DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
21 DE MARÇO DE 2015
Apesar de todo o barulho da Lava Jato, o governo Dilma pagou só este ano mais de R$ 160 milhões às construtoras citadas no escândalo: OAS, Queiroz Galvão, Mendes Junior, Engevix e Odebrecht. São empreiteiras suspeitas de fraudar licitações, formar cartéis, superfaturar contratos e subornar autoridades. O total roubado da Petrobras pode ter chegado a R$ 21 bilhões, segundo estima o banco Morgan Stanley.
O PCdoB planeja assumir atitude mais independente no Congresso, em relação ao governo. Avalia que chegou a hora de “sair da sombra do PT”, seu aliado histórico. Até para não se queimar também.
O Planalto é o principal suspeito, na Câmara e no Senado, de “plantar” que o PMDB tenta tomar o governo de assalto, mesmo afirmando que não pretende o cargo de Cid Gomes no Ministério da Educação.
Após o fim do mandato em fevereiro, o ex-senador Aníbal Diniz (PT-AC) ganhou uma boquinha na liderança do governo no Senado. É a companheirada se aboletando em cargos públicos.
...essa história de “acordo de leniência” tem a maior pinta de conversa de comadres para acertar o resultado do jogo: impunidade.

NO DIÁRIO DO PODER
LAVA JATO
SEGUNDO PROCURADOR, ESTÁ DIFÍCIL A SITUAÇÃO DE DIRCEU
PROCURADOR DIZ QUE ALEGAÇÕES DELE NA LAVA JATO SÃO INSUSTENTÁVEIS
Publicado: 20 de março de 2015 às 20:02 - Atualizado às 21:49
DIRCEU RECEBEU R$ 2,5 MILHÕES DA ENGEVIX ENGENHARIA E DA JAMP ENGENHEIRO ASSOCIADOS (FOTO: DANIEL TEIXEIRA)

