DILMA E O SEU PEDIDO DE SOCORRO

BLOG DO ILIMAR FRANCO - 26.3.2015 8h24m
Os governadores, inclusive da oposição, estão sendo procurados pela presidente Dilma. Ela quer que eles convençam suas bancadas no Congresso a votar contra destaque que inclui os aposentados como beneficiários da MP do Salário Mínimo. Um dos acionados foi Geraldo Alckmin. Dilma diz que a inclusão custará R$ 1,8 bi anuais só para a Previdência, mas também vai gerar custos para o caixa dos estados.
Um incêndio sem fim
O termo usado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, foi “molecagem”. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, fala em “alopragem”. Os adjetivos estão sendo usados no PMDB para o pedido do registro do PL, no TSE, e se referem aos ministros Aloizio Mercadante e Gilberto Kassab. O registro, nos dias em que o governo atua para aprovar as MPs do Salário Mínimo e do Ajuste Fiscal, reforça a desconfiança do PMDB. Na noite de terça-feira, na sala do vice Michel Temer, Renan, o ministro Eduardo Braga (Energia) e o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, protestaram durante duas horas. A relação do PT com o PMDB é um campo minado desde a eleição para presidir a Câmara.
“O Kassab foi o exterminador da oposição. Ele tirou 17 deputados do DEM. Agora ele quer ser o exterminador dos aliados do governo Dilma” (Mendonça Filho, Líder do DEM e autor da lei sancionada que impôs regras para fusão e criação de siglas)
Telefone sem fio
Os ministros Aloizio Mercadante e Gilberto Kassab negaram a conspiração para o vice Michel Temer anteontem à noite. O que chamou a atenção, foi Temer desligar o telefonema para Mercadante e receber uma ligação de Kassab.
Rota de colisão
O senador petista Walter Pinheiro (BA) já cogitou deixar o PT no turbilhão do escândalo do mensalão. Agora, ele estaria sofrendo da mesma tentação, por conta do ajuste fiscal e tendo como pano de fundo o escândalo Petrobras. Os senadores da base aliada relatam conversas com o PDT, que já escancarou as portas do partido para recebê-lo.
Sem hora para acabar
A oposição vai trabalhar para empurrar a CPI da Petrobras, no mínimo, até às eleições municipais. Um tucano sustentou que as irregularidades são “um mundo” de más notícias para o PT e que necessitam de uma investigação de “longo curso”.
Fim da festa na economia
Ao defender o ajuste, o ministro Joaquim Levy brincou com os senadores. Ele disse: “Acabou o paraíso! E o senador Marcelo Crivella sabe o que Deus disse quando isso ocorreu, do suor do teu rosto tirarás teu sustento”. O senador perguntou: “O senhor não está sugerindo que a mulher nos tirou do paraíso”. Risos inundaram a sala.
A cena
Na tribuna do Senado, Paulo Paim (PT) fez discurso ontem criticando o ajuste fiscal da presidente Dilma. No microfone de apartes, o líder do PSDB, Cássio Cunha Lima, e o presidente do DEM, José Agripino, derramavam elogios.
Barra manchada
Desde 2011, o senador Paulo Paim (PT-RS) só pediu para conversar com o ex-presidente Lula uma única vez. Este encontro ocorreu na última segunda-feira. No Instituto Lula, não é boa a avaliação do uso político feito por Paim.
Senadores suplentes, na carona da Lava-Jato, estão cobrando que o STF acelere o julgamento dos senadores titulares que respondem a processos.

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