DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
18 DE MARÇO DE 2015
O Tribunal de Contas da União (TCU) está prestes a “abrir as portas do inferno” para Dilma, e deixá-la vulnerável a impeachment. Seu plenário deve aprofundar a investigação do papel do conselho de administração no escândalo de corrupção da Petrobras. O conselho foi presidido por Dilma desde o início do governo Lula, gênesis do assalto à estatal, e todas as decisões, inclusive as que alimentaram o “petrolão”, tiveram sua assinatura, configurando “ato de ofício” que pode incriminá-la.
O auditor e ministro-substituto André Luís de Carvalho foi quem levou ao plenário do TCU a proposta de investigar o conselho da Petrobras.
A devassa do TCU se baseará na reação da própria Dilma, ao atribuir a compra superfaturada da refinaria de Pasadena a informações falsas.
A suspeita no TCU é que outras decisões tenham sido tomadas, no conselho da Petrobras, com base em informações igualmente falsas.
O delegado federal Igor de Paulo, que participa das investigações, afirmou ontem que a Operação Lava Jato trabalha com a expectativa de forte “expansão” da lista de parlamentares envolvidos no assalto à Petrobrás. A força-tarefa acredita esse novos nomes surgirão a partir dos inquéritos determinados pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. A “Lista de Janot”, com 54 nomes, deve crescer.
A Polícia Federal destacou 40 delegados e agentes para trabalhar na Lava Jato. Sem contar aqueles que atuam nos novos inquéritos.
PT e PMDB combinaram tratar de “reforma política”, para ocupar as manchetes, mas em particular só falam em petrolão. Estão em pânico.
Os políticos do PT e do PMDB estão à base de tranquilizantes, à espera de notícias sobre o depoimento do lobista Fernando Baiano.
Se é mesmo bem informado, como já demonstrou, o ex-deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP) já deve ter preparado sua mala de mão, tipo a do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC.
São devastadoras as revelações de dirigentes da empreiteira Camargo Corrêa que fizeram acordo de delação premiada. A “caixa preta” do setor elétrico começou pela obra da hidrelétrica de Belo Monte.
Com a coragem habitual, o ministro Gilmar Mendes (STF) criticou a proposta da OAB de financiamento eleitoral: o pobre da Bolsa Família e o empresário devem contribuir com o mesmo valor. “Isso tem nome. Isso é encomendar lavagem de dinheiro", adverte o magistrado.
O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, virou réu por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. É suspeito de roubar em nome da companheirada. Mas todos, como Lula, se fingem de mortos.
Dilma entrega sua sorte a Joaquim Levy (Fazenda), mas o PT não esconde a preferência por Nelson Barbosa (Planejamento), cujas decisões ajudaram em muito a formar a crise que impôs o arrocho.
Em vez de demitir Cid Gomes (Educação), Dilma concedeu a ele “licença médica”. A manobra livra o ministro de ir ao plenário da Câmara, como foi intimado, e apontar os “deputados achacadores”.
Se Cid Gomes perder o cargo por acusar os deputados federais de “achacadores”, será o primeiro ministro demitido por falar a verdade?

NO O ANTAGONISTA
Renúncia ou impeachment?
Brasil 18.03.15 06:33
A nota que os brasileiros dão a Dilma Rousseff, segundo o Datafolha, é 3,7.
Ela é rejeitada por 75% dos moradores do Centro-oeste. E por 66% no Sudeste.
Mas a presidente é detestada também no maior reduto eleitoral do PT, o Nordeste: atualmente, só 16% aprovam o governo.
As taxas mais altas de rejeição estão entre os eleitores com escolaridade média (66%) e naquele tradicional grupo de coxinhas com renda mensal familiar de 2 a 5 salários mínimos (66%).
A pergunta que se coloca agora é: renúncia ou impeachment?
O gráfico publicado na Folha de S. Paulo: corre, vermelho!

O robô responde: Dilma roubou na Petrobras?
Brasil 18.03.15 04:17
Dilma Rousseff já sabe por que é a presidente mais impopular de todos os tempos:
"Os robôs foram desligados".
É o que diz um relatório interno do governo, revelado ontem à tarde pelo Estado de S. Paulo.
Ao analisar os motivos pelos quais Dilma Rousseff é vaiada sempre que bota os pés fora do Palácio do Planalto, o relatório argumenta que foi um erro parar de pagar os robôs que reproduziam automaticamente na internet as mensagens da propaganda oficial.
