LEIA ESTAS NA MÍDIA SEM MORDAÇA

30 DE AGOSTO DE 2015
Com quase sete meses do início do ano legislativo, o trabalho dos 513 deputados federais resultou na aprovação de apenas 83 leis, entre ordinárias e complementares este ano. O resultado é menos de 1% de todos os 8.334 projetos que foram apresentados só em 2015. De tudo que foi aprovado, os parlamentares ainda ficam devendo: apenas 32 projetos que viraram lei tiveram origem na Câmara dos Deputados.
O Poder Executivo e o Senado tiveram 42 projetos de lei aprovados, 21 de cada. O Judiciário aprovou 8 e o Ministério Público da União, só um.
Boa parte das leis aprovadas, 18 delas, criam “Dias comemorativos” como o Dia Nacional do Milho, Dia da Poesia, Dia do humorista etc.
Deputados não largam o clássico “batismo de pontes”: duas leis tratam disso; uma travessia em Santa Catarina, outra no Rio Grande do Sul.
Apesar da baixa produtividade, os parlamentares custam bem caro. Um deputado pode custar até R$ 1.792.164,24 por mês ao contribuinte.
A ministra Kátia Abreu implantou a “lei da mordaça” no Ministério da Agricultura. Até parece que há o que esconder. Entrevistas, até de pessoal de segundo escalão, só se ela autorizar. A mordaça vale para seminários, câmaras setoriais etc. Subordinados só dão entrevistas ao final de um evento, por exemplo, após o repórter solicitá-la por escrito, para que a ministra, tão centralizadora quanto ineficiente, a autorize.
A “lei da mordaça” impediu dias atrás que o Ministério da Agricultura explicasse melhor sua posição, após audiência pública na Câmara.
Ex-crítica de Dilma, Kátia Abreu desenvolveu tímpanos complacentes para ouvir suas broncas frequentes. Mas o importante é ser ministra.
Kátia Abreu chega a condicionar suas entrevistas à apresentação prévia das perguntas, por escrito. Perdeu a confiança no próprio “taco”.
O PSOL, com a nanica bancada de 4 deputados, vai na contramão de outros partidos opositores de Eduardo Cunha, na Câmara. O líder do partido, Chico Alencar, tenta levar o afastamento de Cunha adiante.
A presidente Dilma Rousseff já decidiu quando vai começar a reforma ministerial. Aos assessores mais próximos, diz que as mudanças na Esplanada devem se iniciar em outubro. Falta combinar com a Câmara.
Depois de comer poeira para o Senado, a Câmara resolver lançar uma ‘Agenda Brasil’ para chamar de sua. São 26 pontos sugeridos pela ala governista. Assinam a proposta 15 partidos, mas o PMDB ficou de fora.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), comentou a Agenda Brasil dos deputados governistas: disse que nem leu o que foi apresentado e que a Casa “não vota agenda, vota projeto”.
Enquanto Rodrigo Janot era sabatinado no Senado, uma legião de deputados se formava no cafezinho da Câmara para acompanhar a atividade. O procurador-geral da República investiga muitos deles.
O PDT avalia lançar o deputado Wéverton Rocha, provável substituto de Manoel Dias no Ministério do Trabalho, como candidato ao Senado na chapa do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), em 2018.
O senador Humberto Costa (PT-PE), que não recebeu ajuda do ex-presidente Lula quando foi candidato à prefeitura de Recife, aposta em desgaste do atual prefeito, Geraldo Júlio (PSB), para fortalecer o PT. O ex-prefeito João Paulo Lima (Sudene) deve ser o candidato petista.
Relator da CPI dos Fundos de Pensão, Sérgio Souza (PMDB-PR), explica o motivo pela “lentidão” nos trabalhos da comissão. “Envolve muito cálculo financeiro”, diz o ex-suplente de Gleisi Hoffmann (PT-PR).
