DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
O PSDB pediu esclarecimentos ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT) sobre o contrato de R$ 148,1 milhões com a Petra Energia S/A, que teve como vice-presidente Pedro Mercadante Oliva, filho do influente ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), que também comandou o MCT entre 2011 e 2012 . Por meio de ofício, o partido de oposição solicitou cópia integral dos contratos que deram base jurídica aos repasses e também do processo licitatório para seleção da Petra.
Como informou a coluna no último dia 13, o Finep empenhou a verba quando Mercadante comandou as pastas da Educação e Casa Civil.
Em 2011, a MPX de Eike Batista se associou à Petra na termoelétrica da Parnaíba, e obteve financiamento de R$ 400 milhões do BNDES.
A Petra declara que Pedro Mercadante foi um dos vice-presidentes até setembro de 2012, e não teve participação nos contratos com o Finep.
O governo Dilma pagou, até novembro deste ano, mais de R$ 945,3 milhões em diárias a servidores e comissionados. Os campeões de gastos são todos funcionários do INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Somados, cinco deles levaram quase R$ 754 mil em viagens internacionais à China, para acompanhar de perto as atividades da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST, sigla em inglês).
Como dinheiro já não é problema na vida do ex-presidente Lula, ele deveria doar em vez de vender, como pretende, seu apartamento triplex, no balneário do Guarujá (SP) construído pela Bancoop, cooperativa dos bancários paulistas, processada por corrupção.
Com a ausência da presidente Cristina Kirchner na posse de Dilma, quem deve representar a Argentina é o vice-presidente Amado Boudou, indiciado por suborno em escândalo de corrupção no país “hermano”.
O PT já não esconde o clima de insatisfação com o ministério de Dilma. Dirigentes reclamam de Pepe Vargas, da tendência Mensagem ao Partido, nas Relações Institucionais: “rachou ainda mais a sigla”, dizem.

NO BLOG DO CORONEL
SEGUNDA-FEIRA, 29 DE DEZEMBRO DE 2014
Na calada das festas de final de ano, o PT, com apoio das centrais sindicais, ataca benefícios trabalhistas conquistados a duras penas pelo trabalhador brasileiro. O corte é de 25% em valores. Em direitos, ainda não dá para ter ideia. O objetivo é economizar R$ 18 bilhões às custas da força de trabalho, para compensar o dinheiro fácil que emprestaram para grandes grupos empresariais, especialmente para as empreiteiras do Petrolão. As mudanças serão publicas amanhã (31), no Diário Oficial da União e uma série de medidas provisórias serão enviadas ao Congresso Nacional, ferindo profundamente o abono salarial, o seguro-desemprego, o seguro-defeso, a pensão por morte e o auxílio-doença.
Segundo informou o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, “todas as mudanças respeitam integralmente todos os benefícios que já estão sendo pagos. [Elas] não se aplicam aos atuais beneficiados, não é retroativo”. Muito obrigado, ministro! Só faltava o estelionato eleitoral ter efeito retroativo!
As medidas foram combinadas, pasmem!, com representantes de centrais sindicais, na tarde de hoje (29), no Palácio do Planalto. Elas começam a valer a partir de amanhã (30), mas precisam ser aprovadas pelos deputados e senadores para virarem lei. Elas vão causar um corte de aproximadamente R$ 18 bilhões por ano, a preços de 2015. É como se 2 milhões de trabalhadores deixassem de receber um salário mínimo por mês, incluindo décimo-terceiro.
Vejam o absurdo! O PIB do Brasil vai crescer menos de 0,2% e, de acordo com Nelson Barbosa, que vai assumir nesta quinta-feira (1º) o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o corte equivale a 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no País) do próximo ano, e vai aumentar ao longo do tempo, de acordo com a maior utilização dos benefícios.