Em vez disso, o governo continuou a pagar os blogueiros chapa-branca. Que são um fracasso. Ninguém lê aqueles velhos mercenários que topam qualquer programa por um jabá. O único que se salva, segundo o relatório, é o deputado Jean Wyllys, cuja página no Facebook "tem um peso maior na defesa do governo" do que todos os outros juntos.
O relatório cita também uma pesquisa do Ibope encomendada - e paga - pelo governo. O dado mais relevante é que, nos últimos seis meses, "32% dos entrevistados mudaram de opinião negativamente" sobre Dilma Rousseff. A maioria deles do interior e com renda entre 2 e 5 salários mínimos. A elite branca. Os golpistas burgueses.
Para tentar melhorar sua imagem, de acordo com o relatório, Dilma Rousseff tem de "aceitar a mágoa dos eleitores" e responder claramente a uma série de perguntas, tais como:
1 - “A gasolina subiu porque Dilma, Lula e o PT roubaram na Petrobras?”
2 - “Dilma falou uma coisa na campanha e está fazendo outra?”
3 - "A vaca tossiu, ela está mexendo nos direitos dos trabalhadores?”
4 - "Ela mentiu ao dizer que o Aécio é que ia aumentar a gasolina e a luz?”
5 - Por que ela sempre culpa a crise internacional e não assume que errou?”
6 - "Por que ela deixou a inflação explodir?”
7 - "O que ela está fazendo para acabar com a corrupção na Petrobras?”
8 - "A campanha dela recebeu dinheiro do esquema Lava Jato?”
9 - "Como ela pode falar em Pátria Educadora e cortar o FIES?”
Se respondesse a essas perguntas, Dilma Rousseff cairia no dia seguinte. É melhor deixar a tarefa para os robôs, que têm muito mais alcance e credibilidade do que os blogueiros financiados pelo governo.
Paulo Henrique Amorim vai perder o emprego para o robô B-9

17.03.15 23:22 
Ah, sim, o PSDB, o DEM e o Solidariedade aderiram HOJE (17) ao pedido do PPS de investigação de Dilma Rousseff que foi arquivado.
A nossa avaliação é que foi como embarcar no Titanic já sabendo que ele afundaria -- mas com um escaler à mão.

Admiramos o ministro Teori Zavascki
Brasil 17.03.15 22:55
O ministro Teori Zavascki recusou o pedido do PPS de investigação de Dilma Rousseff, protocolado pelo deputado Raul Jungmann.
No pedido baseado em jurisprudência do próprio STF, o deputado argumentava que a presidente da República, citada na delação premiada de Paulo Roberto Costa, poderia ser investigada, visto que tudo indicava que ela sabia da corrupção na Petrobras e do repasse de dinheiro sujo para a sua campanha de 2010. A investigação, acrescentava Raul Jungmann, não representaria afronta à Constituição, porque uma eventual condenação poderia ocorrer somente depois de Dilma Rousseff terminar o mandato.
O que fez Teori Zavascki? Disse que o pedido era "apócrifo", por não ter assinatura de advogado, e que um partido não tinha legitimidade para fazer acusações no STF, somente o Ministério Público Federal.
O Antagonista admira o apreço de Teori Zavascki pelas formalidades.

Gilmar Mendes, de "garantista" a garantidor da impunidade?
Brasil 17.03.15 22:04
O Antagonista veio para revelar. No último dia 13, publicamos o post "Gilmar Mendes do STF", em que afirmamos que o ministro do STF gostava de falar mal do juiz Sergio Moro e de esculachar Rodrigo Janot, procurador-geral da República, a jornalistas amigos.
Nada como a luz do Sol. Hoje, ao votar pela extensão da prisão dos executivos da empreiteira OAS, Gilmar Mendes não se furtou a criticar, nem tão indiretamente assim, Sergio Moro e Rodrigo Janot.
"A mim me parece que estamos nos aproximando do limite em que a prisão preventiva se torna eventualmente antecipação de execução", disse Gilmar Mendes. Como não poderia deixar de ser, a crítica teve o endosso de Dias Toffoli, aquele ministro que correu para uma reunião com Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, tão logo se transferiu para a Turma do STF que julgará as ações penais do petrolão.
Gilmar Mendes é considerado um "garantista". Esperemos que não se torne um garantidor da impunidade.

NO DIÁRIO DO PODER
FATUROU MUITO
EX-BRAÇO DIREITO DE LULA, JOSÉ DIRCEU FATUROU R$ 29 MILHÕES
TODO ESSE DINHEIRO ZÉ DIRCEU DIZ TER RECEBIDO POR 'CONSULTORIAS'
Publicado: 17 de março de 2015 às 19:34 - Atualizado às 21:53
O ex-ministro e homem de confiança do ex-presidente Lula faturou mais de R$ 29 milhões dos últimos nove anos a título de "consultoria" prestada a empresas que são fornecedoras do governo, e grande parte delas envolvidas no escândalo de roubo à Petrobras. A informação é da própria defesa de Dirceu, que foi uma espécie de "primeiro-ministro" do governo Lula.
