DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
29 DE JUNHO DE 2015
Os cuidados com a segurança da presidente Dilma são reavaliados a todo instante. Apesar de não admiti-lo oficialmente, a turma do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), chefiada pelo general José Elito, teme que a baixíssima popularidade e a altíssima rejeição a Dilma estimulem “alguma loucura” contra ela. O passeio matinal de bicicleta, nas cercanias do Palácio Alvorada, tem sido fonte de pânico no GSI.
Dilma aparece com três homens, nas imagens pedalando sua bike, mas o percurso é monitorado por dezenas de seguranças do Exército.
Além de ajustar os cuidados, o GSI decidiu aumentar o número de seguranças do Exército que acompanham os deslocamentos de Dilma.
O pânico provocado por três malas esquecidas na calçada, esta semana, revelou a tensão existente no Palácio do Planalto.
A Presidência da República tem colecionado cartas e mensagens cada vez mais exaltadas, nas redes sociais, xingando a presidente.
Conhecidos mundialmente pela força e durabilidade, o tradicional veículo Land Rover adquiriu em terras brasileiras uma imagem bem diferente: o protagonismo em escândalos. Desde o Mensalão do PT em 2005, com a "Defender" do ex-secretário-geral do PT Sílvio Costa, até as “Evoques” de Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró, a Land Rover tem sido coadjuvante em apreensões, denúncias e até mortes violentas.
Tudo começou com a Defender 90 de “Silvinho Land Rover”. Consta que ganhou o carro da empresa GDK para “abrir portas” na Petrobras.
Ex-diretores presos da Petrobras, Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró ganharam dos operadores uma Land Rover Evoque cada um.
No caso do assassinato de Eliza Samúdio, no Rio, encontraram-se vestígios de sangue na Land Rover de Bruno, ex-goleiro do Flamengo.
Os dez partidos mais beneficiados pelo Fundo Partidário em 2015, um ano não eleitoral, já receberam mais de R$ 71 milhões até maio. O “pote” de dinheiro público do Fundo totaliza R$ 300 milhões este ano.
O PT foi o que mais embolsou dinheiro do Fundo Partidário, este ano: R$ 13,2 milhões. O PSDB é segundo (R$ 10,8 milhões), seguido por PMDB (R$ 10,6 milhões), PP (R$ 6,3 milhões) e PSB (R$ 6,2 milhões).
O empresário Ricardo Pessoa, que delatou políticos sob delação premiada, pode até ter sido mesmo o chefe do cartel de empreiteiras, mas a sua UTC foi uma das que menos faturaram na era PT.
Após a prisão de Marcelo Odebrecht na Lava Jato, a imagem da empreiteira na internet mudou radicalmente: busca por “Odebrecht” no Google EUA mostra “destroy email” como um dos principais resultados.
A China despejou dinheiro na Venezuela para receber em petróleo. Mas à medida que os preços do petróleo caem, o regime chavista tem que exportar cada vez maior quantidade por um valor menor.
Caiu como uma bomba no exterior a notícia de que a Operação Lava Jato da Polícia Federal agora investiga o pagamento de propinas por empresas estrangeiras para garantir contratos na Petrobras.
O deputado Jair Bolsonaro (PTB-RJ) está inconformado com os institutos de pesquisa. Quer o nome dele na lista dos prováveis candidatos em 2018, para avaliar as intenções de voto em 2018.
Calmaria precede tempestade: taxistas do aeroporto de Brasília devem se manifestar até o final do mês contra o aplicativo Uber, que a ótimo preço oferece carros de boa qualidade com motoristas educados.
Dilma anda tão em baixa que a Presidência da República fará licitação para comprar R$ 53 mil em... capachos. Antes abundavam, e de graça.

NO DIÁRIO DO PODER
O DIA SEGUINTE PIOR DO QUE A VÉSPERA
Por Carlos Chagas
Como mestre Helio Fernandes repete faz muito, “no Brasil o dia seguinte sempre consegue ficar um pouquinho pior do que a véspera”. Foi dinamite puro a delação premiada de Ricardo Pessoa, dono das construtoras UTC e Constran, líder do grupo de empreiteiras que assaltou a Petrobras. O personagem está preso em casa e mais ficará depois de condenado, ainda que no papel de delator possa ver reduzida parte da pena a que fará jus. Seu depoimento ao Ministério Público começou a ser vazado no fim de semana e envolve nomes ilustres do governo e do Congresso. Deixa mal muitos potentados, ainda que a argumentação de todos seja de que recolhiam doações legítimas para campanhas eleitorais variadas. Como a maior parte dos recursos distribuídos provenha de contratos superfaturados das empreiteiras com a Petrobras, quem quiser que tire suas conclusões.
Fosse Itamar Franco presidente da República, como foi, e já estariam fora de seus cargos ministros como Aloísio Mercadante e Edinho Silva, com instruções para defender-se fora do governo e a possibilidade de voltar caso comprovada sua inocência. Itamar não perdoava as dúvidas. Com o PT no poder tem sido diferente: tanto o Lula, antes, como Dilma, agora,a estratégia é reunir os acusados para elaborar estratégias de defesa. Também, até as campanhas eleitorais do antecessor e da sucessora estão sob suspeição.