…a afirmação de Lula de que “se necessário” voltaria a ser candidato em 2018 deveria ser, na verdade, “se a Polícia Federal deixar”.

NO O ANTAGONISTA
Brasil 30.08.15 08:23 Comentários (7)
Paulo Roberto Costa, delator da Lava Jato, tem medo de ser assassinado pelo PT, como Celso Daniel.
Ele confessou esse medo à PF, num de seus primeiros interrogatórios, cujo vídeo foi obtido pela Folha de S. Paulo.
Ele disse:
“Eu tenho um receio. É integridade física minha. [...] Porque... Eu tenho medo. Porque nós estamos falando com [de] uma gente muito graúda”...
"Foi o PT que encomendou"
Brasil 30.08.15 08:06 Comentários (15)
O PMDB desistiu de Dilma Rousseff. Os novos comerciais do partido mostram que os peemedebistas estão prontos para o impeachment. Michel Temer, o futuro presidente da República, anuncia:
"O Brasil é um só, e sempre vai ser maior e mais importante do que qualquer governo"...
O Brasil é um só, e me pertence
Brasil 30.08.15 07:54 Comentários (23)
O Brasil, para conseguir o impeachment, não pode contar com...
O suicida, de Manet, é o que nos inspira
Economia 30.08.15 07:44 Comentários (16)
Dilma Rousseff, depois de desistir da CPMF, agora tenta encontrar “uma alternativa para fechar as contas do próximo ano, sem perder a credibilidade”, segundo Gerson Camarotti.
É espantoso, mas aparentemente Dilma Rousseff acredita que ainda tem alguma credibilidade.
Joaquim Levy estuda dois caminhos para cobrir o rombo de 80 bilhões de reais que seriam arrecadados com a CPMF...
Em vez de fechar as contas, que tal pedir as contas?
Brasil 30.08.15 07:29 Comentários (12)
Se o julgamento do TSE sobre a campanha de Dilma Rousseff foi adiado para 2016, o julgamento do TCU sobre as contas públicas deve ser realizado em 7 de outubro.
O calendário do TCU, segundo a Folha de S. Paulo, é o seguinte...
Alice se agiganta
Brasil 30.08.15 07:16 Comentários (11)
Luciana Lossio, a advogada petista infiltrada no TSE, prometeu devolver ao plenário daqui a duas semanas o processo sobre as contas eleitorais de Dilma Rousseff, informa a Folha de S. Paulo.
O jornal informa também que, segundo ministros do TSE, o processo de cassação da chapa de Dilma e Temer deverá levar ao menos seis meses.
O julgamento ficará, então, para 2016. Como tudo no Brasil, vai demorar demais.
A chama apagou
Brasil 30.08.15 07:10 Comentários (14)
Para engavetar o caso VTPB, Rodrigo Janot argumentou que a prestação de contas de Dilma Rousseff já foi aprovada e que o prazo para questionar irregularidades já acabou.
Com a reabertura do processo, decidida pelo TSE, seu argumento vai para o beleléu.
Brasil 30.08.15 06:58 Comentários (15)
Ainda a propósito do engavetamento do caso da gráfica fantasma VTPB, por parte de Rodrigo Janot, leia o que disse a Folha de S. Paulo:
“Quando a maioria do TSE votou pela reabertura do processo que pede sua cassação, Dilma Rousseff demonstrou, pela primeira vez, temer pelo seu mandato...
O medo de Dilma
Brasil 30.08.15 06:21 Comentários (37)
O aspecto mais vexaminoso do caso VTPB é que, para justificar seu engavetamento, Rodrigo Janot disse que a gráfica apresentou-lhe notas fiscais e modelos de santinhos impressos.
As notas fiscais e os modelos de santinhos impressos, Rodrigo Janot, já estavam no site do TSE.
A questão – e você sabe disso –, é que aqueles santinhos não foram impressos pela VTPB, porque a VTPB é uma gráfica fantasma...
O Janot está aí?
