DA MÍDIA SEM MORDAÇA
NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
20 DE MARÇO DE 2015
A CPI da Petrobras deve investigar as responsabilidades do conselho de administração da estatal, presidido por Dilma Rousseff entre 2003 e 2010, auge da roubalheira do “petrolão”. Requerimento do deputado Altineu Côrtes (PR-RJ), já na pauta da CPI, obriga a Petrobras a entregar aos deputados da CPI cópia de todas as gravações em áudio e vídeo das reuniões do conselho entre os anos de 2005 e 2015.
As gravações das reuniões mostrarão a atitude de conselheiros, como Dilma, na aprovação de negócios ruinosos para a Petrobras.
Altineu Côrtes, sub-relator de Gestão Temerária da CPI, suspeita que conselheiros sabiam da roubalheira. Ele não acredita em dolo de Dilma.
A Petrobras vendeu por uma pechincha metade da subsidiária na África ao banco BTG Pactual, de André Esteves, um amigão de Lula.
Parlamentares com livre trânsito no Planalto garantem que Dilma ainda não nomeou Henrique Alves (PMDB) para seu ministério porque teme que seu nome apareça no próximo escândalo, o do “Eletrolão” do setor elétrico. A mesma desculpa ela usava antes da Lista de Janot, na qual Alves não foi citado. Sua campanha para o governo potiguar recebeu doações de R$8,5 milhões de empreiteiras com obras no setor elétrico.
Entre doadores de campanha de Henrique Alves estão Queiroz Galvão, Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez, também citadas no Petrolão.
Foi adotado no setor elétrico o modelo desbaratado na Petrobras, no qual um diretor “de confiança do PT” manda mais que o presidente.
Deputados da CPI da Petrobras apostam que o ex-diretor da Petrobras Renato Duque logo abandonará a pose para propor acordo de delação premiada. Ele sabe que corre o risco de passar o resto da vida preso.
Com o Congresso desmoralizado, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) lança nesta sexta (20), em Curitiba, o programa “Câmara Itinerante”. Poderia aproveitar e se apresentar ao juiz Sérgio Moro, para depor.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, deve pôr o governo contra a parede na votação do projeto que fixa novas regras de reajuste do salário mínimo. Emendas ampliam os gastos em R$ 5 bilhões.
Caso vá à votação o projeto que muda as regras de reajuste do salário mínimo, o governo dá a derrota como certa. O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), pediu apoio ao PMDB. Não conseguiu.
A Câmara mandou à Antártica missão de deputados, cujas emendas mantêm a estação científica. Damião Feliciano (PDT-PB) aproveitou a boquinha e levou a mulher, Lígia, vice-governadora da Paraíba.
Os números do polo de Manaus já refletem o cenário econômico. Em janeiro, faturou US$ 6,3 bilhões, equivalente a uma queda de 3,06%, em reais, e de 12,33% em dólar, em comparação com janeiro de 2014.
...com a associação automática de Dilma a panelaço, logo aparecerá alguém lançando a marca de panelas Dilma.
NO O ANTAGONISTA
FHC é como a bomba atômica
Brasil 20.03.15 06:50
Fernando Henrique Cardoso, pela trigésima-oitava vez, repetiu seu chavão predileto:
"O impeachment é como a bomba atômica, não serve para usar, só para intimidar".
Isso aconteceu, segundo Lauro Jardim, numa palestra realizada anteontem, promovida pela Goldman Sachs.
Ele prosseguiu dizendo que, se a situação de Dilma piorar muito, chegará um momento em que os "cardeais” do país deverão se reunir para costurar uma saída para este governo.
O Antagonista não sabe quanto Fernando Henrique Cardoso recebeu da Goldman Sachs, mas sabe que para ele é mais vantajoso apresentar-se como um "cardeal" que pode "costurar uma saída para este governo" do que como mero ex-presidente.
Mas o Brasil não é um conclave e não precisa de velhos cardeais tramando nos corredores. Pelo contrário: precisa de transparência, que só a abertura de um processo de impeachment pode dar.
Fernando Henrique Cardoso é como a bomba atômica: não serve para usar.
A presidente que quebrou a Petrobras
Economia 20.03.15 06:25
Dilma Rousseff pode "entrar para a História como a presidente que quebrou a Petrobras".
A frase é de Rachel Landim, colunista da Folha de S. Paulo. Que prossegue:
"Alguém em Brasília precisa avisá-la de que a situação é tenebrosa... Não, isso não é alarmismo. Só não vê quem não sabe fazer conta ou deixa a política turvar seu raciocínio".
