DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
26 DE MARÇO DE 2015
Desde 2002, último ano do governo FHC, o Congresso não cumpre a obrigação constitucional de julgar as contas do governo. O julgamento é feito a partir dos relatórios anuais do Tribunal de Contas da União (TCU), e governante com contas rejeitadas fica inelegível por 8 anos. O tema é tão irrelevante para os presidentes da Câmara e Senado que, confrontados, ontem, ambos não tinham o que dizer a esse respeito.
Estes 13 anos sem o Congresso julgar as contas dos governos foram marcados por escândalos de corrupção, como o mensalão da era Lula.
Indagado no Salão Verde sobre o julgamento das contas dos governos Lula e Dilma, Renan Calheiros fez que não ouviu e apertou o passo.
Na presidência da Câmara dos Deputados, informa-se que “não há discussão” sobre o exame de contas dos governos petistas.
O Congresso pode aprovar as contas, rejeitá-las ou aprová-las “com ressalvas”, ou seja, desde que sejam feitas correções recomendadas.
O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou uma cédula de votação fajuta para negar que ajudou a manter o veto de Dilma à redução da contribuição de empregada doméstica ao INSS. Esta coluna noticiou que o “paladino dos oprimidos” saiu do plenário de fininho. Ele negou, mas o relatório oficial de votações do Senado prova que na bancada gaúcha só Paim esteve ausente. O veto foi mantido por três votos.
Paim mostrou a cédula de votação para “provar” seu voto contra o veto. Mas a cédula apenas atesta intenção de voto. Na hora agá, ele sumiu.
Confrontado de novo com sua ausência, Paim finalmente confessou ontem: “Na hora da votação, por azar, eu não estava no plenário”.
A Comissão de Infraestrutura do Senado convocou Luciano Coutinho, presidente do BNDES, para explicar negócios do banco com empresas ligadas ao Petrolão – a exemplo dos contratos da Sete Brasil, iniciativa do banco BTG Pactual, de André Esteves, banqueiro ligado a Lula.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), que na Lava Jato é suspeito de ligações ao lobista Fernando Soares, o “Baiano”, resolveu restringir o acesso de lobistas à Casa.
Após a instalação da CPI para investigar contas secretas de brasileiros no HSBC, o banco inglês articula na Esplanada e no Congresso apoios em busca de uma “saída honrosa”. Procurado, o banco não comentou.
Dilma não entendeu o espírito da coisa: o PMDB quer reduzir à metade os ministérios, mas ela reduz ministros. Demitiu Thomas Traumann (Comunicação Social) ontem. Mas como detesta jornalistas, até mesmo aqueles que a bajulam, ela não será veloz na escolha do substituto.
Diplomatas brasileiros que usam voos da Germanwings na Alemanha, muito baratos, afirmam que ela é uma empresa-problema. Não se espantariam com a constatação de problemas na manutenção das aeronaves.
…a inacreditável defesa do acordão de leniência com empreiteiras ainda vai levar autoridades do governo a engrossar a Lista do Janot.

NO O ANTAGONISTA
Construindo um novo Brasil (com R$ 200 milhões)
Brasil 26.03.15 06:20
O PT quer assumir o controle da Secom.
De acordo com a Folha de S. Paulo, a escolha do substituto de Thomas Traumann já desencadeou uma guerra entre as correntes do partido. O deputado Alessandro Molon, cotado para o cargo, está sendo fritado porque pertence à corrente "Mensagem", e não àquela de Lula e José Dirceu, "Construindo um novo Brasil".
O que está em jogo é a verba publicitária de 200 milhões de reais ao ano.
Os petistas concordam com todas as práticas criminosas explicitadas no documento de Thomas Traumann. Eles vão continuar a achacar a imprensa com o dinheiro da publicidade estatal. Eles vão continuar a comprar blogueiros mercenários que não têm leitores, mas podem ser usados para espalhar mentiras pela internet. E eles vão continuar a se servir de empresas do Estado como se fossem propriedade do partido.
O que diferencia Thomas Traumann do resto do PT (e por isso os petistas o derrubaram vazando seu documento aloprado) é uma coisa só: Thomas Traumann praticava ilegalidades em defesa de Dilma Rousseff, ao passo que o PT pretende praticar ilegalidades sobretudo em defesa do PT.
A questão é sempre a mesma: a Lava Jato.
O PT tem de comprar a imprensa para tentar melar o inquérito. Caso contrário, será extinto.