O empresário Gérson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix e réu da Operação Lava Jato, admitiu nesta terça feira, 17, que contratou serviços de "consultoria" do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil, governo Lula). Em depoimento à Justiça Federal no Paraná, base da investigação e de todas as ações penais no âmbito da Lava Jato, Almada declarou que após a saída de Dirceu do governo teve “uma primeira reunião” com o petista.
“Ele (Dirceu) se colocou à disposição para fazer um trabalho junto à Engevix no exterior, basicamente voltado a vendas da empresa em toda a América Latina, Cuba e África, que é onde ele mantinha um capital humano de relacionamento muito forte”, disse o empresário.
Almada disse que da reunião participou Milton Pascovith, apontado pela Polícia Federal como lobista. “Foi num hotel e, depois, tive duas reuniões no escritório do ministro José Dirceu e ali combinamos uma atuação voltada principalmente para o Peru e Cuba. Fizemos uma viagem para o Peru com o José Dirceu, onde ele tinha um excelente relacionamento. É o que a gente chama de open door, (Dirceu) fala com todo mundo, bota você nas melhores coisas, mas não resolve o close door. A gente tem que fechar contratos. Ele nos colocava em contato com vários tipos de relacionamentos. Mas não aconteceu nada, encerramos o contrato.”
Indagado sobre o que previa o contrato com a empresa de consultoria de Dirceu, o executivo da Engeviz disse. “O contrato previa duas fases. Ele não queria correr riscos. A primeira foi assinada com um valor para achar clientes. Uma segunda fase previa acerto de comissionamento.”
Sobre até quando foram realizados pagamentos para a JD Assessoria, o empresário disse. “Desculpe, não me recordo, mas deve ser coisa de quatro ou cinco anos atrás.”
Durante a audiência, Moro pediu à defesa de Almada para mostrar um contrato da JD com a Engevix. Após autorização do advogado, o juiz mostrou um contrato que falava em R$ 300 mil por 6 meses de consultoria.
Logo depois, Moro falou sobre a quebra de sigilo fiscal da JD, na qual consta que a Engevix teria pago 100 mil em 2008 à empresa de Dirceu. Em 2009, 260 mil, em 2010, 650 mil, em 2011, 100 mil. Almada é perguntado se a Engevix repassou esses valores.
“Faz sentido”, responde o executivo. “Lobby internacional. Nunca falei com ele a respeito de Petrobrás ou outras coisas”.
O procurador da República presente na audiência perguntou ao acusado se ele sabia que a empresa do ex-ministro prestava o mesmo tipo de serviços para empresas concorrentes da Engevix. “Atualmente sei que utilizava os mesmos tipos para concorrentes.”
Almada confirmou que sua empresa fez doações eleitorais para a campanha do filho do ex-ministro, Zeca Dirceu (PT/PR). “Alguma vez José Dirceu solicitou doações? Ele pediu doações para o filho?”, perguntou o procurador. “Não, (pedido) do Milton Pascovith.”
Suspeita 
A força-tarefa da Lava Jato suspeita que a JD Assessoria e Consultoria cumpria a mesma função das empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef, alvo central da investigação sobre desvios, fraudes e corrupção na Petrobrás.
Elas emitiam notas fiscais para as maiores empreiteiras do País por assessorias e outros serviços fictícios. A JD também soltou notas fiscais por serviços que não teriam sido realizados, segundo suspeitam os investigadores. Os investigadores identificaram que a empresa do ex-ministro “recebeu vultosos recursos” da Galvão Engenharia, da Construtora OAS e da UTC Engenharia, três das empreiteiras sob suspeita de formarem um cartel na estatal petrolífera.
O Fisco verificou que, entre julho de 2009 e dezembro de 2011, a empresa de José Dirceu e de seu irmão, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, recebeu, em média, R$ 25 mil mensais da Galvão Engenharia, sob a rubrica genérica de “consultoria”, totalizando cerca de R$ 725 mil.
Da Construtora OAS, a empresa JD recebeu, em média, R$ 30 mil mensais, também por “consultoria” e “subempreiteiros”, de janeiro de 2010 a dezembro de 2011, somando cerca de R$ 720 mil. A Receita identificou, ainda, créditos da UTC Engenharia em favor da empresa do ex-ministro do governo Lula: R$ 1,377 milhão no ano de 2012 e R$ 939 mil em 2013, neste caso por “consultoria, assessoria e auditoria”.