Efeitos políticos devastadores estão por acontecer, se é que já não começaram, envolvendo o PT, o PMDB, o PP, até o PSDB e outros partidos. A elucidação completa da roubalheira afetará líderes de prestígio e poderá refletir-se nas próximas eleições, tanto as municipais do ano que vem quanto as nacionais de 2018. Até a candidatura do Lula está sendo afetada. Nas últimas pesquisas ele perde por dez pontos para Aécio Neves. O PT anda em queda livre e perderá em número de prefeitos, vereadores, deputados, senadores e governadores. 
As consequências políticas das sucessivas revelações da corrupção institucionalizada, porém, são menores do que os efeitos econômicos. A perda de credibilidade nas instituições virou uma constante, alimentando o desemprego, a alta de preços, impostos e tarifas, além da inflação e da supressão de direitos sociais como forma de o governo enfrentar a crise. Mais do que rejeitar, a população repudia os que deveriam conduzi-la.
Ricardo Pessoa ficou preso seis meses em estabelecimento penal de Curitiba, mas já cumpre prisão domiciliar, assim como muitos outros envolvidos no chamado petrolão, sem esquecer os réus do mensalão. Não deixa de ser estranha a evidência de que cadeia, mesmo, é para ladrão de galinha. Essa parece a diferença entre a véspera e o dia seguinte...

NO BLOG DO CORONEL
DOMINGO, 28 DE JUNHO DE 2015
(Folha) A democracia brasileira vive uma crise e a presidente Dilma Rousseff enfrenta agora o desafio de permanecer no cargo, e tentar governar, pelos próximos três anos e meio, afirma o jornal "The Washington Post". Em duro editorial, feito em razão da visita de Dilma aos Estados Unidos, iniciada neste sábado (27), a publicação afirma que o cenário não é fácil para a presidente. "Ela viu boa parte de seu poder efetivamente esvaziado pelos líderes do Congresso, que diluíram algumas de suas medidas de austeridade", afirma o jornal, em referência ao ajuste fiscal do governo.
Intitulado "Um retrocesso no Brasil", o texto cita o escândalo de corrupção na Petrobras, com dezenas de executivos e mais de 50 membros do Congresso implicados em um esquema de pagamento de propinas que soma US$ 2 bilhões (R$ 6 bilhões). "A corrupção na Petrobras foi em grande parte produto das políticas equivocadas de Rousseff, como a tentativa de restringir a companhias brasileiras os fornecedores da estatal", diz. 
As críticas à política econômica de Dilma continuam. O jornal afirma que, embora Dilma tenha vencido Aécio Neves, do PSDB, nas últimas eleições presidenciais, alegando que seu oponente "se renderia aos desmandos de banqueiros e do FMI (Fundo Monetário Internacional), ela está impondo as mesmas medidas tipicamente priorizadas pelo Fundo, incluindo cortes nos subsídios para energia.
O "Post" defende que o Brasil precisa de mais do que reformas liberalizantes. O jornal diz que é preciso incentivar o investimento privado no país e também a maior entrada de recursos estrangeiros na economia brasileira. "Sem isso, o futuro do Brasil continuará em suspenso."
POSTADO POR O EDITOR ÀS 17:01:00

Segundo a Folha, todo o esforço para parecer mais humana tem ido por água abaixo depois que Dilma estaciona a sua bicicleta e encerra seus discursos absurdos. Nas internas, continua arrancando assessores estupidamente de apresentações, assumindo os seus lugares e ofendendo-as por uma suposta falta de domínio sobre o tema. Somente ela sabe tudo. Não são os efeitos do regime Ravenna. Sao, certamente, os efeitos da mandioca, alimento preferencial das vacas que ainda tossem, pelo menos reservadamente.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 09:53:00

Cupincha de Lula no TCU, Múcio já havia sido acionado para isentar Dilma de responsabilidades pela compra de Pasadena. Agora o ex-presidente quer livrar a pupila do crime das pedaladas fiscais.
(Folha) O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estimulou pessoalmente o responsável pela análise das contas do governo Dilma Rousseff no TCU (Tribunal de Contas da União) a contestar as chamadas "pedaladas fiscais". O movimento ocorreu no mesmo período em que o petista começou a criticar abertamente a condução da gestão de sua afilhada política. 
A Folha apurou que Lula disse ao ministro José Múcio Monteiro, de quem é próximo, achar razoável que o órgão pedisse explicações sobre as manobras. Nelas, bancos públicos usam seus recursos para pagamentos do governo, o que é ilegal. A conversa se deu quando o voto do ministro, contestando o atraso no repasse, já estava pronto. Segundo relatos, Lula disse que isso "daria um susto" na presidente. 
O voto de Múcio concluía que as manobras que a equipe do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega fez entre 2013 e 2014 feriram a Lei de Responsabilidade Fiscal. Às vésperas do julgamento no TCU, marcado para 17 de junho, o relator do processo, ministro Augusto Nardes, indicou a integrantes do governo que a tendência era que o órgão rejeitasse as contas de 2014 do governo federal. 
O recado chegou a Lula, que viu se desenhar o cenário favorito para a oposição: uma possível reprovação das contas de Dilma pelo TCU, que pode ser reiterada no Congresso, abriria espaço para um processo de impeachment contra a presidente. Aliados dizem que Lula passou então a defender o adiamento do parecer sobre as contas. No julgamento, em decisão inédita, o TCU deu 30 dias para que Dilma explicasse as irregularidades. 