Vejam um resumo das medidas:
• o aumento da carência do trabalhador que tem direito a receber o abono salarial. Antes, quem trabalhava somente um mês e recebia até dois salários mínimos poderia receber o benefício. Agora, o tempo será de no mínimo seis meses ininterruptos.
• pagamento proporcional ao tempo trabalhado, do mesmo modo que ocorre atualmente com o 13º salário, já que pela regra atual o benefício era pago igualmente para os trabalhadores, independentemente do tempo trabalhado.
• o seguro-desemprego também sofrerá alterações: passa de seis meses para 18 meses o prazo em que o trabalhador pode solicitar o benefício pela primeira vez.
• na segunda solicitação, o período de carência será de 12 meses. A partir do terceiro pedido, a carência voltará a ser de seis meses.
• o trabalhador não poderá acumular benefícios
• o Governo vai criar uma carência de dois anos para quem recebe pensão por morte. Será exigido tempo mínimo de dois anos de casamento ou união estável para que os dependentes recebam a pensão.
• o auxílio-doença também sofrerá alteração. O teto do benefício será a média das últimas 12 contribuições, e o prazo de afastamento a ser pago pelo empregador será estendido de 15 para 30 dias, antes que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passe a arcar com o auxílio-doença.
As mudanças foram urdidas durante encontro onde estiveram presentes Carlos Eduardo Gabas, secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, que foi efetivado nesta segunda-feira (29) à frente da pasta; Paulo Rogério Caffarelli, secretário executivo do Ministério da Fazenda; Miriam Belchior, ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão; e Manoel Dias, ministro do Trabalho e Emprego.
Os trabalhadores foram representados por dirigentes da Central Única dos Trabalhadores, União Geral dos Trabalhadores, Nova Central Sindical dos Trabalhadores, Central dos Sindicatos Brasileiros e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil. A Força Sindical, de oposição, não participou destas deliberações que dão um golpe de morte nos direitos trabalhistas dos brasileiros.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza30/12/2014 07:20
Os mais ingênuos se perguntam: o que houve, afinal, com Dilma Rousseff? Os mais céticos respondem: nada que não estivesse previsto. No vale-tudo de uma eleição apertada, os programas dos candidatos são genéricos e aguados. Na campanha de 2014, submetida a uma conjuntura hostil, Dilma teve de abusar do feitiço da empulhação. Reeleita, passou a adotar providências tão inevitáveis quanto impopulares. E ficou irreconhecível.
A Presidente chega à sua segunda posse sem rosto. Mal comparando, parece mais uma personagem do famoso clip da música Black or White. Nele, Michael Jackson usou um truque chamado morphing. Consiste numa fusão de imagens que transforma uma cara em outra. E a outra em mais outra. E a terceira face numa quarta. E assim sucessivamente.
Na Economia, a cara de Dilma foi virando a cara de Joaquim Levy, que incorpora traços da fisionomia de Armínio Fraga, que se confunde com o semblante de Aécio Neves. Para produzir o superávit fiscal que Levy se comprometeu a entregar em 2015, Dilma teve de iniciar os cortes de despesas pelos direitos trabalhistas. Dificultou o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial do PIS e ao auxílio-doença. E tornou draconianas as regras das pensões previdenciárias.
No enredo da campanha, esse script era de Aécio. Que chegou a dizer que não hesitaria em adotar medidas impopulares se fosse eleito. Em entrevista ao blog, contou um episódio que testemunhara há quase três décadas, em 1985.
Candidato à Presidência na eleição indireta do Colégio Eleitoral, Tancredo Neves percorria o País. Buscava a legitimidade das praças. Aterrissou em Belém, no Pará na véspera do Círio de Nazaré, festa religiosa que arrasta milhares de pessoas às ruas. No aeroporto, embarcou num velho Aero Willys, adaptado para carreatas. Teve uma receptividade de astro de rock.
Ao lado de Tancredo, Aécio admirou-se: “Meu avô, que loucura! O que você vai fazer com essa popularidade toda?” E Tancredo: “Vou gastar em três meses.” Morto na véspera da posse, o avô do rival de Dilma foi privado de ler o discurso. Começava com a seguinte frase: “É proibido gastar”.