O bombardeio no Iraque
Mundo 26.03.15 05:51
Reviravolta no Iraque.
Os Estados Unidos, durante a madrugada, bombardearam o Exército Islâmico, em Tikrit.
O ataque aéreo foi autorizado por Barack Obama ontem à tarde, atendendo a um pedido do primeiro-ministro iraquiano Haider al-Abadi.
Segundo o New York Times, Barack Obama exigiu que as milícias xiitas, apoiadas pelos iranianos, fossem afastadas dos combates, para permitir um maior envolvimento das forças antiterrorismo iraquianas, mais próximas dos Estados Unidos.
De fato, o comandante da Guarda Revolucionária do Irã deixou a área no último domingo.
Barack Obama hesitou por muito tempo, mas finalmente fez a coisa certa.
De Tikrit a Mosul, é urgente liberar o Iraque sunita do Exército Islâmico. Mas sem jogá-lo no colo do Irã.
Obama faz a coisa certa (com algumas semanas de atraso)

A amiga americana
Brasil 25.03.15 23:05
Richa Bhala, secretária de política da embaixada americana, tem acompanhado pessoalmente as discussões que ocorrem em Brasília sobre os acordos de leniência que a Controladoria-Geral da União tenta firmar com as empreiteiras do petrolão, ao largo da Justiça.
Com ações coletivas contra a Petrobras correndo nos tribunais do seu país, somadas às investigações conduzidas pela SEC e o Departamento de Estado sobre fraudes cometidas pela empresa brasileira na Bolsa de Nova York e no sistema financeiro dos EUA, Richa Bhala colabora para a defesa de interesses americanos mais do que legítimos.
Pois é, Sibá Machado, descobrimos as motivações imperialistas.
Ainda não consegui decifrar o código THE BOOK IS ON THE TABLE

O piloto calou-se
Mundo 25.03.15 22:05
Ainda é cedo para chegar a conclusões, mas uma fonte do New York Times afirmou ao jornal que um dos pilotos do voo da Germawings que caiu nos Alpes franceses estava sozinho no cockpit, no momento do acidente. O piloto que estava fora tentou voltar, esmurrou a porta, mas o colega nada respondeu.
O piloto que ficou sozinho no cockpit pode ter-se sentido mal e desmaiado ou mesmo morrido subitamente? Pode.
O piloto que ficou sozinho no cockpit pode ter-se suicidado pura e simplesmente, carregando consigo os passageiros e a tripulação? Pode.
O piloto que ficou sozinho no cockpit pode ter sido recrutado por uma organização terrorista para derrubar o avião? Pode.
O Antagonista não é adepto de teorias conspiratórias, mas acha que, até o momento, há semelhança entre o acidente ocorrido na França e o que aconteceu com o avião da Malaysia Airlines, em março do ano passado, que sumiu dos radares, no Índico, sem deixar vestígios. A semelhança é a completa falta de explicação plausível, fato nada usual no mundo da aviação comercial.
Não há nada mais aterrorizante do que um desastre aéreo sem causas identificadas. Esperemos que uma seja encontrada para o caso do voo da Germanwings. Qualquer uma.

Somos simplórios
Economia 25.03.15 20:42
Em 2011, o banqueiro Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, estava numa reunião em Nova York, quando recebeu um telefonema de Lula. Trabuco pediu licença para atender em privado e saiu.
Quando voltou, anunciou: "Lula quer que o Fundo Garantidor de Crédito salve o Panamericano, o banco de Silvio Santos."
E assim foi feito. O FGC injetou 3,8 bilhões de reais no Panamericano, alegando que a quebra do banco representaria uma ameaça ao sistema financeiro (falso). Em seguida, André Esteves, do BTG Pactual, comprou o Panamericano na bacia das almas por 450 milhões de reais.
A história do capitalismo brasileiro é simplória.