Questionado sobre a conversa entre o ex-presidente e Múcio, o Instituto Lula, por meio de sua assessoria, disse que Lula "repudia e lamenta a reiterada prática do jornal Folha de S. Paulo de lhe atribuir afirmações a partir de supostas fontes anônimas, dando guarida e publicidade a todo o tipo de especulação". 
O ministro Múcio foi procurado não respondeu até a conclusão desta edição. Uma ala do Planalto vê este como mais um sinal de que o ex-presidente quer se distanciar de Dilma e creditar à sucessora a crise do governo, eximindo-se de qualquer responsabilidade. Lula tem criticado Dilma publicamente e chamou sua gestão de "governo de mudos". Para o petista, a presidente, ele e o PT estão "no volume morto". 
Os mais críticos a Lula dizem que o movimento de ataque e, em seguida, recuo, tem sido comum no comportamento do ex-presidente em relação a Dilma. Eles lembram quando, nos bastidores, o petista estimulou que parlamentares do PT votassem contra o ajuste fiscal do governo em nome de bandeiras do partido. Diante da real possibilidade de derrota, porém, Lula pediu união à bancada. 
Outro setor do governo diz que o ex-presidente está "irritado e inquieto" com os resultados do governo e acredita que as críticas "para fora" podem surtir mais efeito do que os conselhos diretos à presidente. Caso queira ser candidato em 2018, apostam esses petistas, Lula não pretende deixar seu projeto político afundar dessa maneira.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 09:45:00

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
29/06/2015 às 6:16
A presidente Dilma Rousseff está nos EUA, e Lula vai a Brasília nesta segunda para discutir com os petistas a crise política. Ou por outra: enquanto a titular viaja, ele se dirige ao centro do poder para se comportar como uma espécie de presidente informal da República. Finge não ser ele próprio parte da crise. Aliás, em certa medida, é um dos seus protagonistas. Neste fim de semana, reportagem da Folha informou que o ex-presidente estimulou José Múcio Monteiro, ministro do TCU, a cobrar Dilma pelas pedaladas fiscais. Vale dizer: comporta-se como sabotador.
O Babalorixá de Banânia vai se encontrar com as bancadas do partido na Câmara e no Senado. Na pauta, uma reação à Operação Lava Jato e as relações do PT com o PMDB. Mas qual reação? Na sexta passada, ele e Rui Falcão, presidente da legenda, se encontraram. O resultado foi uma resolução da Executiva Nacional que se insere entre as mais alopradas da História.
O encontro estava marcado antes de vir a público parte da delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da UTC e ex-amigo pessoal de… Lula! O homem confessou ter doado R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma do ano passado depois, de se sentir ameaçado por Edinho Silva, e afirmou ter doado R$ 250 mil, por fora, para a campanha de Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo em 2010. Edinho e Mercadante estão entre os ministros considerados fortes de Dilma.
É evidente que é um despropósito Lula viajar a Brasília quando Dilma está fora do país. Evidencia, sim, que os dois estão distantes, mas também dá conta da bagunça institucional que o PT promove no país. Por mais que se queira dizer que ele pode cuidar dos interesses do partido, enquanto ela se atém às questões nacionais, todos sabem que não é assim que as coisas funcionam na prática.
De resto, cumpre indagar: quais são as orientações que Lula tem dado ultimamente ao petismo? Elas têm concorrido para facilitar ou para dificultar a vida da presidente Dilma? A resposta, como sabemos, é óbvia. O chefão petista ajudou a mobilizar o partido contra o ajuste fiscal e praticamente forçou a presidente a enterrar o fator previdenciário, uma conta que fatalmente será paga pelos brasileiros.
Lula vai conversar com os petistas como se ele fosse um elemento capaz de solucionar a crise, o que é falso. As suas intervenções têm servido, ao contrário, para potencializar os problemas e para reforçar a imagem de uma presidente fraca, incapaz de governar o país e de dar uma resposta eficiente à crise política.
A decadência do mito Lula está custando caro ao Brasil.
Por Reinaldo Azevedo
29/06/2015 às 7:21
O conteúdo da delação premiada de Ricardo Pessoa, da UTC. que veio a público na edição de VEJA desta semana, é de estarrecer. O que se viu ali é a expressão da privatização não de estatais, com regras transparentes, mas do Estado brasileiro. O PT se organizou, e já escrevi isso aqui tantas vezes, para ser uma espécie de gerente do capitalismo nacional. O partido, que sempre foi autoritário, posando de socialista, se juntou a um setor do empresariado, que sempre foi autoritário, posando de capitalista, e, juntos, promoveram o aggiornamento do patrimonialismo. Luiz Inácio Lula da Silva já é o maior coronel da história do Brasil. E isso, é óbvio, nada tem a ver com suas raízes nordestinas. Até porque ele é um coronel urbano.