O principal doleiro do PT
Brasil 20.03.15 05:33
Doleiros envolvidos nos maiores escândalos do Brasil aparecem no Swissleaks.
O Globo deu a lista de todos eles: Henrique José Chueke e sua filha, Lisabelle Chueke (caso PC Farias); Favel Bergman Vianna e Oscar Frederico Jager (propinoduto); Benjamin Katz (Banestado); Henoch Zalcberg (Operações Roupa Suja e Sexta-feira 13); Dario Messer (Mensalão); Raul Henrique Srour (Lava-Jato).
O nome mais importante é Dario Messer. Seus extratos bancários de 2002 a 2008 podem ajudar a Lava Jato a desmontar o esquema de lavagem de dinheiro usado pelo PT.
O doleiro Toninho da Barcelona, na CPI dos Correios, declarou o seguinte:
"Dario Messer era o principal doleiro do Partido dos Trabalhadores".
Segundo Toninho da Barcelona, na campanha de 2002 o PT montou um esquema para trazer ao Brasil o dinheiro depositado em contas no exterior. Marcos Valério transferia dólares de uma conta controlada por ele no Trade Link Bank para o Rural International Bank. Em seguida, o dinheiro era internalizado para o Banco Rural e repassado ao PT por intermédio da Corretora Bônus-Banval. O papel de Dario Messer era converter os dólares em reais.
É aqui que entra a Lava Jato.
A Bônus Banval, de acordo com Toninho da Barcelona, foi levada a Marcos Valério por José Janene, que a conheceu através de Alberto Youssef. A corretora passou então a oferecer seus préstimos a Delúbio Soares e José Dirceu.
O Swissleaks pode unir o Mensalão ao Petrolão e enterrar para sempre a lavanderia petista.
Sete Brasil e Zero Brasil
Economia 20.03.15 05:08
A Sete Brasil está falindo.
Um dos bancos estrangeiros que emprestaram dinheiro à empresa, o Standard Chartered, resolveu executar suas garantias e pular fora, informa a Folha de S. Paulo.
É um péssimo negócio para o banco, que deve receber de volta muito menos do que emprestou. Mas é melhor do que não receber nada, em caso de calote da Sete Brasil.
O BNDES está manobrando para conceder um empréstimo de 9 bilhões de reais à Sete Brasil. Se isso acontecer, a falência será adiada por algum tempo. E o calote se tornará ainda maior.
19.03.15 23:29
Querem nos convencer agora de que o governador Marconi Perillo, de Goiás, quis agradar Dilma Rousseff não só por conveniências regionais, mas para mostrar a ela que uma aproximação com o PSDB, e o consequente distanciamento de Lula, seria um bom caminho para preservar o seu mandato -- uma indicação concreta do plano de certo tucanato de fazer um governo de "união nacional" e, quem sabe, atrair para o PSDB uma parte da esquerda moderada (?) petista.
Esse movimento tucano faz lembrar ao Antagonista a frase de Orestes Quércia sobre como agir com adversários que experimentam um momento de fraqueza: "Melhor não dar moleza. Se você der moleza, o aleijado pode aproveitar e bater com a muleta na sua cabeça."
Brasil 19.03.15 21:04
O comércio fechou 130 mil vagas em fevereiro. A construção civil cortou 26 mil vagas no mesmo mês.
É só o começo do túnel.
NO BLOG DO CORONEL
SEXTA-FEIRA, 20 DE MARÇO DE 2015
O mínimo que o Brasil espera do cidadão sem mandato e sem cargo, Cid Gomes, dono do PROS, outra das inúmeras siglas de aluguel, é que o seu partido não indique o novo ministro da Educação. Que o cabra pare de achacar o MEC, onde estava destruindo o FIES e acabando com o sonho de centenas de milhares de jovens brasileiros. Que Gomes tenha se demitido não só do MEC. Que demonstre pelo menos um pingo de caráter e abandone o achaque partidário contra este ministério que deveria ser a referência de qualquer governo. Ou que não faça uma troca espúria, deixando o MEC para o PT ou outro partideco e recebendo novo feudo em troca. Estamos de olho!
POSTADO POR O EDITOR ÀS 07:36:00
Dilma: quanto mais fala, mais afunda. A ela e ao país.
