DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
12 DE FEVEREIRO DE 2015
Alfredo Kaefer (PSDB-PR), considerado o deputado federal mais rico do Brasil na atual legislatura, com patrimônio declarado de R$ 108,6 milhões em 2014, enfrenta desde o final do ano a falência da Diplomata S/A, “holding” que controlava outras 26 empresas de Cascavel (PR). A falência do grupo foi decretada pela Justiça após serem identificadas fortes evidências de “fraudes processuais e confusão patrimonial”.
Kaefer era dono de várias empresas, incluindo o Aeroporto do Oeste do Paraná, shopping center e até administradora de cartões de crédito.
O ex-ricaço Kaefer alegou pobreza para conseguir advogado gratuito e não pagar custas processuais no valor de R$ 910. Mas foi rejeitado.
De um canetada, foi decretada nesta quarta (11) a falência de todas as empresas da Diplomata, incluindo distribuidora, supermercados etc.
O grupo Diplomata, de Alfredo Kaefer, responde a mais de 5 mil ações judiciais, grande parte delas na área trabalhista.
PREPOSTOS DO PT DESMANTELARAM O SETOR ELÉTRICO
Poderosos diretores de Engenharia de estatais de energia do governo federal, todos prepostos do PT, apesar de mandarem em tudo até à revelia dos respectivos presidentes, tornaram o setor elétrico um dos mais ineficientes, como indica o risco de colapso no fornecimento de energia. Os negócios bilionários prosperam, mas não as obras. Um dos casos mais gritantes é o da Chesf, segundo avaliação de especialistas.
Sinal eloquente da ineficiência da Chesf é a quase paralisia dos seus 52 milionários projetos de transmissão de energia eólica.
Só no projeto Casa Nova, de geração de energia eólica, a Chesf investiu mais de R$ 600 milhões, e ainda não produziu um só quilowatt.
O diretor de Engenharia da Chesf, José Ailton, chegou ao cargo por ser ligado a um deputado federal do PT-PE, derrotado nas urnas em 2014.
Deveria motivar ação por crime de responsabilidade o tal “acordo de leniência” que o governo Dilma costura, para poupar de punição as empreiteiras que roubaram bilhões da Petrobras por meio de fraude em licitações, formação de cartel e de quadrilha, e pagamento de propinas.
Acir Gurgacz (PDT-RO) agora faz parte do grupo de senadores enquadrados no artigo 171 do Código Penal, pelo Supremo Tribunal Federal. Crise de estelionato. O inquérito já foi aberto.

NO DIÁRIO DO PODER
BOLSA-BANDIDO’ CRIADA POR LULA É ALVO DE FRAUDE EM SÃO PAULO
PF INVESTIGA USO DE DOCUMENTOS FALSOS PARA OBTER O ‘AUXÍLIO RECLUSÃO’
Publicado em 11 de fevereiro de 2015 às 19:50 - Atualizado às 0:30
Por: Redação

A Polícia Federal, em trabalho conjunto da Força-Tarefa Previdenciária com o Ministério da Previdência Social, realizou buscas em três locais em São Paulo e apreendeu documentos relacionados a fraudes no auxílio-reclusão nesta quarta feira, 11. Os benefícios eram requeridos ao INSS com a apresentação de documentos falsos – certidões de casamento, de nascimento e de recolhimento prisional.
Ao menos seis benefícios foram solicitados com uso de papéis de segurança pertencentes a um lote de 2 mil espelhos para emissão de documentos que haviam sido roubados em 2014 durante o transporte para um cartório na capital paulista. Somente esses seis benefícios somaram prejuízo estimado de R$ 115 mil.
O auxílio-reclusão é devido aos dependentes do segurado do INSS e pago à sua família enquanto ele estiver recolhido à prisão, em regime fechado ou semi-aberto, mesmo antes da sentença condenatória. O benefício também é devido a menores-infratores, com idade entre 16 e 18 anos, que tenha sido internado em estabelecimento educacional ou congênere, sob custódia do Juizado de Infância e da Juventude.
O valor do auxílio varia de acordo com o salário de benefício do segurando. Em 2014, a média de valor desse benefício foi R$ 681,00. Segundo a PF, o responsável pela fraude não foi preso, mas responde a inquérito policial por estelionato qualificado (quando é praticado contra a Previdência) e poderá ser condenado a até 6 anos e meio de prisão. (Fausto Macedo, AE)

