A PROMISCUIDADE DO GOVERNO PETRALHA COM O PETROLÃO E AS DITADURAS AFRICANAS

09/02/2015 às 15:33\Opinião
REYNALDO ROCHA NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Em 25 de maio de 2013, o Blog do Planalto publicou a seguinte notícia:
"A presidenta Dilma Rousseff anunciou neste sábado, em Adis Abeba, na Etiópia, durante entrevista coletiva, o perdão ou renegociação da dívida que 12 países africanos têm com o Brasil. O total da dívida perdoada ou renegociada é de quase US$ 900 milhões e beneficiará os seguintes países: República do Congo, Costa do Marfim, Tanzânia, Gabão, Senegal, República da Guiné, Mauritânia, Zâmbia, São Tomé e Príncipe, República Democrática do Congo, Sudão e Guiné Bissau.
“São nove países que nós já concluímos”, afirmou a presidenta Dilma Rousseff. “Nós já negociamos com eles, já foi aprovado pela Fazenda e nós encaminhamos para o Senado. Faltam três, três ainda não se completou a negociação. O sentido dessa negociação é o seguinte: se eu não conseguir estabelecer negociação, eu não consigo ter relações com eles, tanto do ponto de vista de investimento, de financiar empresas brasileiras nos países africanos e também relações comerciais que envolvam maior valor agregado. Então o sentido é uma mão dupla: beneficia o país africano e beneficia o Brasil”.
Em 22 de março de 2013, a Folha de S. Paulo publicou uma reportagem da qual extraí o trecho que se segue:
"Quase metade das viagens internacionais de Lula após deixar a presidência foi bancada por grandes empreiteiras brasileiras com interesses nos países visitados. Todas ficam na América Latina e África. A justificativa é “promover os interesses da nação”, segundo o Instituto Lula. É reconhecido que as empreiteiras OAS, Odebrecht e Camargo Correa possuem interesses e obras milionárias nestes países. As viagens para África do Sul e Etiópia foram bancadas pela Camargo Correa. Em Moçambique, pela Vale, que explora naquele país, imensas reservas de carvão".
Em março de 2013, já como co-presidente, Lula visita países africanos que devem algo como 2 bilhões de reais ao Brasil. Patrocinado por empreiteiras. Dilma admitiu que, se esses países continuassem em débito, não seria possível contemplá-los com financiamentos e investimentos brasileiros. São fatos.
Entre as nações que tiveram as dívidas perdoadas está a Guiné Equatorial. Produtora de petróleo, tem uma população famélica e submetida ainda à escravidão.
O “dono” do país chama-se Teodoro Obiang, bilionário que coleciona viagens internacionais talvez por não suportar a vida em meio a tanta miséria. No dia da vitória do golpe de estado que chefiou, mandou fuzilar o próprio tio.
Parabéns, Beija-Flor de Nilópolis! A escola de samba que já celebrou a primeira década da ditadura militar com o enredo “O Grande Decênio”, ganhou o Carnaval deste ano exaltando o roubo, a corrupção, o genocídio, a tortura e o extermínio dos adversários, métodos que mantêm no poder o ditador Obiang.
Quase todas as escolas foram ou são financiadas por bicheiros e traficantes. A campeã do desfile na Sapucaí fez um upgrade.
Um dos diretores da Beija-Flor afirma que os tais 10 milhões de reais foram bancados pelas “construtoras”. Foi parte da negociação ou ordem de quem mandava até na Petrobras?

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