“Verifica-se, portanto, que no período de 2009 a 2013, a empresa JD Assessoria recebeu a expressiva quantia de R$ 3,761 milhões a título de consultoria, das empreiteiras acima listadas, as quais estão sendo investigadas justamente pelo pagamento de serviços de consultoria fictícios a empresas diversas para viabilizar a distribuição de recursos espoliados do Poder Público”, assinalou a juíza federal Gabriela Hardt, ao decretar as quebras de sigilo da empresas e do ex-ministro, em janeiro.
Gabriela decretou inicialmente a quebra do sigilo bancário e fiscal exclusivamente da JD Assessoria e Consultoria, no dia 8 de janeiro. No dia seguinte, depois que foi informada pelo pedido do Ministério Público Federal que o ex-ministro e seu irmão são os detentores das cotas da empresa, ela estendeu a ordem para as contas bancárias e as declarações de rendas de José Dirceu e Luiz Eduardo.
“Aprofundando as investigações, foram colacionadas provas de um esquema criminoso de certa magnitude estruturado para desviar recursos de obras da Petrobrás, mediante fraudes a licitações, cartel de empreiteiras, lavagem de dinheiro e pagamento de vantagem indevida a dirigentes e gerentes da empresa estatal”, destaca a juíza.
“Havendo suspeita nas transações efetuadas pelos investigados, é evidentemente necessária a quebra do sigilo”, argumenta a magistrada.
“Havendo causa lícita para as transações apontadas pela Receita Federal, oportunamente será permitida a produção de prova neste sentido.”
Ela ponderou que “não é possível, na presente conjectura, afirmar em definitivo a (i)licitude dos pagamentos havidos, daí a imprescindibilidade da quebra requerida”. “Não há, ademais, outra forma de colher a prova”, finalizou a juíza. (AE)

NO BLOG DO CORONEL
QUARTA-FEIRA, 18 DE MARÇO DE 2015
(O Globo) Análise interna do Palácio do Planalto, feita pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Thomas Traumann, e encaminhada à presidente Dilma Rousseff, diz que o país vive um "caos político" e que dificilmente o governo conseguirá reverter esse quadro. Segundo a avaliação, a comunicação do governo é "errada e errática", e a presidente ficou encastelada no começo do segundo mandato. Também afirma que os aliados do Planalto estão levando uma "goleada" da oposição nas redes sociais. O texto critica ainda a escolha de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda e as medidas do ajuste fiscal.
O GLOBO teve acesso ao documento, que não tem a marca do governo federal nem assinatura. O texto é dividido em três capítulos _ Onde estamos, Como chegamos até aqui e Como virar o jogo. "De um lado, Dilma e Lula são acusados pela corrupção na Petrobras e por todos os males que afetam o País. Do outro, a militância se sente acuada pelas acusações e desmotivada por não compreender o ajuste na economia. Não é uma goleada. É uma derrota por WO", avalia. 
O documento começa com uma dura avaliação da comunicação, mas diz que a crise é maior do que os erros de interlocução com a sociedade: "A comunicação é o mordomo das crises. Em qualquer caos político, há sempre um que aponte 'a culpa é da comunicação'. Desta vez, não há dúvidas de que a comunicação foi errada e errática. Mas a crise é maior do que isso. "Mesmo admitindo o erro, a Secom cobra mais ação da militância petista, que, segundo a análise, perdeu a disputa nas redes sociais e nas ruas, desde as manifestações de 2013: "Ironicamente, hoje são os eleitores de Dilma e Lula que estão acomodados com o celular na mão, enquanto a oposição bate panela. Dá para recuperar as redes, mas é preciso, antes, recuperar as ruas.
"O segundo capítulo discorre sobre os equívocos do governo Dilma desde a eleição de 2010, criticando políticas adotadas pelo Ministério da Cultura e pela Secom, quando comandados por Ana de Hollanda e Helena Chagas, respectivamente. Diz que no início do primeiro mandato de Dilma houve um "rompimento com a militância digital", considerada fundamental para rebater boatos da campanha eleitoral.
"A defesa ferrenha dos direitos autorais pelo Ministério da Cultura e o fim do diálogo com os blogues pela Secom geraram um isolamento do governo federal com as redes que só foi plenamente reestabelecido durante a campanha eleitoral de 2014", afirma o documento, acrescentando que esse erro se repete neste momento. Pela avaliação, as redes sociais a favor de Dilma foram murchando a partir de novembro e hoje estão praticamente extintas.