LAVA JATO INVESTIGA SE YOUSSEF ESCONDEU PROPRIEDADE DE AVIÃO NA DELAÇÃO PREMIADA


COMPRA DE PEÇAS INDICA QUE YOUSSEF TEM AVIÃO OMITIDO DA LAVA JATO
Publicado em 11 de fevereiro de 2015 às 21:48 - Atualizado às 0:43
Por: Redação
A Operação Lava Jato investiga se o doleiro Alberto Youssef escondeu, no acordo de delação premiada, a propriedade de um jato particular. O jornal “O Estado de S. Paulo” apurou que a testemunha Leonardo Meirelles apresentou à Polícia Federal cópia de uma nota fiscal de compra de peças que seriam para uma aeronave do doleiro. As peças teriam sido compradas no exterior por meio de uma empresa de Meirelles.
Entre os documentos haveria a comprovação de que o jato continua sendo do doleiro. No acordo de delação premiada para redução de pena, Youssef não relacionou o jato entre seus bens. Um dos principais delatores do esquema de corrupção da Petrobras, o doleiro pode ter o benefício anulado caso se confirme que omitiu informações da Justiça.
Conforme pessoas que conviveram com Youssef, ele costumava viajar em aeronave particular; raramente usava a aviação comercial. O doleiro também contou aos mais próximos que alugava uma aeronave sua para táxi aéreo.
O jornal não conseguiu contato com o advogado do doleiro, Figueiredo Bastos. O advogado de Meirelles, o criminalista Aroldo Nater, afirmou que “a investigação esta sob sigilo” e que não poderia comentar sobre o assunto.
Meirelles emprestava empresas para Youssef fazer remessas para o exterior. Ele foi preso, mas ganhou a liberdade menos de um mês após ter colaborado com as investigações. O laboratório Labogen, do qual é sócio, segundo as investigações, foi usado por Youssef para tentar conseguir um contrato milionário com o Ministério da Saúde, na gestão do então ministro Alexandre Padilha, para fornecimento de medicamentos. Segundo o Ministério, o contrato não chegou a ser assinado. O ex-deputado André Vargas (sem partido-PR) intermediou as negociações com o ministério. Na época filiado ao PT, Vargas teve o mandato cassado após a relação com o doleiro se tornar pública.
O acordo de delação premiada de Youssef estabelece que ele transfira para a União a titularidade de uma série de bens, entre imóveis, veículos e participações em empresas. Os bens foram alienados logo após a assinatura do acordo com o Ministério Público Federal. Não há aeronave listada entre os bens. (Andreza Matais)

PT QUER QUE PF INVESTIGUE A PETROBRAS NO GOVERNO FHC
LÍDER DO PT NA CÂMARA PEDIU INVESTIGAÇÃO À PGR E À PF COM BASE NOS DEPOIMENTOS DO EX-GERENTE PEDRO BARUSCO
Publicado em 11 de fevereiro de 2015 às 19:23 - Atualizado às 19:45
Por: Redação

O líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (PT-AC), entregou uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que a Operação Lava Jato investigue possíveis crimes cometidos antes de 2003, ou seja, antes do início do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A peça foi entregue também à diretoria da Polícia Federal e ao Ministério da Justiça e toma por base declarações do ex-gerente da Petrobrás Pedro Barusco feitas durante delação premiada. “Para fazer uma investigação à luz do dia, que de fato ponha as cartas na mesa, não se pode omitir absolutamente nada. Qualquer omissão numa hora dessa gera muitas desconfianças”, disse Machado, ao deixar o STF.
O PT alega que Barusco disse ter começado a receber propina em 1997, época em que teria aberto a primeira conta na Suíça para depositar os valores. Para o partido, a investigação se atentou apenas ao período posterior a 2003 apesar das declarações. “Tem riqueza de perguntas do delegado quando o assunto vem a partir de 2003. E uma pobreza absurda de perguntas antes de 2003. Então que se repita as mesmas perguntas pelo menos”, reclamou o líder do PT.
A representação pede que Ministério Público, Polícia Federal e Ministério da Justiça instaurem uma investigação para apurar crimes declarados por Barusco antes de 2003 e, caso já tenham começado o procedimento, pede acesso ao resultado.
O líder do PT pretende usar a ampliação das investigações na CPI que investigará o esquema de corrupção na Petrobrás.
Na peça, o parlamentar alega que os agentes de investigação têm atuado “de maneira parcial, dirigida e ilegal, com a nítida intenção de apenas apurarem o período de 2003 em diante, utilizando o procedimento investigatório com fins político-partidários, com o único objetivo de isentar de responsabilização quaisquer ilícitos perpetrados em período anterior a 2003, ou seja, durante o governo FHC (Fernando Henrique Cardoso, do PSDB)”.
A iniciativa de Machado ocorre no mesmo dia em que o presidente da sigla, Rui Falcão, convocou uma coletiva de imprensa para informar que vai interpelar judicialmente Barusco devido a suas acusações de que a sigla teria recebido US$ 200 milhões em propinas na Petrobras, entre 2003 e 2013, e que também vai questionar a força-tarefa da Lava Jato, composta pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.
Sibá Machado entregou a representação à vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, nesta tarde (11) no STF. Segundo o deputado, ela garantiu que encaminhará o documento ao procurador-geral, Rodrigo Janot, assim que ele retornar dos Estados Unidos. (AE)