A Petrobras e seus algozes
Brasil 25.03.15 12:22
Sergio Moro, sempre pontual, sempre perfeito:
"A responsabilidade pelos imensos danos sofridos pela Petrobras e pela economia brasileira só pode recair sobre os criminosos, os corruptos e corruptores", e não sobre a Lava Jato.
Ele anotou também que, livre "de seus algozes", a Petrobras "conseguirá desenvolver seus negócios com mais eficiência e economia".

NO BLOG DO CORONEL
QUINTA-FEIRA, 26 DE MARÇO DE 2015
(Globo) A força-tarefa da Operação Lava-Jato quer acesso aos contratos assinados entre a Camargo Corrêa e a empresa de consultoria do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, a JD Assessoria e Consultoria. Os procuradores afirmam que é necessário “aprofundar” as investigações e avaliar a “licitude” dos acordos. Desde que saiu do governo Lula, Dirceu recebeu, através da JD, R$ 900 mil da empreiteira em contratos. Os procuradores pedem que a empresa apresente os documentos.
A consultoria do ex-ministro faturou R$ 29 milhões em serviços para mais de 50 empresa no período de oito anos, entre 2006 e 2013. As informações estão no inquérito que investiga Dirceu na Operação Lava-Jato. O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, quebrou na terça-feira passada o sigilo sobre a investigação.
De acordo com o relatório da Receita Federal, seis empresas investigadas na Lava-Jato pagaram, juntas, R$ 8,5 milhões a Dirceu: Construtora OAS (R$ 2,9 milhões), UTC Engenharia (R$ 2,3 milhões), Engevix (R$ 1,1 milhão), Camargo Corrêa (R$ 900 mil), Galvão Engenharia (R$ 750 mil) e Egesa Engenharia (R$ 480 mil). Os procuradores afirmam que o relatório da “vultuosa movimentação financeira” entre estas empreiteiras e a JD, “sob as rubricas genéricas de ‘consultoria’ e ‘assessoria’”.
“Tal constatação despertou fundadas suspeitas de ilicitude, vez que uma das principais sistemáticas de pagamento aos agentes públicos envolvidos no já denunciado esquema de corrupção era a celebração de contratos simulados com empresas de “consultoria” e “assessoria”, mormente quando administrada por ex-agente público e político de notório trânsito na Administração Pública”, diz o pedido.
Os procuradores citam como exemplo a “coincidência” entre os procedimentos licitatórios e na contratação do consócio comandado pela Camargo Corrêa para obras na Refinaria Getúlio Vargas (REPAR), em Araucária, no Paraná, com acordos assinados entre JD e a constutora. As investigações do pagamento de propina na Repar foram as primeiras a serem investigadas pela Operação Lava-Jato.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 07:15:00

1 minuto e 40 segundos que valem o impeachment.
Assistam a este vídeo. É impressionante como uma presidente da República pode mentir tanto em tão pouco tempo. Mentira é pouco para definir. O termo certo é estelionato eleitoral. Conta de luz subiu cerca de 80%. A taxa de juros quase dobrou nos últimos três meses. A inflação já rompeu os 8%. O PIB vai crescer menos 1%. E centenas de milhares de postos já foram fechados na indústria. O Brasil está parado. Só o custo de vida sobe. O cheque especial, por exemplo, está em 214,2% ao ano... Ou o Brasil despacha a Dilma ou a Dilma destrói o Brasil.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 00:02:00