Brasil 30.08.15 06:13 Comentários (67)
Rodrigo Janot, que coordena a Lava Jato, vazou seu despacho vexaminoso sobre a VTPB ao blog Brasil247, que é investigado pela Lava Jato por ter recebido dinheiro roubado da Petrobras.
É Lava Jato contra Lava Jato.
Se é para fazer porcaria, Janot, da próxima vez tente esconder um pouquinho melhor.
Esconda o cartaz, Janot
Brasil 29.08.15 22:40 Comentários (15)
Num seminário bancado pela Prefeitura de São Bernardo, Lula disse que voltou a voar.
É no jatinho da Odebrecht, Lula?
Brasil 29.08.15 21:35 Comentários (46)
Hoje, em Cuiabá, Geraldo Alckmin discursou como um feroz oposicionista: "Temos que nos livrar dessa praga que é o PT. O PT do desemprego, da inflação, dos juros pornográficos e dessa praga do desvio do dinheiro público. Hoje é tempo de honestidade".
Teatrinho.
Brasil 29.08.15 21:23 Comentários (61)
O Estadão registra que "o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa disse que não acredita que o Tribunal de Contas da União seja um órgão desencadeador de um processo tão grave como o impeachment, por ser um playground de políticos fracassados".
O Antagonista espera que... Para falar a verdade, O Antagonista não espera mais nada.
Amanhã a gente talvez passe a esperar alguma coisa.

NO DIÁRIO DO PODER
30-8-2015
UM PELO OUTRO SEM QUERER VOLTA
Carlos Chagas
Quando o Lula declara não poder dizer se será ou não candidato à presidência da República, em 2018, na realidade está dizendo que hoje, não seria. Amanhã, só se o vento virar. O ex-presidente tem consciência de que o PT, Dilma, e ele próprio, perderam a confiança nacional. Fossem as eleições na próxima semana e nem o segundo lugar Lula conquistaria, tamanha a rejeição popular causada pela lambança encenada no governo. Lançar-se para perder, o primeiro-companheiro não admite. Prefere ficar entre o triplex quase pronto no Guarujá, o sítio que frequenta bissextamente e uma ou outra viagem ao exterior que as empreiteiras se arrisquem a proporcionar-lhe. Aceitará convites de sindicatos e associações ligadas ao PT para sinalizar que está vivo, mas concorrer outra vez parece por enquanto fora de seus planos. Mesmo mantendo aberta uma fresta de janela, não arriscará. Três anos e picos são muito tempo.
Se porventura afastada a hipótese de o ex-presidente concorrer, obviamente para não perder, importa menos saber quem o PT convocará para o sacrifício, se Jacques Wagner, Aloísio Mercadante, Rui Falcão ou qualquer outro condenado ao papel de figurante. É para o lado de lá que as atenções devem voltar-se. Aécio Neves, Geraldo Alckmin ou José Serra compõem um elenco sem surpresas, ainda que preparando-se para embates violentos entre eles. Correndo por fora, Marina Silva e, outra vez posicionado, Ciro Gomes. Do lado oposto da cerca, Joaquim Barbosa, Sergio Moro, Rodrigo Janot e que novos modelos pouco ortodoxos poderiam ser pinçados?
De todo esse raciocínio sem maior expressão, conclui-se pela ausência de um candidato capaz de despertar esperanças e expectativas, por razão muito simples: nenhum dos nomes referidos, a começar pelo Lula, dispõe de mensagem, programa ou contingente organizado capaz de empolgar os eleitores. Nada de novo no front além de velhas trincheiras cavadas em árido terreno. Partidos capengas e carentes de personalidade misturam-se sem ensejar à sociedade um rumo alternativo. Nada que empolgue ou aponte um saída para a amorfa, insossa e inodora realidade. Equivalem-se os candidatos pela falta de opções. Ao eleitor, ao menos por enquanto, resta dar um pelo outro e não querer volta. 

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