A avaliação é que houve um descolamento entre o governo e seus apoiadores, a partir de novembro, devido à escolha de Levy e o anúncio das medidas do ajuste fiscal, com o endurecimento das regras de acesso ao seguro desemprego e a benefícios previdenciários, como a pensão por morte. O texto diz que, nas redes sociais, há uma mágoa dos eleitores de Dilma com a postura da presidente e as ações do governo após a posse: "A ausência de agendas públicas da presidenta da eleição ao carnaval, a mudança nas regras do seguro desemprego e pensão por morte, o desastrado anúncio de cortes do FIES, o aumento nos preços da gasolina e energia elétrica e o massacre nas TVs com as denúncias de corrupção na Petrobras geraram entre os dilmistas um sentimento de 'abandono' e 'traição'.
”As páginas dos deputados e senadores do PT, segundo a análise, pararam de defender o governo. Diz que o deputado Jean Wyllys, do oposicionista PSol, "tem um peso na defesa do governo maior que quase toda a bancada federal" petista. Constata ainda que a principal página do Facebook pró-Dilma não oficial, a Dilma Bolada, começou a perder fãs em fevereiro, "o que pode significar uma situação de quebra de imagem".
Segundo o texto, as páginas oficiais do Planalto e do PT atingem apenas os aliados: "Ou seja, o governo e o PT passaram a só falar para si mesmo". Enquanto isso, o PSDB manteve ativos os mecanismos de comunicação da campanha, nas redes sociais. Os tucanos, segundo a avaliação da secom, teria gastado R$ 10 milhões para manter esses instrumentos, mas o resultado seria positivo. Em fevereiro, a campanha da oposição teria chegado a 80 milhões de brasileiros, enquanto as páginas do Planalto e do PT, 22 milhões. "Ou seja, se fosse uma partida de futebol estamos entrando em campo perdendo de 8 a 2", diz.
Na conclusão, o texto diz que "não será fácil virar o jogo", mas aponta caminhos, começando por uma ação coordenada de comunicação do governo, do PT e dos partidos aliados. "A guerrilha política precisa ter munição vinda de dentro do governo, mas ser disparada por soldados fora dele", afirma. O documento critica o discurso adotado pelo governo e o PT nas respostas ao escândalo da Petrobras e na situação da economia brasileira, especialmente em relação à inflação. "Óbvio que essa reconquista não é apenas um trabalho de comunicação. Não adianta falar que a inflação está sob controle quando o eleitor vê o preço da gasolina subir 20% de novembro para cá ou a sua conta de luz saltar em 33%. O dado oficial IPCA conta menos do que ele sente no bolso. Assim, como um senador tucano na lista da Lava Jato não altera o fato de que o grosso do escândalo ocorreu na gestão do PT", diz o texto.
Avalia como positiva a entrevista da presidente, anteontem, mas diz que Dilma precisa aparecer mais: "É preciso que a PR fale mais, explique, se exponha mais". também prega a unificação do "núcleo de comunicação estatal, juntando numa mesma coordenação a Voz do Brasil, as páginas de sites, twitter e Facebook de todos os ministérios, o Facebook da Dilma e a Agência Brasil". Além de concentrar a publicidade oficial em São Paulo, reforçando as parcerias com a Prefeitura. "Não há como recuperar a imagem do governo Dilma em São Paulo sem ajudar a levantar a popularidade do Haddad. Há uma relação direta entre um e outro", diz.
Leia mais: DILMA USOU ROBÔS.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 00:01:00

TERÇA-FEIRA, 17 DE MARÇO DE 2015
(Folha) Os partidos de oposição vão pedir a investigação da presidente Dilma Rousseff ao STF (Supremo Tribunal Federal) no esquema de corrupção da Petrobras. Os oposicionistas vão subscrever ação, já encaminhada pelo PPS ao Supremo, em que o partido pede ao ministro Teori Zavascki para apurar se a presidente tem algum envolvimento no caso. 
A oposição considera que as investigações contra Dilma ganharam força após o Ministério Público denunciar o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, na Operação Lava Jato. O Ministério Público Federal denunciou nesta segunda (16) mais 27 pessoas, entre elas o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha no esquema de corrupção da Petrobras. 
Presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) disse que o fato de Dilma ser presidente da República não impede o STF de investigar sua conduta em relação ao esquema de propinas na Petrobras. "Não há ninguém imune a qualquer tipo de investigação. Lamentavelmente, nem a presidente da República e nem o seu governo compreendeu a dimensão do que está acontecendo no Brasil", afirmou. 