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
25/03/2015 às 14:13 \ Opinião
VLADY OLIVER 
Tenho uma parente que luta há dois anos contra uma suspeita de câncer no seio. Precisa de acompanhamento semestral do avanço (ou não) dos nódulos mamários. Procedimento doloroso. Faz o tal acompanhamento num posto de saúde próximo de onde mora. No começo, era um atendimento excelente, para os padrões brasileiros, exceto a demora. Ajudamos a moça a pagar alguns exames e vencer algumas etapas em sua espera e tortura. A boa notícia: os nódulos não avançam. A má notícia: a doutora que fazia o seu acompanhamento foi substituída por uma cubana do Mais Médicos.
Não deveria fazer diferença, mas tal percepção é para otários. A dona não sabe se comunicar. Não sabe o que dizer, diante dos exames e mamografias. Poderia ter se formado num açougue qualquer de Havana, já que não há Revalida que referende seus diploma. Deixou seus instrumentos de trabalho sujos de sangue da paciente anterior, sujando a roupa de nossa familiar. Precisa de uma assistente, fazendo o trabalho de intérprete e perguntando: “A senhora entendeu o que a paciente está perguntando?”
Ela quer uma avaliação do tamanho dos nódulos dela. A resposta é um balbuciar ininteligível, por trás dos óculos de leitura. Um escândalo. Um escândalo que ocorre bem na Zona Sul de São Paulo, debaixo das AMAs de especialidades dos padrinhos tucanos dos ladrões da petralharia. Nenhum político, nenhuma autoridade precisa passar por este constrangimento, não é mesmo? Fossem obrigados a utilizar o sistema de saúde que oferecem aos mais humildes, saberiam do golpe que a mamulenga e seus asseclas perpetraram contra a saúde dos brasileiros. É um acinte.
Depois ninguém entende por que a população bate panelas, num país distante deste conto da carochinha ─ e do vigário ─ em que vivem esses políticos que se jactam de ser o lixo que são. O Mais Médicos, além de criminoso em sua essência, é um programa que atenta contra a vida humana. Ninguém neste país tem tutano suficiente para EXIGIR que os médicos cubanos tenham seus diplomas revalidados? Ninguém respeita a lei, as instituições, as organizações de classe desta terra de trouxas? Serei eu que, com meu preconceito branco de olhos azuis, estou vendo o que ninguém quer ver?
A questão dos médicos sem origem por aqui ─ receitando supositórios de nitroglicerina para os pacientes e diagnosticando viroses bacterianas ─ é só a ponta do iceberg da indecência com que estes calhordas da esquerda podre tratam a pobre nação brasileira de pagantes de toda essa vigarice. O Brasil real pede socorro. Precisa de remédios, de profissionais, de grana, e não de proselitismo barato e vagabundo. Essa dona precisa ser apeada de onde se aboleta. Uma poltrona sentada na outra é dose para leão, meus caros. Estamos perdendo o nosso país para estes vigaristas. Cochabamba neles!!!

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
25/03/2015 às 17:55
Thomas Traumann não é mais ministro da Comunicação Social. Oficialmente, pediu demissão. Na verdade, foi demitido. Saiu citando Paulinho da Viola: “Vou imprimir novos rumos/ ao barco agitado que foi minha vida./ Fiz minhas velas ao mar,/ disse adeus sem chorar/ e estou de partida./ Todos os anos vividos/ são portos perdidos que eu deixo para trás. /Quero viver diferente,/ que a sorte da gente/ é a gente que faz”.
Citação razoável para uma causa ruim. Traumann foi demitido por seus próprios méritos. Poderia ser por bons motivos, mas creio que terá sido pelos maus. Isso não depõe a favor dele, mas contra o governo. Nota antes que continue: havia uma convocação para que ele falasse no Senado sobre o documento aloprado da Secom que veio a público. A convocação foi trocada por um convite. Que a demissão não o impeça de se explicar.
Agora os motivos. No tal documento, Traumann escreveu algumas irrelevâncias. Disse que há um “caos político” no país, o que é um óbvio exagero, e que o governo errou a mão na comunicação. Também reconheceu, em outras palavras, que é difícil haver bom trabalho nessa área quando o governo é ruim. Estou cantando e andando para essas coisas. Acho menos importante, embora relevante, até mesmo a admissão do uso de robôs na Internet. O que me interessa naquele documento é a admissão de que o governo comete crimes. E, claro!, não foi Traumann quem começou. Ele deu continuidade.
Lá se admite que o governo recorre à mão de obra de mercenários, os blogs sujos, para fazer seu trabalho de difamação de adversários. Ou nos termos do texto: o Planalto fornece “munição” para ser “disparada” por “soldados de fora”. Mais: propõe-se abertamente que a Constituição seja violada e que a propaganda federal em São Paulo sirva para alavancar a popularidade de Fernando Haddad. E, finalmente, prega-se que estruturas do estado — Voz do Brasil e Agência Brasil — e instrumentos partidários (o blog da Dilma) estejam submetidos a um controle único.
Trata-se de práticas criminosas. Traumann sai. Quem entra no lugar? É claro que dá para piorar. Se saiu por bons motivos, Dilma porá no cargo alguém que vai dar um fim a essas delinquências políticas. Se caiu por maus motivos, só foi demitido porque revelou o que deveria ter ficado escondido.
Vamos ficar vigilantes, não é? Cada vez mais está claro aos brasileiros que “a sorte da gente é a gente que faz”. É a novidade que está nas ruas e que o PT insiste em não enxergar. Que continue a não entender nada. É um bom caminho para a extinção.
Por Reinaldo Azevedo

