DA MÍDIA SEM MORDAÇA - PRIMEIRAS DO DIA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
13 DE MAIO DE 2015
Partido do governo no maior escândalo de ladroagem de todos os tempos, desmantelado pela Operação Lava Jato, o PT tenta se livrar da pecha de agrupamento de ladrões pregando o fim do financiamento empresarial de campanhas. Mas a nova bandeira somente foi adotada pelo PT após amealhar, em 2014, mais de R$ 300 milhões em doações de empresas. Doações de pessoas físicas representam apenas 0,2%.
De todo o dinheiro arrecadado pelo PT em 2014 para a campanha de Dilma, 94,2% foram doações de empresas interessadas na reeleição.
A pregação do fim do financiamento privado somente foi deflagrado no PT após o Congresso triplicar o valor do “fundo partidário”.
Pela nova lei aprovada no Congresso, os partidos vão bater a carteira dos contribuintes brasileiros em mais de R$ 868 milhões por ano.
O PT deve receber 16,05% ou R$ 140 milhões só em 2015 da bolada do “fundo partidário” abastecido com dinheiro dos contribuintes.
A conversa entre Lula, Renan Calheiros e Delcídio Amaral, no fim de semana em São Paulo, parecia reunião de opositores, tal a virulência dos ataques a Dilma. Novo líder do governo no Senado, Delcídio (PT-MS) pediu carona a Renan, na visita a Lula, para suplicar ajuda. É que ele saiu com as mãos abanando de um encontro com Dilma, a quem solicitara “instrumentos” para atuar. A presidente nem respondeu.
Delcídio virou líder do governo no Senado por falta de opção. Mas ele sabe que Dilma não gosta dele. Nem Lula.
A derrota do destaque mantendo INSS em 12%, na regulamentação das domésticas expôs a má articulação de Delcídio. Perdeu por 49x12.
Quando pediu a Renan para ser “penetra” na visita a Lula, Delcídio certamente não imaginava o nível de irritação dos demais com Dilma.
O ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) mandou o recado para o ex-ministro Carlos Lupi, presidente e dono do PDT: ou seu partido vota a favor do ajuste ou sai do governo. O PDT já prepara o desembarque.
Carlos Lupi reúne a executiva do PDT, sexta (15), no Rio de Janeiro para discutir apoio ao governo. Ele não quer largar o Ministério do Trabalho, boquinha da qual foi enxotado por Dilma e onde ainda manda muito.
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), desembarcou em Brasília nesta terça-feira (12) para apoiar a indicação de Luiz Edson Fachin ao Supremo Tribunal Federal. Pegou mal para Fachin.
Partiu do Palácio do Planalto a determinação para abortar a votação da MP 664, uma malvadeza do pacote fiscal criada para dificultar o acesso à pensão ao auxílio doença. A bancada governista rachou.
O deputado Paulinho da Força (SD-SP) não dá trégua a Dilma. Nesta terça (12), ele levou aposentados da Força Sindical fantasiados de doentes, que bradavam palavras de ordem contra a presidente.
Na sabatina de Luiz Fachin, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) chamou Ronaldo Caiado (DEM-GO) de “autista”. Se fosse o contrário, ele seria acusado de discriminar portadores da doença.
No dia em que a Câmara aprovava a MP 665, deputados do PCdoB almoçaram com Eduardo Cunha. Saíram tão encantados com Cunha que até racharam a conta da comilança.
Ao ouvir queixas sobre políticos, Ulysses Guimarães dizia, lá pela 48ª legislatura, final dos anos 1980, que “pior que esse Congresso, só o próximo”. Ele nem imaginava como seria a atual, a 55ª legislatura...