As versões e os dados apresentados pela JD Assessoria e Consultoria Ltda, do ex-ministro José Dirceu, para justificar os R$ 2,5 milhões que recebeu da Engevix Engenharia e da Jamp Engenheiro Associados – empresa que intermediava propinas da empreiteira na Diretoria de Serviços da Petrobrás – são insustentáveis.
A opinião é do procurador regional da República Carlos Fernando Lima, um dos coordenadores da força-tarefa da Operação Lava Jato. “Hoje está muito difícil a situação do José Dirceu em relação ao que ela recebia da Jamp.”
Segundo ele, “as histórias estão sendo contadas sem o mínimo de cuidado de razoabilidade”. “Eles estão se confundindo.”
As divergências surgiram com o cruzamento de dados da quebra de sigilo fiscal da JD com os documentos de contrato e notas fornecidas pela defesa do ex-ministro no inquérito da Lava Jato em que é investigado.
Segundo a Receita Federal, a Engevix pagou R$ 1,1 milhão à JD entre 2008 e 2011. Documento contratual mostra valor de R$ 300 mil para seis meses de consultoria internacional. O período de vigência é anterior à assinatura, de novembro de 2010: inicia em novembro de 2009 e termina em maio de 2011.
“Há uma contradição evidente de informações. O período não bate nem em relação ao contrato ao que ele disse”, afirmou o procurador da Lava Jato.
Peça-chave 
Novo nome nas investigações que abalaram os governos petistas, a Jamp pertence a Milton Pascowitch, acusado de ser um dos 11 operadores de propina na Diretoria de Serviços – cota do PT dentro do esquema de corrupção na Petrobrás. Um dos canais seria o ex-diretor Renato Duque, nome indicado por José Dirceu ao cargo.
O operador é considerado peça-chave nas investigações envolvendo as consultorias de Dirceu. As suspeitas são de elas foram usadas para falsos serviços que poder ter ocultado dinheiro de propina. Pelo menos sete empresas investigadas pela Lava Jato na Petrobrás aparecem depositando para a JD.
Além da Engevix, quebra de sigilo da JD revelou que a Jamp também está entre as fontes pagadoras da empresa de consultoria de Dirceu. Ela depositou R$ 1,4 milhão em 2001 e 2012. Os serviços seriam referentes à consultoria internacional prestada por ele à empreiteira Engevix, em especial, em Cuba e no Peru.
“A JD Assessoria e Consultoria assinou o contrato com a Jamp em março de 2011 também com o objetivo de prospectar negócios no exterior para a Engevix.”
Conflito 
Para os procuradores da Lava Jato, as versões apresentadas pela JD conflitam com o que afirmou um dos sócios da Engevix, Gérson de Mello Almada – preso desde o dia 14 de novembro de 2014 -, nesta quarta-feira.
Ele depôs espontaneamente na Justiça Federal, no processo em que é réu por corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobrás, para admitir que pagava o lobista da Jamp para abrir portas na estatal, via seus contatos políticos do PT, citando o atual tesoureiro do partido, João Vaccari Neto.
Almada disse que no caso da JD, os serviços eram de “lobby internacional” em Cuba e no Peru e negou conhecer relação comercial entre a Jamp e a JD – complicando ainda mais a vida de Dirceu.
“Ele (Almada) pagava a Jamp para fazer lobby com o Partido dos Trabalhadores. E a Jamp, sabemos, paga o José Dirceu. Eu pergunto então na audiência se ele sabe quais são as relações comerciais entre a Jamp e a JD, e ele diz que não”, argumento Carlos Lima.
“Depois a JD vem e emite uma nota dizendo que era para serviços da Engevix (que ela recebeu da Jamp). Contradição. A situação parece insustentável em termos de versões”, ataca o procurador, que já atuou nas investigações do caso Banestado e em outros rumorosos escândalos de corrupção.
Almada, ao admitir que usava dos serviços de Pascowitch e Dirceu como “lobistas”, negou corrupção. Disse não saber, no caso do operador da Diretoria de Serviços, que o dinheiro pago para a Jamp servia para corromper agentes públicos como Duque e seu braço-direito Pedro Barusco.
“O que ele diz que é lobby, ele não quer admitir, mas é repasse de dinheiro que tem por origem o esquema da Petrobrás”, afirma o procurador. “O que temos aqui é uma série de justificativas, para um relacionamento, que não batem. Cada vez que eles justificam, depois os fatos mostram o contrário. Um fala uma coisa, depois vem outro e fala outra coisa.”
A relação comercial direta com a Jamp foi o elemento de maior suspeita contra o ex-ministro – já condenado no processo do mensalão, ele cumpre prisão domiciliar.
“Se ele recebesse só das empreiteiras, era uma coisa. Mas receber de um operador que sabidamente paga propina é um problema sério. Nós já temos essa confusão de datas na contratação da Engevix”, afirmou Carlos Lima.
COM A PALAVRA, A DEFESA DE JOSÉ DIRCEU
“A JD Assessoria e Consultoria ressalta que o ex-executivo da Engevix, Gerson Almada, confirmou em seu depoimento que nunca conversou sobre Petrobrás com o ex-ministro e que Dirceu nunca fez pedido à empresa para doações eleitorais. Almada também afirmou à Justiça que o contrato com a JD teve o objetivo de prospecção de negócios no exterior, sobretudo Peru e Cuba.
A JD assinou o contrato com a Jamp em março de 2011 também com o objetivo de prospectar negócios no exterior para a Engevix. O empresário Milton Pascowith, sócio da Jamp, trabalhou por 17 anos na Engevix. A JD manteve o trabalho de consultoria para a construtora por meio da empresa de Pascowith.
O valor do contrato era de R$ 1,5 milhão. A JD seguiu atuando nos mercados de interesse do cliente na América Latina, sobretudo Peru e Cuba, conforme confirmam os executivos da Engevix. (AE)


