfureceu opositores em seu Estado.
A Crise tem data marcada para viajar: quinta-feira, 24, ela vai participar do início da Assembleia Geral das Nações Unidas.

NO O ANTAGONISTA
Brasil 22.09.15 06:32 Comentários (13)
A Folha de S. Paulo informa que Teori Zavascki "brinca com os colegas que ser relator da Lava Jato não o torna prevento a julgar todos os casos de corrupção do país”.
O Antagonista brinca com Teori Zavascki que o fato de ter sido nomeado ao STF por Dilma Rousseff só o torna competente para acobertar os crimes cometidos por ela e pelo partido dela.
Brasil 22.09.15 06:03 Comentários (23)
Teori Zavascki está destruindo a Lava Jato.
Ontem o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima avisou que a manobra do ministro do STF de desmembrar o processo "pode significar o fim da Lava Jato tal qual a conhecemos".
Teori Zavascki animou-se...
Brasil 22.09.15 05:51 Comentários (13)
Não durma, Palocci.
Brasil 21.09.15 23:15 Comentários (21)
Lula vai atuar como uma espécie de ministro extraordinário de Dilma. Eles combinaram que o ex-presidente passará a ter papel mais ativo na articulação política do governo, viajando com mais frequência a Brasília...
Brasil 21.09.15 22:52 Comentários (1)
O Congresso pode inviabilizar de vez o governo Dilma, caso derrube amanhã em sessão conjunta os vetos da presidente a leis que impactam em R$ 127,8 bilhões o orçamento nos próximos quatro anos...
Brasil 21.09.15 22:37 Comentários (17)
Mais cedo o Antagonista noticiou que Renato Duque voltou a se reunir com delegados e procuradores da Lava Jato para tentar fechar um acordo de delação premiada...
Brasil 21.09.15 21:27 Comentários (24)
A JD2 Consultoria é um dos assuntos prediletos aqui, pois O Antagonista sabe que uma investigação séria levará para a cadeia alguns petistas graúdos...
A JD2 não é Dirceu, mas seu dono também tem um irmão
Brasil 21.09.15 20:44 Comentários (52)
O JN finalmente fez matéria sobre a decisão do Contran de abolir o uso de extintores de incêndio em veículos de passeio e lembrou outras decisões absurdas que tiveram fim parecido, como o kit de primeiros socorros e os simuladores de direção...
Brasil 21.09.15 20:42 Comentários (33)
O PMDB reagiu com indiferença à oferta de Dilma Rousseff por mais ministérios. Michel Temer deixou a petista livre para definir os nomes que ela bem quiser. Na prática, lavou as mãos...
Brasil 21.09.15 20:13 Comentários (85)
O PT soltou nota em apoio ao "companheiro" João Vaccari Neto. Rui Falcão disse que espera derrubar a condenação do ex-tesoureiro nas instâncias superiores.
No comunicado, o presidente do PT também rende elogios a Vaccari, que "sempre cultivou a simplicidade e a humildade", "não enriqueceu na política" e "tão somente indicava aos doadores a conta oficial do partido para os respectivos depósitos de contribuições"...
Mundo 21.09.15 20:03 Comentários (37)
A Alemanha está em choque, depois que a Volkswagen foi acusada de ter fraudado a medição dos níveis de poluição dos seus carros a diesel vendidos nos Estados Unidos, entre 2009 e este ano...
Brasil 21.09.15 19:55 Comentários (23)
O que o procurador Júlio Marcelo de Oliveira explica em post anterior, o Antagonista ilustra aqui. Nem Lula pedalou como Dilma, muito menos FHC. Os gráficos abaixo mostram a situação da conta da Caixa para pagamento do Bolsa Família, seguro-desemprego, abono salarial e INSS...
Brasil 21.09.15 19:15 Comentários (64)
Júlio Marcelo de Oliveira, procurador de contas junto ao TCU, deu entrevista à BBC Brasil. Na entrevista, o procurador afirma que as pedaladas fiscais são, sim, fundamento jurídico para o pedido de impeachment -- e mostra como é mentira do governo Dilma Rousseff que elas foram praticadas também no período FHC.
Leiam trecho da entrevista...
Brasil 21.09.15 18:19 Comentários (64)
O PT morreu. Um dos seus atestados de óbito está presente na resposta a uma das perguntas da pesquisa que o Instituto Paraná fez em Goiânia.
A pergunta foi: "O apoio do (a) ... a um prefeito da cidade de Goiânia aumentaria, diminuiria ou não alteraria a sua vontade de votar nesse candidato?