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
11/02/2015 às 21:16 \ Direto ao Ponto
O blog Impávido Colosso, do site de VEJA, publicou um infográfico comparando alguns aspectos econômicos antes de Dilma Rousseff assumir e no momento atual do país.

NO BLOG DO CORONEL
(Folha) A forte piora nas contas do governo levou a consultoria e agência de classificação de risco britânica Economist Intelligence Unit (EIU) a retirar o grau de investimento que havia concedido ao Brasil em janeiro de 2012. A EIU -- braço do grupo que publica a revista "The Economist" -- reduziu a nota da dívida soberana brasileira de BBB para BB. Com isso, o Brasil perdeu o grau de investimento, uma espécie de selo de que é seguro investir em um país, e voltou para a categoria considerada mais arriscada. 
O departamento de análise de risco da EIU recebeu em 2013 a certificação de agência de classificação de risco da European Securities and Markets Authority (ESMA, autoridade que regula o mercado europeu). O modelo de risco da consultoria é alimentado por 60 questões, que consideram tanto dados quantitativos quanto análises qualitativas. Segundo Robert Wood, analista da EIU, a forte deterioração nas contas públicas provocou o rebaixamento. 
Após a divulgação do relatório trimestral anterior da consultoria, o governo passou a registrar deficit primário, deixando de poupar recursos para pagamento dos juros da dívida pública, e o desempenho da economia continuou muito fraco. Com isso, a relação entre a dívida pública bruta e o PIB (Produto Interno Bruto) ultrapassou 60%. 
"Em nossa análise qualitativa, reconhecemos que a nova equipe econômica trouxe um ganho de credibilidade para o governo, mas isso não compensou o efeito da forte piora dos dados", diz Wood. Ele considera improvável que o Brasil recupere o grau de investimento nos próximos dois anos. A perda da nota sinaliza aumento do risco de calote, mas Wood ressalta que esse perigo ainda é baixo, pois o Brasil possui um grande colchão de reservas internacionais e dívida pública externa baixa. 
As três principais agências de classificação de risco --Moody's, Standard & Poor's (S&P) e Fitch Ratings-- mantêm o grau de investimento do Brasil. Elas conseguem atribuir um peso maior a tendências futuras -- como uma esperada melhora dos resultados fiscais--, enquanto a análise de risco da EIU é mais ditada por dados correntes. O temor de um rebaixamento por uma delas, no entanto, voltou a aumentar nos últimos dias com a piora do quadro econômico do país.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 07:59:00