Ontem, mesmo com toda a pressão das ruas e do mercado, após a desastrosa demonstração de Cid Gomes de que os 39 ministérios são apenas o resultado de um putrefato balcão de negociatas, Dilma Rousseff, ao contrário do que o mundo inteiro esperava, negou mudanças na equipe de governo. E o fez veementemente, dando-se praticamente como ofendida pelas perguntas dos jornalistas. Querendo demonstrar uma força que não tem mais. Pronto. O dólar disparou para R$ 3,30 e ficou ainda mais difícil que ela possa conduzir qualquer mudança na economia. Já no ministério, é certo que voltará atrás, pois não governa mais. Apenas respira por aparelhos. A notícia abaixo é de O Globo.
A presidente Dilma Rousseff disse na manhã desta quinta-feira (19) que não fará uma ampla reforma ministerial, como sugeriu o ex-presidente Lula e o PMDB, para reacomodar as forças políticas e a base aliada em torno de seu governo. Segundo ela, o que poderá ajudar é o que está se propondo, o diálogo:
— Vocês (imprensa) estão criando uma reforma no ministério que não existe. São alterações pontuais. Eu estou fazendo uma alteração pontual. (...) Eu não tenho perspectiva de alterar nada nem ninguém, mas as circunstâncias às vezes obrigam você a alterar, como foi no caso do Ministério da Educação. Não tem reforma ministerial — afirmou a presidente.
Para substituir Cid Gomes, que deixou o Ministério da Educação nesta terça-feira, a presidente afirmou que escolherá alguém da área da educação o mais rápido possível. — Eu não vou dar a educação a ninguém (partido), meu compromisso é com a melhoria da educação — disse a presidente, negando o vínculo do cargo com alguma sigla.
A saída de Cid Gomes do Ministério da Educação gerou especulações sobre a volta de Aloizio Mercadante, atual ministro da Casa Civil, para a Pasta. Fontes do Planalto, porém, negam essa mexida.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje que o PMDB não está pleiteando a vaga de ministro da Educação. Nesta quarta-feira, o PMDB pediu a demissão de Cid Gomes depois dos ataques ao presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). — O PMDB no presidencialismo, ele não pode pleitear nada. A presidente, quando entende que é importante a participação do partido em alguma pasta, a presidente convida. Mas é preciso que nós tenhamos presente a lógica do presidencialismo — disse o presidente do Senado.
Renan desconversou sobre o incidente envolvendo Cid Gomes no Plenário da Câmara. Perguntado se, como presidente do Congresso, ele não considerou a postura de Cid Gomes desrespeitosa, o senador respirou fundo e respondeu: — Depois eu falo, tá?!
DOCUMENTO
Sobre o documento analítico escrito pelo ministro Thomas Traumann (Comunicação Social), que vazou nesta terça-feira e fala em “caos político” no país e no governo, Dilma disse que o documento não é oficial e não foi discutido dentro do governo. O texto avaliava a comunicação como “errada e errática” e dizia que não seria fácil “virar o jogo”. Segundo fontes ouvidas pelo Palácio do Planalto, a presidente teria dito a auxiliares estar “perplexa” com o relato, e que foi criado um problema desnecessário para o governo.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 07:19:00
Agora Dilma vai buscar apoio da milícia terrorista do MST, o "exército" de Lula.
Eles são terroristas que, como os piores do mundo, se escondem atrás de mulheres e crianças para cometerem crimes durante duas invasões. Na última semana, cometeram homicídio doloso múltiplo, causando um grande acidente no Sergipe, quando fecharam um movimentada rodovia. Morreram três inocentes. Lula, recentemente, ameaçou o país, dizendo que iria chamar o exército do Stedile. O nome desta facção criminosa é MST. É lá que Dilma vai buscar apoio contra as manifestações de rua do povo honesto, sofrido e verdadeiramente trabalhador.
(Estadão) Acuada por manifestações e com um recorde negativo de popularidade, a presidente Dilma Rousseff começa a se reaproximar das tradicionais bases sociais do PT. Nesta sexta-feira, 20, em visita ao Rio Grande do Sul, Dilma irá dobrar a atenção dada ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em quatro anos e três meses de mandato: visitará dois assentamentos, o mesmo número de visitas feitas em todo o seu primeiro mandato.
A atenção não é à toa. Depois da declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que João Pedro Stédile, um dos líderes do MST, "iria por seu exército na rua" em defesa do governo, o movimento, junto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), foi uma das bases centrais das manifestações de 13 de março em favor do governo. Mesmo críticos às ações de Dilma, os movimentos sociais encaram o governo do PT como uma das únicas alternativas viáveis de obter ganhos sociais.