As respostas foram as seguintes...

Economia 21.09.15 17:59
O desastre político e econômico do governo de Dilma Rousseff pode ser medido de vários modos. Eis um deles: com Dilma na presidência, as 300 empresas listadas na bolsa brasileira perderam US$ 1 trilhão em valor de mercado. Em abril de 2011, no melhor momento, eram avaliadas em US$ 1,531 trilhão. Na última sexta-feira (18), valiam apenas US$ 515 bilhões, segundo a consultoria Economática. É menos do que os mais de US$ 600 bilhões que a Apple, sozinha, vale na Nasdaq. E é o nível mais baixo para a Bovespa, desde 2005. Precisa dizer mais?
Brasil 21.09.15 17:34 Comentários (119)
Camile Paglia disse o seguinte ao Estadão:
"A persona pública de uma mulher, assim como a de um homem, deve ser real. Escrevi um artigo na Time em que cito a postura de Angela Merkel como exemplo. Na aparência, tenho uma ideia próxima da presidente de vocês...
Dilma parece uma pessoa de verdade
Brasil 21.09.15 17:24 Comentários (108)
O desespero dos petistas pode ser medido também pela invasão na nossa área de comentários de funcionários do partido que, sob um nickname, pedem educadamente para que os leitores assinem certo manifesto intitulado "Fica Dilma".
Todos pagos com dinheiro público. É a versão eletrônica do pão com mortadela.
Brasil 21.09.15 17:00 Comentários (47)
A partir desta semana, O Antagonista publicará três posts semanais produzidos pelo JOTA, um dos sites mais acessados por advogados, juízes e demais cidadãos que querem manter-se bem informados sobre o que ocorre no mundo jurídico e adjacências...

NO DIÁRIO DO PODER
'IDUCASSÃO'
EX-MINISTRO, CRISTOVAM CULPA LULA PELO FRACASSO NA EDUCAÇÃO
FIASCO DA EDUCAÇÃO É O MAIOR MAL QUE LULA CAUSOU, DIZ SENADOR
Publicado: 22 de setembro de 2015 às 00:00
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) responsabilizou o ex-presidente Lula pelo resultado da Avaliação Nacional de Analfabetismo (ANA), divulgado, que apontou baixo nível de leitura dos alunos do terceiro ano do ensino fundamental. Mais da metade dos estudantes da terceira série até são capazes de ler textos simples, mas, em muitos casos, não conseguem entender o que leram. “E eu acuso aqui: ele é culpado desse relatório que o Ministério da Educação do Governo Dilma fez. Ele é o culpado desse resultado trágico”, afirmou Cristovam, durante pronunciamento no Senado, nesta segunda-feira (21).
Para o senador, que foi ministro da Educação do governo Lula e não teve tempo de implementar as medidas que demonstrariam que Educação era de fato a prioridade do governo “essa frustração é que é o maior mal que o presidente Lula causou, de ter conduzido o Brasil de uma maneira até satisfatória em muitas coisas. Mas ele não fez as reformas estruturais que a gente esperava. E a reforma fundamental era a reforma da educação.”
O senador lembrou que, em 2005, já alertara o presidente, em carta, para o descaso do país com a educação. Na época, o jornal Folha de S. Paulo publicou foto de Lula conversando com crianças numa pequena cidade perto de Caruaru, no interior de Pernambuco.
- Lula desceu de um helicóptero numa fazenda e, em vez de dar um adeus e ir embora, caminhou e se agachou diante de algumas crianças”.
A atitude do ex-presidente fez dez anos em maio. E fez dez anos também que o senador foi ao mesmo local e conversou com as pessoas.
- Eu fui lá, encontrei as crianças (...) e depois fiz uma carta ao Presidente Lula, em que eu citei o que eu vi, a escola que eu visitei, as mães com quem eu conversei, a professora com quem eu conversei. Está tudo na carta. E eu dizia: “Presidente Lula, o senhor não é culpado dessa tragédia; o senhor acaba de assumir há dois anos, mas, se daqui a dez anos, continuar assim, o senhor é culpado”.
Dez anos depois, o senador acusou o ex-presidente de descaso com a Educação, que ficou simbolizado na situação daquelas pessoas, que piorou.
Para o senador, o presidente Lula é culpado. Diz ele: “Eu não fiquei só nisso, eu dei um passo mais. Eu disse: “Presidente, se o senhor quiser resolver isso, estão aqui dez passos que resolveriam isso”.