O que a Operação Lava Jato, nos seus aspectos virtuosos — e há muitos aspectos viciosos também — revela? Um partido que operou e opera com extrema intimidade com os potentados nacionais. Atenção! Estão sendo desvendadas as relações do partido com as empreiteiras — um setor que nunca gozou de boa reputação na imprensa porque constituiu, sem trocadilho, um dos pilares do regime militar, com a sua conhecida propensão para o concreto armado. A má fama, justa ou injusta, vem de lá.
E se fôssemos desvendar as outras intimidades? Será que as relações do PT com o setor financeiro sempre foram as mais republicanas? E com algumas expressões da agroindústria? E com alguns eleitos da área industrial propriamente?
A verdade é que, sob as vestes de um partido socialista e igualitário, o PT se aproveitou para tomar de assalto não apenas o Estado, mas também o capital privado. Lula percebeu a fragilidade teórica dos nossos empresários. Lula percebeu que, com raras exceções, eles se deixam conduzir por um pragmatismo bronco e viam e continuam a ver o Estado como extensão de seus interesses. Então o PT olhou para esses senhores e disse: “O Estado financiador de grandezas é o caminho, e nós somos o pedágio”. E o empresariado topou pagar. Notem que todo o grande capital brasileiro estava “petista” até anteontem.
Nota à margem: é por isso que o PT odeia tanto a classe média — o que já foi vocalizado por Marilena Chauí e sua vassoura teórica. Lula não se conformava que os banqueiros gostassem tanto dele, que os empreiteiros gostassem tanto dele, que muitos empresários do setor industrial e agroindustrial gostassem tanto dele, mas não as camadas médias. Daí o ódio que petistas no geral tem ao Estado de São Paulo.
A origem
De onde vem isso? É claro que o PT assustava parte do empresariado brasileiro. Sabem como é… As pessoas levavam Lula a sério, embora ele próprio não se levasse — o que, felizmente, descobri quando tinha 16 anos. Contei aqui: já fui de esquerda, sim! Lulista, nunca! Sempre foi uma fraude como convicção. É um falastrão que contou com circunstâncias favoráveis, dono, isto sim, de notável inteligência para entender o jogo político. Ainda bem que é preguiçoso. Tivesse se instruído também, teria sido um perigo maior. Adiante.
O PT teve de assinar a tal “Carta ao Povo Brasileiro” em 2002, na qual se comprometia com os fundamentos da economia de mercado. Funcionou como um primeiro chamariz para o empresariado. Aos poucos, setores do Capital perceberam que Lula queria apenas ter a sua máquina no controle — e a muitos isso pareceu positivo, desde que pudessem fazer negócios. Um empresário realmente liberal tem, sim, por objetivo o lucro e a expansão dos seus negócios, mas segundo valores. Um empresário sem valores se contenta com o lucro e não vê mal nenhum em contar com um ente de razão como sócio — no caso, o PT.
O que é que a delação de Ricardo Pessoa revela senão isto? O PT se tornou um parceiro dos empresários, e, juntos, se apropriaram do Estado. Não é que essa comunhão não renda benefício nenhum ao País. De tudo, como diria o poeta, sempre fica um pouco, também para os pobres. Aos trancos e muitos barrancos, o País avançou em alguns indicadores. Posso apostar que há muita gente que achava a tal parceria muito “natural”. Mas atenção: dentro das regras e sem roubalheira, teríamos avançado muito mais.
A conversão do PT à economia de mercado, em suma, tinha um preço. E amplos setores do empresariado brasileiro decidiram pagar apenas porque parecia positivo para os negócios. E tudo teria ido muito bem — porque, afinal, não há mal nenhum em que um governo mantenha uma interlocução com o capital — se essa parceria não tivesse se dado à custa da degradação institucional, da ilegalidade, do compadrio e da mais descarada e aloprada corrupção.
Não existe mais crise mundial. A crise é brasileira. E o nome da crise é o “Custo PT”. Enquanto essa gente estiver no poder, o país está condenado ao atraso. E ponto.
Texto publicado originalmente às 5h
Por Reinaldo Azevedo

NO O ANTAGONISTA
O outro caminho para cassar o mandato de Dilma
Brasil 28.06.15 09:35
Ricardo Pessoa será ouvido pelo Ministério Público Eleitoral na ação que investiga a campanha pela reeleição de Dilma Rousseff.
O Estadão informa que o depoimento do empreiteiro foi marcado para 14 julho.
Se Dilma Rousseff não for afastada por suas fraudes contábeis, julgadas pelo TCU, ou pelo assalto petista à Petrobras, que tem de passar pelo STF, ela terá seu mandato cassado pelo TSE.
E aí, vão encarar?
Brasil 28.06.15 14:17
Lula ameaçou colocar seus capangas do MST nas ruas, se a casa caísse.
Como ela está caindo, perguntamos: e aí, Lula e Stedile, vão encarar?
Negando a realidade
Brasil 28.06.15 14:46
Os procuradores da Lava Jato responderam à advogada da Odebrecht, Dora Cavalcanti, que acusou o juiz Sergio Moro de violar os direitos humanos de seus clientes.
Para eles, a ideia de um recurso em cortes internacionais “sugere, fortemente, que os dez delegados, os nove procuradores, o juiz federal, a corte de primeira instância, os desembargadores do TRF da 4ª Região e os ministros do STJ e STF estão mancomunados para violar os direitos de seus clientes, o que é de uma total irresponsabilidade, senão desespero”.