NO O ANTAGONISTA
A canetada de Lula
Brasil 21.03.15 07:17
Lula está na mira da Lava Jato.
Em 2010, o TCU recomendou que o Congresso bloqueasse as verbas para as obras da REPAR, repletas de irregularidades.
Lula, com uma canetada, passou por cima do TCU e liberou o dinheiro para as empreiteiras.
O Antagonista, sempre em sintonia com os procuradores, já tratou do assunto aqui, associando a canetada de Lula ao depoimento do operador Júlio Camargo, que confessou o pagamento de propina para obter o contrato da REPAR:http://www.oantagonista.com/posts/lula-e-dilma-respeitam-as-regras-do-jogo
A Istoé desta semana tem uma novidade importante sobre o assunto, baseada em documentos da Lava Jato.
Lula desbloqueou o dinheiro para a REPAR em 27 de janeiro de 2010.
Exatamente no mesmo dia, Júlio Camargo desbloqueou o dinheiro da propina para o PT e depositou uma parcela de 350 mil reais na conta do partido, em nome da SOG Óleo e Gás.
A canetada de Lula é valiosa.
Os documentos da Lava Jato sobre a canetada de Lula

Dilma luta pela ditadura
Brasil 21.03.15 07:39
A repórter Cláudia Colucci, da Folha de S. Paulo, informa que "o governo de Cuba está ameaçando cassar o diploma de profissionais do Mais Médicos que insistirem em manter seus familiares no Brasil".
Ela informa também que "outra forma de pressão tem sido reter em Cuba o médico que sai de férias (e que precisa obrigatoriamente gozá-las na ilha). Ele só poderá retornar ao Brasil se, antes, o parente voltar para a ilha".
O sequestro dos familiares dos médicos cubanos é usado pela ditadura castrista como garantia para impedir que eles fujam de lá.
Dilma Rousseff, segundo a qual "valeu a pena lutar pela liberdade", é a principal cúmplice desse crime.
Valeu a pena lutar pela liberdade

Só falta pegar os mandantes
Brasil 21.03.15 06:58
O PT usou o caixa de campanha para mascarar a propina obtida com contratos superfaturados da Petrobras.
O empenho da Lava Jato, de uns tempos para cá, tem sido exatamente esse: provar que o PT se transformou numa lavanderia de dinheiro roubado através daquilo que o procurador Deltan Dallagnol chamou de “doação camaleão”.
A Istoé desta semana informa que “o Ministério Público identificou pelo menos 10 doações partidárias feitas com o objetivo de disfarçar o pagamento de propinas. Esses repasses foram realizados para o Diretório Nacional do PT em 2010, ano da disputa eleitoral que consagrou Dilma Rousseff presidente da República”.
De acordo com a revista, a Lava Jato agora está cruzando todos os documentos entregues pelos empreiteiros que fizeram delação premiada com a prestação de contas do PT ao TSE.
Incriminar o PT é a penúltima etapa para desmantelar o esquema da Petrobras.
A última é pegar seus mandantes.
A Lava Jato se aproxima

Bomba-relógio prestes a explodir
Brasil 21.03.15 06:03
Renato Duque só rompeu o mutismo na CPI da Petrobras para negar um episódio relatado, duas semanas atrás, em O Antagonista: o de que sua mulher procurou Lula e Paulo Okamotto para exigir a soltura do marido.
Lauro Jardim, na Veja desta semana, publica a seguinte nota:
“A mulher de Renato Duque, Maria Auxiliadora, é uma bomba-relógio prestes a explodir, na avaliação de quem conhece o casal”.
Bum!