- São os dez passos que eu tentei implantar durante o ano em que eu fui ministro. E eu acuso aqui: ele é culpado desse relatório que o Ministério da Educação do Governo Dilma fez. Ele é o culpado desse resultado trágico. E eu lamento que isso tenha acontecido, discursou Cristovam. 
Carta de Tito Costa
Cristovam comentou ainda a carta aberta que o ex-prefeito de São Bernardo do Campo, Tito Costa publicou no último domingo, 20 na Folha de S. Paulo, criticando o ex-presidente Lula. Na Carta, Tito cita as dificuldades de Lula no começo de sua carreira. As perseguições, os problemas que o ex-presidente enfrentou e das esperanças que ele representava.
- E hoje, quando analisa esse período, ele se sente frustrado com o fato de que o Lula jogou fora, nos oito anos de seu governo e nesses quatro também – que são de governo dele ainda –, a chance de fazer as reformas estruturais por que o Brizola, o Arraes, todos os grandes líderes do passado lutavam, os de esquerda, progressistas.
“Não houve isso no Brasil – prosseguiu o senador em referência à carta de Tito - e ele diz que o Presidente Lula, por uma visão eleitoreira, essa é a verdade, preferiu se comportar como aquele que aumentou a renda da população pobre. Isso não é ruim, mas não é estrutural, porque a inflação está rebaixando totalmente as rendas que aumentaram. Estão se perdendo as vantagens”.

LAVA JATO
EX-SECRETÁRIO ENROLADO NA LAVA JATO DIZ QUE ROSEANA SABIA DE TUDO
SUSPEITO DE RECEBER PROPINA, ABREU DIZ QUE CONTAVA TUDO A ROSEANA
Publicado: 21 de setembro de 2015 às 21:56
Acusado pelo próprio doleiro Alberto Yousseff de receber propinas de R$ 3 milhões, o ex-chefe da Casa Civil do governo o Maranhão, João Abreu afirmou em depoimento à Polícia Civil do Estado que a ex-governadora Roseana Sarney sabia de todos os seus passos no esquema.
Abreu afirmou que a ex-governadora tinha conhecimento dos seus entendimentos sobre o precatório devido à construtora Constran, de Ricardo Pessoa, cujo pagamento é investigado na Operação Lava Jato e também pela Policia Civil do Estado.
O ex-secretário explicou à polícia que informava Roseana sobre os entendimentos para o pagamento do precatório à Constran porque a “eventual solução dependeria da participação de outros órgãos estatais, tais como a Fazenda e a Procuradoria, bem como a anuência da própria Governadora”.
Abreu foi indiciado pelo suposto recebimento de propina para liberar o pagamento do precatório devido pelo Estado à empreiteira, e confirmou haver recebido várias vezes o doleiro Yousseff e seu auxiliar Rafael Ângulo, no Palácio dos Leões, sede do governo maranhense. Ele disse no depoimento que cumpria o “dever protocolar” de informar à governadora sobre seus entendimentos com Youseff e Marco Antonio Zieghest , a quem chama de “Marcão”, que seriam representantes da Constran para negociar o pagamento do precatório.
Boca na botija
Alberto Yousseff foi preso pela Polícia Federal em São Luís, em março de 2014, no dia em que foi deflagrada a Operação Lava Jato. Ele estava em um hotel de São Luís quando se preparava para supostamente fazer pagamento de propina a Abreu.
Em seu depoimento, João Abreu contou que certa vez recebeu da governadora a instrução de consultar o então secretário de Planejamento, João Bernardo Bringel, “para encontrar uma solução que fosse melhor para o Estado, caso fosse possível”.
A partir dessa consulta, segundo Abreu, foram fechados entendimentos para o pagamento de R$ 113 milhões à Constran pelo precatório, em 24 parcelas. Após o início do pagamento, Alberto Yousseff esteve no Maranhão para nova reunião na Casa Civil, mas horas antes foi preso pela Polícia Federal.

TEMPESTADE SOBRE BRASÍLIA
Carlos Chagas
Poderá criar mais problemas do que resolvê-los, a extinção de dez ministérios anunciada para amanhã pelo palácio do Planalto. Porque se ao inaugurar seu segundo mandato, a presidente Dilma tivesse passado a faca nas próprias estruturas, o mundo político aceitaria sem fazer cara feia. Afinal, Madame vinha de uma vitória indiscutível nas urnas, aceitando-se que um novo período de governo comporta todo tipo de mudanças.
