O "GARGANTA PROFUNDA" DE DILMA

Revelações de "Garganta Profunda do Petrolão" forçará Dilma a detonar direção da Petrobras


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net de 11-12-2014.
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Dilma Rousseff chorou ontem de emoção com o relatório da Omissão Nacional da Verdade, que culpou 377 agentes do Estado por crimes na tal Ditadura Militar, mas esqueceu das 126 vítimas reais do terrorismo da esquerda armada nas décadas de 60-70. Certamente, a Presidenta vai abrir o berreiro, de medo, quando a Operação Lava Jato promover uma devassa nas caixas pretas operadas pela Diretoria Internacional e pela Diretoria Financeira da Petrobras. A denúncia de um funcionário de carreira da empresa à Polícia Federal forçará Dilma a exonerar diretores da empresa.

A Presidenta insiste em proteger a amiga Graça Foster no comando da companhia. No entanto, torna-se insustentável a permanência no cargo de Almir Guilherme Barbassa. A poderosa figura acumula a Diretoria Financeira e a função de relacionamento com o mercado. Barbassa também foi o presidente da subsidiária Petrobras International Finance Company (PIFCo) - que foi alvo das revelações do empregado à PF. Como Barbassa foi o responsável por todos os pagamentos feitos pela Petrobras, ele fica na corda bamba, na avaliação de analistas do mercado. Só se sustenta se for preservado pelo lobby dos bancos, com quem rola a imensa dívida diária da Petrobras.

O depoimento do "garganta profunda do Petrolão" detalhou negociatas na compra da refinaria Pasadena, causando prejuízo de US$ 792 milhões. Demonstrou supertafuramentos no afretamento de navios pela Petrobras America. Indicou sobrepreços no aluguel de plataformas pela Petrobras Global Trading, com sede na Holanda, mais conhecida como Petrobras Netherlands. Também explicitou o prejuízo milionário na venda de 50% dos ativos da Petrobras na África para o BTG Pactual, fechada em julho de 2013, além dos prejuízos superiores a US$ 700 milhões em blocos de exploração em Angola, causados por “ingerência” política. Se o depoente detalhou o funcionamento das Sociedades de Propósito Específico (SPEs) da Petrobras, o mundo virá abaixo da camada pré-sal.

O "garganta profunda" desvendou como funcionava o esquema na área Internacional da Petrobras, controlada pelo lobista Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema. Baiano deve acabar forçado a aderir a um acordo de "colaboração premiada". Se ele falar, não fica pedra sobre petróleo. Outro denunciado pelo revoltado funcionário de carreira da Petrobras foi o engenheiro maranhense José Raimundo Brandão Pereira, apadrinhado pelo ministro Edison Lobão (PMDB) - que, na verdade, é o homem de José Sarney no "condomínio" petista. Pereira, que deixou a empresa em 2012, foi diretor da Petrobras International Finance Company (PIFCo) e trabalhou com Paulo Roberto Costa na área de Abastecimento.

Assim que os processos da Lava Jato chegarem ao núcleo político, pela quantidade e poder dos envolvidos, Dilma Rousseff ficará politicamente ainda mais insustentável. O segundo mandato já nasce acabado, porque o primeiro tem um final melancólico - que só será salvo pelos festejos de final de ano, as férias do judiciário e o recesso do legislativo. Dificilmente, o governo escapará do Fevereiro Negro - a não ser que o carnaval dê uma aliviada. A partir das Águas de Março, a ingovernabilidade será fatal, com a enxurrada de indiciamentos dos corruptos do Petrolão, Eletrolão e outros escândalos menos votados.
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