O tucano articulou reunião dos principais líderes da oposição nesta terça (17) em que ficou decidido o pedido de investigações sobre Dilma. Derrotado pela petista nas eleições de outubro, Aécio e os partidos de oposição querem aproveitar o sentimento "anti PT" demonstrado nas manifestações de domingo para mobilizarem a oposição contra o governo federal. Além do PSDB, DEM, PPS e Solidaridade, representantes do PSB, PMDB e PP participaram do encontro –os chamados "dissidentes" dos partidos aliados do governo. 
A oposição se mostrou surpresa com o número de manifestantes nas ruas em todo o país, assim como o foco no "fora Dilma" nos principais protestos. A ordem entre os partidos opositores a Dilma é aproveitar a insatisfação de parte da população com o governo, mantendo uma espécie de "plantão" das siglas oposicionistas com ações contrárias ao Palácio do Planalto. 
O PPS encaminhou o pedido de investigações ao Supremo na sexta-feira (13). A ação, assinada pelo deputado Raul Jungmann (PPS-PE), argumenta que o Supremo já tem entendimento de que é possível um chefe do Executivo ser investigado no exercício do mandato e, eventualmente, responder somente após sua saída do cargo. O pedido será analisado pelo plenário do STF. 
O nome da presidente da República surgiu no depoimento do doleiro Alberto Youssef, que apontou que integrantes da cúpula do governo, entre eles Dilma, sabiam do esquema de corrupção na Petrobras. Porém, Youssef não deu detalhes sobre essa acusação, nem apresentou provas sobre isso. 
Líder do DEM, o senador Ronaldo Caiado (GO) disse que "todo presidente é possível de ser investigado" e há jurisprudência entre ex-ministros do Supremo que validam a tese da oposição de apurar o envolvimento de Dilma no "petrolão". "Já desafiei a todos no plenário, qualquer constitucionalista ou senador, para me dizer onde tem na Constituição algum impedimento contra a investigação de uma presidente da República", afirmou. 
Aécio disse que o Ministério Público tem fortes indícios de que os recursos desviados da Petrobras abasteceram campanhas eleitorais do PT, incluindo a da presidente Dilma -o que justifica a investigação contra a presidente. 
Ao ironizar entrevista de Dilma em que a presidente chamou a corrupção de "velha senhora no Brasil", Aécio disse que as práticas de desvios de recursos públicos ganharam força nas gestões do PT. "Quando ela diz que a corrupção é uma velha senhora no Brasil, uma senhora idosa, é verdade. Só que essa velha senhora nunca se vestiu tão bem, nunca esteve tão assanhada como nesses tempos de PT", afirmou o senador.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 21:41:00


NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
17/03/2015 às 23:19 \ Direto ao Ponto
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Em meados do século 20, auge do faroeste americano, nunca faltaram serviço e dinheiro a atores que, embora esbanjassem talento em qualquer papel, pareciam ter acabado de chegar de um círculo de carroções sitiado por índios selvagens, de uma perseguição a cavalo nas pradarias do Wyoming, de um tiroteio no saloon de Abilene ou de um assalto ao banco de Kansas City. Também porque em obras de ficção ninguém morre ou continua preso, faziam um filme atrás do outro.
Todo clássico do gênero inclui no elenco integrantes dessa tropa de elite. Em Sete Homens e um Destino (The Magnificent Seven, 1960), por exemplo, lá estão Steven McQueen, James Coburn, Charles Bronson e Eli Wallach. Hoje é impossível imaginá-los fora da História. Sem o quarteto, pareceriam desfalcados tanto o grupo de pistoleiros que se juntam para livrar do inferno um vilarejo mexicano quanto o bando de vilões que o inferniza.
Neste início de século, auge do faroeste à brasileira, sobram serviço e dinheiro a personagens nascidos e criados para o papel de bandido na vida real. Esses meliantes vocacionais atuam com o desembaraço de quem começou roubando chupetas no berçário, atravessou a adolescência esvaziando o cofrinho da avó e virou PhD em assalto a cofres públicos com vinte e poucos anos. Para os delinquentes de estimação do governo lulopetista, é tão longa a vida quanto curto o castigo ─ quando acontece.
É compreensível que a elite desse clube dos cafajestes protagonize uma safadeza atrás da outra ─ e que os donos dos prontuários mais notáveis apareçam num escândalo como o Petrolão, que transformou a maior estatal do país na mais produtiva usina de maracutaias do mundo. Até esta terça-feira (17), faltava no elenco do grande momento do faroeste à brasileira o imprescindível José Dirceu. A ilustração inspirada no inesquecível faroeste americano atesta que o destino enfim completou o grupo de sete pecadores envolvidos na maior ladroagem desde o Descobrimento.