Cobrada pela mídia e pelos partidos, além do empresariado, a redução do número de ministérios mereceu um dar de ombros e comentários de desprezo. Até mesmo a defesa de sua ampliação. Dilma não fez caso daquela crítica, como, aliás, também de muitas outras. Só que a crise chegou, estendendo-se da economia à política. Cada iniciativa presidencial chegava atrasada e produzia efeitos negativos, da nomeação de Joaquim Levy para ministro da Fazenda à escolha e posterior demissão de Michel Temer como articulador político. Sem falar no primeiro ajuste fiscal, suprimindo direitos trabalhistas, como agora o segundo, propondo a volta da CPMF, reprovada ontem e hoje readmitida para nova reprovação.
No meio desse bate-cabeça que assola o governo desde outubro do ano passado, surge agora a reforma ministerial. Ninguém quer perder nada, nem o PMDB, com seis ministros, quanto mais o PT, com doze, e os penduricalhos de uma só pasta. Aferram-se ao poder e suas benesses e ameaçam com o rompimento e a derrota de outras iniciativas açodadas de Dilma, como o veto a projetos de lei amplamente aprovados por deputados e senadores.
Pode ser que nada seja anunciado amanhã, através de manobras protelatórias tão a gosto da presidente. Mas a espada continuará próxima de seu pescoço, pois anunciou a redução. Fugir dela será pior.
Michel Temer representa o partido e o governo, mas logo precisará optar. Parte das bancadas do PMDB prega o desligamento do bloco oficial, evidenciando votar contra os interesses de Dilma. Mesmo no PT, ela vem sendo combatida e censurada. Já liberou notícias sobre mudanças no grupo palaciano, com Aloísio Mercadante ficando na Casa Civil mas diminuído, Ricardo Berzoini prestigiado e Miguel Rosseto escanteado. O Lula muda como biruta de aeroporto, ora contra, ora a favor do ajuste fiscal, mas cada vez mais afastado da sucessora.
Caso nas próximas horas o Congresso inicie a apreciação dos vetos, mais tempestades serão formadas no céu de Brasília, em especial se o Tribunal de Contas da União decidir rejeitar as contas de 2014. Ou o Tribunal Superior Eleitoral considerar que dinheiro podre irrigou a campanha da reeleição.
O ROUBO E O GOLPE
Nos anos cinquenta, do que mais se falava era na perspectiva do golpe. Despontava Carlos Lacerda, porta-voz do adiamento das eleições presidenciais e da formação de uma junta militar. Eleito deputado federal pelo Rio, ganhou as manchetes com a formação da Frente Nacional Contra o Roubo e o Golpe. Num programa de televisão onde respondia a perguntas de populares, ouviu a indagação de um jovem: “o senhor agora está pregando o golpe. Quando começará a pregar o roubo?” Desfez-se a Frente Nacional...
Hoje o roubo tornou-se indiscutível, a partir de mensalões e petrolões. Pois não é que Dilma iniciou campanha contra o golpe?

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
21/09/2015 às 22:21 \ Direto ao Ponto
Prefeito de São Bernardo do Campo na época em que Lula debutava como líder metalúrgico, o advogado Tito Costa publicou naFolha uma carta endereçada ao amigo que foi presidente de janeiro de 2003 a dezembro de 2010. Aos 93 anos, ele evoca os primeiros capítulos da história que acompanhou como testemunha privilegiada para externar a decepção provocada pelo desfecho desastroso das sucessivas metamorfoses: o personagem que parecia destinado a moralizar a prática política jaz na cova rasa dos estadistas de galinheiro. Confira. (AN) 
"Meu caro Lula, permito-me escrever-lhe publicamente diante da impossibilidade de nos falarmos em pessoa, com a franqueza dos tempos de nossos seguidos contatos – você na presidência do Sindicato dos Metalúrgicos e eu prefeito de São Bernardo do Campo.
Não vou falar das greves que ocorreram de 1979 a 1981, que projetaram seu nome no Brasil e no Exterior. Não quero lembrar os dias angustiantes da intervenção no sindicato pelo ministro do Trabalho, em março de 1979, e da violência que se seguiu com prisões, processos e a sua detenção pelo Dops (Departamento de Ordem Política e Social).
Todos esses fatos sempre foram acompanhados por mim juntamente ao senador Teotônio Vilela, a Ulysses Guimarães e a numerosos políticos do então MDB.