Janot não tem "uma segunda chance". Ele vive uma segunda circunstância
Brasil 20.03.15 23:25
O Antagonista conversou com o PPS sobre a reapresentação ao STF do Agravo Regimental em que o partido, juntamente com outros de oposição, pede que Dilma Rousseff seja investigada, no âmbito da Operação Lava Jato, por atos cometidos na Petrobras antes de ser eleita Presidente da República. De acordo com a jurisprudência do próprio tribunal, isso não fere a Constituição. Ela poderia ser investigada e, caso sejam achados elementos de culpa, processada e eventualmente condenada depois do cumprimento do mandato.
O ministro Teori Zavascki, que havia rejeitado a primeira apresentação por minudências formais, desta vez aceitou encaminhar o Agravo Regimental a Rodrigo Janot, procurador-geral da República.
Como é notório, Rodrigo Janot deixou de fora Dilma Rousseff da primeira lista de pedidos de abertura de inquéritos contra políticos. Foi criticadíssimo, acusado de pizzaiolo, de melar o impeachment e coisa e tal. Agora, os mesmos críticos dizem que ele terá "uma segunda chance".
Vamos lá: Rodrigo Janot não é pizzaiolo coisíssima nenhuma. Se fosse, teria dado um jeito de brecar a Operação Lava Jato lá atrás, mesmo que a atitude lhe causasse imensos problemas entre os procuradores. Rodrigo Janot goza da total confiança dos integrantes da força-tarefa da Lava Jato e também do juiz Sergio Moro. Rodrigo Janot deixou de fora Dilma Rousseff da primeira lista, alegando impedimento constitucional, não porque desconhecesse a jurisprudência do STF, e sim porque tinha receio de que, ao pedir o inquérito contra a presidente da República, isso causasse uma reação no ministro Teori Zavascki que talvez impedisse a abertura de investigações sobre a atuação de outros políticos graúdos no petrolão. Rodrigo Janot sabia também que as informações disponíveis a respeito de Dilma Rousseff, recolhidas pela Lava Jato, não poderiam proporcionar o impeachment da presidente, aspecto reconhecido agora pelos críticos que diziam o contrário.
Voltando ao Agravo Regimental, a bola está outra vez com Rodrigo Janot, mas em jogo diferente. As manifestações de domingo passado, a situação político-econômica que se deteriora a olhos vistos, a perda de apoio da presidente na base governista -- tudo isso agora contribui para que o procurador-geral da República possa dar um parecer favorável à investigação da atuação de Dilma Rousseff na presidência do Conselho de Administração da Petrobras, sem sofrer necessariamente um efeito bumerangue no STF.
Se Rodrigo Janot emitir um parecer favorável, o PPS almeja que o ministro Teori Zavascki o encaminhe para apreciação em plenário, onde acredita ser mais fácil de ele ser acolhido. "Aí seria um golaço, porque é de Sepúlveda Pertence e Celso de Mello a jurisprudência que legitima que um presidente seja investigado durante o mandato por ilícitos cometidos antes de ele tomar posse. E quem teria coragem de contrariar Celso de Mello na sua presença?", diz um integrante do PPS.
A aposta é que, ainda que por si só não possa ser motivo de impeachment, a abertura de um inquérito contra Dilma Rousseff a enfraqueça politicamente de tal forma que se torne completamente inviável a sua permanência no Planalto.
Rodrigo Janot, portanto, não tem "uma segunda chance". Ele vive uma segunda circunstância.

NO BLOG DO CORONEL
SÁBADO, 21 DE MARÇO DE 2015
Nada de delivery de picanha e pizza. Nada de visitas em bandos de advogados e parentes. Nada de sportswear e moleza com celular. Os empreiteiros da Lava Jato devem ser transferidos, nos próximos dias, da sede da Polícia Federal para o Complexo Médico-Penal do Paraná, o famoso CMP. Lá, terão direito a atendimento médico, psiquiátrico e poderão usufruir um dos 104 cubículos coletivos, em 6 galerias. Em meio a loucos e doentes, quem sabe os corruptos do Petrolão decidem falar tudo o que sabem?
POSTADO POR O EDITOR ÀS 08:30:00