Graças à devassa da movimentação financeira das empreiteiras do petrolão e da JD Assessoria, uma das empresas do ex-chefe da Casa Civil, Dirceu passou a encarnar um consultor especializado em negociatas bilionárias. Entre 2006, quando foi despejado do Planalto, e 2013, quando começou a temporada na Papuda imposta pelo Supremo Tribunal Federal, Dirceu faturou 29,2 milhões de reais. A Justiça e o Ministério Público Federal descobriram que boa parte dessa bolada lhe foi repassada pelos saqueadores da Petrobras.
Em 2012, já acossado pelo julgamento do Mensalão, o consultor embolsou 7 milhões de reais. Em 2013, condenado por corrupção a sete anos e onze meses de prisão, amealhou outros 4,159 milhões de reais sem sair da cela. Não é pouca coisa. Mas a façanha não surpreendeu quem acompanha de perto a carreira do artista. À promissora estreia no cult que revelou Carlinhos Cachoeira e Valdomiro Diniz seguiu-se a extraordinária performance como chefe da quadrilha de mensaleiros. Dirceu vai brilhar no Petrolão. E tem tudo para encarnar mais de um personagem relevante.
Como tudo no faroeste à brasileira, o Petrolão é coisa de Lula e Dilma Rousseff. Produtor, roteirista e diretor, o ex-presidente faz de conta que também desta vez não sabe de nada. Melhor perguntar a Dilma, sugere. A assistente de produção finge que a obra lhe caiu no colo pronta e acabada ─ e jura que não tem nada de extraordinário. A plateia discorda. Neste domingo (15), quase 2 milhões de brasileiros gritaram nas ruas os nomes dos dois realizadores que insistem em manter distância dos holofotes.
Logo o país inteiro saberá que o mais oneroso e mais lucrativo dos escândalos não teria existido sem Lula e Dilma. A entrada em cena da dupla será festejada pelos espectadores com uma vaia do tamanho do Petrolão. 

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

17/03/2015 às 16:29
Naquela desastrada e desastrosa entrevista coletiva concedida no domingo, o ministro petista Miguel Rossetto (Secretaria-Geral) resolveu pautar os “companheiros” da imprensa. A reforma política só estaria travada por causa do Supremo, já que o ministro Gilmar Mendes pediu vista no julgamento de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que põe fim ao financiamento de campanhas eleitorais por empresas.
Muito bem! Se a doação das empresas passa a ser proibida, de algum lugar haverá de sair o dinheiro. Certamente vão apelar aos cofres públicos. E, nesse caso, o maior partido é que será beneficiado, não? Ou o dinheiro será distribuído segundo o número de votos nas eleições parlamentares do pleito anterior ou segundo o tamanho da bancada de deputados. Quando o PT tinha apenas oito, chamaria a proposta de reacionária.
Mas calma! A ADI argumenta que o financiamento privado fere o Artigo 5º da Constituição, que garante a todos a igualdade. Como empresários são mais ricos, podem doar mais. Pede-se, então, que o Supremo faça uma interpretação conforme a lei para definir alguma forma de participação do cidadão.
Venham cá: eu sou um cidadão. O beneficiário do Bolsa Família também. O teto da doação será definido segundo o meu rendimento ou segundo o dele? Digamos que eu possa doar até R$ 10 mil. Esse é o valor que muitos bolsistas receberão em… quatro anos! Logo, a suposta injustiça continua.
Essa é a questão de fundo filosófico. Há a outra, de natureza penal: se e quando isso acontecer, os pobres serão usados como laranjal dos que pretendem esconder doações irregulares, que continuarão a acontecer. Aliás, a grande estupidez dessa tese, se fosse séria, se não fosse puro oportunismo, é tentar proibir o legal para conter o ilegal. Seria como proibir o uso de cigarro para inibir o consumo da maconha. A solução é asnal.
Política na clandestinidade
Se e quando as doações privadas forem totalmente proibidas, é evidente que crescerá o volume de recursos no caixa dois. A propósito: os ministros que já votaram a favor dessa ADI absurda propõem a contratação de mais quantas pessoas pela Justiça Eleitoral?
Financiar o quê?
O que é uma barbaridade nessa ADI — originalmente pensada por Roberto Barroso e seus amigos e apenas “lavada” pela OAB — é que se quer instituir, na prática, o financiamento público de campanha (com eventual estabelecimento de limites para indivíduos) SEM QUE SE DIGA O QUE SERÁ FINANCIADO. É ESTUPEFACIENTE! Mas os discípulos voluntários ou involuntários de Rossetto logo correm para cumprir a pauta.