Na véspera da intervenção no sindicato, você ligou no meu gabinete me pedindo ajuda para retirar estoques de alimentos ali guardados. Enviei caminhões da prefeitura para retirá-los e o material foi depositado na igreja matriz da cidade.
Não falo das reuniões, madrugadas adentro, em meu apartamento em São Bernardo, com figuras expressivas do mundo político e também de outras esferas, como dom Cláudio Hummes, nosso amigo, então bispo de Santo André, hoje pessoa de confiança do papa Francisco, em Roma. Éramos todos preocupados com a sua sorte, a do sindicato e também a das nossas instituições em pleno regime militar.
Prefiro não falar dos dias em que o acolhi em minha chácara na pequena cidade de Torrinha, no interior de São Paulo, acobertando-o de perseguições do poder militar da época: você, Marisa, os filhos pequenos, vivendo horas de aflição e preocupantes expectativas.
Nem quero me lembrar das assembleias do sindicato, depois da intervenção no estádio de Vila Euclides, cedido pela Prefeitura de São Bernardo, fornecendo os aparatos possíveis de segurança.
Eram os primórdios de uma carreira vitoriosa como líder operário que chegou à Presidência da República por um partido político que prometia seriedade no manejo da coisa pública e logo decepcionou a todos pelos desvios de comportamento e de abusos na condução da máquina administrativa do Estado.
E aqui começa o seu desvio de uma carreira política que poderia tê-lo consagrado como autêntico líder para um país ainda em busca de desenvolvimento. Você deixou escapar-lhe das mãos a oportunidade histórica de liderar a implantação de urgentes mudanças estruturais na máquina do poder público.
Como bem lembrou Frei Betto, seu amigo e colaborador, você, liderando o Partido dos Trabalhadores, abandonou um projeto de Brasil para dedicar-se tão somente a um ambicioso e impatriótico projeto de poder, acomodando-se aos vícios da política tradicional.
Assim, seu partido, em seus alargados anos de governo, com indissimulada arrogância, optou por embrenhar-se na busca incessante, impatriótica e irresponsável do aparelhamento do Estado em favor de sua causa que não é a do País.
Enganou-se você com a pretensão equivocada de implantar uma era de bonança artificial pela via perversa do paternalismo e do consumismo em favor das classes menos favorecidas, levando-as ao engano do qual agora se apercebem com natural desapontamento.
Por isso, meu caro Lula, segundo penso, você perdeu a oportunidade histórica de se tornar o verdadeiro líder de um País que ainda busca um caminho de prosperidade, igualdade e solidariedade para todos. Alguma coisa que poderia beirar a utopia, mas perfeitamente factível pelo poder político que você e seu partido detiveram por largo tempo.
Agora, perdido o ensejo de sua consagração como grande liderança de nossa História republicana recente, o operário-estadista, resta à população brasileira o desconsolo de esperar por uma era de dificuldades e incertezas.
Seu amigo, Tito Costa.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
22/09/2015 às 8:06
Por Reinaldo Azevedo

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 22/09/2015 03:28
O vice-presidente Michel Temer teve uma conversa franca com Dilma Rousseff na manhã desta segunda-feira. Disse-lhe que a reforma ministerial pode piorar a situação do governo no Congresso.
Temer afirmou que a decisão de enxugar a Esplanada e, simultaneamente, promover uma dança de cadeiras resultará em descontentamentos com potencial para prejudicar a tramitação do pacote fiscal que o governo enviará ao Parlamento.
— A senhora tem certeza de que é a melhor hora para fazer esse movimento?, perguntou Temer a certa altura.
— Eu já anunciei. Vou fazer agora. Preciso fazer agora!, Dilma respondeu, evocando o compromisso que assumira publicamente de anunciar as mudanças no gabinete até esta quarta-feira (23).
— Se é assim, aconselho a senhora a conversar bastante com os líderes dos partidos, para que se faça o mapeamento correto das forças que o governo terá no Congresso.
Sintomaticamente, Temer apressara-se em dizer, já no início da conversa, que abria mão de fazer indicações para o novo ministério.
— Não quero fazer indicação de nenhum nome, para que a senhora fique à vontade para cortar custos e reduzir ministérios. O PMDB quer colaborar com esse objetivo.
Ao longo do dia, Renan Calheiros e Eduardo Cunha ecoaram Temer. Sondados por Dilma, ambos disseram que não cogitam apadrinhar ministros. O presidente do Senado falou com Dilma pessoalmente. O presidente da Câmara conversou com ela pelo telefone. Foi como se a cúpula do PMDB lavasse as mãos, evitando assumir o compromisso de obter votos para Dilma no Congresso em troca dos ministérios.