Também afirmam que a Odebrecht nega a realidade frente às provas colhidas pelos investigadores.
Não adianta chorar, Lula
Brasil 28.06.15 20:53
O Antagonista noticiou que Lula estava, mais do que nervoso, histérico com a prisão de Marcelo Odebrecht. Agora, a Istoé informa que, além de insônia, ele teve uma crise de choro. Pavor de ir para a prisão.
Não adianta chorar, Lula.
PGR começa a investigar delação de Pessoa
Brasil 28.06.15 17:58
A Procuradoria Geral da República já enviou ao STF os primeiros pedidos de produção de provas com base na delação premiada de Ricardo Pessoa, segundo O Globo.
As solicitações foram encaminhadas ao ministro Teori Zavascki e referem-se a casos em andamento. Já são investigados os senadores Fernando Collor, Edison Lobão, Benedito de Lira e Ciro Nogueira; e os deputados Eduardo da Fonte e Arthur Lira.
Entre as medidas possíveis, estão depoimentos de envolvidos e testemunhas, quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico e busca e apreensão de documentos.
700 milhões de euros ontem
Mundo 28.06.15 21:14
Apenas ontem, os gregos retiraram 700 milhões de euros dos caixas eletrônicos. O (des) governo grego deve decretar seis dias de feriado bancário.
Eduardo Cunha e o caminho até o impeachment
Brasil 29.06.15 05:42
Eduardo Cunha deu uma entrevista esclarecedora à Folha de S. Paulo.
Ele mostrou que conhece a realidade do país:
“Se você falar com nove de dez economistas, estamos muito mais perto do caminho da Grécia do que do caminho da China”.
Sua prioridade, porém, é a realidade do PT e do PMDB:
“O governo continua com a política de hegemonia, que quer tudo para o PT. Se o PMDB não ocupou o cargo que foi prometido, esse deputado vê que o cargo está ocupado por um petista”.
Eduardo Cunha está morrendo de medo da Lava Jato:
“Joaquim Barbosa não decretou nenhuma prisão preventiva. O que significa que ele respeitou o princípio constitucional da presunção da inocência, o que me parece que não está sendo respeitado hoje”.
Para abafar a Lava Jato, ele quer reunir todos os partidos, em particular o PSDB, num imenso conchavo nacional:
“A grande evolução que se deve ter é que temos que discutir o parlamentarismo no Brasil, e rápido. Um debate para valer e votar”.
Caso isso não funcione, a saída é o impeachment, motivado pelas pedaladas fiscais:
“Se o TCU reprovar as contas do mandato anterior, não quer dizer nada. Se há práticas neste mandato condizentes com improbidade, é outra história”.
Lula planeja sua fuga de Alcatraz
Brasil 29.06.15 05:49
Lula está com medo da Lava Jato.
Como Clint Eastwood em Alcatraz, ele tem de montar um plano para escapar da cadeia.
É com esse espírito que ele desembarca hoje em Brasília.
Lula tem um jantar marcado com deputados e senadores do PT, muitos dos quais financiados com dinheiro roubado da Petrobras. Antes disso, ele se reúne com dirigentes do partido.
Na semana passada, um desconhecido pediu um Habeas Corpus preventivo para Lula e todos nós rimos muito. Hoje, porém, Lula faz exatamente isso: articula com seus comparsas uma espécie de Habeas Corpus parlamentar, capaz de garantir-lhe imunidade contra a Lava Jato.
A delação de Cerveró
Brasil 29.06.15 06:22
Nestor Cerveró está pensando em fazer uma delação premiada.
Quem informa é Lauro Jardim, na Veja.
Isso explica por que Eduardo Cunha reclama tanto das prisões da Lava Jato. Se Nestor Cerveró delatar seus comparsas, o PMDB explode. E o PT vai junto.
Como disse o próprio Cerveró em depoimento ao juiz Sergio Moro:
"Eu assumi o cargo de diretor atendendo a um convite do presidente Lula e da ministra Dilma. Eu tinha uma atividade dentro da Petrobras mais próxima ao Partido dos Trabalhadores".
O acordo para cassar Dilma e melar a Lava Jato
Brasil 29.06.15 07:18
Aécio Neves é um patriota.
Entrevistado pelo Estadão sobre o impeachment de Dilma Rousseff, depois da denúncia de Ricardo Pessoa de que a presidente se elegeu com dinheiro roubado da Petrobras, ele preferiu pedir cautela.
Textualmente:
"Continuo tendo a cautela de sempre nessa questão. Vou continuar esperando que as coisas caminhem. Um momento extremamente importante para todo esse processo será o julgamento do Tribunal de Contas".
Sobre Aloysio Nunes, o senador tucano que, assim como Lula e Dilma Rousseff, foi denunciado por Ricardo Pessoa, Aécio Neves adotou a mesma linha de defesa do tesoureiro do PT:
"Não se pode misturar um apoio legítimo, declarado na Justiça Eleitoral, com o assalto comandado pelo PT".