A cada novo depoimento dos empreiteiros e operadores do Petrolão mais provas se acumulam de que o PT deixou de ser um partido para se transformar numa lavanderia de dinheiro desviado da Petrobras. Os depoimentos são abundantes. Fortes e contundentes. Segundo a revista Época desta semana, os investigadores já têm provas suficientes de que Vaccari e o PT, num ardil malandro, embora brilhante, subverteram o caixa oficial de campanha. 
Para se precaver e evitar atos amadores como os cometidos no Mensalão, isolaram, sempre que possível, o dinheiro sujo do partido. Para receber a propina, exigiam que as empresas e os intermediários se encarregassem de lavar o dinheiro da corrupção. Os pagamentos ao caixa oficial do PT eram a etapa final do processo de lavagem de dinheiro. Tornava-se aparentemente limpo quando entrava nas contas do partido. Cabia a Vaccari as tratativas para converter as propinas em doações oficiais para o PT.
A artimanha, segue a reportagem da Época, ficou mais explícita com um depoimento de Costa que veio à tona na terça-feira. “Há pouco saiu na imprensa, várias vezes, que o dono da UTC fez uma doação oficial de não sei quantos milhões para o PT. Nenhuma empresa vai doar 2 milhões, 3, 4, 5 milhões porque gosta do fulano de tal”, disse o delator. “Todas as doações, sejam oficiais ou não oficiais, não são doações. São empréstimos. A empresa está emprestando e depois vai cobrar”, disse Costa. Ele confirma algo que o cidadão comum intui facilmente, mas que os legisladores parecem não querer enxergar. “É tudo balela”, disse Costa aos procuradores.
O Antagonista, de Diogo Mainardi e Mário Sabino,informa que Lula está na mira da Lava Jato. No dia em que o próprio ex-presidente assinou uma liberação de verba para uma refinaria, passando por cima do TCU, um empreiteiro depositou uma propina de R$ 350 mil na conta do PT, conforme confessou. A princípio do legal, mas por trás de tudo um partido lavando dinheiro da corrupção. Leia aqui. 
POSTADO POR O EDITOR ÀS 07:55:00


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
20/03/2015 às 19:33
Carlos Sampaio (SP), líder do PSDB na Câmara, entrou com uma representação no Ministério Público Federal contra Thomas Traumann, ministro da Comunicação Social. O partido o acusa de improbidade administrativa por usar a Secom (Secretaria de Comunicação) para a promoção pessoal e eleitoral da presidente. A confissão está num documento que traz a chancela do órgão, revelado pelo Estadão. Já escrevi a respeito.
No texto que veio a público (íntegra aqui), a Secom admite que usa blogueiros como “soldados”, que “disparam” com “munição” fornecida pelo governo. Fica a óbvia sugestão de que se trata de uma parceria comercial. É asqueroso. O documento vai além: defende que a publicidade federal se concentre em São Paulo, casada à imagem do prefeito Fernando Haddad.
Isso contribuiria para diminuir a sua rejeição, o que seria bom para Dilma. O autor do texto diz ainda que é preciso submeter a uma mesma orientação as páginas de Dilma na Internet (inclusive uma administrada pelo PT), a “Voz do Brasil” e a “Agência Brasil”, que são órgãos do Estado brasileiro, não do governo.
A representação apresentada pelo PSDB considera:
“Nesse mesmo documento, aparecem análises sobre as estratégias das campanhas da presidente Dilma de 2010 e 2014, além de propostas para ‘virar o jogo’ eleitoral, dividindo responsabilidades, exclusivas da Pasta, com pessoas alheias à administração pública, como o PT, o Instituto Lula e blogueiros”. Diz Sampaio: “Pelo que se extrai do referido documento, em nenhum momento as ações da Secom visavam beneficiar o cidadão brasileiro, mas sim fazer com que a presidente Dilma se viabilizasse politicamente e eleitoralmente”.
O texto da Secom deixou perplexos até alguns governistas. Traumann está nos EUA e não comentou o vazamento do documento. Ele é apontado como candidato à vaga do lulista Wilson Santarosa, que foi demitido da gerência de Comunicação Institucional da Petrobras. Pois é… Se o homem, naquele texto, apontou “caos político” no Brasil, a gente pode imaginar o que diria da estatal nestes dias.
Vamos ver. A questão obviamente não está neste ou naqueles nomes apenas. O que interessa é o procedimento. Se Traumann sair da Secom — e não vejo como possa ficar depois de revelar as práticas que estão em curso —, isso não quer dizer que vá necessariamente melhorar. Depende de quem será escolhido.
Enquanto a verba de publicidade for usada para beneficiar amigos e punir os indiferentes; enquanto o governo recorrer à mão de obra de aluguel para promover a baixaria nos blogs e nas redes sociais, bem, será dispensável demonstrar que crimes estarão sendo cometidos por lá.
Por Reinaldo Azevedo