No seu esforço para evitar que o PMDB lhe escape por entre os dedos, Dilma agarrou-se ao segundo escalão da legenda. Deseja que o líder peemedebista do Senado, Eunício Oliveira, obtenha o endosso de sua bancada para a permanência de Eduardo Braga (PMDB-AM) à frente do Ministério de Minas e Energia. E oferece ao líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani (PMDB-PA) a oportunidade de indicar para o primeiro escalão uma pessoa apoiada pelos deputados do partido.
De resto, conforme noticiado aqui, Dilma já pensa até em entregar ao PMDB um ministério do setor social, algo que sempre sonegou à legenda. Foi ao balcão a pasta da Saúde. Que a presidente cogita entregar a um apaniguado do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, como compensação ao PMDB pela perda de pelo menos duas pastas: a dos Portos e a da Pesca, que vão perder o status de ministério na reforma de Dilma.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Terça-feira, 22 de setembro de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Certamente, o ministro Gilmar Mendes vai dar sua colaboração para aumentar a irritação e temor da petelândia, quando o Tribunal Superior Eleitoral retomar, logo mais, o julgamento ação que pede impugnação da chamada "Chapa Quente" Dilma Rousseff e Michel Temer. No Brasil da impunidade ampla, geral e irrestrita, dificilmente será bem sucedida a tal AIME (Ação de Impugnação de Mandato Eletivo) - uma ação eleitoral, prevista na Constituição Federal, que tem por objetivo impugnar o mandato obtido com abuso de poder econômico, corrupção ou fraude.
Desde ontem, nas redes sociais e em e-mails enviados aos ministros do TSE, cidadãos pedem que todos votem pelo prosseguimento da AIME e pela não unificação de ações semelhantes que correm na corte eleitoral - que é presidida por José Dias Toffoli (também ministro do Supremo Tribunal Federal). Além dele e Gilmar Mendes, o TSE tem em sua composição Luiz Fux, Henrique Neves, Luciana Lóssio, Sérgio Braune de Pontes, Maria Thereza Rocha de Assis Moura e João Otávio de Noronha.
Todos eles foram legitimamente pressionados ontem pela seguinte mensagem enviada por cidadãos brasileiros que exigem mudanças, moralidade pública e efetivo combate à corrupção: "O povo brasileiro tem fé no sistema eleitoral do nosso país. Assim, espera que o TSE não seja apenas um órgão cartorário. Para confirmar a fé que temos, quando chegar a ocasião, vote CONTRA a unificação das ações que buscam impugnar a eleição da chapa Dilma/Temer da eleição de 2014".
Se a pressão vai ser bem sucedida é apenas um detalhe. O fundamental é a atitude que pessoas de bem vêm tomando para melhorar o Brasil, um País em flagrante processo de ruptura institucional graças à governança do crime organizado. Enquanto nada se resolve e as crises política, econômica e moral se agravam, o juiz Sérgio Moro marca mais um ponto com a justiça e a cidadania através das condenações exemplares nos processos da Lava Jato - prolongamento daquele mensalão que nunca acabou...
Quem continua na mesma - apenas muito mais tenso com todos os acontecimentos - é Luiz Inácio Lula da Silva. O Presidentro, claramente, permanece na mesma posição de sempre: desgovernando o Brasil de forma paralela e ilegítima, como se Dilma fosse uma mera "fantocha incompetenta". O Brasil só vai sair dessa perigosa estagnação com uma profunda mudança que só pode ser efetivada através de um inevitável e legítimo processo de Intervenção Constitucional, no qual os segmentos esclarecidos do povo brasileiro exercerão seu poder originário de restabelecer as instituições públicas, redefinindo o modelo de Estado no Brasil.
Qualquer outra proposta, fora a solução concreta da Intervenção Constitucional, é mero paliativo. 
Chega de impostura
Mais de cem representantes da indústria, comércio, serviços e agricultura de reuniram ontem, em frente ao prédio da Fiesp, para o lançamento oficial da campanha "Não vou pagar o pato", contra o aumento de tributos.
Não importam as segundas intenções políticas-eleitoreiras do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, com essa campanha. 
Fundamental é a iniciativa criada para conscientizar a sociedade sobre a alta carga de 92 impostos do Brasil, evitando um novo aumento na já absurda e irreal carga tributária, com a tentativa canalha de recriar a CPMF.
(...)

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