26/03/2015 às 6:43
Ai, ai, ai… O governo Dilma tenta o que, de um modo ou de outro, sempre se tenta no Brasil, sem sucesso, quando um presidente está em dificuldades: a chamada “Política dos Governadores”. A ideia é tão aparentemente boa como absolutamente inócua: reunir os chefes dos Executivos estaduais para que influenciem, então, a bancada dos deputados federais de seus respectivos Estados.
Nesta quarta, Dilma se reuniu por três horas com os nove governadores do Nordeste. Quer que eles pressionem os parlamentares de seus respectivos Estados a apoiar o ajuste fiscal. Ao fim do encontro, divulgou-se uma carta com a assinatura de todos eles — sete da base governista e dois do PSB. Lá está escrito: “Não podemos concordar que o legítimo exercício do direito de oposição e de livre manifestação seja confundido com teses sem qualquer amparo na Constituição”. Eles estão se referindo ao impeachment, é evidente. E isso só significa que ou os governadores do Nordeste não leram a Constituição ou, tendo lido, não entenderam o que lá está escrito.
O impeachment está previsto nos Artigos 85 e 86 da Constituição, e existe a lei que trata do assunto, que é a 1.079. Os doutores que assinaram o manifesto fariam um favor à inteligência nacional se dissessem a quais “teses sem amparo na Constituição” eles se referem. Uma coisa é haver divergência sobre a existência ou não de elementos que justifiquem uma denúncia com vistas ao impeachment. Há argumentos tecnicamente respeitáveis de ambos os lados. Conheço pessoas igualmente decentes com pontos de vista absolutamente distintos, independentemente do juízo que fazem do governo Dilma. Mas é um absurdo inferir que o simples debate sobre o impeachment se confunda com alguma forma de golpe. Isso é picaretagem política, jurídica e intelectual.
De resto, senhores, que história é essa de que “a livre manifestação” pode se “confundir com teses sem amparo na Constituição”? Estão falando exatamente do quê? Das invasões de terra e de laboratório de pesquisa patrocinadas pelo MST? Das violências constantemente promovidas por ditos movimentos de sem-teto? Parece-me certo que os governadores do Nordeste não estão se referindo aos que foram às ruas no dia 15. Houve protestos nas nove capitais nordestinas e em várias outras cidades da região. Que se saiba, não houve um só incidente, o que evidencia, então, que as pessoas sabem muito bem exercitar o seu direito à livre manifestação, inclusive ou especialmente quando pedem o impeachment, porque isso está “amparado na Constituição”.
Ah, sim: em entrevista depois da reunião, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), defendeu a criação de um imposto sobre grandes fortunas. O ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) deu a entender que o governo tem simpatia pela ideia. É… Quando nada mais funciona, por que não propor que se comam os ricos, né?, para salvar a mãe dos pobres? Só temo um pouco pelo que venha a ser considerado “grande fortuna” num país em que um trabalhador que ganha a partir de R$ 4.664,68 (US$ 1.448) é obrigado a recolher 27,5% de Imposto de… Renda!!!
Essa gente, definitivamente, perdeu a noção do ridículo.
Por Reinaldo Azevedo