(Estadão) A instância máxima da Justiça na Itália autoriza a extradição de Henrique Pizzolato ao Brasil e determina que o condenado no caso do mensalão volte para a prisão, em Modena. Nesta quinta (12), a Corte de Cassação em Roma reverteu a decisão de primeira instância de rejeitar o envio do brasileiro de volta ao País e aceitou as garantias dadas pelo governo brasileiro de que a integridade física de Pizzolato será assegurada. 
A Interpol já foi acionada e lançou na manhã desta quinta uma operação para prender o brasileiro. Num primeiro momento, a organização internacional informara que já sabia onde estava o acusado, mas depois de consultar a polícia italiana, se deu conta que, de fato, seu paradeiro era desconhecido. A falta de informação pode levar uma nova caçada a Pizzolato. A polícia de Modena confirmou que nos últimos dias ele passou a ser monitorado para evitar uma nova fuga.
O julgamento ocorreu nesta quarta (11), em Roma, mas a sentença foi pronunciada apenas na manhã desta quinta-feira, 12. Pela decisão da Corte, "existem condições para a extradição', numa referência à situação das prisões no Brasil, e das garantias dadas pelo governo. Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão. Mas, há um ano e cinco meses, fugiu do País com um passaporte falso e declarou que confiava que a Justiça italiana não faria um processo político contra ele, como acusa a Justiça brasileira de ter realizado.
Ele acabou sendo preso na cidade de Maranello e, em setembro do ano passado, a Corte de Bolonha negou sua extradição argumentando que as prisões brasileiras não têm condições de recebê-lo. Ao sair da prisão, declarou que havia fugido para "salvar sua vida". Para conseguir reverter a decisão, os advogados contratados pelo Brasil insistiram na tese de que a Itália não poderia generalizar a condição das prisões no País. 
A partir de agora, o caso de Pizzolato deixa a esfera judicial e passa para o âmbito político. Caberá ao ministro da Justiça do governo de Mateo Renzi uma decisão final sobre o caso. Fontes na Itália admitem que, a partir de agora, pode pesar o atrito entre Brasil e Roma no que se refere à decisão do ex-ministro da Justiça, Tarso Genro de não extraditar Cesare Battisti, condenado na Itália por assassinato. 
BATTISTI
Nesta quarta-feira, os advogados de Pizzolato introduziram pela primeira vez o tema de Battisti no debate e tentaram argumentar diante da Corte que o ex-diretor do Banco do Brasil não poderia ser extraditado por conta da recusa do governo brasileiro em cooperar no caso de Battisti. O argumento não foi acatado. 
"O Brasil mostrou que não há uma reciprocidade", indicou o advogado de Pizzolato, Emmanuelle Fragasso. Para ele, a Itália também deve responder da mesma forma, rejeitando o pedido brasileiro. "O Brasil fez um julgamento político", declarou. 
Miqueli Gentiloni, advogado contratado pelo Brasil, rejeita o argumento da defesa de Pizzolato. "Isso não tem nenhuma influência nesse processo", insistiu. "É a primeira vez que a defesa usa esse argumento no processo", ressaltou. 
Battisti foi condenado na Itália por terrorismo. Mas, no Brasil, Tarso Genro concedeu-lhe asilo, o que gerou fortes protestos por toda a Itália e ameaças de suspender certos acordos de cooperação. Gentiloni, porém, alega que os casos são "diferentes". Além disso, o Brasil destaca que outros dois criminosos foram extraditados ao País nos últimos meses, com o sinal verde do tribunal de Roma. 
ESPECIAL
O Brasil conseguiu uma vitória judicial graças às garantias diplomáticas dadas de que Pizzolato teria sua proteção assegurada na prisão. As garantias foram apresentadas pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Para a defesa contratada pelo Brasil, isso "demonstra inequivocadamente não apenas que (Pizzolato) não corre perigo de tortura, mas é garantia de que receberá um tratamento melhor em respeito a dos demais presos". 
Os advogados contratados pelo Brasil indicaram ainda ao juiz de que Pizzolato faria parte, assim como os demais condenados no mesmo caso, de "uma categoria de presos aos quais está assegurado o total respeito da lei e de seu conforto". 
Para dar provas disso, o Brasil explicou a estrutura do Complexo da Papuda, penitenciária para onde Pizzolato seria enviado, e deu garantias de que ele ficaria "isolado do resto da população carcerária". Fragasso, advogado de Pizzolato, criticou a postura do Brasil. "Ainda não sabemos se vão de férias para Papuda ou é uma prisão. O turista que vai para Copacabana também aproveita para visitar a Papuda?", ironizou o advogado. 
PRECEDENTES
Os advogados do Brasil também usaram mais de uma dezena de casos para mostrar que países europeus já extraditaram criminosos "para países onde a situação de direitos humanos é muito pior que as do Brasil". Gentiloni mostrou que, por toda a Europa e mesmo na Corte de Estrasburgo, criminosos já foram extraditados para países como Bangladesh, México, Rússia, Cazaquistão, Índia e Turcomenistão.Para os advogados, portanto, a situação generalizada das prisões de um país não pode ser um argumento suficiente para impedir a extradição.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 07:48:00