Ora, se o voto for proporcional, como é hoje, isso demanda um tipo de financiamento; se for distrital puro, outro; se distritão, um terceiro; se distrital-misto, um quarto. O que quer o PT, na verdade, que é a mão que balança o berço dessa ADI da OAB? Impor o financiamento público, o que acabaria condicionando o voto em lista fechada. Sim, leitor, a proposta do PT é usar o seu dinheiro para financiar as campanhas políticas, mas proibindo-o de escolher seu candidato. É a eleição sem rosto.
A imprensa deveria é perguntar aos ministros que já votaram a favor da ADI onde está escrito que fazer reforma política é tarefa do Supremo. Ou que cabe a um tribunal estabelecer qual deve ser o limite de doação de um cidadão e segundo qual critério.
Quem tem a legitimidade — além da atribuição legal — para fazer essas mudanças é o Congresso. Os 11 ministros da Corte (atualmente, 10) não foram eleitos pelo povo nem têm essas atribuições, por mais que o “novo constitucionalismo” de Barroso seja, assim, uma espécie de morte de Deus do direito: se não existe limite para uma corte suprema, então tudo é permitido.
A ADI, ao gosto do PT (e é, não adianta negar), leva a assinatura da OAB, cujo presidente, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, é candidatíssimo ao Supremo (e é, não adianta negar). Os dois termos poderiam não formar uma equação, em que se juntam para formar uma igualdade. Mas, no caso, é equação, sim. A ADI da OAB quer fazer no tapetão a reforma que o PT não consegue fazer no Congresso.
É uma forma de golpe branco nas prerrogativas do Legislativo. De resto, divorciado do povo, só faltava o partido emplacar a reforma política feita pelos togados.
Por Reinaldo Azevedo

NO BLOG DO JOSIAS
Pacote anticorrupção é alarme contra os aliados
Josias de Souza - 18/03/2015 03:53
Dilma Roussef encontrou uma boa maneira de diluir a raiva que ganhou o asfalto. Ela decidiu dar um banho de gargalhada nesse país lançando um pacote de projetos de lei anticorrupção. Se a plateia estiver entendendo bem, a presidente faz isso para garantir que seus correligionários e aliados não caiam na tentação de continuar roubando. Mal comparando, é como se um alcóolatra cercasse as garrafas de bebida com um sistema de alarmes contra ele mesmo.
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Protestos de 15 de março pelo país141 fotos

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Manifestantes lotam a avenida Paulista, em São Paulo, em protesto que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Diversas cidades do país recebem neste domingo (15) manifestações contra o governo Leia mais Jorge Araújo/Folhapress
Essas pessoas que sistematicamente desmoralizam o governo e atiçam as praças contra Dilma precisam mesmo ser identificadas, submetidas à execração pública e punidas. Infelizmente, os suspeitos geralmente integram a coligação da presidente. Os mais notórios escondem-se nas fileiras do PT e do PMDB, os dois sócios majoritários do empreendimento governista. Os mais ousados presidem as duas Casas do Legislativo.
Nesta terça-feira, enquanto o ministro da Justiça exibia o pacote anticorrupção aos presidentes investigados da Câmara e do Senado, a Justiça informava no Paraná que a empresa de consultoria do mensaleiro José Dirceu faturou R$ 29 milhões em oito anos —uma parte proveniente das empresas provedoras do petrolão. O PT reafirmava que seu tesoureiro João Vaccari Neto só amealhou “doações legais”. E o delator Paulo Roberto Costa declarou aos procuradores da Lava Jato que “doação legal é uma balela.”
Simultaneamente, Lula combinou com Dilma os detalhes de uma reforma da equipe ministerial que tomou posse não faz 80 dias. A ideia central é reforçar a presença do PMDB na Esplanada. O mesmo partido que sustentou na Petrobras o ex-diretor Jorge Zelada, que acaba de sofrer o bloqueio de R$ 40 milhões que entesourara em contas no principado de Mônaco.
Toda essa lama escorre contra um fundo de progressivo embrutecimento dos brasileiros saqueados. As redes sociais já anunciam para abril um novo ‘asfaltaço’. Se tudo correr como planejado pelo Planalto, dessa vez os manifestantes vão às ruas para gargalhar da penúltima da Dilma. Até lá a presidente talvez já tenha bolado um novo número —como desfritar um ovo, por exemplo.





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