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quinta-feira, 26 de março de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A recém criada Associação dos Juízes Anticorrupção (AJA) vai entregar um manifesto de apoio à atuação do juiz Sérgio Fernando Moro. O titular da 13a. Vara Federal em Curitiba foi alvo ontem de um violento ataque pessoal praticado pelo defensor do lobista Fernando Baiano. O advogado Nélio Machado, considerado um dos criminalistas mais competentes do mercado, jogou pesado, depois que Moro decretou uma nova prisão preventiva de seu cliente. Nélio Machado triturou Moro: “Reagi com veemência, mostrando o descabimento dessa medida, que parece ser uma determinação do juiz de prender sem julgar. Ele quer eternizar a prisão. Ele age não como magistrado, e sim como Ministério Público. Eu acho que ele errou de concurso”.
O juiz Sérgio Moro, procurado pela reportagem da Rede Globo, nem quis responder à provocação de Nélio Machado. Avesso a entrevistas, o magistrado se limitou a repetir a velha máxima de que "não pretende se pronunciar fora dos autos". Na verdade, Moro não quis cair na armadilha da vaidade. O "Homem de Gelo" sabe que, por causa da anacrônica Lei da Magistratura, que impede a livre expressão dos juízes, em total conflito com a Constituição Federal, ele não deve falar além da conta, sob o risco de ter questionada sua suspeição, sendo retirado do caso. Até agora, a frieza de Moro e sua técnica paciente de "seguir o dinheiro", acatando o que a Força da Tarefa da Lava Jato investiga e denuncia, tem apresentado resultados em favor da legalidade, firmando vários acordos de delação premiada.
Os petistas e defensores de réus na Lava Jato estão aloprando e radicalizando verbalmente porque as investigações chegam ao andar de cima da pirâmide de corrupção. O juiz Sérgio Moro já quebrou o sigilo acerca da investigação sobre José Dirceu de Oliveira e Silva. A Força Tarefa do Ministério Público quer total acesso aos contratos assinados entre a Camargo Corrêa e a empresa de consultoria do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, a JD Assessoria e Consultoria. A consultoria do ex-ministro faturou R$ 29 milhões em serviços para mais de 50 empresas, entre 2006 e 2013. Os procuradores afirmam que é necessário “aprofundar” as investigações e avaliar a “licitude” dos acordos. Desde que saiu do governo Lula, Dirceu recebeu, através da JD, R$ 900 mil da empreiteira em contratos.
Agora, o fato estranho desse ataque pessoal de Nélio Machado a Sérgio Moro é que nenhuma das grandes associações representativas de juízes tenha reagido, imediatamente, em defesa do magistrado que, recentemente, foi homenageado pelo jornal O Globo com o prêmio "Faz a Diferença". O silêncio daqueles que costumam ser rápidos no gatilho na hora de defender aumentos de salários, auxílios moradia, alimentação e outras mordomias é assustador. Ainda mais no crítico momento em que a sociedade brasileira sai à rua, aos milhões, para exigir justiça, combate efetivo à corrupção e fim da impunidade, manifestando total apoio à atuação do juiz Sérgio Moro - tido como exemplar.
Exceto à AJA, nenhuma outra entidade agiu - ao menos até agora. Tomara que aja...
Dança do Baiano
O juiz federal Sérgio Moro decretou uma nova prisão preventiva contra Baiano, que está preso desde novembro do ano passado acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro, justificando com as novas evidências apresentadas pelo Ministério Público Federal:
“Surgiram mais provas a respeito dos crimes pelos quais Fernando foi denunciado, novas provas sobre outros crimes de que teria participado e ainda, em especial, prova de que ele teria intermediado o pagamento de propinas para obstruir o regular funcionamento de Comissão Parlamentar de Inquérito de 2009 e 2010, evidenciando risco à investigação e à instrução”