QUARTA-FEIRA, 11 DE FEVEREIRO DE 2015
Diante de nova delação do doleiro Youssef, destinada a dar detalhes sobre os políticos corruptos, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, anunciou que o partido irá processar o ex-gerente da Petrobras Pedro José Barusco Filho. Barusco declarou, em depoimento de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato, que o PT recebeu entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões provenientes de propina da petroleira. "Nós vamos fazer uma interpelação cível e criminal contra esse bandido Pedro José Barusco Filho", disse Falcão, na sede do diretório nacional do PT em São Paulo. Segundo a Folha, o dirigente informou, ainda, que seu partido irá adotar a mesma postura com todos os que fizerem declarações "sem provas", o que seria, de acordo com ele, o caso. 
(O Globo) O doleiro Alberto Youssef deve prestar novo depoimento à força-tarefa da Operação Lava-Jato para dar mais esclarecimentos sobre as citações feitas a autoridades com foro privilegiado, que são julgadas apenas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) . Na manhã desta quarta-feira (11), os advogados do doleiro pediram ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, que ele seja dispensado de comparecer à audiência marcada para esta tarde na Justiça Federal, no processo que envolve dirigentes da empreiteira Mendes Junior. 
O pedido foi deferido e o doleiro vai falar da carceragem da Polícia Federal. Youssef já prestou mais de 80 depoimentos no âmbito da delação premiada. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa falou 83 vezes à força-tarefa.
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou ​ que ​fossem ​tomados novos depoimentos d​e​ Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa​, a pedido da Procuradoria-Geral da República. A informação é que não há fatos novos, apenas necessidade de detalhar depoimentos anteriores. O Ministério Público Federal só vai concluir os pedidos de abertura de inquérito contra políticos no STF e no Superior Tribunal de Justiça (STJ) depois de realizados os depoimentos.
A audiência com depoimentos de testemunhas na ação contra dirigentes da Mendes Junior e da UTC também acontece na tarde desta quarta-feira na Justiça Federal de Curitiba. Vão depor o empresário Augusto Ribeiro Mendonça Neto, dono da Setal, do grupo Toyo-Setal; o consultor Júlio Almeida Camargo, que prestou serviços para a Samsung, Toyo Setal e Camargo Corrêa, e fez pagamento de propinas no Brasil e no exterior; a contadora Meire Poza, que trabalhou para o doleiro; e Leonardo Meirelles, que fez remessas ilegais de dinheiro para o exterior com contratos de câmbio fictícios por meio da empresa Labogen.
Onze réus desta ação respondem em liberdade, um está em prisão domiliar (Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras) e quatro estão presos: além de Youssef, Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente da Mendes Junior; Ricardo Pessoa, presidente da UTC; e João Procópio de Almeida Prado, que está preso no complexo médico penal de Curitiba e é acusado de operar as contas e offshores do doleiro no exterior.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 19:35:00


NO BLOG DO NOBLAT
Dilma e Graça Foster não escaparão da Justiça... Americana!
12/02/2015 - 03h00
Ricardo Noblat
Lula está rouco de tanto repetir que o julgamento dos mensaleiros foi político e não jurídico. E que por isso eles acabaram injustamente condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Sabemos que não foi assim, mas não importa. Lula e Dilma nomearam a larga maioria dos ministros do STF. Que teria então se voltado contra eles? Foi isso o que aconteceu?
Menos, gente. Menos. Adiante.
Quando o Tribunal de Contas da União (TCU) bloqueia os bens de 10 ex-diretores da Petrobras, mas deixa de fora os de Graça Foster, ex-presidente da empresa, do que se trata?
De julgamento jurídico? Ou de um julgamento político?
O TCU também livrou Dilma, presidente do Conselho de Administração da Petrobras na época da compra da refinaria Pasadena, no Texas.
Pasadena representou um prejuízo de US$ 792,3 milhões para a Petrobras, que a comprou de um grupo belga. Os jornais de Bruxelas celebraram a venda como “o negócio do século”. Para os belgas.
Em qualquer país minimamente cumpridor de regras, e escravo do bom sem senso, seria impossível isentar a ex-presidente da empresa da compra da... Empresa.
Dá-se o mesmo com os membros do Conselho de Administração. Por ora, eles desfilam como inocentes. Mas a Petrobras já responde nos Estados Unidos a três processos.
Lá não haverá conversa. É mais do que provável que sobre para Graça, Dilma e o resto do Conselho.
Vida que seguirá.