O quadro está claro: PT, PMDB e PSDB vão usar a rejeição das contas de Dilma Rousseff no TCU para forçar sua renúncia. Em seguida, vão fechar um acordo por baixo do pano para melar a Lava Jato.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 28/06/2015 16:29
O estilhaçamento da imagem de Dilma Rousseff leva apreensão à cúpula do PMDB. Neste início de semana, caciques do partido analisarão a conjuntura em conversas com o vice-presidente Michel Temer, hoje no exercício da Presidência. Ainda é majoritária na legenda a ala que reage à crise com presença de espírito. Mas a dissidência, que prefere a ausência de corpo, decidiu elevar o timbre.
“Ou o PMDB se afasta desse governo ou vai para o volume morto junto com a Dilma”, diz o ex-ministro Geddel Vieira Lima. “O PMDB fala que vai para uma candidatura própria em 2018. Para fazer isso, precisa se afastar do governo agora e explicar as razões. É preciso apresentar alternativas. Do contrário, é melhor parar com essa hipocrisia de candidatura própria. Vamos para o volume morto.”
Presidente do PMDB na Bahia, membro do diretório e da Executiva nacional da legenda, Geddel irá a Brasília para expor seus pontos de vista. “Está todo mundo muito preocupado no partido. As conversas são intensas. Não há mais espaço para ambiguidades. Os blocos estão se solidificando. Se queremos ser alternativa, os dissidentes tem de ser ouvidos.”

Josias de Souza - 29/06/2015 04:36
O governador petista de Minas Gerais, Fernando Pimentel, formalizará nesta segunda-feira junto ao ministro José Eduardo Cardozo, seu companheiro de PT, um pedido de abertura de investigação contra a Polícia Federal. Acusa o órgão de “politizar” uma investigação. Pede a identificação do responsável pelo vazamento de relatório em que a PF o apresenta como suspeito de chefiar uma “organização criminosa”. O documento estava protegido pelo “segredo de Justiça”.
Ao lado de sua mulher, Carolina Oliveira, Pimentel é protagonista de uma operação que a PF batizou de Acrônimo. Contratou para defendê-lo o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Além de se dirigir a Cardozo, o defensor do governador mineiro protocolará uma petição no gabinete do ministro Herman Benjamin, relator do processo aberto contra Pimentel no STJ. Na peça, ele reforçará o pedido para que sejam apurados o vazamento do texto sigiloso e o que chama de “instrumentalização” do inquérito policial.
Pimentel não é o único petista irritado com a Polícia Federal. Reunida há cinco dias em São Paulo, a Executiva Nacional do PT decidiu convidar José Eduardo Cardozo para dar explicações sobre a desenvoltura com que a PF atua nas operações Lava Jato e Acrônimo. O partido atribui à tibieza do ministro da Justiça a permanência do ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto na cadeia, em Curitiba, e a batida policial feita num escritório político de Pimentel, em Belo Horizonte.
O compartamento do petismo é irracional e paradoxal. É irracional porque Cardozo, mesmo que desejasse, não tem poderes para dirigir inquéritos feitos sob supervisão do Ministério Público, com anuência da Justiça. É paradoxal porque Dilma Rousseff e Lula costumam atribuir a proliferação dos inquéritos anticorrupção à autonomia que seus governos deram à PF. Quando essa autonomia exibe os calcanhares de vidro de companheiros, o PT faz pose de vítima de violações e abusos.
Kakay, o advogado de Pimentel, diferencia sua atuação da iniciativa do PT. “Lutamos muito para que a Polícia Federal tivesse autonomia”, afirma. “Não somos contra a investigação. Temos resposta para todas as questões. Nossa contrariedade é com a forma como tudo se deu. A ação da Polícia Federal tem vícios muito nítidos. E causou prejuízos irreparáveis ao governador Pimentel.”
Nas petições que encaminhará à pasta da Justiça e ao STJ, Kakay fará um inventário dos alegados “prejuízos”. Segundo ele, “a Polícia Federal produziu um relatório político, não técnico.” Pediu para fazer busca e apreensão em 34 endereços. A Procuradoria foi a favor de 25. E o ministro do STJ autorizou 17. Excluiu, por exemplo, o BNDES e a sede do governo de Minas.”
No trecho que deixou Pimentel e seu advogado mais abespinhados, o documento anota: “Fernando Pimentel seria o chefe da organização criminosa operada financeiramente por Benedito [Oliveira Neto], grupo criminoso este especializado em lavagem de capitais oriundos de desvio de recursos públicos e aplicação de parte dos valores branqueados em campanhas eleitorais…”
Trecho de relatório sigiloso da Polícia Federal reproduzido pela revista Época
Para Kakay, o texto da PF “foi politizado de propósito, para produzir escândalo na imprensa.” Ele tachou de “inaceitável” o vazamento do relatório. A revistaÉpoca reproduziu trechos. “Numa reprodução, está escrito acima do texto, no cabeçalho da folha: ‘segredo de Justiça’. Parece um escárnio'', disse o advogado. “Isso é muito grave. Alguém vazou. Não posso fazer acusações. Seria leviano. Mas temos alguns indícios. E vamos pedir que tudo seja apurado.”
Pimentel foi à alça de mira da PF em outubro do ano passado. Numa batida realizada no aeroporto de Brasília, agentes federais apreenderam R$ 113 mil em dinheiro vivo dentro de um avião particular. A bordo, entre outros passageiros, o proprietário da aeronave, Benedito Oliveira. Homem de muitos negócios, Bené, como é conhecido, é dono de uma gráfica que prestava serviços à campanha de Pimentel ao governo de Minas.