A frase se ajusta às necessidades da atual Presidente. Além de lacrar o cofre, ela terá de cortar mais despesas e buscar verbas adicionais no bolso do contribuinte. A diferença é que Dilma não está preparada para as consequências. O alarme da impopularidade já começa a tocar nas suas orelhas. Os números amargos chegarão antes que Dilma consiga criar uma imagem para o seu segundo governo.

Josias de Souza - 30/12/2014 03:24
A Petrobras enviou, na noite desta segunda-feira (29), um comunicado à Comissão de Valores Mobiliários, órgão que rege e fiscaliza o mercado de capitais. No texto, informou que constituiu “comissões para análise de aplicação de sanção” contra 23 empresas investigadas na Operação Lava Jato. A lista inclui as maiores empreiteiras do país. Entre elas Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Odebrecht, Queiroz Galvão e Mendes Junior (veja relação completa no radapé).
O repórter Bruno Rosa informa que a estatal decidiu, em reunião de sua diretoria, proibir a assinatura de novos contratos com essas empresas. Definiu a providência como um “bloqueio cautelar”, cujo objetivo seria o de “resguardar a companhia e suas parceiras de danos de difícil reparação financeira e de prejuízos à sua imagem''. O comunicado não faz menção a prazos de vigência da proibição. Anota que as empresas serão notificadas e terão “o direito ao contraditório e à ampla defesa''.
O documento da Petrobras também não menciona os contratos em vigor, sobre os quais pesam suspeitas de fraude na concorrência e pagamento de propinas. Ao final do trabalho de suas “comissões”, a estatal pode impor punições diferenciadas às empresas – da proibição de participar de licitações por tempo determinado até o banimento do rol de fornecedores de serviços e produtos.
O que fará a Petrobras se tiver de realizar obras antes do término das apurações? O comunicado não dirime essa dúvida. Mas fica subentendido que não está excluída a hipótese de contratação de empresas estrangeiras. Eis a relação de logomarcas alcançadas pelo veto da estatal: Alusa, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Carioca Engenharia, Construcap, Egesa, Engevix, Fidens, Galvão Engenharia, GDX, Iesa, Jaraguá Equipamentos, Mendes Júnior, MPE, OAS, Odebrecht, Promon, Queiroz Galvão, Setal, Skanska, Techint, Tomé Engenharia e UTC.

Josias de Souza - 29/12/2014 20:01
No início do primeiro mandato de Dilma Rousseff, Lula enfiou dois olheiros nas salas vizinhas ao gabinete de sua pupila. Na Casa Civil, Antonio Palocci. Na Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho. Reeleita, Dilma preferiu cercar-se de amigos.
A presidente expurgou do Planalto os últimos pares de olhos que a mantinham no campo de visão de Lula. Gilberto Carvalho, responsável pelo diálogo com sindicatos e movimentos sociais, será substituído por Miguel Rossetto.
Na Secretaria de Relações Institucionais, que cuida da articulação política, Dilma trocou Ricardo Berzoini pelo deputado Pepe Vargas. Os nomes de Rossetto e Pepe constam da lista de sete ministros divulgada nesta segunda-feira (29).
Ambos são do Rio Grande do Sul, Estado em que Dilma fez carreira. Integram uma corrente minoritária do PT, a DS (Democracia Socialista). Foram escolhidos à revelia do grupo liderado por Lula, o majoritário CNB (Construindo um Novo Brasil).
Embora não conste da nova lista, Aloizio Mercadante, hoje o petista mais próximo de Dilma, deve ser mantido na Casa Civil. Ali, depois que Palocci foi derrubado pela evolução patrimonial inexplicada, Dilma já havia fixado sua autoridade. Antes de Mercadante, nomeara a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Embora contrafeitos, dirigentes do PT minimizam a movimentação de Dilma. Alegam que Berzoini será “promovido” à pasta das Comunicações, que se transformará em plataforma de lançamento do projeto de controle da mídia.