Meio mérito
O ministro não pode, pela lei, e não deve, pela ética, interferir nas investigações e selecionar os fatos que serão ou não objeto de investigação
12/02/2015 - 09h04
Carlos Alberto Sardenberg, O Globo
Teoria do PT: roubalheira, sempre houve; só que antes era escondida pelos governos e, agora, desde a presidência de Lula, é investigada às claras.
Sendo isso verdade, o mensalão e a lava-jato devem ser incluídos no rol de realizações da era petista. Sem nenhum exagero, esse tremendo flagra na corrupção pode até aparecer na lista do “nunca na história deste país....”
Ocorre que o PT, pelo que dizem seus militantes, do mais ilustre até a base, não aceita esse mérito. Mensalão? Nunca existiu. Os condenados e presos? Vítimas da mídia e das elites. Lava-jato? Não tem nada provado, só denúncias de criminosos-delatores. Milionárias doações de campanha feitas por empresas suspeitas? Absolutamente legais.
De maneira que ficamos assim: o governo do PT não esconde, nem engaveta nada, mas manda investigar e punir, dando independência e condições de trabalho a Justiça, promotoria e Polícia Federal.
Era o que dizia a presidente Dilma durante sua campanha, foi o que repetiu para O GLOBO o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, ainda nesta semana. Mas o resultado da investigação, segue a teoria petista, está sendo manipulado com o fim de derrubar o próprio PT.
Mesmo com a ajuda dos marqueteiros e com o talento de Lula para driblar as questões delicadas, fica meio esquisito. Se os governos petistas tiveram tanto poder para colocar Justiça e polícia na investigação, como poderiam ter sido tão ludibriados a ponto de tudo virar uma “manobra para criminalizar o PT"? Fica difícil explicar, inclusive nos tribunais, que a investigação foi uma boa, mas os resultados, não.
Tudo considerado, o PT quer meio-mérito.
Por isso, soam tão esquisitas declarações como as do ministro da Justiça (GLOBO, 10 de fevereiro). Por exemplo: “O governo (Dilma) não cede um milímetro na sua orientação de que tudo deve ser apurado... e punido com máximo rigor... Agora se dá garantias para que se faça..."
Apurar e dar garantia aos poderes independentes é obrigação de qualquer governo. Mas vamos lá, aceitemos provisoriamente a tese de que este governo e o de Lula têm esse mérito porque os outros seriam de roubalheira sem apuração. E, por isso, completa o ministro: “É um dever da Polícia Federal apurar se (a corrupção) é no governo A, B ou C".
Quer dizer, então, que a Polícia Federal e o Ministério Público só vão atrás dos malfeitos dos governos petistas? Reparem: a Polícia Federal está no organograma do Ministério da Justiça.
O ministro não pode, pela lei, e não deve, pela ética, interferir nas investigações e selecionar os fatos que serão ou não objeto de investigação. Mas o ministro nomeia e demite os chefes da PF — e, vamos convir, seria um motivo de demissão se a polícia não estivesse cumprindo seu dever de “apurar se é no governo A, B ou C".
Mais diretamente: o ministro não pode ou não deve chamar o chefe da PF e mandar parar a investigação que apanha petistas. Mas pode cobrar: e os outros? E demitir se a apuração for enviesada.
Não faz isso — e aqui vai o outro lado — porque as descobertas da PF, do Ministério Público e do juiz Moro são avassaladoras. Só haveria um meio de, na política, afastar essa corrupção do PT e seu governo: seria admitir os fatos, pedir desculpas e separar os culpados dos inocentes.
Deve haver inocentes, não é mesmo? O que estará sentindo o militante fiel da base, que não pegou um centavo, ao saber, por exemplo, que o ex-chefe José Dirceu recebeu mais de R$ 4 milhões, para sua empresa, não para o partido, por consultorias de sociologia e economia?
Não é possível que esteja todo mundo envolvido. Mas é, sim, estranho que os inocentes não tenham se revoltado. Você luta por uma causa e aí vêm uns caras que, em nome do partido, enchem os bolsos? Não tem nada de mais?
Acontece que o problema é mais complicado para eles. Não se pode dizer que sejam todos corruptos, mas pode-se dizer que eles, militantes, quadros e associados do PT, não vivem mais fora do governo. Por isso, é preciso defendê-lo a qualquer custo, mesmo sabendo que está sendo mantido à custa de dinheiro ilícito.
Dá para imaginar a cena, o chefão da turma dos pragmáticos, digamos assim, dizendo ao militante de fé: e você acha que a gente ia ganhar eleição vendendo estrelinha na Cinelândia?
E assim acabam todos envolvidos, os com dinheiro e os sem dinheiro. Assim caem todos na ingrata tarefa de tentar explicar que a investigação é um êxito histórico mas os resultados são uma conspiração anti-PT.
Tão ingrata quanto dizer que ajuste fiscal é só uma pequena medida corretiva. Ou que não tem ajuste coisa nenhuma. Ou ainda: quem disse que não faria o ajuste?