Puxando o fio dessa meada, a PF deflagrou a Operação Acrônimo. Mirou primeiro em Carolina, a mulher do governador mineiro (foto ao lado). Depois, mediante autorização do STJ, concentrou-se também em Pimentel. Sustenta que o casal está envolvido num esquema operado por Bené. Tenta provar que a dupla praticou os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.
De acordo com a PF, uma empresa de Carolina, a Oli Comunicação, e uma consultoria que atuou em parceira com ela receberam, entre 2011 e 2014, R$ 3,6 milhões de empresas que são clientes do BNDES. Nessa época, Pimentel era ministro do Desenvolvimento, pasta que carrega o BNDES no seu organograma.
Para a PF, parte desses recursos “poderiam ter, em última análise, como destinatário o então ministro de Estado”, ou seja, Pimentel. Ainda de acordo com a PF, os grupos Marfrig e Casino (controlador do Pão de Açúcar) teriam repassado à Oli R$ 595 mil e R$ 362,8 mil, respectivamente.
Embora defenda apenas Pimentel, não a mulher dele, Kakay afirma que a empresa de Carolina não emitiu nenhuma nota em nome do Margrig nem do Casino. Essas empresas contrataram, na verdade, a MR Consultoria, do jornalista e gestor de crises Mário Rosa. Porém, a firma da mulher de Pimentel, uma jornalista sem nenhuma projeção, recebeu R$ 2,4 milhões da MR Consultoria entre 2012 e 2014.
“Quando Mário Rosa contratou a Carolina, em março de 2012, ela já tinha saído do Ministério do Desenvolvimento. Saiu em dezembro de 2011. Abriu a empresa”, disse Kakay. Por que o consultor contratou a firma de Carolina? “Isso a Polícia Federal vai ter que perguntar para ele”, disse o advogado do governador.
A PF investiga também a suspeita de caixa dois na campanha de Pimentel ao governo de Minas. Benedito Oliveira, o Bené, teria subfaturado serviços gráficos. “A prestação de contas do comitê do governador foi aprovada pela Justiça Eleitoral”, afirma Kakay. “Se o Benedito praticou alguma irregularidade é ele quem precisa responder.”
Numa evidência dos vínculos que unem o governador mineiro ao amigo Bené, a PF colecionou documentos que mostram que o empresário pagou a estadia de Pimentel e sua mulher no Kiaroa Resort, luxuosa hospedaria assentada na praia baiana de Maraú. Desembolsou R$ 12.127,50 por um final de semana, em 2013. E cedeu o jatinho para que o casal voasse de Brasília para a Bahia.
Segundo Kakay, Carolina é amiga da mulher de Bené, Juliana. Comentou com ela que desejava hospedar-se no tal resort. “A Juliana disse que tinha um crédito naquele hotel. Ela disse para a Carolina: ‘usa esse crédito’. Carolina usou. O Pimentel, que era namorado dela, foi junto. De fato, utilizaram o jatinho. Estamos reconhecendo isso. Se é errado ou não, vamos discutir no processo.”

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Segunda-feira, junho 29, 2015
O Antagonista  anotou com precisão: "Lula estava, mais do que nervoso, histérico com a prisão de Marcelo Odebrecht. Agora, a IstoÉ informa que, além de insônia, ele teve uma crise de choro. Pavor de ir para a prisão.
Não adianta chorar, Lula".
***
Tirante o site de Veja e de O Antagonista o resto da grande mídia nacional continua mordendo e assoprando. Na verdade, assopra mais, tratando de encontrar um linimento capaz de mitigar o clima de pavor que tomou conta de Lula depois que o seu amigão chefete da Odebrecht passou a ver o Sol nascer quadrado. Sem falar na delação minuciosa e recheada de detalhes do mega empreiteiro Ricardo Pessoa, mote da reportagem-bomba da revista Veja desta semana, embalada em 12 páginas incandescentes, para dizer o mínimo.
***
Nesta alturas dos acontecimentos e das estarracedoras revelações que vieram a público neste final de semana nem mesmo a inércia da oposição claudicante e omissa e do jornalismo pena alugada que campeia na grande imprensa serão capazes de deter o poder corrosivo dos fatos.
***
E o jornalismo pena alugada continua tentando inflar a bola murcha do PT, anunciando que Lula vai articular o partido nesta segunda-feira em Brasília. Será? Esse tipo de matéria a respeito de Lula chega a ser ridícula, já que é feita sem ouvir o chefe do PT de viva voz. Faz quase dois anos que Lula foge dos jornalistas como o diabo foge da cruz, depois que explodiu o escândalo de corrupção envolvendo sua amante, Rosemary Noronha, que chefiava a representação do Palácio do Planalto em São Paulo. As matérias sobre Lula são feitas por intermédio de interlocutores.