NO DIÁRIO DO PODER
LULA ESVAZIOU AS REDAÇÕES E ABARROTOU O GOVERNO DE JORNALISTAS MILITANTES
Por Jorge Oliveira (*)
Florença, Itália - Noaldo Dantas, de saudosa memória, não cansava de repetir, para deleite da plateia, quando via um colega com o rei na barriga: “O jornalista é um miserável importante”. Frasista dos bons, não sei se posso atribuir-lhe a autoria dessa pérola mas que é verdade não há dúvida. Lula, quando fala que “se juntar todos os jornalistas da Veja e da Época não dão 10% da minha honestidade”, não quer atingir apenas os profissionais dessas duas revistas, mas também os jornalistas que usaram seus veículos de comunicação para levá-lo ao poder. Fala de cadeira porque muitos ele cooptou para o seu governo. Portanto, conhece a vulnerabilidade de cada um dos seus seguidores.
Na verdade, dois candidatos à presidência da república contaram com os teclados submissos e generosos de muitos jornalistas no Brasil: Collor e Lula. O primeiro atraiu muitos colegas de redação com a guerra contra os marajás. Convidava-os em lote para visitar Alagoas, onde uma estrutura de comunicação se encarregava de encantá-los com os projetos de moralização do seu governo garantindo a mídia favorável nos jornais e revistas. O Lula apareceu como líder dos trabalhadores do ABC e logo virou atração de modernidade para a esquerda festiva e burguesa e dos jornalistas deslumbrados que viram no PT a marca da contestação ao regime militar e o rompimento ideológico com antigos partidos, como o PCB, por exemplo.
Veja que o vermelho não é diferente do colorido. A prova disso é que ambos estão juntos hoje em dia. E partiu de Lula a iniciativa de se aproximar de Collor para que ele ajudasse o PT a se estabilizar no poder, postura tão diferente daquela quando incentivou o Zé Dirceu e seus militantes caninos a provocar a CPI do PC Farias que terminou com o impeachment do seu atual amigo. Lula não se conformava ter perdido a eleição para Collor em um debate desastroso em que gaguejou durante todo o tempo, mesmo acostumado aos grandes confrontos.
Pois bem, Lula fala de cadeira quando direciona seus mísseis para os jornalistas. O único equívoco é quando generaliza. Nem todos os profissionais comem ou comeram no seu cocho de mandioca. Mas uma boa parte sim, diga-se. Com a sua chegada ao governo, muitos dos seus adeptos largaram as redações e seguiram o mestre na sua escalada ao poder. Foram coerentes: defenderam as ideias de Lula nas redações às custas dos patrões que os remuneravam e depois foram se aboletar nas repartições a soldo do erário público.
Lula aparelhou o estado distribuindo estrategicamente os jornalistas que lhes prestavam obediência nos órgãos estatais. Aos colunistas políticos mais conhecidos, ele deu posição de destaque no seu governo. Entregou a alguns, inclusive, os cargos de comando nas empresas de comunicação do governo. Usou e abusou de todos eles e depois descartou-os como rolete chupado. Muitos, desiludidos e frustrados, hoje estão na oposição. Coisa feia. Cospem no prato que comeram. Uma indelicadeza com o chefe. Agora, doze anos depois, surge uma nova geração de jornalistas independentes nas redações que só conhece de Lula e do PT os atos de corrupção. É para esses jornalistas novos, apartidários, que Lula se lança ao ataque com seu contingente de guerrilheiros vermelhos da comunicação na rede dos blogs chapas-brancas financiados pelos órgãos públicos. 
Na trincheira de Lula, tentando erguer envergonhadamente a bandeira da moralidade, estão muitos jornalistas medíocres que foram se abastecer nas tetas do governo. São dessas tetas que provêm seus sustentos. Nada seria demais se o trabalho desses profissionais visassem apenas a divulgação isenta da notícia dos órgãos estatais. O que se vê, porém, é a utilização da máquina do governo para difamar e ameaçar autoridades constituídas que investigam a corrupção ou pessoas de bem que divergem do caminho desastroso que os petistas levam o país.
É assim, diante dessa submissão e do servilismos doentio de alguns profissionais de imprensa, que vivem à sombra das benesses petistas, que o jornalista brasileiro deixa de ser um miserável importante, para se transformar, infelizmente, apenas em miserável.
(*) Jorge Oliveira, jornalista, dois Prêmios Esso, foi diretor do Sindicato dos Jornalistas do Rio, diretor da Fenaj e da ABI, entre outras entidades da categoria.

NO BLOG O ANTAGONISTA
Brasil 12.05.15 22:45 
20 a 7 a favor de Luiz Edson Fachin na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
7 a 1 para o PT contra o Brasil.
Mundo 13.05.15 05:30 
O ministro da Defesa da Coréia do Norte foi executado com metralhadoras anti-aéreas porque pegou no sono durante uma parada militar. Imagine se ele tivesse assistido à sabatina de Luiz Edson Fachin.
O grande sono
Brasil 13.05.15 05:48 
Pedro Corrêa, o deputado do PP que foi do Mensalão ao Petrolão, declarou à CPI da Petrobras:
"Ninguém tem coragem de botar Lula na cadeia"...
O vidente Pedro Corrêa
Brasil 13.05.15 06:06 
Ricardo Pessoa, hoje, deve assinar seu acordo de delação premiada. A Folha de S. Paulo diz o seguinte:
"Após negociações que se arrastam desde janeiro, o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC, viaja nesta quarta-feira (13) a Brasília para assinar o mais esperado acordo de delação da Operação Lava Jato. Pessoa é o primeiro dono de empreiteira a assinar esse tipo de acordo para ter uma pena menor...
Ricardo Pessoa e sua delação premiada

Brasil 13.05.15 06:16 
Ricardo Pessoa pode mudar o Brasil. Se o dono da UTC confirmar ao Procurador-Geral da República tudo o que já foi antecipado pela imprensa, o PT afunda. Recapitulando:
1 - Ele disse que deu 7,5 milhões de reais à campanha eleitoral de Dilma Rousseff, em 2014, porque foi achacado pelos petistas.
2 - Ele disse que deu 2,4 milhões de reais a Lula, na campanha presidencial de 2006. O dinheiro foi entregue por um fornecedor da empreiteira, em espécie, diretamente ao PT...
Reeleita com dinheiro do Petrolão

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