Renan escolhe aliado para Conselho de Ética, que poderá julgá-lo
Presidente do Senado foi citado como envolvido na Lava-Jato; ele nega.
12/02/2015 05:45
Eduardo Bresciani e Cristiane Jungblut, O Globo
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acertou a recondução de João Alberto Silva (PMDB-MA), um leal aliado, para a presidência do Comissão de Ética. Próximo da família do ex-presidente José Sarney (PMDB), João Alberto é da confiança de Calheiros e terá como missão conduzir processos por quebra de decoro que chegarão decorrentes da Operação Lava-Jato.
Entre eles espera-se o do próprio presidente do Senado, que teria sido citado no caso por um encontro com o doleiro Alberto Youssef, um dos delatores do esquema. Calheiras nega o encontro e ter participado de qualquer irregularidade.
A intenção dos caciques do Senado é fazer uma composição da comissão com nomes de pouca expressão e dispostos a enfrentar a opinião pública e engavetar processos contra senadores que venham a ser mencionados no esquema de desvio de recursos da Petrobras. João Alberto está a frente do Conselho desde 2011.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
12/02/2015 às 4:42
Diz-se de Juscelino Kubitschek que construiu 50 anos em 5. Nem concordo muito com isso, uma síntese de aduladores, mas vá lá. Representou, sem dúvida, um avanço para o país. Dilma Rousseff, já escrevi aqui, veio para inovar: como prometeu em 2014 uma porção de coisas que já havia prometido em 2010, brinquei que ela pretendia fazer quatro anos em oito. Mas isso também não vai acontecer porque a presidente herdou de si mesma uma herança maldita que não é bolinho. Se pensarmos o PT como um conjunto, aí a coisa é mais séria: os valentes provaram que é possível destruir 60 anos em 12. Eu me refiro, claro, à Petrobras.
Tudo aquilo de que a empresa não precisava agora — e está tendo de enfrentá-lo — era uma disparada do dólar. Como demonstra reportagem da Folha desta quinta (12), os efeitos são desastrosos para a empresa. Analistas classificam essa disparada da moeda americana como a “tempestade perfeita” para a estatal, que já enfrenta a crise provocada pela roubalheira institucionalizada e até a explosão de um navio-plataforma, com mortos e desaparecidos.
Atenção para a fórmula do desastre em razão da variação cambial: 75% das despesas estão em dólares (importação de gasolina e gás, royalties, despesas de exploração etc.), mas apenas 25% das receitas são em moeda forte (exportações de petróleo, venda de combustível de aviação). O relatório é do banco Goldman Sachs.
Em recente explanação a investidores, a estatal projetava chegar ao fim do ano com modestos US$ 8 bilhões em caixa. Ocorre que o pior cenário imaginado era um dólar a R$ 2,80. Nesta quarta, ele chegou a R$ 2,87.
E há o problema do endividamento. Informa o jornal que, “segundo dados mais recentes da empresa, a dívida líquida subiu de R$ 221,6 bilhões em dezembro de 2013 para R$ 261,4 bilhões em setembro de 2014 por causa da variação cambial. Cálculo do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura) aponta que a variação cambial pode ter elevado essa dívida para R$ 290 bilhões”.
Pode-se discutir, claro, se o desastre que a questão cambial provoca nas contas da empresa é ou não culpa do governo. Basta olhar para outros países da América Latina e para outros emergentes para saber que é, sim. Colhe-se na economia o que foi diligentemente plantado. Não pensem que é tão fácil assim destruir as contas do país e lançá-lo no descrédito. É preciso ser obsessivamente incompetente — e teimosa! Adiante.
Ainda que a questão cambial fosse obra da Natureza, o resto não é. A Petrobras só está na pindaíba porque, em passado recente, foi usada como instrumento porco de política econômica — para segurar a inflação — e porque foi entregue a uma quadrilha. Mesmo com o dólar num patamar mais civilizado, estaria na lona.
Mas o que é que diz mesmo aquela resolução do PT? Não se pode tocar no sacrossanto modelo de partilha, aquele que impõe à estatal desembolsos bilionários de um dinheiro que ela não tem.
Para citar Ivan Lessa, o partido insiste num modelo que tem os dois pés no chão. E as duas mãos também. Vocês sabem: é tudo culpa da direita e da elite branca de olho azul.  
Por Reinaldo Azevedo