20/03/2015 às 16:09
Por: Laryssa Borges, na VEJA.com:
Os procuradores da República que atuam na força-tarefa da Operação Lava Jato afirmaram nesta sexta-feira que estudam uma maneira de pedir a punição dos partidos políticos envolvidos no propinoduto da Petrobras. A intenção do MP é buscar a eventual – e inédita no país – condenação das legendas, e não apenas dos seus dirigentes, como ocorrido em escândalos de corrupção anteriores.
No caso do petrolão, as investigações indicam que PT, PP e PMDB se beneficiaram do esquema. Em acordo de delação premiada, o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco afirmou à Justiça que o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, recebeu até 200 milhões de dólares em propina de 2003 a 2013, por meio de desvios e fraudes em contratos com a estatal. As revelações de Barusco levaram para o centro do escândalo o caixa do PT. Nos inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribuna de Justiça (STJ), procuradores citaram que políticos do PT, PMDB e PP embolsaram propina disfarçada como doações de campanha.
Para o procurador Deltan Dellagnol, que coordena a força-tarefa do MP na Lava Jato, a legislação atual permite que as agremiações possam ser condenadas com a devolução do dinheiro arrecadado ilegalmente – o artigo 28, inciso III da Lei 9096/95 prevê que o Tribunal Superior Eleitoral pode determinar o cancelamento do registro civil e do estatuto do partido que não tiver prestado corretamente contas à Justiça Eleitoral, o que inclui a possibilidade de a legenda ter intencionalmente fraudado as contas como indicam as investigações sobre o petrolão. “Não tem nada de errado fazer uma doação regular. Outra coisa é a doação camaleão, que se caracteriza pela ocultação e dissimulação da origem, ou da propriedade de recursos provenientes da atividade criminoso, e isso o sistema já possibilita. [O suspeito] Pode ser responsabilizado com devolução dos recursos. Medidas contra os partidos estão em estudo [na Lava Jato]“, disse.
Atualmente, a Lei Anticorrupção prevê punições a figuras jurídicas, como o fechamento de empresas envolvidas em corrupção, mas não inclui na mesma sanção os partidos políticos. Na prática, não há previsão legal explícita sobre como responsabilizar as legendas. Porém, alguns procuradores defendem que a legislação eleitoral abre espaço para sanções às siglas ao coibir fraudes em declarações de campanha. Como se trata de uma eventual punição inédita, o MP ainda não formalizou seus argumentos à Justiça.
Pacote anticorrupção 
Nesta sexta-feira (20) o Ministério Público apresentou um pacote de medidas para tentar frear a corrupção no país. Na próxima semana, levará ao Congresso Nacional propostas como a prisão preventiva para assegurar devolução de dinheiro desviado, maior proteção à fonte que denunciou o esquema de corrupção, possibilidade de confisco de bens não comprovados, criminalização do enriquecimento ilícito de agentes públicos, aumento de penas e crime hediondo para corrupção de altos valores e mudanças no sistema de recursos no processo penal.
Por Reinaldo Azevedo