"O governo não cumpriu a pauta com os movimentos, isso é certo, e ela não foi esquecida. Possivelmente vai haver reivindicações. Mas o único governo que pode cumpri-la é o da presidente Dilma", afirma Ary Vanazzi, presidente do PT no Rio Grande do Sul. "Nesse momento a sociedade brasileira tem uma disputa clara, é um momento em que a luta de classes se acentua, então é muito necessário restabelecer esse diálogo, porque o projeto adversário, do PSDB, do DEM, é totalmente contrário politica, econômica e ideologicamente".
Nos últimos anos, o governo de Dilma Rousseff manteve distância de boa parte dos movimentos sociais, em especial o MST. Nas duas visitas anteriores - no Paraná, em fevereiro de 2012, onde inaugurou uma unidade de beneficiamento de leite, e no Piauí, em janeiro de 2013, quando assinou o início das obras de um sistema de irrigação -, a atenção foi menos ao movimento e mais à ideia defendida por seu governo de que era preciso investir para melhorar os assentamentos existentes.
Em todo seu primeiro mandato, a presidente recebeu os líderes do MST apenas uma vez, em uma audiência curta, em 13 de fevereiro de 2014. As conversas com o movimento eram relegadas ao então Secretário-Geral da Presidência Gilberto Carvalho. De um modo geral, a relação era conflituosa. Ainda antes de ser eleita, a então ministra da Casa Civil fez uma crítica velada a Lula, dizendo que não poria boné de movimentos sociais porque "movimento é movimento e governo é governo".
Ainda assim, em 2010, durante sua primeira campanha presidencial, usou o boné vermelho do MST. O movimento acusa o governo Dilma de ter sido o "pior da história" para a reformar agrária e ter sido o que menos assentou. Hoje, de acordo com os cálculos do MST - não confirmados pelo governo - existiria cerca de 180 mil pessoas aguardando terras. Dilma nunca escondeu que a reforma agrária tradicional não era do seu agrado e sua ênfase seria de tornar os assentamentos existentes autossuficientes. A política, somada ao crescimento do Bolsa Família, que fez candidatos a terras voltarem para a cidade, enfraqueceu o movimento.
Na hora da necessidade, no entanto, Dilma se volta para os movimentos que sempre fizeram a base do PT. Hoje, fará a colheira simbólica do arroz orgânico, plantado no assentamento Integração Gaúcha, em Eldorado do Sul, e depois fará a inauguração de um silo de secagem e armazenamento na cooperativa do assentamento Lanceiros Negros. De acordo com Vanazzi, membros da CUT também se organizam para ir ao encontro da presidente.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 00:01:00
NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
20/03/2015 às 4:11
Leiam trechos:
Esse negócio de que, mesmo antigos, devemos conservar, diante de tudo, o olhar de surpresa e de novidade típico da juventude é conversa mole. Como é mesmo? O diabo é diabo porque velho, não porque sábio. Mas não sou do tipo que deixa cair as bochechas, com as retinas cansadas. Aos 53, é dever não se assustar nem se prostrar. Mas eis que os poderosos de turno, a seu modo, fazem com que me sinta um recém-nascido. Produzem o inédito, falam o inaudito, acenam com o inesperado. A companheirada tem me permitido vivenciar a tábula rasa. Meu cérebro não tem prescrição para o que está aí. É como se eu tivesse chegado ao mundo deles sem experiência anterior.
Cid Gomes, até quarta (18) ministro da Educação (nada menos!) de um governo em crise, afirmou haver no Congresso 300 achacadores e foi chamado a se explicar na Câmara. Em vez de buscar uma forma decorosa de se desculpar, deu um piti ridículo, à moda dos Gomes, e foi demitido em seguida. Quem exibiu a sua cabeça foi Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Casa. Cid saiu de lá dirigindo o próprio carro e foi aplaudido por uma claque de cearenses. Há ou não os achacadores? Em setembro de 1993, um certo Lula disse que havia “300 picaretas no Congresso”. Em 2015, o PT é o protagonista do petrolão. “Boquirrotice” é lixo.
A cena momesca se deu um dia depois de ter vindo a público um documento da Secretaria de Comunicação da Presidência em que o governo reconhece usar os chamados blogs sujos para o serviço de pistolagem política. O documento prega a intensificação de uma parceria que parece ser comercial e criminosa. O texto sabe ser explícito: “A guerrilha política precisa ter munição vinda de dentro do governo, mas ser disparada por soldados fora dele”. Munição? Soldados? Disparo? O plano anuncia ainda a intenção de pôr órgãos do Estado a serviço do proselitismo rasteiro e de usar a verba oficial de publicidade para a promoção pessoal de políticos, o que afronta a Constituição.
(…)
Íntegra aqui
Por Reinaldo Azevedo
NO BLOG DO JOSIAS
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