11/02/2015 às 21:07
Ricardo Pessoa, dono da construtora baiana UTC e apontado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal como coordenador de um suposto Clube das Empreiteiras, também fez acordo de delação premiada. Era a adesão mais aguardada ao procedimento. Não custa lembrar que, entre as testemunhas de defesa arroladas por Pessoa estão Jaques Wagner, ex-governador da Bahia e atual ministro da Defesa, José De Filippi Jr., ex-tesoureiro das campanhas de Lula e Dilma e atual secretário de Saúde da prefeitura de São Paulo, e Paulo Bernardo, ex-ministro das Comunicações.
Essas testemunhas poderiam sugerir que o empresário está pronto para a briga. Vamos ver se o acordo foi feito mediante concessões à linha de apuração do Ministério Público e da Polícia Federal. O MP quer emplacar a tese do cartel, coisa a que as empreiteiras resistem. O Planalto, obviamente, vê esse esforço com bons olhos porque, de algum modo, transforma a Petrobras e os políticos nos Chapeuzinhos Vermelhos do Lobo Mau. Vocês sabem o que eu penso dessa história: não há santos por ali, mas convenham: o que podia acontecer com os representantes do contratante de obras — a Petrobras — se uma empresa se negasse a pagar a propina? Resposta: nada! E o que podia acontecer com a empresa se não soltasse a grana? Bem, ela ficava fora do jogo — e não apenas do jogo que se jogava na estatal.
Ricardo Pessoa é amigo pessoal de Lula e conhece de perto o PT. Entre os empresários, foi quem chegou mais perto da política ao tratar da bandalheira. Consta que está revoltado. Em um manuscrito de sua autoria, revelado pela revista VEJA, o empresário deixa claro que o escândalo que veio à luz é de natureza política. Não se trata apenas de um conluio de empresas assaltando o erário. Nas entrelinhas, fica claro que o coordenador da festa é o PT. Tanto é assim que o autor afirma que o Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma, está “preocupadíssimo”.
Está escrito lá: “Edinho Silva está preocupadíssimo. Todas as empreiteiras acusadas de esquema criminoso da Operação Lava-Jato doaram para a campanha de Dilma. Será que falarão sobre vinculação campanha x obras da Petrobras?”. Segundo Pessoa, a bandalheira que passou pela diretoria de Paulo Roberto Costa é “fichinha” perto de outros negócios da Petrobras que também teriam servido à coleta de propina.
Pois é… Um réu só chama como testemunha de defesa indivíduos que ele acredita possam fazer depoimentos que lhe sejam favoráveis. Então juntemos as duas pontas: Pessoa deixa claro que o esquema de corrupção é muito maior do que aquele que se investiga até agora, diz que o tesoureiro da campanha de Dilma está preocupado e, em seguida, chama uma penca de petistas para falar em seu favor. A UTC, uma empreiteira baiana, chamou Jaques Wagner, ex-governador da… Bahia! Wagner é aquele que levou para seu governo José Sérgio Grabrielli, o baiano que presidiu a Petrobras durante o período da esbórnia.
Como já afirmei aqui, dois mais dois continuam a ser quatro mesmo no governo do PT. Segundo uma fonte que conhece bem a investigação, vamos ver se a coisa se confirma, o depoimento de Pessoa “arrebenta com o governo”. Ele está magoado. Desde que caiu em desgraça, Lula, seu amigão, o deixou de lado.
Por Reinaldo Azevedo

NO O ANTAGONISTA
O vermelho da Petrobras
Brasil 12.02.2015
Hello, meus amores, mais um número medonho da Petrobras: a dívida da empresa, em um ano, aumentou em 70 bilhões de reais (e em 30 bilhões de reais de outubro para cá), considerando-se apenas a depreciação do real em relação ao dólar. O cálculo foi feito pela consultoria CBIE e leva em conta o endividamento externo da estatal, que corresponde a mais de 70% do total.
Por sorte, a Petrobras está impedida de captar recursos no exterior, caso contrário o rombo cresceria ainda mais.
70 bilhões de reais a mais

Que bonito, não?
Brasil 11.02.2015
Era inevitável: depois que o STF rejeitou o pedido de prisão preventiva de Renato Duque, os advogados dos presos pela Operação Lava Jato vão requerer a liberdade dos seus clientes, alegando que se trata da mesma situação jurídica.
Que bonito, não, Teori, Carmen e Gilmar?


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