***
Lula e o PT estão em fim de carreira. E isto é ótimo para os brasileiros, fartos de serem enganados e ludibriados pela cambada comunista do Foro de São Paulo.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Segunda-feira, 29 de junho de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Um boato fortíssimo entre lobistas revela que, na noite de quinta-feira passada, Luiz Inácio Lula da Silva teve um violento ataque de nervos que o obrigou a ser atendido por médicos. A fim de não dar na pinta, o socorro chegou camuflado em um furgão (e não em uma ambulância convencional), no apartamento de São Bernardo do Campo. Verdade ou lenda, o certo é que Lula nunca esteve tão em baixa e preocupado com sua própria sobrevivência política. O mito se esfacela. Salvação real? Só em caso de morte súbita...
Já recuperado do faniquito e pronto para outro, o tenso Lula viaja correndo nesta segunda-feira para Brasília, onde terá uma reunião de emergência com senadores e deputados do Partido dos Trabalhadores. No encontro, $talinácio vetou a presença de ministros do governo Dilma Rousseff. A Presidenta, que está nos EUA para o beija-mão ao Barack Obama, segue completamente encurralada pelo encurtamento do tempo político por aqui. Seu desgaste perante a opinião pública parece irreversível. Já é consenso que, se não houver um milagre, seu governo não chega ao final do ano - isto na hipótese mais otimista.
A crise interna é violentíssima. Tanto a política quanto a econômica. A moral nem se fala... Dilma Rousseff só não está mais perdida do que Lula - que parece um cara cego e sozinho no meio de um alambique inesgotável... Por isso, invocando o espírito de $talinácio, o chefão da seita petista quer cobrar fidelidade e apoio incondicional em sua defesa, diante do risco de envolvimento de seu nome nos desdobramentos da Lava Jato. Como a Força Tarefa já anunciou oficialmente que só investigou apenas 25% das broncas, e nem mexeu inteiramente no ninho de cobras com foro privilegiado (missão para o Procurador Geral da República com o Supremo Tribunal Federal), Lula já tem certeza de que sobrará para si muito problema escondido nos 75% a serem investigados.
Dando uma de "opositor da Dilma" (com quem finge estar rompido), Lula exige as cabeças de dois aliados que considera "traidores": o ministro chefe da Casa Civil, Aloísio Mercadante, e o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A bronca de Lula com Mercadante (agora diretamente enrolado na bombástica delação premiada do chefão do cartel de empreiteiros, Ricardo Pessoa) é que ele resolveu agir com "luz própria" e não se comportou como seu pau mandado do ex-Presidente no seio do governo (ao contrário dos antecessores (José Dirceu, Antonio Palocci e Gleisi Hoffmann). Já a imperdoável raiva do Cardozo é por ele, além de não conseguir controlar a Polícia Federal, também não ter sabido defender os empreiteiras dos ataques da "turma do juiz Sérgio Moro".
O Alerta Total repete por 13 x 13: A hora da decisão nunca esteve tão próxima. O impasse institucional se agrava como nunca antes na história deste País. Os três poderes, altamente desgastados, batem cabeça. A maioria da sociedade, alarmada com a violência e afetada pela crise (que combina carestia, inflação e desemprego), aumenta a tensão e dá sinais de que pode perder a paciência a qualquer momento. A tendência é de conflito. A barbárie e o caos estão apenas começando. O desfecho no day after é imprevisível.
Dilmandioca
Releia o artigo de domingo: O Samba do Brasil Doidão
Ingratidão
Listinha do Pessoa
Os nomes de 18 políticos supostamente citados pelo dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, como beneficiados com dinheiro da corrupção foram revelados pela revista Veja neste fim de semana:
– Campanha de Dilma Rousseff em 2014: R$ 7,5 milhões.
– Campanha de Luiz Inácio Lula da Silva em 2006: R$ 2,5 milhões.
– Ministro Edinho Silva (PT), ex-tesoureiro da campanha de Dilma: valor não informado.
– Ministro Aloizio Mercadante (PT): R$ 250 mil.
– Senador Fernando Collor (PTB-AL): R$ 20 milhões.
– Senador Edison Lobão (PMDB-MA): R$ 1 milhão.
– Senador Gim Argello (PTB-DF): R$ 5 milhões.
– Senador Ciro Nogueira (PP-PI): R$ 2 milhões.
– Senador Aloysio Nunes (PSDB-SP): R$ 200 mil.
– Senador Benedito de Lira (PP-AL): R$ 400 mil.
– Deputado José de Fillipi (PT-SP): R$ 750 mil.
– Deputado Arthur Lira (PP-AL): R$ 1 milhão.
– Deputado Júlio Delgado (PSB-PE): R$ 150 mil.
– Deputado Eduardo da Fonte (PP-PE): R$ 300 mil.
– Prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT-SP): R$ 2,6 milhões.
– Ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto: R$ 15 milhões.
– Ex-ministro José Dirceu: R$ 3,2 milhões.
– Ex-presidente da Transpetro Sergio Machado: R$ 1 milhão.
Inocentes reagindo
Na Zona de exclusão
Na Zona de rebaixamento
A Seleção Brasileira, o Flamengo e a Dilma só nos dão alegria...
Aliás, é difícil saber qual consegue ser mais pior...
O Vasco, no mesmo nível deles, pelo menos ganhou ontem...
Mas o sofrível jogo teve lateral batido para fora, inúmeros erros de passe e falhas táticas imperdoáveis.
(...)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 10/12/2023 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 05/8/2023 - SÁBADO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 08/4/2024 - SEGUNDA-FEIRA