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 21/03/2015 05:20
Quando estourou o mensalão, o PT simulou desconforto. Chegou mesmo a encenar o expurgo do então tesoureiro Delúbio Soares dos seus quadros. Hoje, no auge do petrolão, o partido não consegue exibir nem mesmo um mal-estar fingido. Perdeu inteiramente o recato.
Quando a cúpula do PT foi parar na cadeia, o partido fez pose de vítima injustiçada. Hoje, com o tesoureiro João Vaccari Neto denunciado pela Procuradoria e o mito José Dirceu devolvido às manchetes policiais, a legenda finge-se de morta. O PT perdeu o discurso.
No primeiro mandato de Lula, quando a oposição ensaiou um coro de impeachment, o PT ameaçou convulsionar o asfalto. Há uma semana, o meio-fio rosnou para o petismo e pediu a saída de Dilma. O PT perdeu o monopólio da rua.
No comando do poder federal desde 2003, o PT atravessa a mais grave crise de sua curta existência de 35 anos. A legenda chega ao seu 5º Congresso, marcado para junho, de ponta-cabeça.
Considerando-se a pauta do Congresso — da “atualidade do socialismo petista” até “a economia política pós-neoliberal” — o PT está perdido. Não é que o partido não tenha farejado uma solução para o seu problema. Em verdade, o PT ainda não enxergou nem o problema.
O PT assiste à hemorragia da recém-instalada segunda administração de Dilma Rousseff com a passividade de quem se julga capaz de ressuscitar com Lula em 2018. Erro primário. Sem Dilma, pode não haver Lula daqui a três anos e nove meses.
Pregoeiro do “nós-contra-eles”, o PT testemunha o crescimento do “quase-todos-contra-nós”. Acusa os adversários de estimularem o ódio contra o PT. Mas esquece de levar em conta que o antipetismo é uma reação ao ódio destilado pelo PT.
O manual anticrise do PT está com o prazo de validade vencido. Qualquer um que não reze pelo catecismo da legenda é um lacaio da elite branca de olhos azuis. Mas a crise moral e a ruína política que fazem a caveira do PT não carregam as digitais da oposição. Com a imagem e as práticas estilhaçadas, o PT afunda sozinho.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Sábado, 21 de março de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
No histórico domingo 15 de março de 2015, 10% da população de Londrina, umas 30 mil pessoas, tomaram a praça principal da cidade para manifestar a vontade por um Brasil melhor, mais honesto, mais produtivo, sem corrupção. Na segunda-feira (16) o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu Luiz Abi Antoun, um primo-irmão do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB). Ontem (20), prendeu fiscais da receita estadual, um policial civil um contador e empresários que o Ministério Público classificou de testas de ferro de um esquema de assalto aos cofres públicos, extorquindo empresas, via sonegação de impostos.
Não se trata de mais uma ação da famosa Operação Lava Jato, que fez até o juiz Sérgio Fernando Moro receber, recentemente, o prêmio "Faz a Diferença" dado pelo jornal O Globo. A ação pesada do Gaeco de Londrina faz parte de duas operações (Publicano e Voldemort) que podem se interligar por graves indícios de crimes de pedofilia, envolvendo gente politicamente graúda no Paraná, metida em falcatruas com o fisco estadual. Caso não seja abafado - e a pressão da opinião pública não deve permitir que aconteça -, este promete ser um dos maiores escândalos de corrupção e safadeza no Brasil. 
Um dos investigados pelo Gaeco é o ex-Inspetor Geral de Fiscalização do Paraná, Márcio de Albuquerque Lima, cujo escritório, em Curitiba, foi vasculhado pelo Gaeco no começo do mês. Albuquerque Lima é companheiro de equipe do governador Beto Richa (PSDB) no automobilismo. Eles correram juntos na prova das 500 milhas de Londrina, em dezembro do ano passado. Albuquerque foi alçado ao pódio da Delegacia da Receita na cidade para o cargo de inspetor no segundo semestre do ano passado. Foi exonerado três dias antes de o Gaeco cumprir o mandado de busca no seu escritório.
O caso de combate à corrupção na área fiscal no Paraná, e a Operação Lava Jato, que é presidida a partir da 13a Vara Federal em Curitiba, deixa uma incômoda pergunta no ar: será que é só por lá que o Judiciário, o Ministério Público e os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado funcionam? Outra indagação de resposta fácil: será que no resto do Brasil, onde tem judiciário, MP e Gaecos, não acontecem delitos semelhantes e que permanecem impunes ou sem conhecimento do grande público? Pode perguntar mais: será que o aumento da pressão popular vai forçar a abertura de novas investigações, em bases públicas, transparentes e legais, sem rigores seletivos para punir inimigos e poupar "aliados" de políticos corruptos?
Sem dúvida, a próxima gigantesca manifestação popular, marcada para 12 de abril nas ruas de todo o País, deve chamar a atenção e cobrar das autoridades, pontualmente, casos de corrupção que precisam ser investigados e elucidados, com punição rigorosa dos bandidos, e uma luta incessante para que seja devolvido aos cofres públicos tudo que foi por eles roubado nas negociatas.
O negócio é bem simples. Sem pressão popular legítima, e sem imprensa livre para colaborar com a vontade popular, não é possível construir uma Democracia de Verdade. Por isso, povo e mídia têm de pressionar as autoridades para que cumpram o dever para o qual são pagas pelo cidadão-eleitor-contribuinte.
(...)

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