A Força-Tarefa da Operação Lava Jato reuniu provas de que Baiano operou o pagamento de propinas da empreiterias Queiroz Galvão para obstruir as investigações da CPI. Em depoimento, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, declarou que foram repassados R$ 10 milhões para o então presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, morto em 2014.
Baiano é tudo como homem do PMDB na Lava Jato, mas os líderes do partido insistem que não têm nada com ele...
Antagonista ao Foro de São Paulo
Ontem, nasceu o Compromisso de Cochabamba - a antítese do Foro de São Paulo (o balaio de gato que mistura esquerdistas radicais e narcoguerrilheiros para promover a revolução bolivariana na América Latina e Caribe).
O Compromisso de Cochabamba surge como um movimento liberal que resolveu encarar de frente o Foro de São Paulo e seu Socialismo de quinta.
A diferença básica é que o novo movimento trabalha a luz do dia e com a verdade, conforme mostra o Link: 
Pergunta idiota
Será que vai faltar combustível para o "exército" do Stédile?
Provavelmente não, mas o Exército de Caxias tem tudo para ficar sem.
O Blog do Montedo já informou que deve durar até julho a gasolina estocada pelo Comando Logístico do Exército.
O diesel acabaria antes: em junho - tudo graças ao corte de 49,81% nos valores previstos no Orçamento da União para a aquisição de combustível pelo EB em 2015.
Objetivos do Vem pra rua
Os três objetivos do "VEM PRA RUA" do dia 12 de abril, anunciados por Rogério Chequer, no programa Roda Viva:
1 - Abrir o CAIXA PRETA DO BNDES", onde a CORRUPÇÂO é muito maior que a do PETROLÃO.
2 - Impedir o TOFFOli de participar da 2ª TURMA do STF, que irá julgar os RÉUS (políticos) do PETROLÃO, que, na sua maioria, pertencem ao PT e o citado Ministro, ligado ao PT, atuou no MENSALÃO como advogado daquele partido (PT).
3 - Redução da quantidade ABSURDA de Ministérios, que só cabem na cabeça da Presidanta.
Cobra fumando...
Proposta que se transforma em viral na internet contra a classe política corrupta - a inimiga pública número 1:
Lei de Reforma do Congresso de 2013 (emenda à Constituição) PEC de iniciativa popular: Lei de Reforma do Congresso (proposta de emenda à Constituição Federal)
1. Fica abolida qualquer sessão secreta e não-pública para qualquer deliberação efetiva de qualquer uma das duas Casas do Congresso Nacional. Todas as suas sessões passam a ser abertas ao público e à imprensa escrita, radiofônica e televisiva.
2. O congressista será assalariado somente durante o mandato. Não haverá ‘aposentadoria por tempo de parlamentar’, mas contará o prazo de mandato exercido para agregar ao seu tempo de serviço junto ao INSS referente à sua profissão civil.
3. O Congresso (congressistas e funcionários) contribui para o INSS. Toda a contribuição (passada, presente e futura) para o fundo atual de aposentadoria do Congresso passará para o regime do INSS imediatamente. Os senhores Congressistas participarão dos benefícios dentro do regime do INSS exatamente como todos outros brasileiros. O fundo de aposentadoria não pode ser usado para qualquer outra finalidade.
4. Os senhores congressistas e assessores devem pagar por seus planos de aposentadoria, assim como todos os brasileiros.
5. Aos Congressistas fica vetado aumentar seus próprios salários e gratificações fora dos padrões do crescimento de salários da população em geral, no mesmo período.
6. O Congresso e seus agregados perdem seus atuais seguros de saúde pagos pelos contribuintes e passam a participar do mesmo sistema de saúde do povo brasileiro.
7. O Congresso deve igualmente cumprir todas as leis que impõe ao povo brasileiro, sem qualquer imunidade que não aquela referente à total liberdade de expressão quando na tribuna do Congresso.
8. Exercer um mandato no Congresso é uma honra, um privilégio e uma responsabilidade, não um uma carreira. Parlamentares não devem servir em mais de duas legislaturas consecutivas.
(...)


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