De resto, argumentam que Dilma não seria louca de se distanciar de Lula. De fato, não faz sentido que, enfraquecida como está, a presidente hostilize gratuitamente seu principal aliado. Porém, a loucura tem razões que a sensatez desconhece.

NO BLOG UCHO.INFO
29/12/2014 | Escrito por admin
Ministro da Justiça ignora a legislação de trânsito e estaciona o próprio carro em local proibido
Fora da lei – Destaca a Constituição Federal, com a devida e merecida ênfase, em seu artigo 5º que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza” (caput). Acontece que nessa barafunda chamada Brasil alguns são mais iguais que os outros. Ou seja, a lei não vale para determinadas pessoas que acreditam ser possível afrontar a democracia e a legislação vigente. A situação torna-se ainda mais crítica e perigosa quando a lei é escandalosamente desrespeitada pelo ministro da Justiça, no caso o petista José Eduardo Martins Cardozo.
No dia 26 de dezembro, Cardozo decidiu fazer algumas compras atrasadas de Natal e para tanto ignorou as leis de trânsito em uma das mais movimentadas vias da cidade de São Paulo, a famosa Rua Augusta. Sem se preocupar com uma vistosa placa que informa ser proibido estacionar veículos na rua que um dia serviu de inspiração para Hervé Cordovil, que compôs a música “Rua Augusta”, o ministro da Justiça pegou carona na certeza da impunidade, até porque assim pensam os petistas que tomaram o País de assalto. Às 19h50, José Eduardo Cardozo estacionou o Toyota modelo Camry – de cor preta e placas EEH-7586 – em local proibido e adentrou à uma conhecida loja de brinquedos, não dando atenção à placa que informa ser proibido estacionar de segunda à sexta-feira, das 7 horas às 22 horas.
Se todos os brasileiros têm a obrigação de respeitar as leis de forma incondicional, afinal é assim que uma nação existe, no caso de José Eduardo Cardozo esse dever é ainda maior, pois trata-se de uma autoridade que, em tese, serve de exemplo aos demais. Para a sorte das próximas gerações, mais da metade da população não optou pela continuidade da bandalheira política instalada pelo PT em todos os quadrantes verde-louros.
Fosse o Brasil um país minimamente sério e com autoridades igualmente responsáveis, José Eduardo jamais teria chegado ao comando de uma dos mais destacados ministérios, o da Justiça, uma vez que seu conhecimento jurídico sofre de nanismo se comparado à importância do cargo. De igual modo, fosse o prefeito Fernando Haddad cumpridor dos seus deveres, as fotos desta matéria seriam suficientes para que o departamento de trânsito da capital paulista lavrasse a devida multa, uma vez que os brasileiros não mais conseguem conviver com a corrupção e a impunidade.
Para quem sonha em chegar ao Supremo Tribunal Federal na condição de ministro, o petista José Eduardo Cardozo deveria ser mais cuidadoso, mesmo que a Corte tenha se transformado em palco de bizarrices jurídicas das mais variadas, apenas porque o PT, responsável pela maioria das indicações, já deu mostras de sua inconteste vocação para o banditismo político.
Por certo José Eduardo deve considerar normal desrespeitar as leis de trânsito, mas um país sério se faz com pessoas responsáveis e cumpridoras de suas obrigações cidadãs. Ao ministro isso pouco importa, porque os petistas aderiram ao enfadonho bordão “você sabe com que está falando?”. Sendo assim, resta-nos ressaltar que José Eduardo Cardozo deve cantarolar, debaixo do chuveiro, uma fase do refrão que Hervé Cordovil escreveu para a música “Rua Augusta”: “Quem é da nossa gangue não tem medo”. E que ninguém duvide dessa porção do PT!
jose_eduardo_36


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